quinta-feira, 25 abril , 2024
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COVID-19: UMA DOENÇA QUE NÃO ESCOLHE CLASSE SOCIAL

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Professora Luciana Flor Correa Felipe 

luciana.flor@unisul.br 

Segundo o Ministério da Saúde (2020), o termo Coronavírus refere-se a uma família de vírus que causam infecções respiratórias. Os primeiros Coronavírus foram isolados em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito com esse nome, em decorrência do perfil apresentado na microscopia, na forma de uma coroa. O novo agente do Coronavírus foi descoberto em 31 de dezembro de 2019, após casos registrados na China. A doença provocada pelo novo Coronavírus é oficialmente conhecida como COVID-19, sigla em inglês para “coronavirus disease 2019” (doença por Coronavírus 2019). Os sintomas podem variar de leve a moderado, semelhante a uma gripe. Nos casos mais graves pode ocorrer síndrome respiratória aguda grave e complicações. Em casos extremos, pode ocorrer a óbito.

E quem está suscetível a essa doença? Todos, independentemente da classe social. Ricos, pobres, empregados, desempregados, empresários: de qualquer gênero, etnia, peso, altura, filiação, idade…. Moradores do interior, de metrópoles, de rua, da Casa Branca, do Palácio do Planalto, de Hollywood… 

Por isso (embora, não só por isso), é responsabilidade de todos combater a proliferação e conter a velocidade de disseminação do vírus. E, por mais controverso que possa parecer (já que a recomendação é o distanciamento das pessoas), esse é um momento de união; a vida e a saúde de cada um de nós, depende de consciência e ações coletivas. Não podemos nos abraçar, beijar, tocar, mas devemos nos manter unidos. 

Faço votos, no entanto, que essa união não seja temporária, que permaneça após a pandemia, que se transforme em hábito. Temos e teremos muitas outras guerras a vencer, visíveis e invisíveis, conscientes e inconscientes: degradação ambiental, trabalho escravo, câncer, depressão, dengue, escassez de água, concentração de renda, vulnerabilidade social, recuperação econômica… variáveis de uma complexa equação civilizatória contemporânea. Aproveitemos a crise para refletir e mudar nosso olhar e comportamentos. Para inovar e empreender pelo bem coletivo. Afinal, a COVID-19 nos (re)lembrou que somos todos seres humanos, apenas seres humanos: vulneráveis, frágeis e dependentes uns dos outros. 

Você sabia?

A Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (FAPESC), em razão das medidas relacionadas à contenção da propagação do COVID-19, prorrogou até 16 de abril o prazo de submissão de projetos a Chamada Pública de apoio a eventos científicos, tecnológicos e/ou de inovação, coordenados por pesquisadores vinculados a Instituições de Ciência, Tecnologia e Inovação – ICT de Santa Catarina (Proeventos). Mais informações: http://www.fapesc.sc.gov.br/fapesc-prorroga-prazo-de-submissao-no-proeventos-2020-2021/  

Fique atento!

Com o objetivo de cumprir as determinações do Decreto 515, do Estado de Santa Catarina de 17 de março de 2020, que declarou situação de emergência em todo o território estadual para fins de prevenção e combate ao COVID-19, a Unisul (Fundação, Universidade e Colégio Dehon), suspendeu as atividades administrativas presenciais no período de 18 a 24 de março de 2020, interrompendo assim os atendimentos à comunidade externa.

O papel do administrador para o desenvolvimento

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Os administradores da atualidade têm um importante papel para o desenvolvimento das organizações e da sociedade. Além de desenhar estratégias, definir metas e gerenciar pessoas, os administradores têm como missão conduzir todo o processo estratégico das organizações, realizando inovações que podem proporcionar impacto positivo para o desempenho, melhorar a vantagem competitiva, proporcionar ganhos de mercado e econômicos. É através do exercício da função do administrador que as pessoas trabalham em prol de um objetivo, construindo um sistema forte, com foco e entregas de alto valor agregado.

O desenvolvimento das organizações e da sociedade requer pessoas qualificadas para conduzir as funções técnicas, de gestão e de liderança. São muitas as categorias profissionais que desempenham um papel importante para o desenvolvimento da sociedade. Mas o papel de liderança, inerente ao administrador, causa significativo impacto para resultado individual e coletivo. Um administrador instalado na iniciativa privada pode fazer uma história de sucesso em uma empresa, levando-a do zero a ser líder de mercado, empregando milhares de pessoas e conquistando alto valor de mercado. Um administrador público pode proporcionar significativos índices de desempenho, atraindo empregados, investimentos, além de proporcionar saúde e educação de qualidade.

O papel do administrador pode ser ocupado por qualquer indivíduo com habilidades para liderar pessoas e gerenciar recursos, embora, a formação em administração, proporciona conhecimentos fundamentais para ocupar a posição de administrador. A formação acadêmica em administração possibilita conhecer sobre marketing, finanças, gestão de pessoas e estratégia, o que permite ao líder ter maior condições de desempenhar com qualidade e profundidade o seu papel. 

O administrador do século de hoje é desafiado a buscar maneiras cada vez mais inteligentes, ágeis e sofisticas de exercer seu papel. A globalização tornou os mercados cada vez mais dinâmicos e competitivos, exigindo das pessoas que estão à frente das organizações, agilidade e inovação. A visão sistêmica precisa estar presente no administrador, uma vez que a sustentabilidade de projetos e processos precisa ser plena. As estratégias precisam considerar as oportunidades e desafios de hoje e estar alinhadas as intenções futuras da organização. As principais contribuições do administrador estão ligadas a condução das pessoas para atingir um objetivo, mas não se exclui a necessidade de vencer grandes desafios, como fidelizar clientes e viabilizar projetos com pequena monta de recursos. 

Você sabia!

Pesquisa realizada pelo Fórum Econômico Mundial no início do deste ano aponta que as organizações contratantes têm valorizado uma combinação de competências, sendo que a criatividade domina o topo da lista. A originalidade, iniciativa e pensamento crítico também são relevantes para o mercado de trabalho devido aos avanços da tecnologia e da automação, que geram novos empregos e exigem mais competências. A pesquisa releva que as organizações buscam profissionais com habilidades pessoais como persuasão, colaboração, adaptabilidade e gerenciamento de tempo. No que tange as competências técnicas, busca-se profissionais com habilidades relacionadas a computação em nuvem, seguida pela inteligência artificial, raciocínio analítico, gestão de pessoas e design da experiência do usuário. 

Fique Atento!

A Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (FAPESC) em parceria com o Sistema FIESC (Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina)/Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina (IEL/SC), convida empresas, Instituições de Ciência, Tecnologia e Inovação (ICTIs) públicas e privadas, órgãos de Governo e entidades do terceiro setor sediadas em Santa Catarina, através da Chamada Pública FAPESC nº 10/2019,  a apresentarem projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PDI) com o intuito de obter bolsas de apoio à inovação. Saiba mais em: http://www.fapesc.sc.gov.br/edital-de-chamada-publica-fapesc-no-10-2019-programa-talento-inovador-sc-em-fluxo-continuo/.

