quinta-feira, 28 março , 2024
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Camila Scussel

Reforma da Previdência

Na quarta-feira, foi aprovada a famigerada reforma da Previdência. O tema divide opiniões, como quase tudo na vida. Há quem defenda que o contribuinte será prejudicado, uma vez que terá de trabalhar mais e o valor de sua aposentadoria será reduzido. Por outro lado, há aqueles que defendem que sem uma reforma o sistema previdenciário iria quebrar, e todos seriam ainda mais prejudicados.

Sem entrar no mérito desse conflito de opiniões, a verdade é dolorida, mas necessária de ser dita: nenhum governo, de nenhum país do mundo, tem como garantir uma vida digna para todos os seus cidadãos no futuro. O motivo é bastante obvio: a longevidade aumentou significativamente nas últimas décadas, e continua crescendo, contrapondo a natalidade, que tem taxas cada vez mais reduzidas.

Sejamos realistas: se países ricos, com baixíssimos índices de percepção de corrupção, passam por problemas na sustentabilidade de seus sistemas de previdência, tem alguma lógica esperar que um país como o Brasil, com seríssimos problemas de pobreza, informalidade e corrupção, vá garantir uma vida digna aos aposentados atuais e futuros? 

Um educador financeiro a quem muito admiro – chama-se Mauricio Hissa – usa a frase “ou faça você mesmo sua aposentadoria ou cuide muito bem dos seus filhos”. A frase é dolosa mais real. Nenhum sistema de previdência, de nenhum país do mundo, tem como garantir um futuro descente para seus contribuintes. Entenda a previdência, seja antes ou pós reforma, apenas como um extra, que não será suficiente para a manutenção de uma vida minimamente confortável na velhice. É isso que ela sempre foi.

Façamos nos mesmos nossa aposentadoria, poupando boa parte do que ganhamos, investindo com sabedoria e preparando renda passiva para quando não tiver mais condições de trabalhar. Se não consegue poupar, comece a trabalhar mais, ou instrua-se e desenvolva uma habilidade de forma a permitir ganhar mais trabalhando pelo mesmo tempo.

Se é fácil? Claro que não. Exige disciplina e perseverança. Mas é perfeitamente possível, e é inclusive uma conquista já alcançada por várias pessoas. Absurdo é delegar sua velhice a qualquer governo que seja achando que está seguro com isso.

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Consumir conforme a lei

Direito do consumidor é um assunto importante de se conhecer para preservar suas finanças, já que seu desconhecimento pode aumentar os gastos na compra daquele produto ou serviço, ou acarretar prejuízos que não deveriam ser ônus do comprador.

Pensando nisso, listo abaixo dez direitos do consumidor que muito provavelmente voce desconhece. Tais direitos encontram respaldo no Código de Defesa do Consumidor(CDC) ou em súmulas do Superior Tribunal de Justiça.

1. Não se pode exigir um valor mínimo para o pagamento com cartão

Se o estabelecimento aceita cartão, deve aceita-lo independentemente. Ninguem vai comprar um chiclete no cartão (pelo menos assim espero), mas se sua necessidade for apenas de uma garrafa d´água, não tem de ficar comprando mais coisas por receio ou constrangimento de passar o cartão.

2. Se você comprou algo pela internet ou pelo telefone e não gostou pode devolver

Não precisa o produto apresentar defeito, nem ser diferente do que estava exposto no site. Se você comprou algo pela internet ou pelo telefone e não gostou pode devolver em sete dias corridos (a partir do dia seguinte ao recebimento) sem necessidade de justificativa para tal.

3. O fornecedor deve responder por defeitos de fabricação – até mesmo fora do período de garantia

Se o defeito for de fabricação, o prazo de garantia não importa. O fato do fornecedor desconhecer o erro tambem não o exime da responsabilidade. Tampouco é possível escapar da obrigação por meio de cláusulas em letrinhas miúdas – a lei proíbe que o contrato atenue ou exonere o fornecedor de responder pelo problema. 

4. É cabível indenização quando o produto comprado com defeito é utilizado como instrumento de trabalho

Desde que o consumidor prove que as falhas do produto ocasionaram perdas financeiras.

