quinta-feira, 25 abril , 2024
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Fernando Darci Pitt

Você está no poder!

No próximo domingo, milhões de brasileiros irão às urnas para escolher seus representantes. Sem entrar no mérito partidário ou de ideologia política, pois cada um de nós temos nossas preferências e dificilmente mudaremos de uma hora para outra, e é certo que alguns irão votar em candidatos da esquerda, outros de centro e ainda muitos outros em partidos da direita. Não há nada de errado nisso, desde que esta opção seja genuinamente nossa e em função do que acreditamos, e não porque “fulano” mandou votar nesse ou naquele candidato.

Vocês devem estar se perguntando, mas afinal, o que uma coluna de Educação e Tecnologia tem a ver com política? Na verdade, tem tudo a ver, pois serão estes candidatos de hoje, se eleitos amanhã, que conduzirão as discussões dos temas mais importantes para a sociedade brasileira, como os rumos da Educação, da ciência, e até mesmo da abertura ou não do mercado para novas tecnologias que afetarão nossas vidas.

E aqui nem estamos falando da eleição para os cargos majoritários como presidente e governador, mas sim dos nossos futuros deputados estaduais e federais, e senadores.
Para se ter uma ideia, hoje são centenas de projetos voltados à educação que tramitam no Congresso Federal para propor mudanças do ensino fundamental ao ensino médio, os quais abordam desde a forma de financiamento até modificações nos currículos, sem contar aqueles outros “sem pé nem cabeça”.

Neste contexto, há uma crença que o presidente da República possui poder o suficiente para aprovar uma nova lei utilizando um “canetaço”, inclusive as que impactam diretamente na educação de nossos jovens. Porém, isto é uma “meia verdade”, pois o presidente pode sim emitir uma Medida Provisória (MP) que entrará em vigor imediatamente após sua publicação, contudo, se no prazo estipulado pela Constituição Federal a mesma não for apreciada pelo Congresso Federal, trancará a pauta deste, e se mesmo assim não for aprovada e convertida em lei, perderá seu efeito. Ou seja, por mais que o presidente queira e tente, somente com a aprovação do Congresso uma nova lei entrará em vigor, seja do interesse de quem for.

Isto mostra o quanto relevante é o papel dos nossos congressistas. Infelizmente a maioria dos eleitores ainda não parou para refletir em quem irá votar para o poder Legislativo estadual e federal. E o que é pior, muitos de nós iremos votar em “qualquer um” e já na segunda-feira seguinte teremos esquecido em quem confiamos nosso voto.

Por isso, trago a reflexão de que nós é que estamos no poder ao fazer uso deste direito constitucional que é o voto. Assim, o convite é para que nestes últimos dias antes do pleito procuremos saber um pouco mais sobre os candidatos, e, para isso, algumas ferramentas tecnológicas podem nos apoiar.

Lembre-se, o verdadeiro poder está no Congresso Federal, pois além de aprovar leis, podem inclusive tirar presidentes do cargo, como já presenciamos alguns casos nos últimos anos.
Para concluir, um pensamento atribuído a Platão: “Não há nada de errado com aqueles que não gostam de política, simplesmente serão governados por aqueles que gostam”.

Conhece seu candidato?
Com o advento e popularização da internet, ficou muito mais fácil acompanhar o dia a dia dos nossos representantes, e também conhecer como são avaliados, segundo alguns critérios.
Um dos portais mais completos no momento é o Ranking dos Políticos, http://www.politicos.org.br/ a partir do qual é possível visualizar os deputados federais e senadores mais bem avaliados em um ranking nacional, e também os piores avaliados, tudo isso filtrando diretamente por Estado. É possível ainda saber qual é a sua pontuação nos critérios de presença nas sessões, uso de privilégios, processos judiciais, qualidade legislativa (votos) entre outros. Além de saber como votou em cada situação, quantas leis de sua autoria foram aprovadas e em quantas foram revisadas.

Outra fonte de informação, ou de desinformação, são as mídias sociais, como o Facebook, YouTube e Instagram. Nelas, você pode conhecer mais sobre seus candidatos, segundo eles mesmos ou o ponto de vista de seus apoiadores. Mas tomem cuidado, pois é muito fácil manipular tanto positivamente quanto negativamente a imagem de uma pessoa. Uma mesma informação pode ser escrita de diferentes formas, a ponto de transformar o mesmo indivíduo em um “super-homem” ou em um vilão. Cuidado com as “Fake News”.

