quarta-feira, 17 julho , 2024
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Fernando Darci Pitt

Movimento Maker: faça você mesmo

Recentemente a Fundação Municipal de Educação de Tubarão anunciou a implantação de “espaços makers” nas escolas municipais da cidade e a adesão ao “movimento maker”. Sem sombra de dúvida, esta ação se tornará mais um sólido pilar no constante movimento de melhoria dos indicadores educacionais da cidade. Mas afinal, o que isso significa na prática?

O movimento se origina na década de 1950  num período de pós guerra em que o custo de mão de obra estava absurdamente alto,  além da escassez dos recursos materiais. Naquele momento surgia o “DIY – Do it yourself” (“faça você mesmo”) que consistia em consertar, montar ou até mesmo fabricar algo por conta própria utilizando materiais alternativos e adaptações criativas.

Com o surgimentos dos primeiros computadores na década de 1970 um novo passo foi dado, e o impulso final ocorreu no início dos anos 2000 com o surgimento de revistas e feiras especializadas para os “fazedores” e o lançamento das primeiras impressoras 3D.

Movimento Maker na Educação

Seja utilizando as chamadas salas makers, ou mesmo espaços convencionais, o movimento visa aproximar a teoria da prática com exercícios e atividades interdisciplinares além de práticas diversas que induzem os educandos a exercitarem a criatividade, trabalho em equipe e a solução de problemas.

Seja com robótica lego, arduíno, marcenaria ou utilizando materiais recicláveis, a expressão “o que vamos construir hoje” é a cultura que deve prevalecer tanto entre os professores quanto nos alunos. Os ganhos do envolvimento dos alunos neste processo diferenciado de ensino são muitos, assim, vamos enumerar algumas:

• Aumentar o interesse do estudante, uma vez que as práticas dão “sentido” aos conceitos teóricos;

• Estimula o pensamento crítico;

• Encorada o protagonismo;

• Fomenta a busca por soluções de problemas complexos;

• Aproxima o aluno das mais diversas tecnologias;

• Desenvolve o espirito empreendedor.

Desafios do Movimento Maker

Indiscutivelmente os ganhos são plenos e mensuráveis. Todavia, para alcançá-los se faz necessário ter investimentos financeiros e de tempo para mudar a cultura relacionada a sala de aula “tradicional”.

Como se faz isso?

Um dos primeiros passos é qualificar os docentes para este novo universo de aprendizagem, transformando-os de detentores de conhecimento para mentores. E o passo seguinte, talvez o mais importante, é empoderar os alunos. Contudo, esta autonomia deve ser concedida atrelada ao aumento de responsabilidade dos mesmos.

As atividades em espaços makers sempre devem ter clareza nos objetivos de aprendizagem, bem como, garantir a participação efetiva dos aulos como autores. Estas aulas jamais podem ser vistas apenas como um “hobby” ou “passa tempo”, pois se isso ocorrer perde todo sentido sua existência.

Movimento Maker na Cidade Azul

Além da rede municipal que está ingressando neste grande movimento, há diversas escolas de Tubarão que já trabalham com este conceito há muitos anos. Algumas delas oferecem atividades de forma integrada no próprio calendário escolar e outras como oficinas em horários alternativos. Algumas escolas inclusive disponibilizam estas formações de contra-turmo para toda a comunidade.

 

Por fim, independente de ser em uma escola pública ou privada, de forma integrada ou no contra-turno, o mais  importante ter em mente que muito mais do que um ambiente destinado para o “maker”, é necessário fomentar a cultura do faça você mesmo.

Sem tempo para o Aprendizado Contínuo?

Uma pergunta direta: Você avalia que tem tempo suficiente para o aprendizado contínuo? Não?! E por este motivo está “conformado” com a situação? 

Que o mundo está mudando muito rapidamente e a tecnologia está se tornando onipresente e impactando todos os setores da economia além de alterar o estilo de vida das pessoas isso ninguém mais questiona, e que o caminho para a sobrevivência profissional passa obrigatoriamente pelo aprendizado contínuo também já é algo compreendido e aceito por todos. Porém, em muitas palestras e conversas sobre o tema frequentemente sou questionado de como é possível se manter um “aprendedor” constante se a pessoa não tem mais tempo, seja por motivos profissionais ou até mesmo pessoais / familiares?

Talvez poucos se deram conta, mas essa mesma tecnologia que tem nos forçado a adotar novas práticas e hábitos em nosso estilo de vida, também traz possibilidades de estudo que até pouco tempo eram impensáveis, tanto do ponto de vista de distribuição de conteúdo quanto na qualidade e forma deste. É possível aprender praticamente tudo, em qualquer horário e em qualquer lugar.

Mas calma, antes de mais nada é importante reafirmar que algumas profissões exigem uma formação “formal”, daquelas que obrigatoriamente o aluno precisará passar alguns anos frequentando uma escola (seja ela presencial ou EaD) e cursando um currículo definido e bem estruturado. Porém, no caso de muitas outras (especialmente as novas) ou até mesmo para quem já possui um diploma de graduação há inúmeras outras possiblidades “informais” tão boas quanto as “formais”. E para quem tem dificuldades em dedicar um tempo mais longo para os estudos, a outra ótima notícia é que os conteúdos também estão sendo disponibilizados na forma de pequenas “pílulas de conhecimento” que podem ser consumidas periodicamente quase sem perceber. 

Microlearning e nanodegree são dois termos que representam estes novos conceitos de aprendizagem, confira suas definições:

Microlearning: é um conceito de aprendizado contínuo, o qual ocorre de forma não estruturada e sem ser atribuída uma certificação final. Pode ser tanto por meio de um podcast, vídeo online, ou até mesmo durante uma leitura técnica. A sua aplicação pode ocorrer como complemento a um curso formal, ou para estudo de algum tema que lhe interesse pessoalmente.

Nanodegree: nada mais é do que um curso de curtíssima duração que aborda habilidades técnicas muito específicas e com um “nanocertificado”, cujos conteúdos podem ser disponibilizados de várias formas e em diversas plataformas. Embora a carga horária normalmente é bem reduzida, o curso tem como objetivo atribuir competências necessárias para alguma tarefa ou trabalho em pontuais. Este tipo de curso não substitui um Curso Técnico, por exemplo, mas complementa e muito sua formação. 

Já para quem busca uma formação mais completa e de maiores proporções sem necessariamente retornar para uma escola formal, há o surgimento recente de um novo conceito que é o ultralearning:

Ultralearning: (ou ultra-aprendizado) é um novo conceito difundido por Scott H Young e diferente dos anteriores, ele se apresenta como uma estratégia de aprendizado direcionada e intensa geralmente de longa duração, cujo enfoque deixa de ser os conteúdos (conforme o ensino formal) para concentrar os esforços nas avaliações que determinam o aproveitamento obtido.

