quinta-feira, 9 maio , 2024
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Liliane Dias

Sob o aconchego do sigilo bancário (1)

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Vários casos de corrupção, descobertos por denúncias ou mero acaso, ilustram perfeitamente a falibilidade da sistemática de envio de informações ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
São justamente essas informações que alimentam o banco de dados da Unidade Financeira de Inteligência (FIU) e que são repassados ao Ministério Público e à Polícia Federal.

Há muito o que dizer a respeito da prática de caixa dois no Brasil: os principais partidos políticos foram – ou são – adeptos desta prática, que informações sobre movimentações bancárias permitiriam à RFB identificar com inédita eficácia. As Operações Kaspar 1 e 2 da PF identificaram esquemas de remessa ilegal de divisas integrado por várias empresas com a conivência e “assistência técnica” de grandes bancos suíços.

Não fosse o sigilo bancário o deputado Paulo Maluf (PP-SP), por exemplo, não estaria experimentando o dissabor da acusação de ser o dono dos US$ 200 milhões que estão bloqueados no paraíso fiscal de Jersey, pois o trânsito e o titular desta pequena fortuna teriam sido oportunamente identificados.

Todo ano os contribuintes que seguem a lei enviam à Receita as declarações com as suas informações bancárias e patrimoniais, e a nova norma apenas permitirá confirmar dados que ela já possui, e conhecer os que lhe foram omitidos. Mas receber informações sonegadas não é quebra de sigilo, que deve continuar existindo, mas não para a fiscalização.

O governo acaba de adiar por seis meses um decreto que aumenta os controles sobre R$ 12 bilhões repassados anualmente a estados, municípios, sindicatos, ONGs e outras entidades.

Preservar o oceano de “recursos não contabilizados” de partidos políticos, comerciantes, empresas, criminosos, profissionais liberais e outros sob o aconchegante manto do sigilo bancário é um crime contra a sociedade.

Gás natural: Bolívia não cumprirá plenamente contratos

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Bolívia

O governo da Bolívia afirmou ontem que não cumprirá plenamente os contratos de venda de gás ao Brasil e à Argentina este ano e convocará os países a uma reunião para analisar a repartição do combustível quando houver elevada demanda. “No fim de ano, produziremos em média 42 milhões de metros cúbicos diários, o que não nos permitirá cumprir os contratos com estes países”, ressaltou o ministro de hidrocarbonetos, Carlos Villegas, junto ao presidente boliviano, Evo Morales.

A produção atual ronda os 40 milhões de metros cúbicos diários de gás natural, frente a uma demanda interna e externa de 46 milhões. Villegas explicou que, na recente visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a La Paz, foi decidido que este ano não serão enviados os pequenos volumes de gás contratados em Cuiabá nem à empresa Comgás, de São Paulo.

O contrato que será cumprido é o da Petrobras, no qual está previsto o envio de 31 milhões de metros cúbicos diários de gás a São Paulo e pelo qual a companhia paga à Bolívia, atualmente, quase US$ 4,9 por milhão de BTUs (Unidade Térmica Britânica).

Outra prioridade da Bolívia será atender o mercado interno, que demandará entre 5,5 e 6 milhões de metros cúbicos diários. O resto será enviado à Argentina. A Bolívia descumpriu várias vezes em 2007 os contratos com Brasil e Argentina devido à paralisia de investimentos, que as empresas atribuíram à mudança de regras originada pela nacionalização do setor, em 2006.

Fé católica: Bairro Rio Bonito passa a ter paróquia

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Wagner da Silva
Braço do Norte

Um antigo sonho da comunidade do bairro Rio Bonito, em Braço do Norte, tornou-se realidade. A localidade ganhou, oficialmente, a tão desejada paróquia Santa Rosa de Lima, uma homenagem à padroeira da América do Sul.

Após a construção da primeira igreja do bairro, 19 longos anos de espera se passaram até que a paróquia fosse instalada. Com a notícia, a comunidade empenhou-se em construir a estrutura que compunha o Centro Pastoral e a residência do pároco, padre Pedro Goulart Alves. Boa parte dos materiais e móveis, como também a mão-de-obra empregada, foi conquistada através de doações.

Além do Rio Bonito, a nova paróquia de Braço do Norte atenderá a 13 comunidades interioranas do município: Alto Travessão, Rio Santo Antônio, Azeiteiro, Gruta do Azeiteiro, Açucena, Floresta, São Januário, Nossa Senhora das Graças, Jardim Andréia, Gruta de Santa Paulina, Sertão do Rio Bonito e Travessão. Já a paróquia matriz, atende atualmente outros 15 bairros.