5. Para os produtos com defeito considerados essenciais a troca deve ser imediata se constatado o erro de fabricação

E o que seria produto essencial? Geladeira, fogão, ou aqueles indispensáveis para a manutenção mínima da qualidade de vida das pessoas ou famílias.

6. O consumidor terá 12 meses para utilizar o bilhete de onibus em outra viagem para o mesmo destino

Passagens de ônibus, são validas por um ano, de acordo com a Lei nº 11.975, de 7/6/2009. Caso não faça a viagem, o consumidor terá 12 meses para utilizar o bilhete em outra viagem para o mesmo destino, sem custo adicional, mesmo que haja aumento de tarifa. O passageiro também tem a opção de desistência antes do momento do embarque. Nesse último caso, a empresa tem 30 dias para devolver o dinheiro da passagem.

7. Reembolso dobrado de cobranças indevidas 

É direito do consumidor ser reembolsado dos valores pagos a maior, dobrados e pagos com correção monetária, se comprovada a má fé do estabelecimento.

8. É ilegal cobrar de consumidores itens quebrados na loja

Os arts. 8 e 9 do CDC determinam que os estabelecimentos ajam no sentido de prevenir prováveis acidentes, atendendo às regras de segurança, e impedindo situações que coloquem em risco o consumidor. Assim, ele não é obrigado pela lei a pagar por uma mercadoria que estava mal posicionada ou bloqueando a passagem. Contudo, se a loja fixar avisos sobre os arts. 4 e 6 do CDC, ou seja, recomendar que os objetos “não sejam tocados” e o consumidor desrespeitá-la, terá sim que arcar com o prejuízo.

9. É possível suspender, uma vez por ano, serviços como TV a cabo, água e luz sem custo

O consumidor tem o direito de suspender, uma vez por ano, serviços de TV a cabo, telefone fixo e celular, água e luz sem pagar multa. Por exemplo, no caso de viagem de férias ou de desemprego. Em relação aos serviços de telefonia e da TV, a suspensão tem prazo máximo de 120 dias; no caso da luz e da água, não existe prazo. No entanto, a taxa de restabelecimento do serviço pode ser cobrada do cliente. Portanto, informe-se com a empresa. 

10. Estacionamentos não podem se eximir da culpa por furtos ou danos materiais

Os cartazes e avisos, usados por muitos estabelecimentos dessa natureza, não eximem os estacionamentos da responsabilidade de reparação por furtos ou de danos 

materiais (como amassados e vidros quebrados), conforme a súmula 130 do STJ (Superior Tribunal de Justiça).

Entretanto, para itens deixados dentro dos veículos, a regra é um pouco diferente, pois só se pode exigir reparação se, após listá-los, o funcionário que receber o veículo assinar o documento comprovando a existência de tais itens.

11. Se o imóvel foi comprado na planta e a obra atrasou é direito seu receber indenização

A não entrega do imóvel é considerada quebra de contrato e o contratante tem direito a pedir indenização por perdas e danos relativos ao aluguel que terá de pagar nesse período até que possa se mudar para sua propriedade.

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O poder dos juros compostos

Reconhecer nossos erros e fragilidades é o primeiro passo para melhorá-los e evoluirmos. Dessa forma, é necessário que reconheçamos que somos um país mal-educado financeiramente e com pouca cultura de poupança.

São vários os motivos que nos colocam nesse quadro, desde assuntos históricos culturais, fragilidades emocionais e baixa percepção financeira.

É sobre esse último ponto que te convido a pensar sobre. Por não sermos um país tradicionalmente poupador, ou até mesmo pela dificuldade nas ciências exatas que muitos de nós temos, é comum que as pessoas não tenham noção do que representa alguns décimos percentuais ao longo de muitos anos. Isso é o que se chama de baixa percepção financeira.

A consequência desse mal é o subestimo a pequenos valores e a décimos percentuais. Afinal, o que são R$ 100 por mês? Trocar investimento que rende 0,32% para um que rende 0,4% não parece muito interessante, não é mesmo?