SOBRE RECEBER UM PRÊMIO DE INOVAÇÃO

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No atual estágio “líquido” da modernidade, preconizado por Z. Bauman, retomar um fato ocorrido a algumas horas, por vezes denota descompasso com a velocidade dos fatos, falta de assunto ou prolixidade. Mesmo tendo consciência disso e, por acreditar que certos assuntos precisam ser mais detalhadamente discutidos, resolvi, ainda que já passados quase 15 dias, retomar o Prêmio Estadual de Inovação Casper Erich Stemmer 2019, com o qual fui agraciada no dia 19 de fevereiro de 2020, na categoria Agente de Inovação.  Sem dúvida, neste momento minha intenção não é dar foco a honra do reconhecimento recebido ou ao histórico e importância da premiação, mas trazer aspectos simples, porém por vezes esquecidos ou pouco debatidos na área de inovação e de forma geral, na sociedade: os aspectos humanos. 

Vejo que insistentemente, os indivíduos têm se comportado como se não fizessem parte da natureza ou não pertencessem a realidade social. Equivocadamente, cresce a crença de que os produtos tecnológicos têm o poder de expurgar da humanidade elementos do orgânico e do relacional, daquilo que comprova que o homem é apenas uma minúscula parte do mundo em que vive. Assim, nega-se (ou fecha-se os olhos) para sua interferência na existência humana e na vida social e sob este artifício, questões importantes da vida em sociedade são tratadas na superficialidade. 

Num momento histórico em que o fast e o light ganham destaque e o tempo é o “senhor dos senhores”, percebo que temos perdido valores e conhecimentos importantes para uma vida plena e consciente, ou seja, temos nos furtado de refletir e vivenciar “o ser”, a finitude das coisas, a importância do bem estar do outro para o meu bem-estar, os sentidos da vida… Não paramos sequer para pensar: para onde esta letargia está nos levando? O que estamos ganhando (ou perdendo) com esse apagamento/silenciamento? Infelizmente, mais do que felicidade e qualidade de vida (ou paralelamente), vejo crescerem os casos de depressão, isolamento, destruição ambiental, ganância, vaidade, competição… 

Por isso, acredito que precisamos transcender ao utilitarismo, ao pragmatismo e ao reducionismo, sair do entorpecimento e partir para uma convivência que além dos aparatos técnicos, do consumo, do desenvolvimento econômico, possibilite a preocupação, a compreensão e o envolvimento das pessoas com as pessoas, com a realidade e com as questões contemporâneas.

Minha trajetória com a inovação já tem mais de 10 anos e, ainda que muitas vezes tenha enfrentando “ventos contrários”, sempre mantive firme minha convicção de que, a ciência, a tecnologia, a inovação, o empreendedorismo só fazem sentido se, o ser humano e, por consequência a vida social equânime e de qualidade, forem o seu princípio e seu fim. Defender e, sobretudo viver isso, não é tarefa fácil. Propor o estudo desse engendramento em uma tese de doutoramento, menos ainda; afinal, como alerta Kourganoff (1990), “a via do esforço lúcido é árida e seca”. Portanto, receber o Prêmio Stemmer a partir de um trabalho concreto, consistente e persistente na inovação, é muito significativo. Mas, ver reconhecido um trabalho que é entrelaçado por ideias consideradas por muitos como sofismas ou utopias, tem um valor inestimável. 

Gratidão e congratulações aos avaliadores ad hoc, equipe e gestores da Fundação de Amparo a Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), pela consciência e imparcialidade. Gratidão a Unisul e especialmente aos colegas da Agetec, que assim como eu são incansáveis agentes de inovação. Gratidão ao Notisul pela liberdade de expressão e parceria.

Você sabia?

Com o objetivo de apoiar a realização de eventos científicos, tecnológicos e/ou de inovação, a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina, FAPESC, informa que até 18 de março, está aberto o prazo para submissão de projetos de eventos  científicos que se enquadrem na Fase I – Eventos previstos entre 01 de julho de 2020 a 28 de fevereiro de 2021. Os eventos podem ter alcance local/regional, estadual, nacional e até mesmo internacional. O apoio é de R$ 15.000,00; R$ 25.000,00; R$ R$ 35.000,00 ou R$ 50.000,00, respectivamente. A programação deve incluir atividades como apresentação de trabalhos, mesas-redondas, conferências, debates, minicursos, entre outras formas de atualização e divulgação do conhecimento, visando ao avanço da pesquisa no estado.  O coordenador do evento deve ter a titulação mínima de Mestre e ser pesquisador vinculado a Instituição de CTI de Santa Catarina. Chamada completa: http://www.fapesc.sc.gov.br/edital-de-chamada-publica-fapesc-no-02-2020-proeventos-2020-2021/ 

Fique atento!

Estão abertas, até 24/abr/2020, as inscrições para o 40° Prêmio José Reis de Divulgação Científica e Tecnológica. O Prêmio, instituído em 1978, tem como objetivo revelar e reconhecer grandes nomes que contribuem significativamente para a formação de uma cultura científica e por tornar a Ciência, a Tecnologia e a Inovação conhecidas da sociedade. Nesta edição, a categoria contemplada é “Jornalista em Ciência e Tecnologia”, que premiará o jornalista profissional que se destaque na difusão da Ciência, da Tecnologia e da Inovação nos meios de comunicação em massa. A premiação consiste em 20 mil reais, diploma e passagens/diárias para permitir ao agraciado participar da cerimônia de premiação, na abertura da Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em julho de 2020, na Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN, em Natal/RN. No endereço www.premiojosereis.cnpq.br encontram-se todas as informações sobre o Prêmio, inclusive o regulamento, ficha de inscrição e histórico.

SAÚDE MENTAL COMO PRIORIDADE DE VIDA

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O meu amigo pesquisador, Rafael Mariano de Bitencourt é graduado em farmácia (Unesc/2004), possui mestrado (UFSC/2008) e doutorado em farmacologia (UFSC e Universidade de Coimbra, Portugal/2012) e, conforme o próprio professor o define, diz ser “alguém que prefere se perder dentro de si – a fim de se encontrar – do que se perder fora, sem saber o que procurar”. Através desta procura, tem se (re)conhecido de diferentes maneiras e, nestes encontros consigo mesmo, há o Rafael professor, apaixonado pela arte de lecionar e pela possibilidade que esta atividade oferece no sentido de tocar e mudar a vida dos seus alunos através do conhecimento; há também o Rafael neurocientista, comprometido com a arte do perguntar e, através das buscas pelas respostas, poder contribuir para que as pessoas tenham uma vida mais saudável; há ainda o Rafael aluno, que encontrou no Curso de Psicologia um novo desafio para a construção do seu ser; e, por fim, o Rafael artista/poeta, aquela parte que não cabe no Currículo Lattes, mas sem a qual não é possível viver, pois, segundo o professor, lhe ensina a ver a poesia que há em todas as formas do Ser e do Fazer.

