Zele pela maior riqueza financeira

No vídeo da semana, dei cinco dicas para sair das dívidas. Conforme mencionei, as dívidas não são apenas um problema financeiro. Fazendo uma analogia meio louca, dívidas são como doenças degenerativas: se você não cuidar, compromete tudo.

O endividado passa a ficar aflito, irritado, perde a paciência fácil, a convivência fica mais difícil. Uma pesquisa do SPC Brasil realizada com mulheres de diferentes níveis de escolaridade e de renda, apurou que, de acordo com as entrevistadas, dinheiro é o principal motivo de brigas conjugais. Motivos como ciúmes, divisão de tarefas domésticas, formas de educação dos filhos entre outros, aparecem posteriormente. A falta de dinheiro e a forma como um gasta e o outro não concorda, foi apontada como o “estopim” para as brigas. Problemas financeiros aparecem também como um dos principais motivos de separação dos casais.

Quando temos uma grande preocupação, em qualquer esfera de nossas vidas, nos tornamos menos produtivos em nosso trabalho, podendo comprometer nosso rendimento. O estado do Piauí,  prejudicado com a baixa produtividade dos servidores endividados, chegou a dar curso de educação financeira para seus servidores, liberando-os inclusive do trabalho para assistir as aulas.
Essa classe profissional em específico, é a mais endividada do Brasil. Dívida do servidor público com consignado chegou a mais de R$ 171,390 bilhões, em junho desse ano, segundo dados do Banco Central. Dentre os empregados privados, a dívida é de 18 bilhões, dez vezes menor.

Endividamento dos servidores públicos é astronômico a esse ponto por um motivo bem simples: excesso de confiança. Servidores se endividam porque tem estabilidade de emprego. Isso nos mostram a realidade nua e crua: as pessoas (sendo elas servidores públicos ou não) não costumam se endividar por necessidade, ou seja, “endividei-me para pagar o tratamento de saúde da minha mãe”. Claro que essas situações também existem, mas são exceções. Na maioria dos casos, as pessoas se endividam por excesso de consumo não planejado. Parcelam o celular da moda, parcelam um tênis supercaro, parcelam uma viagem… e acabam parcelando a vida.. já que deixam para viver com liberdade na próxima encarnação.

Uso do parcelamento para consumo, tem de ser consciente e estratégico: “Parcelo porque não obtive desconto no preço a vista, então deixo meu dinheiro aplicado rendendo”. Parcelamento nunca deve servir para você pagar aquilo que não poderia pagar a vista. Se não tem dinheiro para pagar a vista pelo celular, pelo tênis, pela viagem, não compre. Isso evita o engessamento do seu orçamento, ou seja, o comprometimento de toda a verba que você recebe, sem deixar folga para imprevistos, que te levam ao endividamento

Em se tratando de riqueza financeira, não há nenhuma maior do SEU NOME. Uma pessoa sem dinheiro, mas com nome limpo, constrói um império. Uma pessoa com muito dinheiro e com nome comprometido, vive se escondendo. Cuide de suas finanças! Zele por seu nome!

Para receber conteúdo sobre educação financeira, siga-me nas redes sociais!
bit.ly/juroquedacerto
Instagram: @camilascussel
Facebook.com/juroquedacerto