Pois eu garanto que pode ser incrivelmente expressivo os R$ 100 e um décimo percentual a mais rendendo ao longo de vários anos. Para provar o que acabo de dizer, segue abaixo alguns exemp0los:
 
1- Financiamento do imóvel
R$ 200 mil, financiado em 20 anos, a CET 8,5% ao ano:
R$ 334.381,60 – valor pago após 20 anos

2 – Poupança da criança
100 R$ por mês, a partir do nascimento, investidos a juros Selic
R$ 36.257,49 ao completar 18 anos

3 – Cheque especial
R$ 300 por 3 anos
R$ 19.199,97 (respire!)

4 – Crédito Rotativo
Fatura de R$ 1000 no cartão de credito
– Parcelou a fatura em 12 meses: R$ 2.194,78
– Pagou parcial (R$ 300) e arrolou restante por 12 meses: RS 3.030,95

5 – Esforço de Poupança
Poupar mensalmente R$ 200, e investir a 1% ao mês, durante 30 anos (aposentadoria)
– R$ 915.187,08 acumulados

Ou seja, jamais deixe de considerar o efeito dos juros compostos ao longo do tempo. Por isso, esteja sempre atento aos juros que está pagando, e ao montante que está poupando.
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Aplicativo para gerenciamento financeiro

Pergunta relativamente frequente quando o assunto é organização financeira: “qual aplicativo você usa?”.

Em época em que não desgrudamos os olhos do celular, ter o controle das entradas e saídas de dinheiro na palma da mão parece realmente uma ideia bem conveniente.

Testei alguns aplicativos, desde os mais simples até os mais detalhistas. Embora tenha aplicativos no mercado com funcionalidades boas e com interface bem amigáveis, ainda não encontrei nenhum capaz de projetar os gastos da mesma maneira que faço com a planilha.

Isso porque, pelo menos os aplicativos que já testei, a utilização era anotar os gastos. Alguns permitiam também estipular cotas para cada grupo de despesas, cadastrar os investimentos, entre outras funcionalidades, mas nenhum dos que testei permitia a projeção do orçamento.

Anotar todos os gastos e somar tudo no fim do mês, só serve para uma coisa: provocar frustrações e irritações. Já passou por isso? Bem comum. Nas minhas consultorias atendo pessoas que me dizem “já tentei usar planilhas, anotar tudo que gasto, mas não me adaptei”. E nem poderia, está usando a ferramenta que dispõe de maneira errada.

Se o gasto já foi feito, meus caros, “já era”! Não tem como remediar. Não se contrata um seguro depois de bater o carro. Porém, quando se usa o orçamento projetado em vez de anotado, estimamos o gasto que teremos. Com o acompanhamento de seu desenvolvimento, seja semanalmente ou mesmo em frequência inferior, é possível ter o real controle das finanças. Por exemplo, chegou metade do mês e já gastei mais de 50% do que determinei nessa categoria de despesas, acendo meu alerta, reduzindo gastos naquela categoria para não estourar o orçamento determinado. Se tenho gastos extras no próximo mês, vou reduzir as demais despesas reflexíveis a fim de não comprometer meu planejamento de investir x reais por mês… e por aí vai…

Complicado? Não é! Claro que sem as ferramentas adequadas, demora-se bem mais tempo, pois necessita-se trilhar o “caminho das pedras “até se adaptar a organização. Porém, adotar orçamento doméstico projetado, seja ele em planilha, em caderno (ou em App, caso você encontre um que tenha essa funcionalidade) é imprescindível para a progressão financeira. Não tem como ter organização e domínio das finanças enquanto não se sabe o quanto ganha e o quanto gasta. Esqueça investimentos enquanto não tiver isso.

Quem tem interesse, tenho um programa de acompanhamento completo, indo das dívidas aos investimentos; se quer apenas organizar o orçamento, posso ajudar também; para quem já está com tudo redondinho e planejado e só quer aprender mais sobre investimentos, também estou disponível. Meu WhatsApp e Instagram estão sempre ligados. Em suma, informação e ferramentas têm de sobra, basta buscá-las.