Como professor da Unisul, leciona nos cursos de graduação ligados à área da saúde disciplinas voltadas à neurociência e farmacologia. Como neurocientista, é pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, onde orienta projetos de iniciação científica, mestrado e doutorado. Como aluno, é quase um calouro de Psicologia, ainda nas fases iniciais do curso. E como artista/poeta, é “destacador de poemas” (autor do livro “Poemas Destacáveis) e “faz tudo” na Editora Juriti, um projeto de editora artesanal sem fins lucrativos que tem por objetivo “poetizar” o processo de publicação. Por fim, o professor ainda ressalta que nenhuma das partes o limita e que a junção de tudo isso é o que o identifica. “O todo é maior do que a soma das partes”, lembra Rafael, que assina, abaixo, um texto que fala sobre saúde mental, um tema cada vez mais necessário em tempos de vida agitada e buscas sem muito sentido. Boa leitura, divirtam-se!

SAÚDE MENTAL COMO PRIORIDADE DE VIDA

Rafael Mariano de Bitencourt, Professor/Pesquisador no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde – PPGCS – UNISUL

bitencourtrm@gmail.com  

Antes de colocar a saúde mental como prioridade de vida, um dos primeiros questionamentos que devemos fazer é: o que é saúde mental? O que significa para você, leitor e leitora que me acompanham neste momento, essas duas palavrinhas que têm se falado tanto ultimamente? Pois bem, a resposta não é tão simples quanto parece.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), não existe uma definição oficial de saúde mental, sendo este um termo usado para descrever qualidade de vida cognitiva ou emocional. Tal definição pode incluir, por exemplo, a capacidade de um indivíduo apreciar a vida através de um equilíbrio entre o que eu chamo de parte poética e prosaica do viver, ou seja, aquela parte onde você faz o que faz pelo simples prazer do fazer e aquela que você faz porquê é preciso fazer, respectivamente. Portanto, trata-se de um conceito que vai muito além da ideia simplista da ausência de transtornos mentais.

Para este que vos escreve, buscar este equilíbrio é quase que uma filosofia de vida, uma das prioridades no meu projeto de ser. Não abro mão dos momentos que me trazem paz de espirito (a parte poética) e não me permito viver por muito tempo um projeto de vida que esteja custando minha saúde mental. Como diz o ditado, se custa sua saúde mental, então é caro demais!

Contudo, este equilíbrio não é matemática simples e, cada vez mais, infelizmente, as pessoas têm se perdido no “modus operandi” e pouco saudável ao qual temos sido submetidos diariamente. Não à toa que hoje, só no Brasil, segundo a OMS, estima-se que 9,3% da população tem algum transtorno de ansiedade (maior taxa do mundo) enquanto que a depressão afeta 5,8% dos brasileiros (quinta maior taxa do mundo). Ainda segundo a OMS, a prevalência estimada de transtornos mentais e de comportamento é de 12% na população mundial, sendo que mais de 450 milhões de pessoas sofrem de algum problema de saúde mental, gerando uma perda, a cada ano, de aproximadamente US$ 1 trilhão em todo o mundo. 

Boa parcela deste gasto é destinada à compra de psicofármacos, que são os medicamentos utilizados para tratar tais transtornos. O consumo desta classe de medicamentos mais que dobrou na última década, tornando-se o “soma” nosso de cada dia e nos aproximando assustadoramente do “Admirável mundo novo” escrito por Huxley lá nos anos 30, o qual de admirável não tinha nada (fica aqui a dica de leitura de um clássico da literatura mundial). Isso tudo sem falar do número de pessoas que não possui nenhum diagnóstico de transtorno mental, mas também não usufruem de boa qualidade de saúde no seu aspecto mais amplo, pois, como descrito anteriormente, uma mente saudável não se determina apenas pela ausência de transtornos. Ou seja, o número de pessoas que não gozam de boa saúde mental deve ser ainda maior do que os números apresentados em relação às pessoas que possuem algum diagnóstico de transtorno, seja de ansiedade ou depressão.

Mas, se hoje você consegue levar uma vida sem muito estresse, de forma leve, onde é possível equilibrar de uma maneira saudável aquilo que você precisa e o que você gosta de fazer; se você não toma nenhum medicamento para acordar e/ou para dormir, então arrisco a dizer que você tem boas chances de ter uma vida mentalmente saudável, que, para os dias atuais, já é bastante coisa, pode acreditar. Agora, se você não pertence a este seleto grupo, não se desespere, pois é possível mudar este cenário. Mas, é claro, como muitas coisas na vida, requer um pouco de dedicação. Para isso, a neurociência nos mostra o caminho que, provavelmente, não será nenhuma novidade, mesmo para quem não usufrui de uma boa saúde mental. 

Anota aí: (i) a atividade física regular ajuda a oxigenar o cérebro e aumenta a liberação de substâncias químicas que melhoram o seu funcionamento; (ii) já uma alimentação equilibrada e saudável fornece os nutrientes necessários para que a química do cérebro se mantenha equilibrada; (iii) ainda, a meditação, que não apenas ajuda a silenciar o turbilhão de pensamentos da nossa mente, como também promove o crescimento de neurônios em áreas do cérebro responsáveis por “bons pensamentos” e diminui os neurônios em áreas responsáveis por “maus pensamentos”, mostra-se também como um caminho cada vez mais reconhecido;  (iv) por fim, já está mais do que comprovado que a psicoterapia é uma ferramenta de autoconhecimento incrível, a qual nos ajuda a lidar melhor com nossas emoções e, assim, também contribuir para um estado mentalmente saudável. 

Basta juntar estes ingredientes, dar um jeitinho para encaixá-los no seu dia a dia e pronto, você terá a resposta por você mesmo, um cérebro mais saudável e, consequentemente, mais saúde mental. A receita é simples, já a prática, nem sempre, sabemos disso. No fim, é tudo uma questão de prioridades. O que você me diz, sua saúde mental já é uma prioridade na sua vida ou precisará perde-la para que seja? Pense nisso!

 

Você sabia?

A meditação pode mudar seu cérebro para melhor, favorecendo a saúde mental, foi o que descobriu um estudo feito da prestigiada Universidade de Harward. Neste estudo, os pesquisadores mostraram que meditadores de longa data com cinquenta anos de idade tinham a mesma quantidade de massa cinzenta que pessoas com 25 anos de idade, isto é, a meditação pode desacelerar o envelhecimento natural do cérebro. Já um estudo subsequente na mesma Universidade mostrou que mesmo pessoas que nunca meditaram podem ter benefícios rápidos através da prática meditativa. Bastou apenas 8 semanas com uma média de 27 minutos por dia de prática meditativa para que o cérebro destas pessoas aumentasse em quatro regiões relacionadas às lembranças e à autoestima, ao aprendizado, à memória e à regulação emocional, e também à tomada de decisões, empatia e compaixão, além de diminuir o estresse. Então, está esperando o quê para tirar uns minutinhos do seu dia e praticar o silêncio? Não perca tempo, sua saúde mental agradecerá!

