sexta-feira, 26 abril , 2024
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Nazareno Schmoeller Souza

Antenor José Pavei, de Braço do Norte, morre aos 80 anos

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O braçonortense Antenor José Pavei, de 80 anos, veio a óbito às 6h30 desta segunda-feira (12), em decorrência de problemas cardíacos e pulmonares. Antenor era uma pessoa conhecidíssima na região de Braço do Norte.

Ele trabalhou como instrutor agrícola junto a plantadores de fumo por muitos anos e, posteriormente, fundou a empresa Compave, especializada no comércio de peças para caminhões. Foi também suplente de vereador em Braço do Norte e secretário de Transportes e Obras por duas ocasiões.

Filho mais velho de uma família de 11 irmãos, Antenor é o primeiro a falecer. Ele deixa quatro filhos e cinco netos. Seu corpo está sendo veledo na capela mortuária Previne e às 9h ocorrerá seu sepultamento no Cemitério Municipal de Braço do Norte.

 

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Domínicos Weber, 87 anos: do morro cheio de pedras, garantiu o sustento da família

Uma pessoa simples, sem títulos, sem influência política ou cargos importantes. Apenas com o segundo ano do primário. Residente na comunidade do Rio Pequeno, em Grão-Pará, casou-se e construiu família quando tinha 46 anos, apenas depois de ajudar os irmãos e ter cuidado por vários anos de seus pais.

Durante toda sua vida, seu Domínicos foi agricultor, plantador de feijão, milho, cana, criou porcos e bois em pequena quantidade. Tirou do morro cheio de pedras, da sua propriedade, o pão de cada dia e o sustento de sua família.

Com cavalo e charrete fazia suas voltas em Braço do Norte e Grão-Pará. Não tem muitas posses, mas junto com sua esposa Maria Evandina Kirchner Weber, ensinou o que é dignidade aos filhos com o valor do trabalho, honestidade, seriedade e a simplicidade.

Seu Domínicos também andou muito de bicicleta. Uma vermelha conhecida por muitos, fazendo o trajeto de Rio Pequeno e Braço do Norte. Um homem tímido, alguém que aprecia a leitura e entre uma e outra notícia relembra a época que seu pai, Bertoldo Weber com o então amigo Oswaldo Westphal, dedicavam dias de trabalho na construção do Hospital Santa Teresinha.

Domínicos era um dos filhos mais velhos e na maioria das vezes ficava em casa ajudando nas atividades enquanto seu pai se deslocava a Braço Norte. “O meu Pai era amigo do Westphal e juntos fizeram boas colheitas para construir a obra. Uma vez saíram para pedir bois gordos para arrematar. Ganharam um total de 60 bois de prenda”, relembra.

Hoje, comemora seus 87 anos bem vividos com a família. Continua a morar na mesma comunidade, no Rio Pequeno onde sempre será seu lar. Seu Domínicos vive apenas com a esposa e o sentimento dever cumprido. Os dois filhos Bertoldo, Jania e os três netos o visitam com frequência.

O filho mais velho, Bertoldo Kirchner Weber, conta que o maior ensinamento que levará para sempre do seu pai é a honestidade. “Essa foi a maior lição que tivemos, se preciso for, passe fome, mas honre com seus compromissos e sua palavra”, orgulha-se.

O passar dos anos aproximou ainda mais seu Domínicos dos filhos. Sempre exigente e atencioso, hoje, vendo a dedicação dos filhos em atendê-lo, percebe que conseguiu cumprir sua missão, inclusive por perceber que eles dedicam o mesmo amor e cuidado que um dia receberam.

DIÁLOGO ENTRE PAIS BUNDÕES

Ela – Mor, estou muito preocupada com o Juninho. Estou pensando que quando voltar as aulas presenciais, deveríamos trocar ele de escola.

Ele – Mas porque estás pensando em fazer isso Chero?

Ela – Acho que não estão educando direito o nosso menino. Acredita que ontem ele deu um tapa na minha cara!? Está muito rebelde para um menino de seis aninhos.

Ele – Sabe que você tem razão? Acabei não comentando, achei até que não era relevante, mas no domingo pela manhã, ele pediu para eu ir comprar sorvete. Era perto das 11 horas e eu disse que compraria a tarde, quando fôssemos no mercado. Ele ficou furioso e cuspiu em mim.

Ela – E o que você fez? Você não xingou o menino né!