Para a coordenadora do grupo de coroinhas e auxiliar pastoral, Irene Della Giustina, uma participante ativa da vida religiosa da comunidade, a instalação da paróquia é um presente divino para o Rio Bonito.

“É tudo para nós. Nosso maior sonho agora é real. Valeu a pena tanto esforço”, destaca Irene. A nova paróquia passará a atender, por completo, a partir de fevereiro, quando o centro pastoral estiver pronto.

Incêndio em Tubarão: Por pouco, cinco casas não pegam fogo

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Zahyra Mattar
Tubarão

Quando o pedreiro Orlando Buzatti, de 39 anos, recebeu a ligação de sua família relatando que um incêndio ocorria praticamente a cinco metros de sua casa, ele não pensou duas vezes: saiu em disparada ao bairro Guarda Margem Direita para socorrer a esposa e os filhos. Um dos seus colegas e vizinho fez o mesmo.

Quando chegaram, encontraram todas as famílias que circundam um grande terreno apavoradas com o ocorrido.
O mato que cobria o lote pegou fogo e, por muito pouco, não alcançou as casas vizinhas. O Corpo de Bombeiros foi rapidamente acionado pelos moradores.

Porém, confirma que no meio do caminho recebeu outra ligação de que nada demais tinha ocorrido e retornou. Os próprio moradores trataram de contornar a situação com mangueiras e baldes de água. O lote ficou totalmente queimado.

A dona de casa Ana Paula de Oliveira, 19, teve a blusa queimada e o pescoço machucado. Ele conta que a sua filha de 4 anos tomava banho de mangueira nos fundos da residência, parte esta que faz ‘divisa’ com o lote em chamas. “Foi assustador. Só pensei na menina”, testemunha. Ela e as outras famílias deixaram as suas casas com medo por causa da fumaça.

SCGás: Sem planos de reajuste no GNV

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Tatiana Dornelles
Tubarão

Circulam pelas ruas das cidades que formam a Amurel cerca de seis mil veículos convertidos em gás natural veicular, o famoso GNV. Com o crescente número de carros movidos com o combustível, o medo dos motoristas é que o preço seja reajustado de uma hora para outra.

Até mesmo as informações vindas do governo da Bolívia, de que contratos de venda não serão totalmente cumpridos este ano (com o Brasil e a Argentina), fazem com que o receio seja ainda maior.

A princípio, a SCGás, empresa responsável pela distribuição do gás natural canalizado em Santa Catarina, não tem nada programado e nem previsão de aumento. A informação, dada ontem ao Notisul, veio da própria assessoria de imprensa da companhia.

“Por enquanto, não há nada programado, nem previsto. Se houver alguma determinação da Petrobras, geralmente a empresa absorve parte do reajuste para não haver impacto na economia. Contudo, não tem como garantir que não haverá aumento”, informa a assessoria.

Mas, mesmo que o GNV (futuramente ou logo!) venha a sofrer um grande aumento, ainda é vantagem usar o combustível. Segundo o técnico em mecânica e diretor administrativo da Ciauto Inspeção Veicular, Paulo Fernando da Silva, entre as vantagens da utilização de GNV estão a economia, a questão ambiental e a segurança. “Enquanto na gasolina o veículo faz dez quilômetros por litro, por exemplo, no GNV o carro faz de 20% a 30% a mais em quilometragem.

Economicamente, chega a ser 60%, 70% mais barato”, explica Paulo. Entre as ‘provas’ de que o GNV é bastante procurado estão os postos de combustíveis, cujas filas para abastecimento geralmente são grandes. Outra, segundo Paulo, é o próprio número de conversões.

“Em dezembro, em Tubarão, houve aquecimento no número de conversões. Se hoje há 5% da frota convertida, é praticamente 30% a menos de venda de gasolina, já que é grande o número de carros que rodam muito”, ressalta o técnico em mecânica.

Carol Castro mostra corpo ‘original de fábrica’ em ensaio

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“Sou original de fábrica! Tenho pavor só de pensar em lipoaspiração, silicone, preenchimento e não consigo me imaginar entrando na faca. Mas, se um dia eu precisar, vou fazer e assumir”, diz ela em entrevista à publicação.

Justamente para não precisar enfrentar o bisturi, a atriz dedica-se a exercícios e cuidados com a pele, os cabelos e alimentação. Além de hidratar o rosto e o corpo com cremes específicos, ela malha com personal trainer para evitar a flacidez e tonificar os músculos. Carol também enfrenta técnicas contra a celulite.