Fique atento!

O Laboratório de Neurociência Comportamental (LabNeC), vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) da UNISUL, desenvolve pesquisas, da iniciação científica à pós-graduação, voltadas à temática da saúde mental. Se você já é um aluno de graduação da instituição e tem interesse em tais pesquisas, ou então se você se interessa em cursar um mestrado ou doutorado no PPGCS com projetos semelhantes, fique atento aos editais oferecidos frequentemente para as respectivas situações (www.unisul.br). Há várias oportunidades esperando por você!

COGNIÇÃO E LINGUAGENS

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Nosso convidado desta semana, é o Prof. Dr. Fábio José Rauen, uma pessoa inquieta e sempre à procura de inovações em seu campo do saber. Nascido em Rio Negro (PR) é esposo de Veridiane e pai de Bárbara. 

No âmbito profissional vem dedicando sua atenção acadêmica a dois temas de pesquisa – os estudos pragmático-cognitivos sobre as diversas linguagens humanas e os estudos sobre a redação de trabalhos científicos – além, é claro, à gestão do Programa de Pós-graduação em Ciências da Linguagem, que coordena até hoje. 

Professor da Unisul há vinte anos, veio a Tubarão coordenar a implantação do Programa de Pós-graduação em Ciências da Linguagem. É formado em Letras Português/Inglês (1986) pela Funorte, especialista em Língua Portuguesa pela UFPR, Mestre e Doutor em Linguística pela UFSC e pós-doutor em Linguística pela PUCRS. 

Além de aulas, orientações, cursos e palestras, Rauen já publicou cinco livros, incluindo “Roteiros de Iniciação Científica”, de 2015, um verdadeiro tratado com quase 700 páginas que aborda desde a concepção da pesquisa até sua apresentação em banca avaliadora. “Uma formação qualificada em pesquisa científica é como um divisor de águas que verdadeiramente distingue o ensino superior”, argumenta. 

Já o interesse pela Pragmática Cognitiva é um pouco mais recente. Desde os anos 2000, Rauen vem investigando como os seres humanos processam cognitivamente a linguagem, assumindo a hipótese de que a atenção humana é direcionada à relevância dos estímulos comunicacionais. 

Seguindo os fundamentos da teoria da relevância, os trabalhos produzidos ou orientados pelo pesquisador assumem que os seres humanos são incapazes de prestar atenção à totalidade dos estímulos do ambiente e, justamente por isso, selecionam apenas os estímulos que consideram relevantes, ou seja, aqueles que potencialmente fornecem o máximo de ganhos cognitivos com o mínimo de esforço justificável. 

Líder do Grupo de Pesquisas em Pragmática Cognitiva, Rauen produziu um grande avanço nesses estudos em 2014, ao propor uma teoria própria sobre a ação humana: a teoria de conciliação de metas. Conforme sua teoria, a ação humana é motivada por metas, que são estados de realidade projetados no futuro. A partir disso, os seres humanos elaboram hipóteses abdutivas, associando ações antecedentes no presente com as quais pretendem atingir essas metas projetadas. 

No contexto dessas hipóteses, executam as ações e verificam se os resultados se conciliam com os estados projetados. O modelo desenvolvido por Rauen tem sido aplicado com êxito para descrever e explicar planos de ação intencional em vários campos do saber. “Intervenções de ensino e de gestão podem ser descritas e explicadas a partir desse modelo”, exemplifica o autor. 

O Programa de Pós-graduação em Ciências da Linguagem, por sua vez, é a menina dos olhos do professor. Com um seleto grupo de 16 renomados pesquisadores e atualmente com 80 estudantes, o Programa é parte relevante da história da Unisul. 

Ele abriga o primeiro curso de Mestrado e o primeiro curso de Doutorado da Unisul recomendado pela Capes, três periódicos científicos altamente qualificados e consolidada experiência na promoção de eventos científicos. “Mais recentemente, foi também o primeiro Programa da Universidade a receber a nota 5 da Capes, referendando a excelência nacional de sua formação”, comemora Rauen. 

Você sabia?

Que o Programa de Pós-graduação em Ciências da Linguagem atua em Tubarão desde 1999 e desde 2001 na grande Florianópolis. O Programa já formou 362 mestres e 78 doutores das mais variadas formações acadêmicas nesses 20 anos. São mais de 400 profissionais altamente qualificados atuando em Universidades, Escolas, Institutos e Iniciativa Privada de todo o Brasil. 

Que a Revista Linguagem em (Dis)curso, coeditada por Rauen, está classificada no mais alto extrato do Qualis Capes (A1) e está abrigada na Base Scielo Brasil. O periódico já publicou 19 volumes, 55 fascículos e 654 artigos científicos desde 2000.

Fique atento!

O Programa de Pós-graduação em Ciências da Linguagem estuda como as linguagens afetam todas as áreas do conhecimento e pode ser cursado por estudantes de todas as formações. Os estudos se concentram em torno de processos textuais, discursivos e culturais em duas linhas de pesquisa: texto e discurso e linguagem e cultura. Inscrições para novas turmas ocorrem em março e abril com início das aulas programado para agosto. Mais informações: linguagem.unisul.br ou no telefone (48) 3621-3369.

As mudanças nas organizações

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O mundo dos negócios encontra-se em constantes mudanças, incertezas e desafios. Muitas vezes, nas empresas, não se percebe que mudanças importantes estão acontecendo ao seu redor e que medidas são necessárias para evitar o impacto negativo nos resultados da organização. O fato que as mudanças diagnosticadas ou não podem causar perda de competitividade, diminuição no volume de vendas e do número de clientes. 

As empresas são desafiadas diariamente a mudarem processos, produtos, o posicionamento de mercado e remodelar o seu negócio. A busca pela competitividade torna os concorrentes agressivos, as mudanças em cenários políticos demandam reformulação de estratégias das organizações, e o mercado consumidor vem exigindo cada vez mais dos produtos e serviços ofertados pelas empresas. No cenário de constantes alterações a maior ameaça é a inercia organizacional, ou seja, posicionar-se passivamente frente a todos os acontecimentos do seu entorno. Percebe-se que o mundo dos negócios está em constante evolução, e atualmente, com a globalização e a informatização das relações, tudo se intensifica mais. Acompanhar as mudanças é um desafio, mas deixar de acompanhar pode representar problemas graves de competitividade. É o que vem acontecendo no mercado bancário, onde novos bancos e novas tecnologias modificam e vão modificar o comportamento dos prestadores de serviços bancários. Do ponto de vista político, a baixa taxa de juros Selic cria oportunidades e melhora o mercado dos empréstimos, inclusive, motiva a criação e ampliação dos serviços bancários relacionados ao segmento de empréstimos. Em contraponto, a pulverização dos serviços de cartão de crédito torna o mercado muito competitivo, de forma que reduz o interesse de novos entrantes e torna o negócio mais acirrado para quem já está consolidado. 

