segunda-feira, 6 maio , 2024
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Canelinha: Mulher confessa ter matado amiga grávida para ficar com o bebê

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Canelinha: Mulher confessa ter matado amiga grávida para ficar com o bebê

Uma mulher foi presa em Canelinha, na Grande Florianópolis, suspeita de matar a amiga Flávia Godinho Mafra (24 anos), grávida de 36 semanas, para ficar com o bebê. O marido da mulher também é suspeito de participar do crime.

O crime aconteceu na tarde desta quinta-feira em Canelinha, amigos e familiares de Flávia a procuravam desde ontem e o corpo foi encontrado na manhã desta sexta. De acordo com a Polícia Civil, Flávia teve o bebê arrancado da barriga, foi morta a tijoladas e tinha cortes na provocados por estilete.

Conforme o delegado Paulo Alexandre Freisleben da Silva, nesta manhã a mulher confessou o crime e afirmou que foi premeditado. A assassina disse que combinou com a amiga de fazer um chá de bebê em uma cerâmica desativada e que lá estariam outros convidados.

Flávia confiou na assassina e foi até o local. Em entrevista ao NSC TV, o delegado disse que a mulher atingiu Flávia com várias tijoladas e depois cortou a barriga da amiga com o estilete e que a intenção era ficar com a criança.

De acordo com amigos de Flávia, ela esperava uma menina e o parto estava previsto para 22 de setembro.

 

Envolvimento do marido

A polícia não informou se a mulher agiu sozinha no momento do crime, mas logo após o assassinato ela e o marido levaram a criança ao Hospital e Maternidade Maria Sartori Bastiani, em Canelinha, dizendo que ela havia entrado em trabalho de parto em via pública.

Mas os médicos constataram cortes profundos no bebê provocados por objeto cortante e não identificaram indícios de parto recente na mulher. Sem um boletim de ocorrência do desaparecimento de Flávia, grávida de 36 semanas, a polícia fez um registro de lesão corporal contra o casal.

Ainda na quinta-feira o bebê foi transferido para o Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis, junto com o suposto pai. Neste momento a polícia havia recebido informações sobre o desaparecimento de Flávia e relacionou os casos. Horas depois o homem foi preso tentando fugir com a criança.

Conforme o tenente-coronel da Polícia Militar de Tijucas, Daniel Nunes, a polícia voltou ao hospital de Canelinha onde a suposta mãe estava internada. “Ela confessou que tinha cometido o homicídio para subtrair a criança da vítima […] se trata de um crime premeditado para a subtração de um bebê”, disse em entrevista ao NSC TV.

O casal foi autuado em flagrante por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e lesão corporal gravíssima na criança. Até esta tarde nenhum advogado se apresentou para fazer a defesa do casal.

 

Crime premeditado

Durante o depoimento ao delegado Paulo Alexandre, a assassina confessou que havia premeditado o crime porque engravidou no ano passado, perdeu o bebê e não comunicou a família.

Viu em Flávia uma oportunidade de cometer o assassinato e ficar com a criança, já que os prazos da gestação eram próximos. O delegado disse que a mulher é extremamente fria, em nenhum momento demonstrou arrependimento ou culpa. Já o marido ficou muito nervoso e chorava o tempo todo durante o depoimento.

O corpo de Flávia foi encontrado na manhã desta sexta-feira e o estilete ainda estava no local do crime. Ela foi levada para o Instituto Médico Legal (IML) em Balneário Camboriú.

 

Desaparecimento de Flávia 

Flávia foi morta na quinta-feira à tarde e amigos e familiares sentiram sua falta, já que ela não tinha o hábito de desaparecer. Então a amiga Jeisiane Benevenute fez uma publicação no Facebook comunicando o desaparecimento da amiga.

“Bom dia, por favor nos ajudem a localizar a Flavia Godinho Mafra! Ela saiu ontem (27/08) por volta das 16h, para um Chá de Bebê Surpresa em São João Batista e não voltou para casa. No aplicativo de WhatsApp sua última visualização foi às 15h48min. Flavia está grávida de 36 semanas e é diabética. Rogamos a Deus para tudo acabar bem! Nos ajudem!”

Flávia era pedagoga, trabalhou como professora temporária e neste ano estava trabalhando em uma loja. Por ser grupo de risco Covid-19 estava afastada do trabalho presencial.
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