Mas afirma que gostaria de ter menos culote. “É que meus quadris são largos e, quando ganho peso, os quilinhos vão parar ali. Mas já estou resolvendo o problema com a carboxiterapia (injeções de gás carbônico na camada profunda da derme para melhorar a circulação, a oxigenação dos tecidos e combater a celulite, gordura localizada e flacidez)”.

Atlético Tubarão: Dia de reapresentação e vistoria

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Priscila Loch
Tubarão

Vinte dias de preparação… O Campeonato Catarinense está logo aí. Os jogadores e a comissão técnica do Atlético Tubarão reapresentam-se hoje, às 9 horas. Meia hora depois, representantes da secretario de esporte da prefeitura de Tubarão visitam o Estádio Domingos Gonzales para vistoriar a reforma.

O trabalho de preparação para a principal competição do futebol estadual será intenso, tanto nos gramados como nos bastidores.

…Dentro de campo o grupo ainda não está completo (hoje são 14 atletas e seis membros da comissão). “Precisamos de mais um cinco, seis jogadores, para setores variados, como meias, atacantes”, adianta o presidente do clube, Clovis Damaceno Paz.

…Fora das quatro linhas, é preciso correr contra o tempo para deixar o estádio pronto para receber os jogos. Vinte homens retomaram os trabalhos ontem com o propósito de atender aos requisitos estabelecidos pela comissão composta por Polícia Militar e Corpo de Bombeiros que visita os estádios. “A obra será concluída a tempo. O prazo é dia 17. Na pior das hipóteses, dia 20, três dias antes da estréia em casa (Atlético Tubarão x Marcílio Dias)”, garante o secretário de esportes, Felipe Felisbino.

As modificações necessárias (e obrigatória) a serem realizadas são: isolamento na parte de trás do alambrado para garantir segurança à imprensa e arbitragem; sala para a Polícia Militar no dias de jogos; aumento da altura dos guarda-corpos da arquibancada para 1,1 metro (hoje são 80 centímetros); e retirada de degrau existente na primeira fileira de assentos.

“Essa última medida é para evitar incidentes em caso de empurra-empurra e alguém cair. Também estamos recuperando o almbrado”, detalha Felisbino.

Estrada do Camacho: Pedras desagradam veranistas e turistas

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Zahyra Mattar
Jaguaruna

Tudo bem que a obra de pavimentação asfáltica da Estrada do Camacho segue sem interrupção, em ritmo normal e dentro do cronograma definido no ano passado pelo Departamento de Estado de Infra-estrutura (Deinfra).

Mas as pedras em certos trechos da rua não caíram no gosto dos veranistas das praias da região e dos turistas que visitam, especialmente, o Farol de Santa Marta, cuja estrada é um dos acessos. Na verdade, o único jeito de chegar lá através de Jaguaruna.

O fotógrafo do Notisul, Gilmar F. Estevam, levou a família para passar a virada de ano no Camacho e voltou com uma novidade, que deve ser encarada de maneira descontraída: a estrada foi carinhosamente apelidada de ‘Tô rico, tô pobre’, devido aos trechos com asfalto seguidos pelos com pedras. No geral, porém, o trânsito e a situação da estrada é incomparavelmente melhor que na temporada de 2006.

O presidente da Associação Costa Azul de Veranistas (Acav), do balneário Camacho, Antônio Welausen, também trouxe boas notícias. Segundo ele, O Deinfra já autorizou que a Unisul, de Tubarão, mapeie as áreas interditadas por conta de possíveis sítios arqueológicos descobertos durante as obras. São cerca de seis quilômetros (do total dos quase 20 quilômetros) embargados.

Este trabalho deverá ocorrer ainda este mês. Feito isso, é muito provável que o ritmo de obra seja mais acelerado nos próximos meses. O trabalho de pavimentação do Camacho iniciou em 2004.

Sabe o que os astros guardam pra você hoje?

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Áries (21/03 a 19/04)
O aspecto astrológico entre Marte e Plutão indica grande força de vontade e poder, embora deva ser utilizado com sabedoria. Caso contrário, você tende a enfrentar oposição às suas idéias.

Touro (20/04 a 20/05)
Prenúncio de negócios, mas cuidado com precipitações ou gastos desnecessários. Os seus valores e recursos podem entrar em conflito com os alheios.

Gêmeos (21/05 a 21/06)
Em seu signo Marte faz oposição à Plutão indicando possibilidade de conflitos, se você insistir em seus pontos de vista, impondo-os aos outros. Energias emocionais e sexuais estão em transformação.