Seja em cursos rápidos ou mais longos, com certificado ou só com conteúdo, o importante é se manter ativo e buscar evoluir sempre. Quem tiver interesse pode ler a publicação de 17 Janeiro de 2019 em que indicamos vários sites que oferecem cursos no estilo “nanodegree” gratuitamente. Confira: https://notisul.com.br/tecnologia-e-educacao-fernando-darci-pitt/143117/cursos-internacionais-online-gratis

Como criar metas atingíveis

Mesmo escrevendo “em papel” suas metas muitas pessoas têm dificuldade de alcança-las, e você sabe por que isso acontece? Como o último texto que publicamos abordava a importância de se ter objetivos claros, tanto as de curtíssimo quanto de médio e longo prazo, hoje vamos trazer algumas dicas de como defini-los de modo que se torne mais fácil concretizá-los. 

O primeiro passo é descrever quais são estes objetivos, que podem ser tanto no âmbito pessoal quanto familiar e/ou profissional. Seja específico, pois quanto mais genérico for mais fácil de perder o foco e não atingir plenamente o planejado, e tenha ciência que metas são tarefas possíveis de serem alcançadas dentro do prazo estipulado, então “pense grande” e audacioso, mas seja realista. 

Tão importante quanto definir “o que” é determinar o “quando”. Assim, a próxima etapa é definir o prazo. Em alguns casos definir datas limites intermediárias poderá ajudar muito pois servirão como uma espécie de “checkpoint” e monitoramento do progresso feito até então, o que permitirá fazer correções se necessário. 

Defina prioridades. Seja por propor muitas tarefas, ou por restrições de recursos (financeiros, tecnológicos, de tempo, etc), poderá ser necessário você agrupar seus objetivos por ordem de prioridade. De nada adianta querer fazer tudo e no final não chegar a lugar nenhum.

Uma vez criadas as metas, estipulados prazos e prioridades, defina as estratégias necessárias, ou seja, você já sabe onde quer chegar e quando deverá estará “lá”, agora é hora de escolher o caminho que irá percorrer. 

A seguir descrevo dois exemplos para lhe inspirar:

Meta 1: Ingressar no mercado de trabalho na área tecnológica

Prazo: 2 anos 

Estratégias: 

* Ingressar em um Curso Técnico (duração média entre 1,5 a 2 anos);

* Criar o hábito de ouvir diariamente podcasts que abordem as temáticas de tecnologia, empregabilidade e carreira;

* Começar a seguir canais que apresentem as novidades e tendências na área pretendida; 

* Complementar a formação com cursos  de formação inicial e continuada, sejam eles  presenciais ou EaD;

* Fortalecer tanto suas “hard skills” (competências técnicas) quanto suas “soft skills” (competências comportamentais);

* Criar um portfólio com as principais realizações dos últimos anos, destacando as com maior impacto profissional e também aquelas com impacto social; 

* Fazer uso das mídias sociais com parcimônia evitando a exposição pessoal exagerada, principalmente se isso poderá lhe prejudicar numa futura entrevista.

Meta 2: Fazer uma viagem internacional (intercâmbio)

Prazo: 3 anos 

Estratégias: 

* Pesquisar mais sobre o destino desejado a fim de ajudar a traçar um itinerário otimizado, bem como o melhor período de viagem. Alguns destinos apresentam grande variação nos valores de hospedagem e passagens dependendo da época do ano;

* Estimar qual será o custo total da viagem, considerando obtenção de visto, bilhetes aéreos e outros deslocamentos, hospedagem, seguro de viagem, custos com roupas (caso vá para um lugar frio), alimentação, matrículas e materiais didáticos, passeios, compras, etc. Em seguida dividir este valor pelos meses anteriores ao embarque e conferir o quanto será necessário reservar mensalmente para ter “tudo pago” quando chegar a hora de embarcar;

* Tirar o passaporte o visto (se for exigido pelo país destino);

* Atualizar sua carteira de vacinação;

* Fazer aulas para aumentar sua proficiência no idioma do país a ser visitado;

* Colocar na sua rotina ouvir pelo menos 1 podcast diariamente com dicas de vocabulário no idioma nativo, e ainda se possível outros que abordem a cultura e temas gerais. Além de melhorar sua proficiência também lhe ajudará entender mais sobre o dia-a-dia do destino;

Vou deixar aqui um desafio para que você crie suas próprias metas de desenvolvimento pessoal / profissional considerando os conhecimentos que precisará adquirir para os desafios do novo mercado de trabalho, seja para manter sua empregabilidade em alta, seja para começar uma nova carreira. 

Seja num pedaço de papel ou numa planilha eletrônica, comece ainda hoje a traçar as estratégias para alcançar suas metas e não tenha medo de mudar seus planos quando necessário. E como já escrevemos na última semana, faça de 2020 o ponto de inflexão na sua vida.

Metas para 2020

Janeiro se aproxima do fim, e com a chegada de fevereiro o ano definitivamente começa a fluir, pois as férias chegam ao fim, aulas reiniciam e a rotina do dia-a-dia volta para a maioria dos brasileiros (embora há quem diga que o ano só inicia depois do carnaval). E este é o momento que pode tornar-se o ponto de inflexão para aqueles que decidirem assumir uma iniciativa positiva em relação ao seu desenvolvimento pessoal.

Isso é possível pois este é o período do ano que a maioria das escolas estão com suas inscrições abertas para os novos cursos regulares, sejam eles de nível técnico ou graduação, mas acima de tudo, é quando muitos de nós traçamos nossas metas para o ano que se inicia.

Então, se estamos falando de metas pessoais, que tal associá-las ao contexto mundial no que tange ao desenvolvimento tecnológico? O qual entre muitas outras consequências, inevitavelmente irá produzir uma grande transformação nas relações trabalhistas com a oferta cada vez menor de empregos formais tais como conhecemos, mas com a crescente oferta de trabalho nas áreas de tecnologia, bem-estar entre outras, porém, com diferentes formas de vinculação entre empresa demandante e profissional qualificado.

E para esta década de 2020 mais do que nunca será necessário reforçar as chamadas “soft skills” tanto quanto as “hard skills”, ou seja, tanto as suas competências comportamentais que não são fáceis de demonstrar por meio do seu currículo, quanto as suas habilidades técnicas comprovadas por certificações e portfólio de suas realizações. 