Existem ainda os websites da Câmara e do Senado: www.camara.gov.br e www.senado.gov.br, que são fontes oficiais e confiáveis de informações da atividade legislativa, a partir dos quais é possível ter ciência da ordem do dia em cada Casa, matérias que estão sendo votadas, dentre muitos outros detalhes, além de, certamente, a mais importante: acompanhar como o seu representante está trabalhando em Brasília.

Procure saber como seu candidato votou nas últimas leis que discutiram o Novo Ensino Médio, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), entre outros projetos que impactam na educação de nossos filhos.

Por fim, a eleição não acaba em outubro, devemos continuar a acompanhar e cobrar nossos eleitos durante os próximos quatro anos.

Museus e a Educação

Nas últimas semanas os museus entraram em cena tanto na esfera federal quanto municipal, ambos sendo representados em matérias com cunho negativo. O primeiro caso foi o incêndio do Museu Nacional no Rio de Janeiro na noite de 02 de setembro de 2018, onde as chamas consumiram o acervo da mais antiga instituição científica do Brasil, inaugurado a 200 anos, que ainda, foi residência de um rei e dois imperadores do Brasil.

Setembro reservou também para Tubarão uma tentativa de retirar da cidade uma locomotiva do Museu Ferroviário, porém, este caso até o momento teve um “final feliz” graças a mobilização do poder público, da imprensa e principalmente da sociedade civil. Tratava-se da solicitação de transferência da Locomotiva Baldwin 53 para uma cidade do Rio de Janeiro. Esta máquina é a única restante no Brasil e foi reformada há 10 anos com dinheiro da associação que mantem o museu.

Infelizmente no Brasil estes não são casos isolados, e sim, quase uma regra, pois não há uma dedicação por parte do poder público e também uma valorização por toda a sociedade pela preservação dos nossos museus. Um outro exemplo clássico disso foi a destruição, também por fogo, do Museu da Língua Portuguesa em São Paulo em 2016. Temos ainda exemplos, em todo o Brasil, de acervos e museus com pouca ou nenhuma manutenção. Aqui na região, por exemplo, temos um grande acervo disponível no Museu de Anita Garibaldi em Laguna, mas quem o visitou recentemente pode perceber que o mesmo tem uma aparência de “abandonado” além do marco de Tordesilhas que está no centro da cidade, também de Laguna, sem nenhum destaque, passando despercebido para a maioria dos turistas. Sem contar ainda, com inúmeros outros fechados para uma manutenção que “nunca acaba”. Para citar todos em condições degradantes, faltariam páginas no jornal.

Por outro lado, para quem já teve oportunidade de viajar para a Europa ou Estados Unidos, deve ter reparado o quanto essas sociedades valorizam a história, não só dos seus países, mas também de todo o mundo. Um exemplo disso é o Museu Britânico de Londres, onde o visitante tem acesso a um imensurável acervo com peças que oriunda dos quatro cantos do planeta e de todas as épocas da civilização humana, e neste caso específico com entrada gratuita. Há muitos outros que são pagos, mas que também valem cada centavo investido para poder visitá-los.

Mas qual a importância dos museus para a educação dos nossos filhos?
Tradicionalmente o ensino das Ciências Humanas, que incluí Geografia e História, é ministrado de forma teórica e com isso muitos alunos acabam criando uma certa apatia pelos conteúdos, pois os mesmos não atraem este aluno para conhecer mais sobre a formação dos continentes, da origem da civilização, das guerras e suas consequências, da arte criada em cada período histórico, dentre muitos outros conhecimentos correlatos.

Porém, um museu possibilita além de conhecer, também reviver algumas destas fases que o ser humano já presenciou. É impossível, por exemplo, não sentir calafrios ao visitar a Exposição sobre o Holocausto no Museu Imperial da Guerra em Londres, ou um frio na espinha ao ouvir depoimentos de familiares das vítimas no Memorial 11 de Setembro em Nova York, ou ainda, sentir uma certa nostalgia ao fazer um passeio de trem entre Tubarão e Laguna.

Por fim, os museus não devem ser vistos como “depósitos de velharias”, e sim, que são santuários que preservam a nossa história e nos permitem olhar para o futuro e evitar velhos erros já cometidos pela humanidade.