Câncer (22/06 a 22/07)
Intensidade emocional. Ações sigilosas ou nos bastidores. Muita força interior. Tendência a atitudes compulsivas. Ênfase no que está ocorrendo longe do olhar alheio.

Leão (23/07 a 22/08)
Forte energia que deve encontrar um meio positivo de aplicabilidade, sob pena de se manifestar em tensão e agressividade. Movimente-se e dialogue com flexibilidade.

Virgem (23/08 a 22/09)
Inquietude nas palavras, gestos e atos. Procure manter a calma, embora pareça difícil fazê-lo. Todo mundo está ansioso, reflexo da correria de final de ano. Alguns conflitos familiares podem ocorrer.

Libra (23/09 a 22/10)
Reflita sobre os seus valores, libriano. E perceba como 2008 exigirá de você uma atitude madura em relação às questões domésticas, familiares e emocionais. Muita coisa mudará na relação com a casa e com a família.

Escorpião (23/10 a 21/11)
A Lua está em seu signo indicando fortes sentimentos, que você tenta controlar. Cuidado com a tendência a reprimir emoções.

Sagitário (22/11 a 21/12)
Plutão, no final de seu signo, faz contato com Marte, indicando muita energia, que tende a se manifestar agressivamente, se não encontrar um canal de vazão apropriado.

Capricórnio (22/12 a 19/01)
Atenção com a saúde, capricorniano. Situações tensas entre o final e o começo do ano podem estar se manifestando no organismo. Atividades físicas são necessárias, como forma de extravasar a energia.

Aquário (20/01 a 18/02)
Possibilidade de conflitos no amor e na amizade. Atenção com a tendência a impor o seu ponto de vista. Conversar sobre temas tabu se revelará necessário.

Peixes (19/02 a 20/03)
Conflitos na vida doméstica ou profissional podem ocorrer e são resultado da intolerância, da inflexibilidade e da dificuldade de mudar de opinião, mesmo percebendo que isso é salutar.

Sob o aconchego do sigilo bancário (1)

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Certas doenças e dinheiro ninguém gosta de dizer que tem; aquelas por preconceito, e dinheiro por medo de ser roubado ou alvo de assédio. Mas, se as pessoas escondem moeda, a maioria gosta de exibir uma bela casa, um carrão, enfim, mostrar status. Que outros motivos, então, justificariam o sigilo bancário, direito solenemente inscrito em nossa Constituição?

A norma da Receita Federal do Brasil (RFB) que obriga os bancos a informarem, a partir de 1º de janeiro, valores de movimentação mensal bancária de pessoas físicas que superem R$ 833,33, e de empresas acima de R$ 1.666,66, despertou reações indignadas e a manifestação do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, que considera inconstitucional a medida, baseada na lei complementar nº 105, que autoriza a RFB a ter acesso aos dados bancários dos contribuintes.

Compreensível a revolta de setores de uma sociedade onde demonstrações de honestidade como alguém devolver dinheiro ou objetos de valor perdidos são manchete de jornal. Mello disse que o automatismo da norma da Receita joga todos na vala comum.

Vala comuníssima e profunda seria o caso de dizer, sem risco de exagero, quando o deputado Paulinho da Força (PDT-SP), ardoroso defensor da opacidade do dinheiro destinado aos sindicatos declara, a respeito da emenda – enfim, parcialmente aprovada – que dá poder ao Tribunal de Contas da União (TCU) de fiscalizar os recursos repassados às centrais sindicais: “Contra essa emenda nós vamos até a morte”.

O poderoso lobby das federações empresariais que recebem recursos públicos destinados ao Sistema “S” (Sesc, Sesi, Sebrae e outros) conseguiu derrubar, em julho de 2007, uma emenda à Lei de Diretrizes Orçamentárias que permitiria a sua fiscalização. Não é nada, foram cerca de R$ 6 bilhões só em 2006.

São belas as falas esfuziantes do ministro em defesa do sigilo incondicional e sublimes os discursos diários de tantos em prol dos excluídos, mas nada é mais excludente que a sonegação de impostos, um crime cuja prática pode ser aferida em qualquer esquina, uma transgressão “politicamente correta” que usurpa anualmente centenas de bilhões de reais, dinheiro público.

Mas, a prevalecer o entendimento de que a garantia do sigilo bancário é absoluta, a lei nº 9613/98, que criou o Coaf e obriga as instituições financeiras a informarem ao Banco Central operações que considerem suspeitas – e quem é um gerente de banco para arbitrar o que é suspeito ou não? – e todas as demais acima de R$ 100 mil, um limite exageradamente alto, terá de ser revogada. (Continua na edição de amanhã).

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