Uma ferramenta que pode ajudar a gerenciar as mudanças e a avaliação de cenários. Este tipo de ferramenta tem como finalidade avaliar o cenário futuro em termos de mercado, tecnologias, políticas, economia entre outras variáveis que podem afetar o desempenho das empresas. A premissa das mudanças é converter as dificuldades e os desafios em oportunidades. O espírito empreendedor e inovador dos tomadores de decisões precisa estar contido nas estratégias organizacionais para que isso aconteça. Em muitos casos, se faz necessário destruir o (s) próprio (s) produto (s) e substituir por um produto com maior tecnologia embarcada e que melhor atende os desejos e necessidades dos consumidores.

Você sabia!

Existe uma ótima oportunidade para quem pretende ampliar os conhecimentos e desenvolver pesquisas acadêmicas em Ciências Ambientais. Está aberto processo seletivo para discentes do programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Unisul, no nível de mestrado. Os candidatos podem se inscrever até o dia 05/02/2020, para obter maiores informações acesse: http://www.unisul.br/wps/portal/home/ensino/mestrado-e-doutorado/mestrado-em-ciencias-ambientais/como-ingressar

Fique Atento!

A Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (FAPESC) em parceria com o Sistema FIESC (Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina)/Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina (IEL/SC), convida empresas, Instituições de Ciência, Tecnologia e Inovação (ICTIs) públicas e privadas, órgãos de Governo e entidades do terceiro setor sediadas em Santa Catarina, através da Chamada Pública FAPESC nº 10/2019,  a apresentarem projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PDI) com o intuito de obter bolsas de apoio à inovação. Saiba mais em: http://www.fapesc.sc.gov.br/edital-de-chamada-publica-fapesc-no-10-2019-programa-talento-inovador-sc-em-fluxo-continuo/.

Você sabia que um vírus pode causar obesidade?

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Esta semana teremos na coluna uma matéria surpreendente que, como não poderia deixar de ser, confirma o quanto a pesquisa e a busca pela inovação, pode contribuir para o progresso da ciência e do bem-estar da sociedade. 

A autoria é da Professora Doutora Fabiana Schuelter Trevisol, a qual vamos conhecer um pouquinho agora. Com seu sorriso fácil e doce, a mulher determinada e, indubitavelmente curiosa, nos revela pontos de sua trajetória profissional e pessoal. “Sou egressa da 1ª Turma de Farmácia e Bioquímica da UNISUL. 

Além de fazer minha especialização em Farmácia Clínica e Farmacoterapia e o Mestrado em Saúde Coletiva na Instituição, também sou colaboradora desde o ano 2000. Foi justamente na graduação que conheci meu esposo, Daisson José Trevisol, com o qual tenho duas filhas: Beatriz e Letícia. Foi a partir do Mestrado que descobri a vocação para a carreira acadêmica, principalmente na área de pesquisa. 

O Doutorado foi concluído na Universidade Federal do Rio Grande do Sul em 2010. E no ano seguinte fui aprovada no processo seletivo docente para o Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da UNISUL, onde atualmente estou como coordenadora adjunta. Atuo, também, como professora dos Cursos de Medicina e Enfermagem. 

Há 10 anos, montamos, Daisson e eu, o Centro de Pesquisas Clínicas do Hospital Nossa Senhora da Conceição/UNISUL, ligado à Rede Nacional de Pesquisa Clínica do Ministério da Saúde. Na nova gestão do hospital, nossas funções foram ampliadas para além da pesquisa, sendo também responsável pela parte de ensino e estágios. A vida profissional me ocupa bastante, pois o professor/pesquisador também leva muito trabalho para casa. Mas procuro balancear a vida profissional e pessoal, pois como profissional de saúde, sabemos a importância do tempo para a família, o lazer, a prática de atividade física e, até mesmo, o descanso. Quando não estou me dedicando ao trabalho, gosto de viajar, cozinhar, assistir séries e filmes, sair com os amigos e ler um bom livro”. 

VOCÊ SABIA QUE UM VÍRUS PODE CAUSAR OBESIDADE?

Professora Fabiana Schuelter Trevisol
E-mail: fabiana.trevisol@unisul.br

Desde 1980, a obesidade tem aumentado significativamente, sendo considerada como a epidemia do novo milênio, afetando diferentes estratos populacionais. Hoje a obesidade mata mais pessoas que a desnutrição. Apesar de se saber que, em geral, a obesidade está relacionada a um desequilíbrio entre a ingestão excessiva de alimentos e o baixo gasto energético (sedentarismo), ela é uma doença complexa e multifatorial, podendo ser explicada também por pré-disposição genética, processos inflamatórios, meio ambiente, e até mesmo, infecções virais.

Considerando as mudanças dietéticas e de estilo de vida dos seres humanos nas últimas décadas, há um consumo excessivo de alimentos ultra processados e pouca adesão à prática de exercícios físicos de intensidade e em quantidade suficiente. Mesmo assim, cientistas evidenciaram que até animais silvestres têm apresentado maior ganho de peso com o passar dos anos.

Por esse motivo, estudos iniciados em 1990 demonstraram que alguns vírus causam a obesidade e a adiposidade em diversas espécies animais, como em ratos, camundongos, frangos, símios e hamsters. Baseado nesta hipótese, pesquisadores americanos, em colaboração com cientistas de outros países, verificaram que o adenovírus 36 humano (Adv36) estava relacionado à obesidade em seres humanos. Diversos estudos foram feitos nos Estados Unidos, Coreia do Sul, Suécia, República Tcheca, Itália, Eslováquia, Turquia, México, entre outros, tanto com adultos, quanto com crianças. A maioria encontrou a presença do Adv36, sendo mais frequente em indivíduos obesos do que não obesos, mostrando uma possível relação causal.

O Adv36, assim como outros adenovírus, é transmitido de pessoa a pessoa e costuma causar conjuntivite e infecção intestinal. Contudo, ele pode modificar as células de gordura do corpo (adipócitos), fazendo com que acumulem mais gordura e, consequentemente, causando excesso de peso ou obesidade nas pessoas afetadas. A forma como o Adv36 provoca obesidade se dá pelo aumento da ingestão alimentar (pois suprime os hormônios da saciedade), acúmulo de lipídios no interior das células de gordura, inflamação e maior captação da glicose sanguínea.

Em 2015, iniciamos uma parceria com Dr. Richard Atkinson e Dr. Nikhil Dhurandhar e realizamos testes em três diferentes amostras de pessoas que vivem em Tubarão: crianças de 9 a 12 anos de idade, pessoas que vivem com HIV e adultos hospitalizados para realização de cirurgia. Com exceção do último grupo, houve associação entre excesso de peso e infecção pelo Adv36 nas pessoas investigadas. Esses são os primeiros estudos realizados no Brasil, o segundo da América Latina, e originaram duas teses de Doutorado de Ana Carolina Lobor Cancelier e Helena Caetano Gonçalves e Silva, e uma dissertação de Mestrado de Jaime Fernandes, alunos do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Unisul.