Mas como fazer isso? Uma sugestão é estipular seus objetivos a curto prazo, que pode ser até o final deste ano ou no máximo 2 anos, depois os de médio e longo prazo olhando para um prazo de 5, 10, 20 anos ou mais tempo. Feito isto, devemos fazer o sentido inverso, estipulando quais serão as ações necessárias para alcançar os feitos desejados e então, “colocar a mão na massa” para que o que foi escrito saia do papel. (No próximo texto vou trazer algumas dicas de como fazer este planejamento)

Para auxiliar neste processo, vou deixar duas dicas de metas (sem estipular um prazo final) e como é possível alcança-las com um esforço mínimo. 

1. Se sua meta é aprender uma nova língua, então além dos caminhos tradicionais de se matricular em uma escola de idiomas, seja ela presencial ou a distância, você poderá reforçar este aprendizado incluindo em sua rotina diária 1 ou 2 podcasts com dicas de vocabulário e gramática e também mais alguns produzidos na língua nativa que você estará aprendendo;

2. Se sua meta é um novo emprego, ou quem sabe até mesmo uma nova profissão, um bom caminho é se matricular em um Curso Técnico. Além de ter uma duração menor (geralmente entre 1,5 a 2 anos), são bem focados em áreas específicas capazes de fortalecer muito suas hard skills nestes campos de conhecimento. Aqui na Cidade Azul são muitas as ofertas de cursos técnicos, que vão desde gratuitos aos pagos, das áreas de humanas às tecnológicas passando pela de saúde e gestão, e todos com inscrições abertas agora no início de 2020.

Quanto as áreas com mais perspectivas de crescimento nos próximos anos podemos afirmar que praticamente todas oferecerão boas oportunidades desde que você seja um profissional dedicado e qualificado, porém, se dentre todas tiver que escolher alguma, minha sugestão é que foque em tudo que se relacione a tecnologia ou ao bem estar da humanidade. E por que estas duas áreas?  Pois as máquinas e robôs serão indissociável dos seres humanos num curto prazo, e estes, deverão recorrer ao objetivo principal que é “voltar” a serem “seres humanos”.

E por fim, busque otimizar o seu tempo para maximizar seu aprendizado com algumas dicas simples:

• Durante seu deslocamento diário, seja para ir à escola ou ao trabalho, comece a criar o hábito de ouvir podcasts além das suas músicas favoritas. (veja mais aqui). Como dica de produtores, temos o Pêssego Atômico produzido por uma galera aqui de Tubarão, NerdCast, Café Brasil, SciCast, Escriba Café, e muitos outros;

• Se você ainda não tem o hábito de leitura, comece aos poucos, identifique um estilo de literatura que você goste e dedique alguns minutos por dia, pode ser logo cedo ou antes de dormir;

• Para quem curte navegar no youtube, pode intercalar vídeos de sua preferência com os vídeos do TEdTalks https://www.youtube.com/user/TEDxTalks ou outros sobre tecnologia;

• E mesmo os aficionados por TV e séries também podem aprender muito, pois além dos milhares de filmes disponíveis nos aplicativos de streaming de vídeo, também há vários documentários muito bons.

Se você já tem seus objetivos bem definidos e está trabalhando para torna-los realidade, meus parabéns! Caso ainda não, faça de 2020 seu ponto de inflexão.

Rumo a Singularidade Tecnológica

Certamente você já deve ter ouvido a expressão “adaptar-se ou morrer”. Mas já parou para refletir qual será o seu significado nesta década de 2020 em que viveremos uma transformação tecnológica que irá superar tudo que já vimos e vivenciamos até agora?

Embora seja muito cedo ainda para afirmar qual será o protagonismo do ser humano neste novo mundo, uma coisa é certa, precisaremos nos adaptar em um mundo em que as máquinas passarão a fazer parte do nosso dia-a-dia de uma forma que parecerá natural conversar com uma assistente virtual, ou até mesmo ser atendido por um robô, como já acontece no restaurante Foodom em Guangzhou na China, onde dezenas de robôs coordenados por inteligência artificial fazem de tudo, desde receber fornecedores e organizar o estoque, atender clientes, fazer drinks e pratos, servir as mesas e cuidar também das logísticas de delivery e limpeza.

Em termos gerais, estamos nos encaminhando para o que os cientistas definem como “singularidade tecnológica”, em que o crescimento tecnológico desenfreado da inteligência artificial poderá levar a mudanças irreversíveis no mundo, pois as máquinas passaram a serem “superinteligentes” capazes de sozinhas criarem novas máquinas ainda mais inteligentes. 

Neste sentido, propositalmente nas últimas duas semanas fizemos a indicação de livros e filmes de ficção científica que retratam “mundos” em que as máquinas com inteligência artificial e em alguns casos até completamente autônomas se fazem presentes. Há algumas estórias em que tudo ocorre harmonicamente, enquanto outras, as máquinas passam a dominar tudo que acontece. 

Caberá a nós decidirmos qual caminho queremos seguir, pois há possibilidade de existir um momento em que os próprios dispositivos que projetamos e construímos, cheguem a “conclusão” que o mal do planeta somos nós, os humanos.

E você já está preparado para viver neste novo mundo? O entendimento da tecnologia, desde como ela funciona até sua programação será imprescindível, e estas competências você poderá adquirir por meio de cursos rápidos, cursos técnicos ou estudos dirigidos. 

Voltaremos a explorar novamente este tema ao longo do ano, mas até lá, deixei nos comentários qual a sua opinião sobre este tema.

Férias com filmes

Milhares de brasileiros continuam de férias, pelo menos as escolares, e assim, dispõem de um tempo a mais que pode ser dedicado para atividades recreativas como a leitura, que foi o tema dessa coluna na última semana, e também para assistir bons filmes. Hoje contarei com a ajuda do meu amigo Pedro Gonçalves, editor do site http://pessegoatomico.com.br/ e host do Pessego Podcast (https://pessegoatomico.podbean.com), um verdadeiro “nerd” quando o assunto é filmes e livros de ficção científica (sci-fi), fantasia  e literatura. Veja a indicação de filmes que ele traz para tornar nossos dias de férias muito mais “produtivos”. 

FILMES DE FICÇÃO CIENTÍFICA

• BLADE RUNNER: 

E se androides chegassem a tamanha perfeição que o mais apto teste para identificá-los começasse a falhar? Não só isso, e se esses androides tivessem memórias falsas que até mesmo eles poderiam viver como humanos sem saber o que de fato são? Como viveríamos e de qual forma a polícia trabalharia para prender esses humanoides com vantagens físicas e lógicas em comparação aos humanos?

 A adaptação para os cinemas do livro de Phillip K. Dick pelo diretor Ridley Scott teve nítidas divergências da obra original, entretanto o filme foi um marco para ficção científica e o ponto chave para a criação do visual cyberpunk/ futuro distópico onde mescla uma aparência pós apocalíptica com elementos futuristas. 