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Bom momento para renegociação de dívidas

No último dia 18, o comitê de políticas monetária cortou mais uma vez a taxa Selic anual, batendo um recorde histórico de 5,5% ao ano.

Notícias sobre essa tal famosa taxa são bastante comuns, mas a maioria das pessoas escuta sem saber direito no que isso as afeta. Pois bem, explico de forma bem simples nas linhas abaixo.     
Taxa Selic é a taxa básica da economia, todas as outras taxas giram em torno dela. Quando a Selic está em baixa, a inflação também está, e isso o que demonstra que a economia está equilibrada e demonstrando sinais de recuperação. A meta da inflação para o próximo ano é de 4% ao ano.

Talvez você esteja se perguntando: mas se a inflação está em baixa, porque minha compras mensais continuam subindo de preço? Para compreender, é necessário entender como a inflação é medida. Temos no Brasil dois índices inflacionários oficiais: o IPCA e o IGPM. Esses índices são medidos com base na média do aumento de preço de uma cesta de produtos. Dessa forma, produtos que não fazem parte dessa cesta não vão refletir o índice de inflação oficial. Além disso, é importante atentar que se trata de uma média, alguns produtos tem uma variação de preço maior e outros menor.

Mas não são apenas o preço dos produtos nos supermercados que são afetados pela taxa Selic. Conforme já falamos, a taxa Selic em baixa sinaliza uma economia equilibrada. Isso estimula a expansão de grandes empresas, o que resulta em uma maior oferta de posto de trabalho. A expansão dessas grandes empresas, oportuniza a abertura de pequenas e medias empresas que fornecem suprimento para as grandes, ou para seus funcionários. Ou seja, outros tantos postos de trabalho são criados.

Com a Selic baixa também é uma oportunidade de acessar créditos mais baratos no mercado. Isso não é um incentivo ao endividamento, muito pelo contrário, é uma sugestão para verificar se aquele empréstimo ou financiamento, que já foi contratado, não está cobrando juros mais caros do que outra instituição cobraria. Se esse for o caso, negocie com seu banco. Se não for tiver negociação peça portabilidade (transferência) do financiamento para outra instituição que cobra juros menores.

Por fim, mas não menos importante, tem-se o incentivo aos investimentos. Quem não sair da caderneta de poupança agora merece um puxão de orelha. Explico: a sempre que a Selic estiver abaixo de 8,5% ao ano, a poupança rende 70% da Selic mais TR (TR significa taxa referencial, é sempre uma taxa muito baixa, no último ano foi zero). Com a Selic a 5,5% ao ano, a poupança, que já era raquítica, está rendendo míseros 3,85% ao ano.

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Setembro Amarelo e os problemas financeiros?

Setembro é o mês de uma campanha de saúde pública muito nobre em nosso país: a prevenção ao suicídio. Minha área é finanças, todos sabem. Sou leiga nesse problema de saúde pública, que infelizmente é comum em nossa sociedade. Porém, busquei conhecer a relação entre suicídios e problemas financeiros. O resultado me assustou. Essa relação é muito mais frequente do que eu imaginava.

Entre as informações que obtive, uma foi especialmente esclarecedora. Estava disponível no blog da CVV, Centro de Valorização à Vida, e pode ser lida na integra no endereço: https://www.cvv.org.br/blog/desemprego-e-suicidio/. Abaixo, transcrevo trechos do referido texto:

“Um levantamento feito pelos Samaritanos mostra que a cada seis chamados telefônicos na entidade irlandesa, pelo menos um trata de questões financeiras. O número é do ano passado (o texto foi postado em 2017), mas revela uma preocupação antiga. A correlação entre crise econômica e suicídio tem sido discutida desde os estudos inaugurais do sociólogo francês Émile Durkheim. E embora o CVV não faça estatísticas do gênero, é cada vez mais comum esse tipo de ligação, principalmente em época de aumento do desemprego e da recessão.
(…)