Foram coletadas amostras de sangue e biópsia de tecido adiposo para se identificar a presença de anticorpos contra o Adv36 ou do próprio vírus. Essas amostras foram enviadas aos Estados Unidos, pois somente lá eles possuem os kits para realizar o diagnóstico.

Assim, concluímos que a infecção pelo Adv36 pode ocasionar obesidade ou excesso de peso nas pessoas acometidas. Não existe até o momento um tratamento adequado para este problema, mas recomenda-se dieta equilibrada e prática de atividade física para toda a população, pois são medidas preventivas contra outras doenças. Ressalta-se que há estudos iniciais que visam o desenvolvimento de vacinas contra os adenovírus, especialmente o subtipo 36.

Outro ponto que merece destaque é o desenvolvimento de projetos de pesquisa em rede, em parceria com outros pesquisadores do Brasil e do mundo, procurando resolver os problemas de saúde que impactam nosso dia a dia, em prol da qualidade de vida da população.

Você sabia?

Se você já concluiu o Ensino Médio, pode agendar uma prova na Unisul e ingressar no ensino superior por meio do Vestibular Agendado. A inscrição (presencial ou online, conforme sua escolha) é totalmente gratuita e a matrícula é imediata, mediante a classificação na Prova. Mais informações: http://www.unisul.br/forma-de-ingresso/presencial/vestibular-agendado/

Fique atento!

A partir de 2020 o Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde está com vagas abertas permanentes para Mestrado e Doutorado por fluxo contínuo. Basta acessar:

Link Mestrado: http://www.unisul.br/wps/portal/home/ensino/mestrado-e-doutorado/mestrado-em-ciencias-da-saude/  ou Link Doutorado: http://www.unisul.br/wps/portal/home/ensino/mestrado-e-doutorado/doutorado-em-ciencias-da-saude/ ou ligar para (48) 3621-3363 e ver a documentação necessária. Contamos com um time de 17 professores permanentes, em quatro diferentes linhas de pesquisa. Há possibilidade de concorrer a bolsas e taxas disponíveis em editais específicos. 

A integração entre as modalidades presencial e a distância na Unisul

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Sinto-me muito honrada em apresentar a Prof. Doutora Patrícia da Silva Meneghel, por quem nutro grande admiração. Sua autodescrição é tão bem encadeada que não ousei modificar suas palavras, as quais reproduzo literalmente.

“Sou mãe, filha, sogra e avó, mas, ser avó é algo tão sublime que nem tenho palavras: minha neta Isabela tem 6 meses e já encanta nossa família com toda a vivacidade e ternura que uma criança inspira! Também sou professora, Doutora em Ciências da Linguagem, Mestre em Educação e graduada em Ciência da Computação e Letras. Atualmente, professora da Universidade do Sul de Santa Catarina nas modalidades presencial e a distância. Na modalidade presencial, atuando na graduação, em cursos de licenciaturas (Filosofia, Sociologia, Pedagogia), no âmbito das tecnologias da informação e comunicação (TICs) aplicadas ao contexto educacional. 

Na pós-graduação, com foco na área de Gestão do Conhecimento, no MBA em Gestão Estratégica e cursos de Pós-Graduação em Gestão Escolar, com tecnologias aplicadas à gestão educacional. Na modalidade a distância, atuando como professora, com disciplinas na área de Sistemas de Informação e Tecnologias aplicadas ao contexto de diferentes áreas profissionais: Gestão Pública, Segurança Pública, Turismo, Marketing, Administração, além de disciplinas na área de Letras, como Universidade e Ciência. 

Também professora conteudista da UnisulVirtual e orientadora de trabalhos de conclusão de curso de Pós-graduação em Projetos de TI, Governança em TI. Na parte administrativa da Unisul, atuo na gestão das Unidades de Aprendizagem Virtual (UAV), que são disciplinas cursadas a distância pelos alunos da modalidade presencial da Unisul (Campus norte e sul da Unisul) e também na CPA – Comissão Própria de Avaliação. Além dessas atividades, sou também professora avaliadora do INEP – MEC”. Eu, particularmente, acrescentaria a esta breve biografia, a grandeza de caráter e a doçura da Prof. Patrícia. Embora forte e determinada, sua voz serena sempre entoa palavras suaves e acolhedoras, fazendo tudo parecer mais leve. 

A INTEGRAÇÃO ENTRE AS MODALIDADES PRESENCIAL E A DISTÂNCIA NA UNISUL

Patrícia da Silva Meneghel (professora e gestora das Unidades de Aprendizagem Virtuais)

patricia.meneghel@unisul.br

A modalidade a distância na Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL) se consolidou não só pela oferta de cursos de excelência nas áreas de graduação, pós-graduação e extensão, mas também por corroborar a flexibilidade entre as modalidades de ensino da Universidade: presencial e a distância.

A oferta de disciplinas na modalidade a distância está fundamentada nos Artigos 80 e 81 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. O Artigo 80 estabelece a plena equivalência entre a educação presencial e a educação a distância, permitindo a convalidação de estudos entre as modalidades e, inclusive, a transferência de estudantes entre as modalidades, sem a distinção dos títulos obtidos numa ou na outra modalidade.

A UNISUL, ao promover, em nível institucional, a reformulação dos projetos pedagógicos dos cursos de graduação presenciais, propõe que seja considerada prioridade a inclusão de disciplinas a distância nos limites da legislação vigente (até 20% da carga horária do curso), respeitadas as peculiaridades inerentes a cada curso.

O grande diferencial dessa proposta é fazer com que haja uma integração entre as modalidades de ensino da Universidade e, sobretudo, que o aluno do presencial tenha a oportunidade de transitar pelas diversas formas de ensino e ambientes de aprendizagem que a Universidade disponibiliza, efetivando a inclusão digital e constituindo uma oportunidade de vivências, experiências e competências despertadas pelo mundo virtual.

Ao migrar de uma sala de aula presencial para um ambiente virtual, estudantes e professores passam a interagir de forma diferenciada e inovadora e, ainda, passam a ter assistência de outros agentes que compõe a modalidade a distância: assistentes pedagógicos, coordenações, designers instrucionais e gráficos, acessibilidade etc, através da interação e da cooperação que passa a ser efetiva com o uso das ferramentas disponibilizadas no espaço virtual de aprendizagem.

A disponibilidade de disciplinas a distância na UNISUL, além de oferecer a oportunidade da inovação metodológica e do acesso às novas tecnologias, procura estar em sintonia com o próprio mercado de trabalho que, segundo projeções do Fórum Econômico Mundial, estima-se que cerca de 65% das crianças que hoje estão no ensino primário irão trabalhar em empregos ainda não inventados que, por certo, terão muita relação com as tecnologias de informação e comunicação.