Professores e pais, cabe a nós visitar mais museus e valorizar os que ainda estão abertos, aqui mesmo em nossa cidade. Vamos ainda, exigir que nossos governantes permitam que os mesmos busquem meios de financiamentos, tanto públicos quanto privados, que os mantenham “vivos”.

Visite lugares incríveis sem sair da sala de aula

Já pensou em levar seus alunos para visitar a muralha da China e no instante seguinte levá-los para as Pirâmides do Egito ou então para a cidade “perdida” de Machu Picchu no Peru? Isso é possível sem sair da sala de aula apenas com o uso da tecnologia.
Alguns aplicativos que nos permitem a estas viagens incríveis, e todos gratuitos, são:

• Google culture and art
• Google expedition
• Google street view
• Google earth
• Google youtube 360°

Estes funcionam em celulares com sistema operacional Android ou IOS, ou ainda no computador. E com o uso de um óculo de realidade virtual esta imersão pode parecer ainda mais real.

Para onde queremos ir?

Na última semana, um dos assuntos mais comentados foi o estado lastimável da Educação Brasileira revelada pelo Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb). O mesmo é obtido pelos resultados de provas de matemática e português aplicadas para os alunos do 5º e 9º ano do ensino fundamental e do 3º ano do ensino médio, além de questionários respondidos por diretores, professores e alunos, e ocorre de dois em dois anos.

Além de diagnosticar que pelo menos sete de cada dez estudantes do 3º ano do Ensino Médio têm nível insuficiente em português e matemática, ainda revelou que somente 4,5% dos alunos possuem conhecimento adequado em matemática e 1,6% em língua portuguesa. A boa notícia é que alunos avaliados no 5º ano apresentam melhores resultados, sendo que nível adequado passa para 11,9% e 15,2% em matemática e português, respectivamente. Melhores se comparados com as séries finais, mas ainda muito distante do que seria ideal.

Há ainda outro indicador considerado, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que é calculado por uma fórmula bastante simples: as notas das provas de língua portuguesa e matemática são padronizadas em uma escala de zero a dez, e então multiplicada pela média das taxas de aprovações das séries avaliadas. Contudo, este índice pode ser contaminado por uma aprovação artificial promovida pelas redes de ensino, e em consequência disso alguns analistas preferem avaliar a nota pura do Saeb. Mesmo assim, os indicadores também não são bons. Em Santa Catarina, por exemplo, somente os estudantes do 4º/5º ano conseguiram superar a meta para o período, onde o resultado alcançado foi de 6,5 para uma meta de 6,0. Já se considerarmos os alunos do 3º ano do ensino médio, o índice alcançado foi de apenas 4,1 para uma meta singela de 5,2.

Ainda pior do que os resultados do Saeb e do Ideb, é verificar que as taxas de insucesso da educação Brasileira, que considera abandonos e reprovações, é extremamente alta em todo o ciclo, em especial nos anos finais (Ensino Médio).

A associação de um rendimento insuficiente e de uma alta taxa de insucesso do estudante brasileiro, podemos facilmente concluir que o maior prejudicado neste contexto é a própria nação, pois além de ter um cidadão com baixa qualificação e incapaz de ler e interpretar um texto simples, ainda terá um trabalhador com baixa produtividade, e assim, consequentemente, a geração de riquezas para o país também estará comprometida.

Algumas ações já estão em curso para melhorar este cenário, como a criação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e também do Novo Ensino Médio, os quais embora com falhas e pontos a melhorar já são um começo, porém, por questões ideológicas muitas vezes são atacados e até mesmo boicotado por algumas escolas e educadores brasileiros.

Não tenho a pretensão neste texto de apresentar uma solução mágica para a melhoria da educação Brasileira, e sim, trazer à tona este assunto amargo para que a sociedade possa discutir e também se conscientizar que o problema é de todos, e não somente dos governos.