É um efeito cascata. A angústia emocional ligada à recessão e a falta de esperança são apontadas como apenas parte do problema, que envolve autodestruição, tentativas e ideações suicidas. Após análise de dados da Organização Mundial da Saúde, pesquisadores da Universidade de Zurique chegaram à conclusão que de 233 mil mortes verificadas entre 2000 e 2011 em 63 países, 45 mil estavam relacionadas ao desemprego, o que equivale a 20%. Também é conhecida a correlação entre desemprego e depressão. Uma pesquisa do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo já provou que 80% das pessoas que acumulam débitos sofrem de depressão e ansiedade.
Esse impacto é ainda maior nos três primeiros meses da mudança de situação financeira, conforme destacado na cartilha “Suicídio: Informando para prevenir”, produzida pela Associação Brasileira de Psiquiatria. Ao apontar o desemprego entre os fatores de risco do campo social, a publicação chama atenção para o fato que desempregados com problemas financeiros e trabalhadores não qualificados podem estar no grupo de risco.

O texto me chamou atenção para o grandioso efeito emocional do endividado e para o quando o trabalho de todos nós pode ser importante para evitar que outras tragédias sejam provocas. Fique atento a seus amigos, parentes e conhecidos. Não faça pouco caso de seus problemas financeiros e não os trate com imoralidade em função de seu endividamento. Dívidas existem por falta de planejamento, e quem já está endividado, deve também planejar a saída das dívidas. De minha parte, sempre estarei disposta a orientar quem precisa, basta pedir me, pois conforme slogan da campanha “falar é a melhor solução”.

Dia da Amazônia: temos o que comemorar?

Marcus Nakagawa
Professor da ESPM

Comemorado na quinta-feira da semana passada  o Dia da Amazônia nos faz refletir sobre a importância desse patrimônio da humanidade e da natureza ricos em diversidade que nos enche de encanto.

Este ano, a Amazônia tem sido tema de diversas declarações do presidente do nosso e de demais países. Ativistas, políticos, atores de filmes internacionais, modelos, entre outras personalidades têm discutido nestas últimas semanas sobre o que fazer, como cuidar e como protegê-la, devido às queimadas provocadas pelo tempo seco e atividades criminosas que estão sendo investigadas.

Tenho levado esse tema para às minhas aulas e um dos pontos destacados é sobre a responsabilidade de cuidar dela. Devemos deixar que outros cuidem? E se nós brasileiros fizermos a nossa parte? Não podemos esquecer que a Floresta Amazônica está presente em mais oito países e que estes também precisam fazer as suas respectivas contribuições. Segundo a Datafolha de 1o. de setembro deste ano, em cada quatro brasileiros, três dizem que o interesse na Amazônia é legítimo e que 40% concorda com a frase: “A Amazônia deve ser totalmente administrada pelo Brasil, de acordo apenas com o interesse do país”. O levantamento também mostra que 22% concorda com a frase: “A Amazônia deve ser administrada por um conjunto de países e entidades internacionais”. Discussão interessante que devemos aprofundar com as várias partes interessadas!

Será que no dia hoje temos o que comemorar? Ou alertar mais uma vez a importância deste importante bioma do país e do planeta Terra? Não sou biólogo, ecólogo, agrônomo ou cientista da natureza. Sou um amante do planeta em que vivemos, um professor que tenta mostrar a importância dos sistemas naturais e viver em consonância com a realidade econômica vigente. O que parece ser cada dia mais difícil. Não é possível que temos tanta inteligência para preparar foguetes, para ir à Marte e criar computadores que podem imitar o ser humano, e não conseguimos gerenciar ou tratar deste assunto que é a Amazônia. Ou quando o assunto é desenvolvimento efetivamente sustentável. Que muitos agora dizem que tem que ser regenerativo, pois o que temos hoje não se sustentará.

Não sou ingênuo e sei que existem muitos interesses por trás desta grande floresta como seus princípios ativos, biotecnologia, minerais de todos os tipos, espaço para plantio e para o gado, entre muitos outros. Sei também que muitos países não conseguiram gerenciar os seus desmatamentos e agora tentam mostrar o que deu errado nas culturas deles. Alguns, mais conspiratórios, dizem que tudo isso é uma forma de atrasar o Brasil, pois se colocarmos tudo no chão, minerarmos tudo o que tem lá e vendermos todos os ativos biológicos, podíamos ser o país mais rico do mundo. Lembrando que muitos países já fizeram isso e tiveram que replantar tudo de novo.

