Florianópolis
Florianópolis
Laguna
Cristiano Carrador
Tubarão
Não faltou a lamentável sujeira pelas ruas, houve compra de votos, ameaças, até uma bomba caseira, mas o dia 7 de outubro de 2012 mais uma vez ficará marcado nas 20 cidades da região metropolitana de Tubarão e Orleans. Semanas depois de assumirem, os futuros prefeitos, se já não estavam nos cargos, reclamarão da falta de dinheiro, da desorganização dos antecessores…
Discurso vencido! A saída é arregaçar as mangas para cumprir as promessas. A população, com razão, cobrará. Por aqui, faremos o mesmo de sempre. Todas as propostas estão devidamente anotadas e serão cobradas. Os municípios da região têm muitos problemas. Exceto São Ludgero, com 100% de coleta e tratamento de esgoto, Orleans, com aproximadamente 95%, e Gravatal, Laguna e Imbituba, com uma pequena parte, os outros estão no zero neste quesito.
A saúde, como sempre, é a prioridade na maioria dos municípios. Os prefeitos precisam ter atenção especial com o setor e com a educação. Com a infraestrutura não é diferente! Há milhares de quilômetros de estradas de chão batido, as novas não acompanham a quantidade cada vez maior de veículos.
Só uma prefeita foi eleita na região, Dilcei Heidemann (PMDB), em Santa Rosa de Lima. Substituiu o marido, Bertilo, impedido de concorrer por ter contas rejeitadas pelo TCE quando foi prefeito, em 2004.
Cidade Azul é coberta de vermelho
Fernando Silva
Tubarão
A Cidade Azul tornou-se vermelha ontem. O cenário político de Tubarão foi definido com a vitória do candidato do PT, Olavio Falchetti, com 44,54% da preferência dos eleitores. Foram 26.921 votos, quase o dobro do segundo colocado, Edinho Bez (PMDB), que somou 14.092 (23,32%) da preferência nas urnas. O ex-prefeito Carlos Stüpp (PSDB) obteve 11.353 confirmações (18,78%). O atual gestor, Pepê Collaço (PSD), ficou com 8.073 votos (13,36%).
Na câmara de vereadores, o partido do prefeito eleito assumirá três cadeiras. A festa vermelho tomou conta da avenida Rodovalho, onde fica o comitê de Olavio. Entre abraços e sorrisos ele e o vice, Akilson Ruano Machado, declarou-se orgulhoso da vitória.
“Estamos todos muito felizes. É a prova de que as pessoas querem mudança, querem algo diferente da política da qual reclamam. Durante toda a campanha, focamos o nosso trabalho em propostas. Recebemos muitas críticas, mas no fim a semente de confiança que plantamos floresceu nesta grande vitória para Tubarão”, valoriza Olavio, já rouco de tanto comemorar.
O futuro prefeito aproveitou o momento para fazer uma reflexão e sua trajetória. “Em todas as eleições participei com as mesmas propostas. Coisas que as pessoas precisam. Os tubaronenses mostraram que confiam em mim, vou retribuir essa confiança com muito trabalho e transparência”, promete.
Sobre a sua primeira ação na prefeitura, Olavio destaca que vai começar pela saúde. “Primeiramente, quero ir até a prefeitura e tomar conhecimento de como estão as coisas. Avaliar todo o andamento da máquina pública e então definir as nossas primeiras ações. De qualquer forma, a minha vontade é iniciar o trabalho pela saúde. Precisamos humanizar o setor, trazer mais remédios para a população, além de promover uma série de ações para agilizar o atendimento”, adianta o futuro prefeito.
Militantes petistas comemoravam antes mesmo do fim da apuração das urnas.
Somente seis vereadores reeleitos em Tubarão
Agora com 17 vagas, a câmara de vereadores de Tubarão passará por uma renovação relativa no próximo ano. Seis candidatos foram eleitos pela primeira vez: Lucas Esmeraldino (PSDB), Zaga Reis (PP), Clodoaldo de Medeiros (PT), professor Paulão (PT), Joel da Farmácia (PMDB) e Julio Kuriskinho (PP). Outros já foram vereadores ou assumiram como suplentes: Matusalém dos Santos, o Matusa (PT), Gelson Bento (PP), Gilson Paes, o Chumbinho (PSD), Neno da Farmácia (PMDB), Jairo Cascaes (PSD) e Eraldo Pereira da Siva (PPS). Conquistaram a reeleição, Nilton de Campos (PSDB), Evandro Almeida (PMDB), Edson Firmino (PMDB), Caio Tokarski (PSD) e João Fernandes (PSDB). Espera-se que todos, de todos os municípios, cumpram os artigos 29 e 30 da Constituição: legislar e fiscalizar o executivo. Também vamos cobrar!
Fernando Silva
Imaruí
Braço do Norte
Nenhum dos candidatos que tentava a reeleição ou apoiava candidato conseguiu sucesso no Vale do Braço do Norte nas eleições 2012. Na capital da moldura, o ex-prefeito Ademir Matos (PMDB) levou a melhor sobre o atual administrador.
Ademir e o seu vice Charles Bianchini (PSD) Matos conquistaram 10.076 votos. Para o novo prefeito, que já administrou o município por duas gestões e obteve as maiores votações da história do município, a responsabilidade começa agora. Ele promete que a partir de janeiro do próximo ano a cidade viverá uma nova era.
“O povo de Braço do Norte mostrou que acredita em nossas propostas e pode ter certeza que a partir de janeiro iniciaremos um importante momento na história de nossa querida cidade. Um momento de mudança e realizações”, comemora Ademir.