O filme de 1982 infelizmente não pode ir com sua versão original aos cinemas, pois a produtora achou que seria “complexo demais” aos espectadores. Com a versão do diretor sendo lançada dez anos depois. 

* Recomenda-se assistir a versão do diretor. 

• MATRIX:

Com duas sequências desnecessárias e focadas na ação, o primeiro filme da franquia MATRIX de 1999 foi tão importante para ficção científica que até hoje sua filosofia é debatida nos mais diversos cursos. A história do jovem programador Neo ilustrou toda uma realidade onde as máquinas tomaram o poder e a nossa visão de mundo não passa de uma ilusão programada, ou seja, tudo que vivemos, experimentamos e sentimos são elementos criados por máquinas, sendo algumas sensações e fatos estranhos do dia a dia, erros rápidos na programação, falhas na Matrix. 

A ideia de nossa realidade ser manipulada é antiga, mas a forma com que as irmãs Wachowski trabalharam revolucionou não só a crítica e ficção, como também o cinema ao se tratar de efeitos especiais, com diversos filmes logo em seguida querendo replicar os efeitos utilizados. Não apenas isso, muitos levam a teoria do domínio das máquinas bem a sério. 

• 2001 – Uma Odisséia no espaço:

Um clássico da ficção científica e oscarizado pelos seus incríveis efeitos visuais, 2001 é uma obra co-criada entre o visionário diretor Stanley Kubrick e aclamado escritor Arthur C. Clarke em 1968, pois enquanto Kubrick focava no filme, Clarke focava no livro, lançado logo após o longa e mantendo o mesmo nome, mas com detalhes bem diferentes. Kubrick focou em uma experiência visual e que beirava o surrealismo, enquanto Clarke trabalhou e detalhou melhor alguns pontos importantes da história, como o famoso monólito, cena que marcou o cinema.  

Por ser um filme focado no trabalho visual e auditivo, são pouquíssimas as falas, mas com cenas feitas para uma reflexão profunda desde a Aurora do homem até Além do infinito. Sua tecnologia foi tão revolucionária para ficção científica que até hoje o filme é considerado o avô do gênero, servindo de base para todos os outros diretores que vieram posteriormente, esses dizendo que 2001 matou a ficção científica até então e renovando o que se entendia por isso, deixando um legado que constantemente tenta ser superado.

• STAR TREK / JORNADA NAS ESTRELAS: 

Criada em 1966 por Gene Roddenberry, as aventuras da tripulação da U.S.S Enterprise marcou a ideia de ficção científica ao mostrar os exploradores em viagens longas para desbravar lugares desconhecidos no espaço. Não apenas isso, a série uniu as aventuras e roteiros que mesclavam momentos nas naves e em planetas diversos com críticas a sociedade dos anos 60, e dessa forma suas sequências exibidas até hoje fazem críticas a suas sociedades atuais. 

Críticas ao racismo, intolerância, ignorância, ao autoritarismo e aos mais diversos preconceitos apareciam de maneira nítida e bem colocada em meio ao contexto dos roteiros, considerados até hoje ousados, inovadores e de uma representatividade importantíssima e inspiradora, visto que muitos atores entraram na profissão após se surpreenderem com o que Star Trek mostrava. 

Em uma visão um tanto utópica de nossa sociedade futura, a Frota estelar é composta por diversas espécies com foco de levar o desenvolvimento científico e social para outras nações, tão como manter a paz entre os planetas em conflito. Além das ações, efeitos, histórias e noções físicas utilizadas, Star Trek foi e é o berço de muitas ideias de utensílios que tornaram-se realidade anos depois. Google Lens, touchscreen, celulares/comunicadores pequenos e portáteis, chamadas em vídeo, entre muitas outras coisas apareceram nos vários episódios da franquia e hoje fazem parte de nosso dia a dia. 

• METRÓPOLIS:

O filme alemão de Fritz Lang que adapta o livro de sua esposa Thea von Harbou revolucionou não a ficção científica e sim o Cinema. A grandeza da produção foi tamanha que Hitler queria Lang trabalhasse para ele em seus filmes, fazendo com que o diretor fugisse da Alemanha para não ser forçado a compactuar com tal regime. 

Em 1927 imaginarmos cidades futuristas, passando-se em 2026, com arranha céus tecnológicos e gigantescos, metrôs e trens elétricos de extrema velocidade e até mesmo monotrilhos, aerotrens e robôs com a capacidade de receberem a semelhança de um humano real. Entretanto, o grande ponto da história é em meio a toda essa sociedade futurista e “próspera”, enquanto uma elite vive tranquila na superfície, no subsolo os trabalhadores são obrigados a operarem frenéticos para garantir  energia à cidade. Maria, uma das operárias, possui um discurso de que em breve viria um mediador, que conseguiria fazer as duas classes se unirem e trabalharem em conjunto, apaixonado pela beleza da moça, um dos moradores da superfície acredita que pode ser esse mediador, mas nada é tão fácil como se imagina. 

A história é repleta de críticas a sociedade da época, e muitas ainda são atuais, mas não apenas isso, sua direção que como dito, revolucionou o cinema de forma impressionante, com elementos e cenas que até hoje custamos a crer que foram feitas em 1927, previu máquinas e funcionamentos que hoje já é realidade em muitos lugares. 

• O EXTERMINADOR DO FUTURO 1 & 2 – O JULGAMENTO FINAL:

4 de Agosto de 1997, o Sistema entra online. 

29 de Agosto de 1997, o julgamento final acontece. 

Skynet utiliza do arsenal militar, primeiro dos E.U.A e Rússia para matar metade do mundo. 

Os dois longas originais dirigidos pelo próprio criador, James Cameron (Titanic, AVATAR), traz com a intensidade necessária para um filme de ação e ficção científica outra crítica ao domínio das máquinas. 

Como seria se a inteligência artificial dominasse e reconhecesse que o principal perigo ao planeta é o ser humano? Com essa lógica as máquinas evoluem e com seus soldados a raça humana é exterminada. Contudo, John Connor é a salvação da Raça humana, e para evitar que ele nasça, as máquinas transportam no tempo um desses robôs para exterminar a mãe de John, Sarah Connor. No mesmo raciocínio, John Manda Kyle Resse, um de seus melhores soldados, para salvar Sarah do Robô enviado. 

Exterminador do Futuro é considerado pelos críticos e pelo público como um marco e um dos precursores do gênero ficção científica, e por essa importância foi selecionado em 2008, para ser preservado na National Film Registry. O filme impulsionou  James Cameron e  Arnold Schwarzenegger nos cinemas, permitindo com que Cameron dirigisse outros grandiosos filmes, e que Schwarzenegger estrelasse outros filmes de ação. 