Ele – Claro que não Chero, eu parei de lavar o carro e fomos nós dois comprar sorvete pra ele. Foi naquela hora que tu foste na casa da tua irmã. Precisava ver a alegria dele! Deixei ele escolher o sabor. Mas o garoto é muito esperto, bateu pé lá no mercado, rolou no chão, fez de tudo o que podes imaginar até eu concordar em trazer duas caixas. Todos que estavam lá olhavam pra ele, daí me olhavam e sorriam.

Ela – A tá, até fico aliviada. Mas voltando ao assunto da escola, o que tu achas?

Ele – Chero, estou de pleno acordo. Alguma coisa de errado existe naquela escola e que não está fazendo bem para o Juninho e isso não é de hoje. Lembra quando fui chamado lá porque ele tinha surrado a Neuzinha, amiguinha de sala?

Ela – O Mor, claro que lembro. E tu enfiasse o dedo no nariz da professora. É claro que se ele bateu nela, alguma ela aprontou pra ele que deixou o coitadinho nervoso.

Ele – Com certeza! E aquela vez que ele empurrou o Gustavinho! Claro que o moleque levou o que merecia, aqueles três pontos no joelho ainda foram poucos. Disseram que o Gustavinho estava na frente do Juninho na fila do escorregador, o Juninho quis passar à frente dele e ele não deixou. Sabe como nosso filho fica quando é contrariado.

Ela – É mesmo! Naquela vez percebi que o Juninho tem um pai de verdade. Você fez questão de levar ele junto na diretoria, quando dissesse poucas e boas para aquela diretora nariz empinado. Botasse ela no lugar que ela merece. Acho que entendeu que é apenas uma diretorazinha meia tigela. Não sabia com quem estava se metendo.

Ele – Mas quanto trocar o Juninho de escola, vamos fazer isso sim. Mas primeiro devemos processar a escola, por Dano Moral. Nosso filhinho já sofreu muito com essas perseguições dos professores e diretores.

Ela – Nossa Mor! Você é um gênio. O Juninho tem mesmo por quem puxar hahaha… Eu até já tinha pensado em chamar o Conselho Tutelar para ir lá, dar uma situada naquela diretora nariz empinado e também nas professoras. Dar uma ameaçada de verdade! Botar pressão. Minha mãe é muito amiga da dona Neusa do Conselho Tutelar. De vez em quando minha mãe faz uns favorzinhos pra ela. Duvido que vai negar em atender um pedido da mamãe. Mor deixa essa comigo.

Ele – Se a gente processar a escola, podemos ainda ganhar uma boa grana.

Ela – Nossa Mor! Quem sabe daí com a grana na mão, vou poder realizar meu sonho de colocar silicone nos seios. Mal posso esperar!

Ele – Eu tinha pensado em primeiro trocar o som do carro. O meu colega de trabalho Valmor, lembra dele? Foi o som do carro dele que arrasou naquele churrasco de fim de ano na associação. Eu quero comprar um mais potente do que o dele. Só quero ver a cara do moleque quando eu botar a potência toda para funcionar kkkkk Vai tremer o chão.

Ela – E o meu silicone! Vai adiar mais uma vez?

Ele – Que nada Chero! Sou um cara cheio de ideias. Processamos o colégio e a professora Marli. Assisti isso na televisão. Teve um cara que fez e deu certo. É a professora Marli quem vive reclamando do comportamento do nosso Juninho. Com o dinheiro de um, tu coloca silicone e do outro eu compro o som para o nosso carrão.

Ela – Mor, só acho que nós temos que procurar um psicólogo para o Juninho agora! Esse menino está fora de controle. Não sei mais o que fazer com ele até as escolas voltarem a funcionar. Não vejo a hora de voltar tudo ao normal. Tudo culpa daquelas zinhas da escola dele. Não sabem educar uma criança maravilhosa igual o Juninho. Imagina com as outras! Tudo uns pestinhas, que horror…

 

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CHEGOU A HORA DA VERDADE

No início dessa inesperada pandemia, criou-se um ambiente de solidariedade nunca visto nas últimas décadas. Aflorou na maioria das pessoas um espírito de cooperação, sinalizando que poderíamos estar iniciando um período de transformação da humanidade.

Mas, infelizmente o que parecia ser o instrumento para o surgimento de uma nova era está se tornando mais uma ferramenta geradora de conflitos, principalmente entre classes de atividades econômicas, sociais e políticas. E tudo isso é muito compreensível.