O prefeito eleito agradece a todos que acreditaram em suas propostas. “Tivemos uma equipe que trabalhou unida e não desistiu, o povo mostrou que nos quer de volta e esse é apenas o começo”, declara.
Charles Bianchini acredita que o resultado mostra que Braço do Norte está com as esperanças renovadas e confiantes na mudança. “Estamos apenas começando, agora a responsabilidade é ainda maior. Fizemos uma campanha limpa, baseada na verdade e com propostas. Mais uma vez a verdade foi confirmada pelas urnas”, destaca Ademir, emocionado.
Fernando Silva
São Ludgero
A eleição em São Ludgero foi acirrada. Com o resultado final de números muito próximos, o prefeito eleito Volnei Weber (PMDB), conquistou a vitória com 88 votos a mais que o segundo colocado e 255 votos a mais que o terceiro colocado.
Em um último pedido para a eleição, na noite de sábado, o prefeito pediu pelo Facebook para que cada um pedisse a ajuda de um amigo. O resultado do pleito poderia ter sido outro se não houvesse uma abstenção de 9,30% de eleitores.
A atitude rendeu, Volnei conseguiu acumular 2.543 votos, o equivalente a 34,89% dos votos válidos. Em seus últimos dias de campanha, o prefeito aproveitou para passar nas casas da cidade. Ele inclusive conta que riu e chorou com a população do município. Viu as necessidades e as dificuldades do povo.
São Ludgero teve uma apuração de 8.249 votos no total. A abstenção chegou 767, o que representa 9,30% dos votos válidos. Votos nulos somaram 105 (1,4%). Brancos chegaram a 88 (1,48%).
Lily Farias
Capivari de Baixo
A disputa acirrada em Capivari de Baixo fez com que os eleitores só soubessem quem é o novo governante da cidade na metade da apuração dos votos. Nas 42 seções, foram contabilizados 14.988 votos, 8.528 (60,01%) a favor do Moacir Rabelo (PP) e seu vice Tião da Telha (PDT). O atual prefeito, Luiz Carlos Brunel Alves (PMDB), e Beltrame (PSD) ficaram em segundo, com 5.682 (39,99%) votos. Uma de diferença de 2.846 votos entre os candidatos.
Moacir assumirá a prefeitura de Capivari pela segunda vez – já cumpriu mandato entre 2004 e 2008. “O que as pessoas verão nos próximos quatro anos é a continuação do meu trabalho durante aquele período. Vou governar ao meu modo e também dar continuidade ao que o Brunel fez desde 2008”, adianta Moacir.
Foi a primeira vez que Tião da Telha concorreu à prefeitura e se diz satisfeito com o resultado. “Farei o possível para acompanhar o prefeito Moacir nesta caminhada. Serão quatro anos que dedicarei de luta em benefício de toda a comunidade”, enfatiza o vice-prefeito eleito.
Para Moacir, os últimos três meses foram decisivos para garantir a vitória, que não pode em nenhum momento ser comemorada antes das eleições. “Foi uma disputa acirrada, difícil de saber com antecedência quem seria o vencedor. Mas a vitória de hoje é o resultado do que o povo deseja”, ressalta Moacir.
Os votos válidos somaram 14.210. Votos brancos 319 e nulos 459. Não compareceram às urnas 1.436 eleitores.
Lily Farias
Pescaria Brava
Eleitos os primeiros prefeito e vice de Pescaria Brava, com 3.272 votos (52,23%), Antonio Honorato (PSDB) e Enaldo Cardoso (PSD) tiveram apenas 2% de diferença dos segundos colocados, Deyvisson Souza (PMDB) e o vice Marcelo Mendes (PT), com 2.992 votos (47,77%). A candidata Maristela (PHS) não teve votos contabilizados porque está com a candidatura indeferida.
Com o desafio de reconstruir o que os moradores do município de Pescaria Brava consideram abandonado por Laguna, Honorato tem um forte plano de governo. Pretende montar uma equipe com a finalidade de pensar em um recomeço.
“Criaremos um conselho político para montar um grande governo que dê sustentação ao plano de trabalho. Sem esquecer que tudo foi criado com o apoio da comunidade”, especifica Honorato.
Entre as metas, está a recuperação das estradas locais e da estrutura das escolas. Além da criação de uma creche em tempo integral nos locais com o maior número de moradores. “Os professores da rede municipal ganharão o que é deles por direito, o piso nacional da categoria”, garante.
Na área da saúde, Honorato pretende criar uma espécie de policlínica e firmar convênio com o Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC) para garantir mais qualidade no atendimento à população.
Honorato tem grandes projetos visando o agronegócio e o turismo rural. Para colocar em prática os seus planos, pretende começar o governo com técnicos nas secretarias. “Quero aproveitar pessoas de notáveis saber e que não tiveram oportunidades”, adianta.
Recém emancipado
Com aproximadamente 16 mil habitantes, o município de Pescaria Brava foi criado em 2003. Um plebiscito realizado em 29 de junho daquele ano pelo Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina aprovou, com 25,38% (12.877), a emancipação política do Distrito de Pescaria Brava da cidade-sede Laguna. O novo município é formado pelas comunidades de Santiago, Ribeirão de Pescaria Brava, Caruru Siqueiro, Sertão do Siqueiro, Indaial, Sertão da Estiva, Taquaruçu, Ponta da Laranjeiras e parte do KM 37 e do Bananal.
Primeiros eleitores de Pescaria Brava
Com um eleitorado de 7.060, apenas 537 não compareceram às urnas ontem. Os votos válidos contabilizaram 6.264, com 82 brancos e 177 nulos.