Você usa ou ele te usa?

Duas semanas sem WhatsApp. Perdi alguns ‘eventos’, mas ganhei vida, isso que não me afastei 100% das redes sociais, mas lembrei muito do ano de 2009, quando tinha um ‘Nokia’ onde as coisas mais legais nele eram a possibilidade de trocar a capinha, e o jogo da cobrinha, se precisasse de qualquer coisa urgente tinha que ligar e esperar que me atendessem. Hoje, se demoro um pouco mais para responder no Whats, já recebo mensagens do tipo “amiga, o que tais fazendo que não responde?”, e mesmo sendo totalmente dependente desse advento por vários benefícios que ele me traz, percebi o quanto ele nos afeta também de forma negativa, vale muito a pena deixar o celular algumas horinhas em standby. Faz quanto tempo que você não desbloqueia o celular? Alguns segundos? E desses tantos desbloqueios, quantos deles foram realmente úteis? Podemos debater um dia inteiro sobre seus prós e contras, pois existem sim dois lados dessa moeda, como tudo na vida depende da forma a qual manuseamos. Você tem usado corretamente? Em 2018, foi feita uma pesquisa pela Global Mobile Consumer Survey, intitulada “A mobilidade no dia a dia do brasileiro”, que apontou os seguintes dados:

• Os brasileiros desbloqueiam diariamente o celular, em média, 78 vezes, e esse número sobe para 101 quando tratamos de pessoas entre 18 e 24 anos;
30% dos entrevistados garantem que “perdem a hora” de dormir porque ficam vagando sem rumo pelas redes sociais;

• 42% deles se esforçam muito para limitar o uso do celular, mesmo que, na maioria das vezes, sem sucesso;

• Mais de 60% já utilizaram o celular para resolver problemas do trabalho fora do horário de serviço, ou seja, no que teoricamente deveria ser o horário de descanso.

Ainda acho incrível essa conectividade, mas precisamos aprender a ressignificar prioridades e ter as plataformas digitais como aliadas. Economizar tempo, esse é o intuito, e não o tomar.