A grande maioria das pessoas age ou reage conforme o seu interesse, sua necessidade. O Notisul realizou uma enquete na sua página no Facebook na semana passada com a pergunta: “VOCÊ CONCORDA COM O FECHAMENTO DO COMÉRCIO EM TUBARÃO?”
61 % responderam que sim, que são favoráveis ao fechamento e 39 % se manifestaram contrários.

Como sabemos, enquete é diferente de pesquisa. Ao contrário das pesquisas, as enquetes não adotam nenhuma metodologia científica. Curioso que sou, fui nos comentários, selecionei alguns deles e entrei no perfil dessas pessoas na página delas no Facebook, para saber um pouco sobre elas.

Minhas suspeitas apenas se confirmaram. Quase a totalidade dos que se manifestaram favoráveis ao fechamento, são pessoas aposentadas ou que recebem salários, independente se é do setor público ou privado. São pessoas que a princípio, indo trabalhar ou ficando em casa, no final do mês, em tese, vão estar com o valor do salário depositado na conta.

Os contrários, também quase na totalidade são empregadores, pessoas que, através das suas empresas, independentemente do tamanho necessitam de renda, para honrar compromissos com funcionários, fornecedores, aluguel, impostos e mais um monte de contas que precisam ser quitadas para manterem-se de pé, de portas abertas e funcionando.

Essas empresas na maioria dos casos são o resultado do sonho dos seus proprietários.
Pessoas que arriscaram o pouco que tinham e até o não tinham. São pessoas que trabalharam duro, que abriram mão do descanso dos finais de semana durante muitos anos e tudo isso, para tornar suas empresas viáveis.

Quantos destes microempresários trabalharam com as portas da empresa fechadas e fora dos horários padrões de funcionamento, realizavam atividades necessárias. De forma incansável, faziam muitas horas extras, pois isso evitava a admissão de mais funcionários que a empresa precisava, mas eles não tinham dinheiro para contratar.

E hoje, em muitos casos, além de estarem proibidos de trabalhar, de abrirem suas empresas, ainda são taxados ‘dinheiristas’, mesquinhos e até desumanos, quando na verdade, o que eles pretendem mesmo é apenas continuar lutando, para que o seu sonho sobreviva, para que seu negócio continue a existir.

Eu, prático que sou, tenho uma sugestão para cessar de vez esses conflitos. Tornar tudo compulsório. Explico: empresas e funcionários que por razões do tipo de atividade que exercem, não conseguem trabalhar no sistema home office, vão decidir-se por trabalhar ou não trabalhar.

Abrir ou não abrir a empresa, fica a critério do empresário. Ir ou não ir para o trabalho, fica a critério do funcionário. Mas cada um por conta e risco. Cabe a empresa seguir à risca as regras de segurança ditadas pelas secretarias de saúde.

E aos trabalhadores cabe usar delas para a própria proteção e por consequência a proteção da sua família. É só uma questão de responsabilidade. Recebe salário quem for trabalhar. Nada contra auxílio oferecido pelo governo federal.

Mas, os empresários não têm condições de pagar mais essa conta. E tem mais uma coisa. Se as partes cumprirem com rigor as determinações de segurança, acredito que daí sim, vamos controlar a situação.

Tenho a convicção de que com isso a curva de contágios vai descer. No meu entendimento, esse tal de isolamento social, que é visto por um grande número de irresponsáveis como uma espécie de férias fora do período previsto na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), é o que está provocando um maior número de infectados.

É gente se aproveitando disso, para passear, visitar parentes, promover confraternizações e tudo sem as precauções que estariam tomando se estivessem no trabalho. Querem me jogar pedras? Fiquem à vontade. Essa é a minha opinião.

Pertenço por dois motivos ao grupo considerado de risco. Tenho 65 anos e sou cardiopata. Mas não é por isso que estou em paranoia nesse momento. Saio de casa quando for necessário, tanto para atividades da empresa como pessoal. Mas estou tentando me proteger ao máximo. Tenho fé de que não vou ser contaminado.

Mas se acontecer, estou com a consciência em paz de que fui atingido em luta e não fui encontrado escondido em algum canto e já morrendo de medo. Concordo que quem puder deve evitar ao máximo se expor. Mas acreditem, viver já é correr riscos, a roda da vida continua girando e o mundo não vai parar para você descer.