Já sua sequência de 1991, Exterminador do Futuro 2 – O Julgamento Final, Cameron ousou ainda mais ao contar a história de Sarah e seu filho John Connor que precisam fugir de um exterminador mais capaz e veloz que os que a perseguiu no primeiro filme. O filme foi o longa mais caro, ambicioso  e mais bem sucedido da história na época. A crítica e grande público aclamaram o filme que então entrou para lista do American Film Institute como Um dos melhores filmes de ficção científica e ação de todos os tempos. Foi indicado a seis categorias no 64ª cerimônia do Oscar (1992)  vencendo nas categorias de  Melhores Efeitos Especiais, Melhor Maquiagem, Melhor Edição de Som e Melhor Mixagem de Som.

O sucesso do filme reforçou o que Cameron mostrou no primeiro filme com sua ousadia e utilização de efeitos especiais, permitindo assim que os grandes estúdios investissem em seus futuros filmes como TITANIC e AVATAR, ambos chegando a ser os filmes mais bem sucedidos da história em seus respectivos lançamentos. 

DICA EXTRA

• PERDIDO EM MARTE:

A adaptação por Ridley Scott (Blade Runner) do livro homônimo de Andy Weir com certeza merece estar na lista. O longa foi considerado um dos filmes de ficção científica mais fisicamente precisos de todos os tempos, com uma produção que trabalhou com diversos cientistas da própria NASA, para dar maior veracidade aos elementos apresentados. Não só isso, a Agência Espacial, confiante no que apresentaram em cena, utilizou cenas do filme para divulgar uma de suas missões. 

Na história, a tripulação da missão espacial Ares 3 recolhem materiais no planeta Marte em Sol 18. Porém, em uma forte tempestade, no momento em que estão abortando a missão, o Botânico Mark Watney é atingido por destroços e se perde da tripulação, assim sendo dado como morto. Registrando sua rotina em vídeo, Mark começa a catar os destroços para criar um abrigo. 

Com os conhecimentos de Botânica e engenharia, cria uma estuda no interior de seu alojamento, utilizando do solo marciano, de fezes, água produzida a partir de hidrazina e de tal forma cultiva batatas. O alimento é o suficiente para que nesse tempo ele analise o local e as explorações antes feitas, para tentar fazer contato com a NASA, e sobreviver até a missão Ares IV, que chegará daqui há 4 anos. 

O filme possui uma trama encantadora, ótimos efeitos visuais, e ainda por cima trabalha muito bem as noções de física e engenharia necessárias nas missões espaciais, transmitindo-as de forma fácil de compreendermos, em um roteiro muito bem escrito. 

Aproveite suas férias, viaje, descanse, passeie, e quando quiser relaxar, leia um bom livro e assista um bom filme. “A vida imita a arte, ou será a arte que imita a vida? ”

Férias com livros

Janeiro e fevereiro são meses que tradicionalmente milhares de Brasileiros aproveitam seu merecido descanso, e para tal, procuram ficar longe de tudo que se relacione ao trabalho, estudo e rotinas em geral. Mas quem foi que disse que mesmo assim não podemos continuar aprendendo? Pois o aprendizado acontece em todos os momentos e em todos os lugares, mesmo durante as férias, e pode ser de uma forma diferente das tradicionais salas de aulas.

Tanto o desenvolvimento pessoal quanto o profissional, podem ocorrer por meio da leitura de um bom livro ou assistindo a um filme, fazendo passeios ao ar livre, visitando museus e centros históricos, e até mesmo durante um bate papo com um ancião. 

Como durante todo o ano dedicamos este espaço para publicar textos com temas relacionados a Educação e Tecnologia, hoje também o faremos, porém, será de uma forma um pouco diferente. Nesta edição vou trazer a indicação de alguns autores e suas principais obras escritas como “ficção científica” nos últimos dois séculos, cujos enredos principais gradativamente têm se tornado “reais” no nosso dia-a-dia.

• Isaac Asimov

A primeira indicação de autor é Isaac Asimov,  um dos escritores de ficção científica mais reconhecido em todo o planeta, o qual estima-se que escreveu ou editor mais de 500 obras de ficção, fantasia ou não ficção (confira algumas de suas obras aqui: https://amzn.to/39NUCcn). Asimov nasceu na Rússia em janeiro de 1920 (há exatos 100 anos) e faleceu em Nova York em 1992. Dentre seus livros de ficção científica, a obra mais famosa é a Série da Fundação (confira aqui: https://amzn.to/2N1Tl80), na qual ele descreve com ricos detalhes a história de um futuro distante e como seus habitantes são influenciados por uma instituição chamada de “Fundação Enciclopédica”.  Este chegou inclusive a ser considerado um dos trabalhos mais importantes da ficção científica moderna. 

• Arthur Charles Clarke

Outro mestre da ficção é Arthur Charles Clarke (confira algumas de suas obras aqui: https://amzn.to/2QzIoN8). Nascido em dezembro de 1917 viveu até seus 90 anos, vindo a falecer em março de 2008. Durante sua carreira escreveu centenas de livros e ensaios de divulgação científica e de ficção científicas. Dentre suas obras mais conhecidas, destacam-se 2001: Uma odisseia no espaço (confira aqui: https://amzn.to/2N3FdLm), obra que inspira o filme de mesmo nome dirigido por outro gênio, o cineasta Stanley Kubrick (confira algumas de suas obras aqui: https://amzn.to/2FtS6dC). 

• Júlio Verne

Não podemos esquecer de citar também Júlio Verne, considerado o pai da ficção científica, (veja algumas de suas obras aqui: https://amzn.to/39Nk2aa). Nasceu em Fevereiro de 1828 e viveu até março de 1905, tempo suficiente para escrever dezenas de obras, das quais podemos destacar algumas mundialmente conhecidas: Vinte mil léguas submarinas (veja aqui: https://amzn.to/36y4y7H), Viagem ao centro da terra (veja aqui: https://amzn.to/2T1ZHYM), Da terra a lua (veja aqui: https://amzn.to/2uljAzw), Volta ao mundo em 80 dias (veja aqui: https://amzn.to/35vUFq6), e muito mais. Muitas destas obras inclusive viraram filmes.