Escutei também que era uma questão de soberania, pois se tivesse uma guerra com o Brasil e algum outro, seríamos os únicos a sobreviver, porque temos treinamento na floresta, como foi na Guerra do Vietnã, e que é um tipo de mentalidade que já existe desde o passado e foi desenvolvido na época da ditadura.

Outra coisa que percebi foi que, em meados de agosto, em Salvador, justo na época em que começaram os primeiros embates e discussões sobre a Amazônia, que tornou o assunto top trendnas redes sociais, estava sendo realizada a Semana do Clima da América Latina e Caribe. Este evento contou com a presença de ministros de governo, de representantes de agências multilaterais e Organizações Não Governamentais (ONGs), no qual algumas autoridades do nosso país foram contra a sua realização.

Muitos conhecidos estavam lá discutindo o aquecimento global, as questões ligadas ao meio ambiente e, de repente o tema da Amazônia se tornou a “bola da vez”. Comentei com meus alunos de jornalismo a possibilidade de ser algum trabalho muito bem elaborado por uma assessoria de imprensa de alguma ONG ambiental, que entendeu que todos os jornalistas ambientais do mundo estavam aqui e que seria uma ótima pauta.

Surgiram vários “memes” de pessoas falando que a nova geração estava descobrindo a Amazônia graças às mídias sociais, pois até então nada sabiam. E, no meio de tudo isso, uma terça-feira, na cidade de São Paulo virou noite às 15h da tarde! Disseram até que poderia ser o Thanos dos Vingadores, da Marvel chegando, ou realmente o impacto de queimadas próximo à maior cidade do país. Se sentimos o impacto aqui, imaginem o quanto as cidades que estão cercadas pelo fogo e pelas queimadas na Amazônia estão sofrendo.

Ainda sou otimista e digo que desta discussão saíram vários aprendizados. Um deles é que estão sendo pautados os problemas que existem há muito tempo na Amazônia, dos quais muitos ambientalistas, indígenas e jornalistas ambientais deram suas vidas por isso; a discussão efetiva do desenvolvimento sustentável no qual se questiona o uso indiscriminado do meio ambiente como um recurso infinito para os modelos econômicos de transações comerciais e de produção; o impacto social que as agressões ao meio ambiente estão causando, trazendo o ser humano como parte deste ecossistema e não como um ser à parte ou superior, entre outros aprendizados.

Precisamos evoluir muito, temos pressa e temos que pensar e agir individualmente sobre as mudanças climáticas e o cuidado com o meio ambiente, como faz a jovem ativista sueca de 16 anos, Greta Thunberg que, sabiamente diz: “Percebi que ninguém estava fazendo nada para impedir que isso aconteça, então eu precisava fazer alguma coisa.” E com isso está mobilizando jovens de todo o mundo. Viva a Amazônia! Amazônia viva!

Perfis financeiros

“Não consigo poupar porque tenho filhos”, os “gastos lá em casa são altos, mas o gastador e meu marido / minha esposa”… quem nunca ouviu frases desse tipo, não é mesmo? Tais justificativas são bastante comuns entre pessoas que vivem em uma mesma casa, dividindo as despesas.

É fato que existem diferentes perfis financeiros entre as pessoas. Afim de exemplificar, cito abaixo os principais perfis financeiros e suas respectivas características:

– o gastador: também conhecido como torrador de dinheiro, compra até avião pegando fogo e não consegue guardar um centavo. Inventar justificativas para comprar um item totalmente desnecessário, também é uma prática comum desse perfil. Normalmente tem problemas sérios com dívidas ou o dinheiro falta em momentos cruciais.