Wilson Westphal completa 90 anos!

Com certeza seu melhor presente foi ter recebido alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), do Hospital São José, em Criciúma, onde permanece internado recebendo os parabéns, cantado pelos profissionais daquela casa de saúde.

Suportou com a valentia de um velho guerreiro, na última quinta-feira (9), uma cirurgia endovascular para aneurisma da aorta abdominal. A lucidez e a memória privilegiada do seu Wilson Westphal, é algo impressionante!

Fala do que viveu, das suas lembranças de criança, juventude e vida adulta, como se os fatos todos tivessem ocorridos recentemente. Conta tudo com riqueza de detalhes, inclusive com nomes de pessoas e datas.

Seu Wilson, filho mais velho do casal Oswaldo Westphal e Adelina Speck, tem quatro irmãos: Iracema (faleceu ainda criança), Édison, Wally e Robison. Seu pai atuava no ramo madeireiro e esta foi a principal atividade profissional também exercida por ele.

Como na sua infância, o grau máximo de escolaridade em Braço do Norte era somente até a quarta série primária. Incentivado pela família, Wilson fez o exame de admissão exigido na época para frequentar aulas da quinta série em diante.

Com muito orgulho, ele confessa que foi classificado em sexto lugar, o que possibilitou frequentar um colégio interno, na época existente em Laguna. Era o único que oferecia esse grau escolar no Sul do Estado, onde permaneceu por dois anos.

De Laguna transferiu-se para Blumenau. Lá cursou contabilidade no Colégio Santo Antônio, sendo que o último ano cursou a distância, por correspondência, em um colégio de Porto Alegre. Wilson lembra que para ir de Braço do Norte até Blumenau de ônibus, gastava-se dois dias. Fazia pernoite em Florianópolis.

As estradas eram verdadeiramente esburacadas e o caminho passava por Anitápolis, entre outros municípios daquele trajeto. Além da família, Wilson teve outras paixões, a música é uma delas.

Exímio acordeonista e tecladista, até hoje, quando empunha um acordeom ou senta em frente a um piano, ele sem dúvida proporciona um show. No ano de 1948 criou o Grupo Musical Anjos Negros com alguns os amigos, em Braço do Norte.

Esse grupo assegurava a alegria, principalmente da juventude da época. Era praticamente a única opção de lazer para os jovens de Braço do Norte e região. Chegaram a alugar um ambiente para fazer as famosas domingueiras.

Em 1965, criou o grupo Ritmos Acapulco. Foi devido a esses encontros dos domingos, surgiu a ideia da criação de um clube social em Braço do Norte. Depois de muitas reuniões, sempre encabeçadas por Wilson e com apoio de amigos, a iniciativa culminou com a criação do Clube Cruzeiro de Braço do Norte o qual foi o primeiro presidente.

Sempre à frente de todas as iniciativas necessárias para o andamento e conclusão do projeto, ficou no cargo durante três anos. Wilson contava com o apoio da comunidade e em especial de seu pai, que através da Madeireira Westphal doou muita madeira, entre outros materiais, para a execução da obra.

Logo que o prédio ofereceu condições, mesmo ainda em construção, os eventos começaram a ser realizados. O Clube Cruzeiro permanece como principal clube social do município até os dias de hoje.

Os eventos dançantes, por muitos anos, foram abrilhantados pelos Anjos Negros e posteriormente pelo Conjunto de Ritmos Acapulco, sempre de forma voluntária, ou seja, não cobravam nada do clube pelo espetáculo.

Sua esposa o acompanhava, dentro do possível, de todas as suas atividades. Ela foi a responsável pela organização do primeiro baile de Debutantes do Clube Cruzeiro de Braço do Norte, inaugurado no ano de 1954.

Wilson sempre teve um espírito comunitário muito aflorado. Participou de todas as iniciativas que fosse de interesse da comunidade de Braço do Norte e região. Sua participação nos assuntos ligados ao Hospital Santa Terezinha foi muito relevante.

Seu pai foi um dos fundadores do hospital e Wilson, posteriormente, participou ativamente na diretoria, dando sequência ao grande trabalho de seu pai. Lembra ele que, juntamente com o senhor Toríbio Schmidt e Pedro Michels, visitaram grande parte dos moradores do interior do município, a bordo de um Jeep, para pedir prendas para a inauguração do hospital.

