Professora Dra. Josiane Somariva Prophiro
Pesquisadora e docente do Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde e Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais da Universidade do Sul de Santa Catarina.
*Este texto foi elaborado na disciplina de Determinantes Ambientais e Arboviroses ministrada no Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da UNISUL. Alunos participantes e autores: Joice Guilherme de Oliveira, Paula Fassicolo Variza, Millena Fernandes e com colaboração de Edenilson Osinski Franscisco.
Atualmente o Brasil, além de estar enfrentando a epidemia de COVID-19, vem vivenciando as epidemias sazonais de DENGUE. E como Santa Catarina está neste cenário? Segundo a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE-SC), no período de 29 de dezembro de 2019 a 07 de novembro de 2020 foram confirmados 11.298 casos de dengue só no estado de Santa Catarina, desse total 10.858 são autóctones (transmissão dentro do estado). Já no período de 30 de dezembro de 2018 a 28 de dezembro de 2019 foram confirmados 1.911 casos. Houve um aumento, preocupante, no número de casos de dengue de 591%!
E COMO PODEMOS AJUDAR?!
Precisamos de esforços em conjunto de setores públicos, privados, não governamentais, da comunidade científica e da população em geral (isso mesmo, VOCÊ!) para o controle da proliferação dos transmissores, os MOSQUITOS.
Imagine que você ao caminhar por sua cidade depara-se com um cartaz com as seguintes frases: “10 minutos contra a dengue” e “uma semana tem mais de 10 minutos. Que tal usar 10 para combater o Aedes?”. Parece um tanto instigante, certo? Essa proposta é uma iniciativa idealizada com base no conhecimento científico de pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC) que foi aplicada no Rio de Janeiro e em Minas Gerais, e você também pode aplicar em sua casa esse projeto, semanalmente, por apenas 10 minutos. Isso mesmo, em 10 minutos VOCÊ pode salvar vidas humanas!
O mosquito Aedes aegypti vive e se reproduz dentro e ao redor das nossas casas, utilizando de criadouros (pneus, garrafas, vasos de planta, bebedouros de animais, caixa d’água abertas, dentre outros) com água parada para suas fases iniciais do ciclo de vida, que levam cerca de 7 a 10 dias, até chegar ao mosquito adulto. Fazendo a limpeza de criadouros, uma vez por semana, você interfere no desenvolvimento do mosquito e na transmissão de diversos patógenos causadores de doenças como dengue, febre Zika e febre chikungunya. Estas doenças levam a morte milhões de pessoas todos os anos!
Aproveite o #fiqueemcasa para contribuir com a prevenção da COVID-19 e dedique 10 minutos semanais para retirar possíveis criadouros de mosquitos da sua casa. Lembre-se que cuidar do ambiente que você vive é sua responsabilidade!
Você sabia?
Que o combate ao Aedes aegypti e as doenças transmitidas por ele é um dos compromissos que o Brasil assumiu, junto com outros países, no encontro da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Agenda do Desenvolvimento Sustentável. Nesta agenda são demonstrados 17 objetivos (17 ODS) e 169 metas que devem ser implementadas até 2030. Entre os objetivos da agenda podemos citar: erradicação da pobreza, educação de qualidade, igualdade de gênero, ação contra a mudança global do clima, saúde e bem estar, entre outros.
Para saber mais acesse:
Agenda 2030: http://www.agenda2030.org.br/ods/17/
IPEA: https://www.ipea.gov.br/ods/ods3.html
Fique atento!
O Programa de Pós-Graduação em Ciência da Saúde está com inscrições abertas para mestrado e doutorado. Interessados acessar o link: http://www.unisul.br/presencial/mestrado/mestrado-em-ciencias-da-saude/ e http://www.unisul.br/presencial/doutorado/doutorado-em-ciencias-da-saude/.
O Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais está com inscrições abertas para mestrado. Interessados acessar o link: http://www.unisul.br/presencial/mestrado/mestrado-em-ciencias-ambientais/
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