Em um contexto prático, pode-se dizer que a tecnologia integra a vida das pessoas desta geração, oxalá das gerações futuras! 

Assim, é função fundamental da Universidade estar em sintonia com essas tendências e, sobretudo, preparar seus estudantes para serem cidadãos críticos, transformadores e criativos na nova era.

A oferta de disciplinas a distância nos cursos presenciais tem, portanto, um papel transformador na vida acadêmica dos estudantes e na formação de suas competências. 

Segundo o portal Desafios da Educação, um estudo anual conduzido pelo Centro Educacional de Pesquisa Aplicada (ECAR, na sigla em inglês), realizado com mais de 100 mil estudantes norte-americanos, apontou que 70% deles aprendem melhor em um ambiente de ensino misto (on e off-line). Além disso, cerca de 50% dos alunos afirmaram estar mais ativamente envolvidos em aulas que usam tecnologia. 

Nessa perspectiva, a integração entre as modalidades presencial e a distância na Unisul demonstra estar em sintonia com as tendências mundiais quando se fala de educação aliada à tecnologia.

 

Você sabia?

Foi publicada no D.O.U a PORTARIA Nº 2.117, DE 6 DE DEZEMBRO DE 2019 que dispõe sobre a oferta de carga horária na modalidade de Ensino a Distância em cursos de graduação presenciais ofertados por Instituições de Educação Superior, revogando, assim, a Portaria MEC nº 1.428, de 28 de dezembro de 2018.Anteriormente, a oferta de EAD para cursos presenciais era limitada a 20% da carga horária total do curso, mas podia ser ampliada para 40%, desde que atendidos determinados requisitos exigidos pelo MEC. Agora, a Portaria Nº 2.117 flexibiliza a possibilidade de oferta EAD para até 40% da carga horária de todos os cursos superiores presenciais, com exceção apenas do curso de Medicina.

Fique atento!

As matrículas para as disciplinas a distância na UNISUL – Unidades de Aprendizagem Virtuais (UAV) – estão abertas para os que já são estudantes da Universidade! Se você não é estudante da UNISUL poderá cursar uma disciplina especial a distância, através do link: http://www.unisul.br/wps/portal/home/ensino/cursos-de-curta-duracao/disciplinas-ou-unidades-de-aprendizagem-especiais-a-distancia/

Jonas Schneider apresenta o professor Rennan de Medeiros

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Apresento o amigo pesquisador da semana, o professor Rennan de Medeiros. Um grande empreendedor na Unisul, que atua com prestação de serviços tecnológicos e pesquisa científica no setor da construção civil. Desenvolve trabalhos exitosos e com significativa contribuição para o setor da construção civil, principalmente na região da Amurel. Exerce o papel de coordenador do Laboratório de Engenharia Civil da Unisul.

O professor Rennan Medeiros iniciou sua vida acadêmica na universidade do Sul de Santa Catarina cursando Engenharia Civil. Desde de o primeiro semestre foi bolsista de Incitação Científica pelo programa financiado pelo Governo do Estado de Santa Catarina – Artigo 170, tendo recebido 5 bolsas em 5 diferentes projetos. Além destas bolsas, teve a oportunidade de participar e coordenar projetos de consultoria para obras de destaque na região sul de Santa Catarina como aqueles desenvolvidos pelo LEC para obra Túnel do Morro do Formigão e a Ponte de Laguna, sempre na área de tecnologia de concreto e patologia das construções. Ao final de sua graduação, foi aceito como aluno de do Programa de Pós-graduação em Engenharia Civil da Universidade Federal de Santa Catarina, onde desenvolveu sua pesquisa, também em tecnologia de concreto obtendo o título de mestre. Rennan, atualmente, é professor do curso de Engenharia Civil da UNISUL, Professor Supervisor do Laboratório de Engenharia Civil (LEC) do mesmo curso e pesquisador dedicado a busca por soluções de problemas demandados pela indústria da construção civil.

Está semana o professor Rennan debate sobre os desafios e perspectivas da inovação no setor de construção civil.

INOVAÇÕES NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Rennan Medeiros/ Professor do curso de Engenharia Civil

rennan.medeiros@unisul.br  

Nos dias atuais é crescente a necessidade da busca por inovações nos diferentes setores da indústria, chamamos os tempos atuais de revolução digital 4.0. Contundo, como podemos identificar a aplicação destas tecnologias na construção civil, um dos setores mais antigos da indústria. Este setor segue aplicando técnicas a muito desenvolvidas que necessitam de atualização, mas que seguem, mesma que vez ou outra, apresentam problemas patológicos que mais tarde são apontados como originados na etapa construtiva. Estas falhas cada mais comuns na mídia precisam ser evitadas, e para isso precisamos inovar e aperfeiçoar os métodos e as etapas empregados no processo construtivo. Entretanto, podemos dizer que já estivemos mais longes, avanços já podem ser listados nas diferentes etapas do processo construtivo. Em certas etapas já podem ser observados avanços como no fornecimento de materiais, passando pelas montagens dos elementos constituintes das edificações e obras de arte especiais, até no monitoramento das estruturas durante sua vida útil, de forma a garantir sua durabilidade necessária.

Iniciando pelos materiais constituintes, destaca-se o concreto – material mais utilizado na construção civil, que possui histórico de expressiva variabilidade produtiva devido ao seu comportamento tixotrópico e sua sensibilidade às falhas humanas, como muitos outros materiais. A fim de reduzir a variabilidade produtiva, garantindo maior exatidão nas propriedades requeridas com o emprego de menores quantidade de materiais que contribuem para o efeito estufa, foi desenvolvido nos Estados Unidos pela empresa GCP Applied Technologies o sistema VERIFI®. Este sistema, que controla a produção do concreto através de conceitos de inteligência artificial, permite medir, gerenciar e ajustar as propriedades do concreto em tempo real, desde o carregamento na Central Dosadora de Concreto (CDC) até a sua deposição final na forma, tirando estas funções dos operadores, como balanceiros e motoristas. Com mais de 3 mil caminhões betoneira com este sistema em pleno funcionamento em várias regiões dos EUA, Londres e Cingapura, a tecnologia chega ao Brasil para revolucionar as CDC.

A fim de otimizar o controle dos processos de montagem dos elementos que compõem as edificações, foi desenvolvido um aplicativo para smartphones que contempla a aquisição de informações desde a montagem das formas e das armaduras, passando pela concretagem e pela cura, finalizando na desforma dos elementos de concreto armado e/ou protendidos. Estas informações contemplam desde quantidade de materiais utilizados, tempo para desenvolvimento de cada etapa e quantidade de pessoas envolvidas, até a compatibilidade do executado com projeto em tempo real. Isto previne o surgimento de problemas vivenciados em obras construídas anteriormente que estão em uso e que geram expressivas cifras para sua recuperação.