Quando chegavam nas casas ele empunhava a sanfona, tocava umas músicas e os companheiros se encarregavam de pedir a prenda. Segundo ele, ganharam muitos animais bovinos, galinhas e outros brindes para viabilizar a grande festa de inauguração da primeira parte do hospital.

E como não poderia ser diferente, na inauguração, montaram um tablado. E foi ali que Wilson, com sua sanfona, abrilhantou o evento e o povo animado começou a dançar. A ideia da construção de um hospital em Braço do Norte foi recebida com muito entusiasmo pelos moradores do município e região. Já que, o que se tinha na época, era uma casa adaptada para possibilitar os poucos médicos que vinham à cidade prestar consultas.

Quando surgia uma emergência, os moradores da região iam diretamente para Tubarão, o que era muito difícil, devido a precariedade da estrada de chão batido. Outra paixão do seu Wilson foi a política.

Participou de duas eleições como candidato a prefeito por Braço do Norte. Ele lembra que as eleições neste município eram sempre muito disputadas. UDN e PSD dividiam voto a voto em todos os pleitos. Normalmente a diferença não passava de 20 votos.

Na primeira disputa ele perdeu por 16 votos para o seu opositor Fredolino Kuerten. Já na segunda disputa foi vencedor, contra o opositor Lady Fornazza, que na eleição seguinte concorreu novamente e também venceu o pleito.

Wilson governou Braço do Norte de janeiro de 1970 a dezembro de 1972. Naquela época o exercício de um prefeito era de três anos. E lembra com muita clareza que Braço do Norte tinha muita coisa para resolver e para realizar.

Como a arrecadação era muito pequena, seu Wilson nunca recebeu o seu salário. O valor dos seus pró-labores sempre ficou na prefeitura, para reforçar o caixa e possibilitar que mais alguma coisa pudesse ser oferecida a comunidade.

Sua vontade de realizar era sempre maior do que a capacidade da arrecadação de recursos do município. No final do mandato, desfez-se de um terreno que possuía em Tubarão para pagar suas dívidas pessoais como alimentos e outras despesas domésticas.

Este acúmulo se deu por conta de não retirar seus vencimentos durante os três anos em que foi prefeito. Isso porque não possuía outra fonte de renda para honrar perante os que lhe deram crédito.

E não foram só dívidas de ordem pessoal. Segundo nos confidenciou, no final de seu mandato a prefeitura tinha contraído uma dívida muito grande com um posto de gasolina da cidade a qual pagou do próprio bolso.

Sem dinheiro no caixa da prefeitura e sem dinheiro no bolso, o então prefeito não pensou duas vezes. Tinha presenteado a esposa com um Corcel zero quilômetro não fazia muito tempo. O carro estava com 15 mil quilômetros rodados. Estava praticamente novo.

Pegou o carro da esposa e entregou ao proprietário do posto para quitar a dívida da prefeitura. Ele conta com orgulho e satisfação a obra principal de seu governo: a mudança do acesso principal da cidade, que ocorria pela estrada antiga (via Bairro Rio Bonito), para o atual acesso (via Avenida Felipe Schmidt).

A viabilização desta obra envolveu problemas com indenizações e principalmente oposições de cunho político, que exigiu do então prefeito Wilson Westphal, muita habilidade e diplomacia.

Ele lembra que depois de expor, juntamente com sua equipe de engenharia, todas as vantagens que ofereceria o novo trajeto, algumas lideranças e proprietários de terrenos por onde iria passar o novo traçado de acesso à cidade, empenharam total apoio.

Na ocasião lembraram que ele foi eleito para fazer o melhor para o município e, portanto, estavam dando um voto de total confiança ao projeto por ele idealizado.

Na vida empresarial, juntamente com o pai, irmãos e posteriormente com outros sócios, participou de diversas empresas, sempre com atividades que envolviam o ramo madeireiro.

Atualmente, Wilson e seus filhos possuem uma empresa que atua na atividade de reflorestamento, a Westphal e Filhos, localizada em Anitápolis, na região da grande Florianópolis.

Wilson casou-se com Guerty Ida Erna Mertens, no no dia 16 de maio de 1953, na cidade de Caçador. Conheceu ela quando ambos estudavam em Blumenau, cidade que ela residia com os pais. Mas os pais de Guerty mudaram-se primeiro para Lages e posteriormente para Caçador.