Nesta lista ainda devemos citar Philip K. Dick (veja algumas de suas obras aqui: https://amzn.to/35CZkGR), Herbert George Wells ou simplesmente H.G.Wells (veja algumas de suas obras aqui: https://amzn.to/36y6ahL) com sua obra clássica A guerra dos mundos (veja aqui: https://amzn.to/2T0eMtO), Aldous Leonard Huxley (veja aqui: https://amzn.to/36A2zQi) com a sua obra Admirável mundo novo (veja aqui: https://amzn.to/2QThjDj), George Orwell (veja aqui: https://amzn.to/2ZX74Cc) com seu livro 1984 e A revolução dos bichos, dentre muitos outros autores.

A leitura de ficção científica além de ser muito prazerosa, também nos conduz para mundos alternativos que possibilitam nossa imaginação fluir livremente, além do que, nos ajudam a  entender melhor o mundo em que vivemos, pois muito do que foi narrado há décadas atrás, de uma forma ou outra já estão se tornando realidade.

Aproveite suas férias, viaje, descanse, passeie, e quando quiser relaxar, leia um bom livro.

“A vida imita a arte, ou será a arte que imita a vida? ”

2020 – Bem-vindo ao ‘futuro’

Bem-vindo a 2020, um novo ano e também o início de uma nova década, e por que não dizer, de mais uma revolução tecnológica que trará o “futuro” para o “agora”. 

Nossos netos daqui há algum tempo dirão: “meus avôs viveram na década de 20”, tal qual nós falamos dos nossos avôs e/ou bisavôs. Até aí nada de novo, pois aparentemente apenas se inicia mais um ciclo que deveria ser “igual” a todos os anteriores. 

Mas na verdade não será bem assim, pois estamos vivendo um tempo de muitas mudanças tanto no nosso estilo de vida quanto da sociedade como a conhecemos, e ao final desta década, ao “olharmos para trás”, certamente teremos a impressão (ou a certeza mesmo) que a humanidade desenvolveu mais em 10 anos do que o último século inteiro, ou talvez até mais do que o último milênio. Ou seja, a “década de 20” será um novo marco na transformação da humanidade. E quem será o responsável por isso? O desenvolvimento tecnológico que avança em níveis exponenciais a cada dia.

Para quem acha que isso é mera especulação, reflita: 

• A quanto tempo você usa um smartphone? 

    ◦ Talvez 5 ou 7 anos? A maioria dos Brasileiros teve acesso a um telefone inteligente somente por volta de 2012 a 2014, e já não conseguiria passar mais nenhum dia sem ele. 

• E em relação aos aplicativos que você tem em seu celular, conseguiria viver uma semana sem eles? E olha que são muito recentes, mas já se tornaram inseparáveis da maioria da população mundial.

    ◦ O UBER, por exemplo, foi lançado nos Estados Unidos em 2010 e só chegou no Brasil em 2014, e aqui na cidade Azul somente em 2017;

     ◦ Outro APP imprescindível, o WhatsApp, só tem 10 anos de existência, e quando ele “para” por alguns minutos causa uma histeria mundial.

Para a década de 2020 é esperado que a relação homem máquina ultrapasse tudo que já vimos até agora e até mesmo mais do que podemos imaginar, pois a transformação digital que estamos vivendo atingirá níveis que até filmes “futurísticos” ficarão totalmente contemporâneos ou em alguns casos bem desatualizados.  

Já temos tecnologias desenvolvidas para ampliar esta interação, a qual a cada dia que passa torna-se mais acessível e de fácil uso, além é claro, de muita coisa nova que deverá ser inventada / divulgada nos próximos anos. A seguir, destaco alguns termos que começarão a fazer parte do nosso vocabulário:

Tecnologia 5G:  será responsável por entregar uma internet muito mais veloz para nossos celulares, e também permitirá integrar diversos dispositivos e equipamentos em diversos lugares diferentes, e assim, teremos as verdadeiras cidades inteligentes (smart cities). Como exemplo, os veículos no futuro “conversarão” entre si, com os semáforos, com estacionamentos e muito mais. 

Zigbee: protocolo de comunicação sem fio que permite conectar diversos dispositivos e sensores, porém consumindo muito pouca energia. Deverá se tornar um padrão de comunicação das “coisas” dentro das casas inteligentes.

IoT: Internet of Things ou Internet das coisas, nada mais é do que conectar praticamente tudo à internet. Será possível comandar desde sua máquina de lavar até sua TV e ar condicionado remotamente, seja utilizando tecnologia de conexão “zigbee” ou “wifi”.

Assistentes virtuais: estas “caixinhas mágicas” que conversam com as pessoas, e também executam uma série de tarefas ao simples comando de voz, têm se tornado cada vez mais acessíveis e inteligentes, e passarão a ser a interface entre os humanos e as máquinas.

Automação residencial: hoje presente em poucos lares, mas na próxima década iremos ver praticamente todas as residências possuírem um alto grau de automação, e ao comando de voz (utilizando as assistentes virtuais) será possível abrir janelas e cortinas, ligar a TV, regular o ar condicionado, e até mesmo fazer compras sem sair de casa.

Blockchain: ou cadeia de dados, criado para validar transações entre criptomoedas, já está sendo utilizado em diversos outros setores, desde o bancário “convencional” até mesmo para transações cartoriais, educacionais, etc., pois possibilita aumentar significativamente a segurança nestas movimentações. Em breve cada pessoa terá seu “próprio blockchain”. 

Inteligência Artificial (I.A.): nesta década a I.A. ficará muito mais confiável e estará presente em praticamente todos os eletrodomésticos, além é claro dos nossos telefones e assistentes virtuais. Imaginem que num futuro próximo haverá uma câmera em seu forno elétrico que irá monitorar o seu “assado”, e controlar a temperatura e tempo para que o mesmo fique “no ponto”, além da sua geladeira, seu carro, e até mesmo omnipresente em sua casa, de tal modo que atividades do seu dia-a-dia serão comandadas totalmente pela IA. Será como ter um “mordomo” a sua disposição 24h por dia.

O que descrevo aqui não são “previsões futurísticas”, e sim, uma pequena fração do que já existe e que se ampliará significativamente nos próximos anos.

Mas para a tristeza de muitos, infelizmente ainda não será nesta década que veremos carros voadores circulando em nossas estradas, contudo, teremos o privilégio de ver o homem voltar a pisar na lua por volta de 2024 (projeto Artemis comandado pela NASA), e mais para o final da década poderemos presenciar o primeiro ser humano pisando em solo “marciano”.  

Neste cenário todo, o grande desafio para o ser humano não será apenas aprender a conviver com tudo o que já existe e ainda será criado, mas sim, fazer o bom uso com ética e segurança para o bem da humanidade e do planeta Terra. E também, de como evitar a chegada da “singularidade”, mas isso já é tema para outro texto. 