– o desligado: diferente do gastador, o desligado não gasta excessivamente, o problema está na falta de planejamento ou de controle. Pessoas desse perfil, nunca sabem o quanto ganham nem quanto gastam. Essa falta de planejamento acarreta uma dificuldade, ou mesmo impossibilidade, de progressão financeira.

– o poupador: também chamado de mão de vaca. Pessoas desse perfil raramente tem problemas com dívidas e, ao longo do tempo, costumam acumular dinheiro. A fragilidade desse perfil financeiro ocorre quando existe desequilíbrio. Poupar é necessário, mas cuidar da saúde e da qualidade de vida também.

– O controlador: esse perfil é o contrário do desligado. Pessoas controladoras fazem cálculo de tudo, anotam cada chiclete que compram, são apegadas excessivamente em planilhas e anotações. Da mesma forma que o poupador, a demasia faz o defeito. Controle excessivo causa estresse e torna-se desnecessário.

Conforme pode-se perceber, não há um perfil ideal ou ótimo. O ideal é mantermos um equilíbrio entre eles. Poupar, ter conhecimento de nossas finanças, mas também nos proporcionar gastos equilibrados e ter momentos de relaxamento.

Parece muito difícil? Garanto a todos que não é, é apenas uma questão de planejamento, estratégias e mudança de hábitos.

Quem quiser fazer um teste informal e divertido do perfil financeiro, pode pedir na minha lista VIP… (48) 99974-0804. Para acompanhar mais conteúdos nas redes sociais:
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Receber aluguel sem ter imóvel? Como assim?

Recentemente, uma pessoa me procurou questionando:
“Camila, escuto falar em receber aluguel sem ter imóvel. Isso é mais um daqueles golpes financeiros? Como alguém poderia receber aluguel sem ter um imóvel?
Pois bem, resolvi trazer o assunto à coluna de hoje para evitar que alguém saia chamando Jesus com Genesio.

Primeiro lugar, foi ótimo a pessoa ter essa preocupação, pois realmente não são poucos os golpes financeiros, cada dia em um formato de lorota diferente, e é muito importante que estejamos atentos. Mas a proposta de receber aluguel mesmo sem ter imóvel não se trata de golpes. Isso é plenamente possível no mercado financeiro.

Estamos falando nos Fundos de Investimento Imobiliários, também conhecido como FIIS ativo bastante comentado e procurado atualmente. Um fundo imobiliário é um ativo financeiro que arrecada dinheiro dos cotistas para comprar imóveis, terrenos ou renda fixa atrelado ao crédito imobiliário, como LCIs e CRIs. Com tais aquisições, o fundo rentabiliza com os alugueis dos imóveis, a venda dos imóveis adquiridos, ou com os juros das aplicações financeiras.

Explicando de forma mais simplificada, ao comprar um FII, compra-se, por exemplo, uma cota do fundo ao qual pertence o Shopping XYZ. Ao final de cada mês, o shopping terá uma receita, que é proveniente dos alugueis das lojas e do estacionamento. Os fundos atualmente tem a obrigação de distribuir pelo menos 95% da geração de caixa, isso é, os rendimentos auferidos menos as despesas. Assim sendo, o investidor detentor de uma cota desse fundo, receberá uma fração do fluxo de caixa do shopping proporcional a uma cota.

Uma vez adquirida a cota, o dinheiro usado na aquisição não poderá ser resgatado. Ou seja, caso o investidor não queira mais sua participação no investimento, ele terá de vende-la no mercado secundário, através da bolsa de valores a outro investidor. Isso caracteriza esse tipo de investimento como renda variável. Muito importante salientar essa informação, FII é sempre renda variável, embora haja vários e vários sites na internet, alguns bem grandes e pomposos, por sinal, tratando FII por renda fixa (Deus está vendo!).

Os FIIs são investimentos populares, principalmente porque é possível injetar pequenos valores, além disso, são ativos que distribuem mais frequentemente os resultados, a maioria distribui mensalmente. São também uma opção de renda variável menos complexa que ações. O que não significa que é só comprar qualquer um que vê, pois, como qualquer outro ativo, tem as opções boas e ruins, e tudo deve ser analisado e estudado previamente.