O pai dela era professor da língua alemã. Só que antes de eles se mudarem, Wilson pediu Guerty em namoro e ela aceitou. O namorado ficou consolidado quando os dois foram ao cinema e ele ofereceu o braço para caminharem juntos em direção a casa de espetáculos.

Com a mudança dos pais de Guerty, os dois namoravam através de cartas e Wilson ia duas vezes ao ano a Caçador para ver a sua amada. De namoro foram 8 anos. De braços ou mão dadas, os dois já estão casados há 68 anos.

Eles tiveram Walter Robert, Oswaldo Netto, Guerty e Wilson Filho. Atualmente moram na cidade de Tubarão, onde fixaram residência desde o ano de 1974. Mas Wilson não esconde seu amor por Braço do Norte.

Ele finalizou seu depoimento com um agradecimento às pessoas que o ajudaram a construir o município e pediu que, tanto os governantes como o povo, cuidem bem da cidade, que a mantenham limpa e ordeira. Pois para ele, Braço do Norte nasceu com vocação para ser um polo regional e o seu destino está sendo cumprido.

 

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Esse vai ser o Natal dos seus sonhos?

Como estão suas expectativas para as festas de Natal e Ano-Novo que se aproximam? Vai ser o Natal dos seus sonhos?

Mesa farta, família reunida, um presente bacana para os que você ama… Nada disso vai acontecer? Fico triste por você, mas entendo suas razões.

O tão esperado décimo terceiro salário não foi suficiente nem para colocar as contas em dia. 

Ainda tem uma fatura de energia atrasada, faltam duas parcelas do IPVA da sua moto, ou do seu carrinho, tem de por crédito no celular e a operadora de internet poderá cortar contato caso você não regularize o pagamento até o próximo dia 30.

E daí já estaremos no ano novo e os tais impostos e taxas que “presentearam “ você com um aumento insuportável estarão vencendo novamente. 

Mas e o Natal ‘deles’ como será? Sim, estou falando do Natal dos que votaram a favor de encarecer ainda mais a sua já difícil vida. Provavelmente será dos melhores.

A maioria tem empresas bem estruturadas, ou ganha salários que para você nunca irá além de um sonho. Soma-se a isso o polpudo salário de Prefeito ou Vereador.

Aí fica tudo mais fácil. Mesa farta, família e amigos reunidos, alegria… alegria…

Novas eleições se aproximando, o Natal e o Ano-Novo são grandes oportunidades de reunir, de se aproximar desses parentes e amigos que serão mais uma vez os porta-vozes dos que decidiram encarecer a tua vida e irão pedir novamente o teu voto.

Você será novamente o alvo desse grupo que já está comemorando a continuidade no poder, porque sabe que mais uma vez vai poder contar com o teu voto. Esses porta-vozes provavelmente já fazem parte do esquema dos candidatos.

Já se beneficiam direta ou indiretamente das benesses oferecidas através do poder. E muitos desavisados vão votar novamente nos de sempre. Dizem que o povo tem memória curta.

Então vou dar uma pequena ajuda para lembrar vocês dos vereadores que votaram a favor do aumento do IPTU em Tubarão, por exemplo! Mais próximo das eleições, vou relacionar aqui e com fotos todos os vereadores que votaram pelo sim do aumento do IPTU em Tubarão.

Ou posso fazer diferente. Puxar a ficha de um vereador por dia e mostrar como ele votou em cada projeto encaminhado pelo Prefeito de Tubarão durante essa legislatura que encareceu a tua vida, ajudou a privar você de ter um Natal mais tranquilo.

Votou a favor da “ponte” que liga diretamente os cofres da Prefeitura ao teu bolso. Tirou uma parcela do teu dinheiro, do dinheiro que você poderia usar para dar uma ceia de Natal mais digna para a tua família.

Daí se você voltar a votar nele, é sinal de que está de acordo em ele ter uma mesa farta e muitas festas nesse final de ano e você entrar em 2020 já com dívidas que não conseguiu honrar nesse ano que está se findando.

A decisão é sua.

Junior era o amigo secreto da Sueli

O Junior não conhecia a Sueli. Muito menos a Sueli conhecia o Junior. Mas, eu conhecia os dois. Sueli é minha vizinha no sítio onde moro. Faz alguns anos que abriu mão de algumas possibilidades interessantes na vida e veio morar com a sua mãe, pois ela ficou viúva e com idade já bem avançada precisava de uma companhia permanente.