Uma construção deve ser pensada e executada de forma a garantir seu uso durante toda sua vida útil, atendendo os requisitos estabelecidos em projeto para garantir o conforto e segurança dos usuários. Assim, uma etapa antes negligenciada, mas atualmente em alta no setor, é o monitoramento e a manutenção das edificações e das obras de arte. Para que esta etapa seja realizada com a precisão necessária, sem gerar desconforto aos usuários nem avarias aos elementos que compõem as construções, é necessário o uso de equipamentos e sistemas high tech. Foram desenvolvidos equipamentos que permitem a investigação das condições da camada passivadora e protetora das armaduras até o potencial de corrosão instalado nas barras de aço, sem causa nenhum dano a estrutura, utilizando princípios de ressonância magnética, por exemplo.

Estes avanços mostram que a construção civil, mesmo que um pouco mais tarde que outros setores, tem buscando utilizar de conceitos da Industria 4.0 para otimizar seus processos, proporcionando maior qualidade aos seus produtos com o mínimo de materiais possível e buscando a sustentabilidade de seus processos, contribuindo para conservação do planeta.  

Você sabia?

O curso de Engenharia Civil da UNISUL em busca de continuar contribuindo para o aprimoramento dos profissionais da construção civil lançou em 2019 dois novos cursos de Especialização – Patologia das Construção e Tecnologia do Concreto, com grandes nomes da Engenharia Civil nacional no seu corpo docente.

Fique atento!

As inscrições para o curso de Engenharia Civil da UNISUL pelo histórico escolar estão abertas.

TECNOLOGIA E SUSTENTABILIDADE: TENDÊNCIA OU NECESSIDADE?

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Seguindo com o “Projeto Meu Amigo Pesquisador”, esta semana vamos apresentar mais uma colaboradora desta coluna, a Professora Deisy D’Aquino Claudio. Além de mulher forte, determinada e profissional competente, é mãe de dois filhos maravilhosos – Halem, acadêmico de Medicina e Jade estudante de Direito. Apaixonada por moda e pela indústria têxtil, possui formação em Gestão da Produção do Vestuário e Design de Moda, ambos pela Universidade do Sul de Santa Catarina, trabalha com as unidades de aprendizagem de Projetos de Coleção, Planejamento e Controle de Produção, Sistemas e Processos de Produção, Modelagem, Tecnologia Têxtil e Ateliê de Protótipos, desde 2012. Atuou como coordenadora do curso de Tecnologia em Design de Moda da UNISUL por dois anos e, hoje, além de docente, coordena a Pós-Graduação em Modelagem Criativa para o Vestuário. Atenta aos movimentos da era tecnológica, a perspicaz professora nos brinda com um interessante artigo sobre a importância das relações humanas no mercado da moda e na definição dos padrões de consumo.

Tecnologia e Sustentabilidade: Tendência ou Necessidade?

Professora Deisy D’Aquino Claudio

deisy.claudio@unisul.br 

A tecnologia vem influenciando a evolução da moda, trazendo transformações diárias e quem dita o ritmo desta transformação é o próprio consumidor, visto que a moda / tendência é um retrato da sociedade contemporânea. Essa evolução vem com um nível de exigência cada vez maior, os clientes não buscam apenas um produto, procuram algo que esteja de acordo com seus valores e que cheguem em suas mãos de forma rápida e fácil.

Os novos consumidores surfam na onda da era digital, passando muito mais tempo em frente as telas, ganhando vozes nas diversas redes sociais e exigindo uma nova forma de relacionamento com as marcas, empresas e instituições. A maioria das compras é feita através de computadores, celulares e tablets, substituindo as lojas físicas.

Embora o investimento em novas tecnologias seja essencial para levar o consumidor a uma experiência cada vez mais digital, as relações humanas continuam a fazer diferença para o mercado da moda, revigorando a credibilidade das marcas e tornando-se um importante fator de estímulo ao consumo. Várias marcas já se deram conta que o preço do produto não é o diferencial principal na decisão de compra, questões como sustentabilidade também fortalecem este processo.

Uma das maiores tendências no processo de modernização da indústria da moda é a sustentabilidade, e o público desta indústria traz consigo um desejo cada vez maior de limitar ou até mesmo reverter os danos causados ao meio ambiente. Essa necessidade de transformação na reflexão por parte das marcas e lojas que atendem ao consumidor, reavalia a estrutura de negócios e de precificação a medida que a demanda real seja por produtos duráveis, sustentáveis e que possam ser revendidos.

A indústria deve também investir em tecnologias que adicionem valor às etapas dos processos de produção, priorizando a sustentabilidade humana e as oportunidades geradas pelas mudanças no padrão de consumo. Algumas dicas para acompanhar esta tendência de mercado são: aprimorar a qualidade dos produtos para que durem mais, criar produtos que não percam o valor ao longo do processo de revenda e desenvolver estratégias provocativas em torno do uso do plástico, encontrando maneiras de transformá-lo em algo benéfico ou eliminando de sua linha de produtos.

Se faz necessário avaliar como as novas tecnologias e as reflexões do novo consumidor podem influenciar na produção e no consumo de moda. Essa nova mentalidade exponencial traz consigo uma série de questionamentos que rompem com os atuais paradigmas da indústria da moda, e o desfecho é uma série de coleções criadas pensando no consumidor real.

Podemos observar facilmente na publicidade, que um movimento que tem se fortalecido muito nos últimos tempos é a “hiperpersonalização”, os consumidores são observados por seu histórico de navegação e em seu comportamento online. Assim é possível sugerir peças e combinações de roupas com base em compras anteriores sem deixar de avaliar a região e o clima. O resultado é uma experiência de consumo totalmente personalizada, com sugestões de tendências sazonais e preferências pessoais do consumidor.

Diante desse novo mundo, a evolução é essencial, a chave para o futuro é a conectividade buscando a ressignificação entre indústria e consumidor e a inovação com a integração de todo processo da indústria de confecção têxtil, conectando de forma humana os três pilares da moda: pesquisa, criação e desenvolvimento. 

Você sabia? 

O Curso de Tecnologia em Design de Moda da Unisul, possui laboratórios de informática para aulas com os softwares Audaces moldes, Audaces encaixe, Corel Draw, Ilustrator, Photoshop e agora também em parceria com Coleção.moda, um PLM (gerenciador do ciclo de vida dos produtos dentro da indústria) focado nas necessidades cotidianas dos estilistas e profissionais da área de moda.

Fique atento!

Se você tem o desejo de trabalhar como modelista ou atuar em cargos semelhantes como líder de produção ou coordenador do setor de modelagem, conheça a Pós-graduação em Modelagem Criativa para o Vestuário, é um curso presencial que abrange técnicas apuradas em crepagem, moulage, modelagem plana, alfaiataria e modelagem computadorizada. Para maiores informações entre em contato pelo telefone (48) 99166 5011 ou através do site www.unisul.br 

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