Ah! Não podemos esquecer, que na próxima década teremos ainda:

• 3 olimpíadas (2020 / 2024 / 2028)

• 2 copas do mundo (2022 / 2026)

• 3 eleições presidenciais nos Estados Unidos (2020 / 2024 / 2028)

• 2 eleições presidenciais no Brasil (2022 / 2026)

Feliz Ano Novo! Próspera década de 2020!

Walkman: há 40 anos mudando a forma de ouvir músicas

Encontrar pessoas na rua, no transporte público, ou até mesmo em casa utilizando fones de ouvido se tornou tão comum que ninguém mais estranha, pois poderá estar curtindo suas músicas prediletas, ouvindo Podcasts, Podbooks ou ainda estudando para provas por meio de áudio books. Tudo isso é possível graças a popularização dos atuais smartphones com seus players de áudio (APPs) e os tão famosos no início dos anos 2000, os tocadores mp3 (já entrando em desuso). Nestes poderosos “gadgets” com suas baterias de longa duração e recarregáveis associados a uma internet “quase omnipresente”, podemos criar nossas próprias “playlists”, sejam de música ou conteúdo, e usufruí-las quando, onde e como quisermos. As novas gerações estão tão “imersas” nestas tecnologias que nós mais “velhos” presenciamos situações até engraçadas, como o que aconteceu comigo recentemente. Há alguns dias liguei um velho radinho a pilha, e meu filho de 5 anos olhando para o aparelhinho tocar uma música acabou perguntando: “Pai, você baixou isto?”. Ainda não sabe o que significa, mas está claro que ele já pertence a geração “streaming”!

Smartphones são tão desejados hoje pelos adolescentes para usar os serviços de streaming de música / filmes, mídias sociais e mensageiros instantâneos, quanto o “avô” destes players era há 40 anos. O marco inicial foi o lançamento do primeiro tocador portátil de fitas K7 em meados de 1979 pela Sony, o “Walkman”, e a história da sua criação foi motivada pelos mesmos anseios que se tem hoje, que é a possibilidade de ouvir sua própria playlist, quando e onde quiser.

Embora haja controversas para quem realmente cabe o credito da invenção, é aceita uma versão na qual conta que Masaru Ibuka, um dos fundadores da Sony, queria ouvir suas músicas favorita em som estéreo com fones de ouvido durante as suas viagens de negócio e não tinha como, assim, sugeriu à engenharia da empresa que criassem um produto para tal, e daí surgiu o primeiro protótipo baseado em um dos modelos de gravador portátil da empresa, porém, apenas com a função de reprodução. E em 1º de julho de 1979 era lançado no mercado Japonês o Walkman modelo TPS-L2, mesmo com alguns vendedores achando que não teria sucesso, pois utilizava fitas K7 e não tinha a opção de gravação como era o “padrão”.

Porém, o sucesso foi imediato tanto no Japão quando no restante do planeta a partir dos anos de 1980, inclusive no Brasil. Para se ter uma ideia da força da palavra “Walkman” (registrada pela Sony) esta passou a ser associada a todos os tocadores portáteis de fita cassete, independente do fabricante, e inclusive chegou a ser registrada no dicionário Oxford de língua inglesa em 1986. Mesmo com a chegada dos tocadores de CD (discman) no início dos anos 1990 e posteriormente dos MD (minidisc), o “Walkman” se manteve na liderança por mais de 2 décadas, só perdendo espaço quando da chegada dos tocadores mp3 o início dos anos 2000, como o iPod e similares. 

Seja em fitas K7, cartões de memória digital, nos smartphones ou em outra mídia que ainda vai ser inventada, a portabilidade de músicas é uma realidade que veio para ficar, e como já ocorria na década de 1980/1990, o desejo de ganhar de presente no natal um tocador portátil, seja ele um “walmkman moderno” ou um celular, sempre existirá. Coloque seus fones de ouvido, e curta o som!

Playlist antes do “streaming”

Montar uma playlist a partir de serviços de streaming (spotify, deezer, prime music, dentre outros) é tão simples e prazeroso, que a “geração streaming” por vezes tem dificuldade em entender como nós, mais velhos, vivíamos antes destes aplicativos! A verdade é que também podíamos fazer isso a partir de discos de vinil ou mesmo a partir do rádio, bastava “apertar o REC” e gravar nossas músicas prediletas em fitas K7 e depois ouvi-la no Walkman. 

É fato que muitas vezes no meio daquela música especial, gravava-se junto a vinheta da rádio para nosso desespero. 

Educação a Distância e as fitas K7

Com a popularização dos tocadores (portáteis ou não), e especialmente do acesso fácil e barato às mídias (fitas cassete – K7), além da criação das próprias playlists de músicas, outros serviços puderam ser melhor aproveitados e escalados, como os primórdios da educação a distância, em que antes do surgimento da internet, os cursos a distância utilizavam como material didático os impressos complementados por aulas em áudio (fitas K7).

Versão Brasileira

Embora na história mundial a invenção do walkman esteja associada à Sony, houve uma briga judicial para que se reconhecesse como o primeiro aparelho portátil o “Stereobelt”, inventado pelo germano-brasileiro Andreas Pavel. Pelas informações disponíveis na internet, consta que chegaram a um acordo financeiro de valor não declarado publicamente.

Registro um agradecimento especial ao meu amigo João Antunes Jr. que nos presentou com a ilustração deste texto, e deixo aqui um convite especial para que você conheça algumas das suas criações acompanhando o seu perfil em: https://www.instagram.com/antunesketch/

A importância de Star Wars

Em uma galáxia muito, muito distante (mas não tão distante assim) há algumas pessoas se consideram verdadeiros “Nerds”. Sabem tudo sobre as produções, desde curiosidades e dados estatísticos, passando pelos nomes dos diretores, atores, personagens e em alguns casos, até dominam o “alfabeto” ou “idioma” especialmente criados para uma ou mais produções sejam elas literárias ou cinematográficas. De outro lado, onde eu me incluo, existem os fãs que simplesmente gostam de uma produção e da mesma forma esperam pelos novos lançamentos. Assim também ocorre com a saga Star Wars, o qual milhões de pessoas aguardam ansiosamente o próximo filme: “Star Wars: Episódio IX – A Ascensão Skywalker” que estreia mundialmente nas telonas neste dia 19 de dezembro de 2019, 42 anos depois do lançamento do primeiro episódio  “Star Wars: Episódio IV – Uma Nova Esperança”, que ocorreu em 1977.

Para os fãs, sejam eles nerds ou não, não é necessária nenhuma explicação do porque é fascinante toda narrativa que envolve viagens espaciais, Jedis, democracia, república, império, rebeliões e a luta pelo poder das galáxias. Já para os que não gostam, não adianta nem tentar, pois certamente irão dizer que é “tudo muito chato” e que tudo aquilo não existe, é só “fantasia”. 