Elas moram na comunidade de São Miguel, em Gravatal, há quatro quilômetros da SC-370, partindo de Termas do Gravatal. A mãe de Sueli, dona Maria Baiana como é conhecida, mora já faz anos no mesmo local e sempre foi uma pessoa fantástica, daquelas que na medida do possível ajudou muitos vizinhos de forma voluntária, espontânea, sem medir esforços e sempre disponível a qualquer momento. E hoje ela percebe que valeu a pena fazer o que fez.

Com idade avançada, já enfrentou algumas enfermidades, entre elas um câncer no intestino. E os vizinhos tem surpreendido dona Maria Baiana com manifestações de apoio e carinho.

Não é surpresa para ela olhar para o cercado a margem da estrada e perceber que uma sacola está lá pendurada. Normalmente com alimentos doados por algum vizinho. Em muitos casos ela não fica nem sabendo quem os deixou lá.

Sueli pega carona com frequência comigo. E, foi durante uma dessas curtas viagens que tomei conhecimento do seu drama, de que o seu celular, um desses aparelhos muito antigo e básico como se costuma falar na linguagem popular, deu pau.

Na verdade, ele começou a se rebelar, a funcionar quando bem entedia. E isso passou a ser um problema para a família da dona Maria Baiana, pois com saúde frágil, podendo precisar de apoio, assistência médica a qualquer momento e o celular é a forma segura e eficiente para a Sueli solicitar ajuda em caso de emergência. Então ele obviamente não pode falhar na hora que for preciso.

Contei essa história para o Junior, da JR Celular de Tubarão. Ele que já foi parceiro do Notisul em outras ocasiões e de pronto resolveu ajudar.

Ligado a assuntos da igreja da qual participa e também de projetos sociais que envolvem crianças em situação de risco, o jovem empresário foi mais uma vez extremamente prestativo e solidário. Ontem pela manhã a Sueli botou a melhor roupa, deu um trato nos cabelos e foi animada para Tubarão buscar o seu novo aparelho.

Como falei que queria uma foto para registrar a história, Sueli me confidenciou que além de estar extremamente feliz, queria ficar bonita no retrato. E assim aconteceu.

Quando voltou de Tubarão, ela me telefonou e muito eufórica me disse: “vizinho, ganhei um telefone novinho! Quase não consigo acreditar. E meu sobrinho falou que é de marca boa, desses que demoram muito para estragar. O Natal meu e da minha mãe está sendo muito especial”.

E assim encerro com final feliz uma história entre pessoas que as dificuldades os uniu. Já que estamos vivendo o momento dos amigos secretos ou amigos ocultos, Junior passou a ser o amigo secreto da Sueli neste final de ano.

Ele me assegurou, que Sueli, com sua simpatia e simplicidade conquistou seu carinho e amizade também. É uma nova amizade recheada de respeito e admiração se formou.

Quantos votos o Joares tem em Tubarão?

É uma incógnita para muitos. Porque na eleição passada, ele levou uma votação bem a cima do seu potencial. Boa parte dos votos que recebeu, foram devido às circunstâncias de seus opositores.

Fiz uma leitura muito lúcida já no dia seguinte da eleição passada e vou relembrar aqui. Joares entrou na briga com uma desvantagem assustadora em relação ao seu principal opositor, Carlos Stüpp, o popular Alemão.

Nas primeiras pesquisas aparecia com um percentual pequeno de intenções de votos. Uma média de 8% da preferência do eleitorado. Era o terceiro entre os quatro postulantes.

Stüpp disparava com média de 46 pontos percentuais. Olavio Falchetti, prefeito na época, concorria à reeleição figurando em segundo lugar com média de 15% e o Edi da Farmácia 4%.

Assim, foi dada a largada para o último pleito para prefeito em Tubarão. Joares foi rápido, partiu para cima do eleitorado. Apresentou-se como uma grande renovação.

Com um plano de governo muito bem estudado e elaborado, criou uma expectativa no eleitorado tubaronense de que faria a cidade, ou melhor, ou o município dar um salto gigantesco em desenvolvimento. Isso em todas as áreas.

Com isso, e devido a grande rejeição de Stüpp, Joares não teve dificuldades de rapidamente assumir o segundo lugar nas intenções de votos dos tubaronenses.

