Bondade gratuita

Conta-se de um velho almirante da reserva que, quando queria pintar a fachada da sua casa – vivia numa cidade onde era costume pintá-las pela primavera -, mandava o pintor à casa do vizinho que morava em frente, para lhe perguntar de que cor gostaria que a pintasse. O bom velhinho explicava esse seu modo de proceder dizendo: “Afinal, ele, o vizinho, é quem ficará vendo a fachada todos os dias; é natural que eu a pinte ao gosto dele”. É uma delicada transparência do coração do homem bom, que vive sempre voltado para o bem e para a alegria dos outros, e nisso encontra a sua maior satisfação. (Trecho do livro de F.F O homem bom).