Porém, gostando ou não, o fato é que George Lucas, o criador da saga Star Wars, revolucionou a forma de fazer cinema e efeitos especiais no final dos anos 1970, e deste modo hoje podemos assistir grandes obras graças a este visionário produtor. Porém, para chegar neste ponto, Lucas teve que lutar contra grandes forças que iam desde os sindicatos de Hollywood até o poder econômico dos grandes estúdios, os quais já haviam imposto algumas mudanças significativas no roteiro final de outros filmes anteriormente gravados pelo cineasta. 

As dificuldades começaram ao tentar emplacar o roteiro, pois os estúdios viam a proposta como inovadora demais para a época além de parecer um filme para crianças, e por este motivo acabou recebendo algumas negativas até que a 20th Century Fox decidisse apoiar o projeto, mas não sem antes cortar em mais da metade o orçamento desejado. Por outro lado, por ser um filme que nascia “desacreditado”, Lucas conseguiu negociar um acordo que mudaria completamente o destino da Lucasfilm Ltda. e suas futuras produções (sua produtora), pois conseguiu em troca de alguns consentimentos, garantir um percentual do lucro do filme, bem como o direito sobre todo o merchandising dos produtos alusivos aos personagens que pudessem a ser comercializados e de futuras continuações que fossem produzidas. 

As gravações também impuseram dificuldades à altura do desafio, pois além de ter que criar um cenário que se propunha a representar um futuro tecnológico decaído, em que as forças do “mal” avançavam sobre o “bem”, também precisou criar tecnologias e técnicas que até então não existiam, e para isso chegou a fundar seu próprio estúdio de efeitos especiais, para assim, poder gravar as cenas  das viagens pelo hiperespaço à velocidade da luz, além das batalhas galácticas entre os caças do império e da república até a destruição da “estrela da morte” com um “tiro certeiro” disparado por Luke Skywalker, bem como os personagens incomuns que aparecem em todos os episódios. Neste ponto é importante destacar que todos os efeitos especiais foram feitos manualmente, e em muitos casos até mesmo utilizando pessoas de verdade “vestindo” os personagens, como no caso do anão Kenny Baker que atuava dentro do droid R2-D2.

Após meses de gravação, muita pressão por parte dos executivos da FOX para encerrar o projeto mesmo inacabado pois já havia um atraso de quase um ano em relação a data prevista originalmente para seu lançamento, e após consumir algo em trono de U$ 9 milhões (aproximadamente U$ 100  milhões corrigidos para hoje), “Star Wars: Episódio IV – Uma nova esperança” estreou em 25 de maio de 1977 em menos de 40 salas em todos os Estados Unidos, pois nem mesmo os exibidores acreditavam no filme. 

Contrariando todas as expectativas, o resultado foi que em apenas 5 semanas de exibição o longa metragem recuperou todo o investimento, projetou seus atores até então pouco conhecidos (como o próprio Harrison Ford), bem como deu respaldo para George Lucas atingir sua meta que era se tornar um produtor independente, além de receber 10 indicações para o Oscar, das quais levou 6 estatuetas, e até hoje está entre as listas com maior bilheteria da história. Além é claro, dando para a 20th Century Fox lucros anuais numa proporção até então nunca vividos. 

Como registrei nos primeiros parágrafos, eu sou apenas um fã, não um especialista na franquia Star Wars, por este motivo não me propus aqui fazer uma análise dos episódios e da saga como um todo, e muito menos apontar quais são os “melhores” ou “piores” episódios, quis apenas registrar concomitantemente ao lançamento do Episódio IX, o quanto importante ela foi e ainda é para toda a produção cinematográfica criada desde então.

Para aqueles que ainda são céticos em relação a este resultado, podemos registrar que Indiana Jones (que está indo para o 5º filme) só existiu graças a independência financeira e liberdade de criação conquistadas por Lucas. Bem como Pixar Animation Studios, que hoje pertence a Disney e já produziu animações incríveis, nasceu como uma subsidiária da Lucasfilm ltd.  Desde 2012 a franquia Star Wars pertence a Disney, quando foi comprada por U$ 4 bilhões, e já foi responsável por 11 filmes, dezenas de livros e vários desenhos animados, e certamente muito mais virá nos próximos anos.

Haveriam ainda muitos outros pontos relevantes a serem explorados se aborda George Lucas, Lucasfilme ltd. e a saga Star Wars, mas com estes poucos parágrafos acima espero ter criando um pouco de curiosidade em você leitor, para que pesquise mais sobre o assunto.  Pois uma coisa é certa, você pode até não gostar da estória e seus personagens, mas é impossível negar o quanto George Lucas e Star Wars mudaram para melhor a forma de fazer filmes, animações e efeitos especiais.

Para quem quiser conhecer um pouco mais sobre a vida de George Lucas, pode conferir em diversos documentários disponíveis no youtube, bem como em bibliografias como “George Lucas: Uma vida” por Brian Jay Jones (disponível em: https://amzn.to/2PXTYzZ), “George Lucas: A Biography (Text Only Edition) (English Edition)” por John Baxter (disponível em: https://amzn.to/2PBcU8w) dentre muitas outras. 

Documentário Império de Sonhos – A História da Trilogia Star Wars

https://youtu.be/oVWnX5rDA2s

Confira a seguir a sequência de filmes e séries até então lançadas:

Filmes 

Star Wars: Episódio IV – Uma nova esperança (1977)

Star Wars: Episódio V – O Império Contra-Ataca (1980)

Star Wars: Episódio VI – O Retorno de Jedi (1983)

Star Wars: Episódio I – A Ameaça Fantasma (1999)

Star Wars: Episódio II – Ataque dos Clones (2002)

Star Wars: Episódio III – A Vingança dos Sith (2005)

Star Wars: Episódio VII – O Despertar da Força (2015)

Star Wars: Episódio VIII – Os Últimos Jedi (2017)

Rogue One: Uma História Star Wars (2016) 

Solo: Uma História Star Wars (2018)

Star Wars: Episódio IX – The Rise of Skywalker (2019)

Série Animada de Televisão

The Star Wars Holiday Special (1978)

Caravan of Courage: An Ewok Adventure (1984, filme pra TV)

Ewoks: The Battle for Endor (1985, filme pra TV)

Star Wars: Droids (1985-86)

Star Wars: Ewoks (1985-87)

Clone Wars (2003-05)

The Clone Wars (2008-14)

Star Wars Rebels (2014-18)

Star Wars Resistance (2018- presente)

 “Que a força esteja com você” !

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