E a distância entre Stüpp e Joares só diminuía na medida em que grande parte dos eleitores mais atentos e que fariam qualquer coisa para derrotar Stüpp percebiam que uma virada era possível.

Parecia mais uma campanha contra Stüpp do que a favor de Joares. Não vou me estender, porque vou voltar a esse assunto, mas resumindo, uma pesquisa encomendada pelo Notisul e realizada pelo IPC, faltando uma semana para as eleições apontou uma diferença de apenas pouco mais de 8 pontos percentuais a favor de Stüpp.

Isso foi a informação que faltava para os opositores de Stüpp, que estavam espalhados apoiando os outros candidatos virem apoiar e votar em Joares, pois ele era o único entre os três opositores que tinha reais chances de derrubar Stüpp. Inclusive, um grande grupo do PMDB (MDB), que formava coligação com o PSDB de Stüpp e estavam ‘engolindo’ com dificuldades a parceria, saltaram do barco e foram apoiar Joares.

Na sexta-feira que antecedeu a eleição, o Notisul/IPC publicou sua última pesquisa e a diferença em favor de Stüpp já era menos de 2%. Literalmente um empate técnico.

Esse empate mais uma vez criou um grande ânimo nos opositores de Stüpp e uma leva ainda maior de eleitores do Falchetti, do Edi e do próprio Stüpp engrossaram o eleitorado do Joares, dando a ele no domingo a vitória com um percentual acima de qualquer expectativa.

Mas e agora, com candidatos opositores de baixíssima rejeição e com uma administração que está desagradando uma grande parcela do eleitorado tubaronense, será que Joares vai conseguir conquistar votos o suficiente para uma reeleição?

Muitos apostam que não. O próprio Joares se mostra inseguro e uma de suas estratégias é de reforçar o seu exército de apoiadores. Opositores de ontem, aliados de hoje.

Inclusive, veículos de imprensa de Tubarão, que atuaram aberta e declaradamente contra Joares na eleição passada, atualmente são verdadeiros porta-vozes da atual administração. Mas, isso é um tema que merece um capítulo exclusivo em uma coluna futura.

Harrison: tubaronense nato e empresário de sucesso

Hoje, sexta-feira (13), uma data que assusta alguns supersticiosos e seguramente não é o meu caso, vou começar minha coluna fazendo uma homenagem a uma pessoa que conheço pouco, mas não precisa muito para a gente perceber que é um cara extremamente do bem.

Falei quando da minha apresentação de que essa seria uma coluna de variedades, do tipo escrever o que der na “telha”. Mostrar o meu lado que mais eu gosto, que é ver as pessoas pelo seu melhor lado também.

E o Harrison Marcon Cachoeira, um tubaronense nato, tem uma história e uma trajetória semelhante a de muitos empresários de sucesso.

De família humilde, sua primeira experiência como empresário foi uma locadora de vídeos no Bairro Oficinas, em Tubarão. Mas seu sonho era uma loja de calçados e juntamente com sua mãe, no ano de 1992 realizou seu sonho, quando inaugurou a Calçapé Calçados.

Em 1999 abriu uma filial em Laguna e em 2006 mais uma loja em Tubarão, desta vez no centro da cidade, já que a primeira foi no Bairro Oficinas. Mas ele não parou por aí e recentemente adquiriu a Loja Nelson, uma das mais tradicionais do ramo calçadista, localizada no calçadão em Tubarão.

Sempre ligado aos movimentos associativista, foi presidente do Sindicato Patronal Sindlojas de 2014 a 2017. Atualmente é Presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Tubarão (CDL), gestão 2018/2019 e diretor distrital da FCDL.

Mas tudo isso que citei acima passa a ser de pouca relevância quando percebemos que Harrison é um ser humano fantástico, daqueles que gostam de pessoas simples, muitas com certo grau de dificuldades, do tipo que a grande maioria  acaba discriminando e o pior, ignorando.

Mas ele, Harrison não só as respeita, ele cria vínculos de amizade com elas, faz com que essas pessoas sintam-se incluídas, valorizadas. E como presidente da CDL, Harrison está encerrando sua gestão com brilhantismo.

Ele é um líder nato, do tipo que sabe ouvir, mas acima de tudo sabe se posicionar e decidir. Não é um presente simbólico e sim um presidente que sabe honrar o cargo que exerce. Sendo assim, merece a minha homenagem e o meu reconhecimento.

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