Ressalto com grande importância um ponto: já atendi pessoas em minhas consultorias particulares, querendo investir em FII como complemento de renda, já que, conforme já citei, a maioria dos FIIs distribui rendimentos mensalmente. Isso é possível. Porém, para que o complemento mensal seja expressivo é necessário um investimento alto. Além disso, se eu sacar e usar o dinheiro dos rendimentos, meu patrimônio não irá crescer. Dessa forma, se bem analisado e escolhido o FII pode ser sim um bom investimento para progressão financeira, desde que os rendimentos propiciados sejam sempre reaplicados buscando o aumento do patrimônio.

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Estocar ou comprar as poucos?

Saindo um pouco de assunto relacionado a investimento, que tenho trazido bastante para a coluna – a propósito, quem tiver interesse em ler sobre o assunto, poderá acessar as colunas anteriores pelo site do Notisul – resolvi falar hoje em um assunto bem corriqueiro na vida de qualquer pessoa: estoques. Fazê-los é bom ou mal negócio?

Antes de mais nada, entendam que não estou falando em estoques de empresas, que na maioria dos casos precisa existir, estou falando em famílias fazerem estoques excessivos que levarão uma longa data para consumi-los. Vale para alimentos, produtos de higiene e limpeza, roupas, itens de lazer e esporte, etc..

O costume de estocar em quantidades excessivas é bastante comum no Brasil. Fácil entender se lembrarmos um passado relativamente recente de nossa economia. Na década de 1980, até meados dos anos 90, tínhamos uma inflação monstruosa, os produtos chegaram a mudar de preço mais de uma vez por dia nas prateleiras do supermercado. Nessa época horrorosa, as pessoas adquiriram, ou intensificaram o hábito de fazer estoques.

Esse costume, tão maléfico para as finanças pessoais, foi continuado mesmo após controlarmos a inflação, passando, inclusive, para a geração seguinte, motivo pelo qual, não é raro encontrarmos pessoas bem jovens com esse costume infeliz de fazer estoque.

Há também aquelas pessoas que qualquer coisa que acontece, já sai estocando. “vou comprar 20 kg de leite porque ouvi falar que o leite vai aumentar”; “pizza tá na promoção, vou comprar 30”, passa a comer pizza todos os dias antes que estrague; “vou aproveitar a promoção de cerveja e já comprar para o verão todo” aí toma tudo em um mês, e por ai vai.

Ocorre que muitas vezes temos no estoque, o dinheiro que falta na conta, fazendo os boletos atrasarem e pagarmos juros por isso. Comum, também, é ter no estoque o dinheiro que deveria estar na reserva de emergência.

Lembrando que não estamos falando exclusivamente em estoque de itens de supermercado. As pessoas compram roupas que nem sabem quando terão oportunidade de usá-las, compram múltiplos pares de sapatos, compram livros em quantidade que demorarão meses para ler.

Algumas vezes obtemos desconto em uma compra maior, mas isso não deve ser levado em consideração se você está com contas atrasadas ou sem reservas. A razão é simples: o desconto obtido nessa compra maior nunca vai compensar os juros pagos pelo atraso ou outra.

Compras mais espaçadas, feitas à medida que se vai consumindo, além de propiciar uma maior flexibilidade, faz com que você não gaste hoje, com aquilo que só vai consumir daqui há alguns meses. Isso evita que seu saldo fique negativo, que atrase os boletos, que entre no cheque especial (que foi feito especialmente para você se ferrar) e que você quebre a cara no primeiro imprevisto que ocorra (afina, sim! Eles ocorrem.).

Se você faz parte dos 15% da população sem dívidas e com reservas, pode ser que compre quantidade maior objetivando o desconto, mas não esqueça que comprar hoje para usar daqui três meses, é perder três meses de rendimentos que você teria obtido se tivesse deixado aplicado. Por isso é necessário ponderar o que é mais vantajoso, sem deixar de lembrar que comprar agora pode te forçar a consumir lá na frente algo que você já não tenha mais vontade.

E você? Já havia pensado dessa forma? Conte-me nas minhas redes sociais.

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