Pais e estudantes

A situação é crítica e exige esforços de todos, principalmente das famílias.  Seria muito cômodo aos pais e estudantes atribuírem às escolas e aos governos a responsabilidade pelas dificuldades do estudante nas avaliações e até mesmo na capacidade de conseguir um bom emprego, porém, é necessário destacar que estes são apenas uma das partes do sistema.
Para não fazer parte desta estatística negativa, o estudante deve se comprometer com o seu aprendizado buscando sempre dedicação e esforço, seja durante as aulas, e também fora delas. Como já apresentamos em outro texto, existe inúmeras ferramentas tecnológicas que suprem as eventuais deficiências de ensino das escolas públicas. Volto a destacar canal Educação do YouTube.
Quanto aos pais, é obrigação de todos darem condições, incentivarem, mas também exigirem dos seus filhos a dedicação dos mesmos. Devemos mudar o nosso pensamento de “que mundo deixaremos para nossos filhos” para a seguinte expressão: “que filhos deixaremos para este mundo”.


Ideb – Tubarão SC

Em Tubarão, o resultado do Ideb acompanha o cenário nacional, onde os alunos dos anos iniciais da educação fundamental apresentam melhores resultados do que os demais. E ainda, os dados históricos mostram uma significativa evolução nos primeiros anos da avaliação e uma estabilidade nos últimos anos. Já para as séries finais (8º/9º anos), há uma alternância entre resultados melhores com baixo rendimento.


Para saber mais:

Para saber mais sobre os resultados do Ideb do Saeb, tanto de forma genérica, quanto por Estado, município, e/ou rede de ensino, bem como outros indicadores da educação brasileira, consulte diretamente o Portal do Inep no seguinte endereço: portal.inep.gov.br.

Inovar para Brasil – Google Brasil

Na terça e quarta-feira da semana passada, foi realizado o evento Inovar para Brasil, organizado pelo Google for Education na cidade de São Paulo, na própria sede da Google Brasil. Na oportunidade, mais de 150 educadores e gestores de escolas públicas e privadas tiveram a chance de conhecer iniciativas do próprio Google em prol da educação e também de outras entidades que fazem uso da G Suite. Nosso Estado teve destaque nos painéis temáticos com a apresentação dos cases das unidades do Senai de Tubarão e do Sesi de São José como primeiras escolas de Santa Catarina certificadas como Escolas de Referência Google for Education. Foram apresentados também os case da Secretaria Estadual da Bahia e de uma Faculdade do nordeste Brasileiro.

A Google por sua vez, foi representada pelo time Brasileiro além de desenvolvedores globais, com especial destaque para o Sr. Jonathan Rochelle, atual Diretor de Desenvolvimento de Produtos do Google for Education. Rochelle também atuou como gerente de produtos responsável pelo desenvolvimento de um dos aplicativos mais conhecidos, o Google Drive (Docs, Sheet, Slides), entre outros.

Além da apresentação das plataformas digitais da companhia para uso educacional, que já são utilizadas por milhões de educadores e alunos em todo mundo, certamente o ponto alto do evento foram as discussões de como esta transformação digital poderá modificar a forma que educamos e aprendemos. E um dos ganhos possíveis é a mudança na dinâmica dentro das salas de aula, proporcionando maior engajamento e participação dos estudantes, além de permitir que estes também possam desenvolver habilidades que serão necessárias no novo mercado de trabalho. E claro, também criar condições para que os estudantes possam encontrar uma fonte segura de informações e conhecimentos, além de poder buscar por reforços escolares, sejam eles tutorados pelo seu educador ou em alguma plataforma aberta, como é o caso do YouTube Educação. 

E no que tange a necessidade de reforço escolar, as tristes estatísticas da educação Brasileira falam por si só da crescente necessidade de tal. Um exemplo são os resultados de 2017 do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), pelo qual se evidencia que entre os alunos do 3º ano do Ensino Médio, somente 4,5% possuem nível adequado em matemática e o que é pior, somente 1,6% possuem nível adequado em português. A mesma avaliação aponta ainda que 7 em cada 10 alunos acaba o ensino médio com conhecimentos insuficientes nestas duas áreas.
E por fim, destacando uma fala do Sr. Jonathan Rochelle, ele afirma que embora o desenvolvimento de Inteligência Artificial esteja cada dia maior, inclusive com aplicação nas plataformas de educação digital, o seu maior medo é a “inteligência humana artificial”, na qual os jovens são desestimulados a pensar, para somente reproduzir respostas pré-programadas.
Assim, a Tecnologia e a Educação devem andar juntas, complementares, e nunca de forma concorrente entre si.

Para educadores
Você educador já pensou em poder avaliar diariamente seus alunos, de forma rápida e simples, e que lhe dê respostas significativas em tempo real? Sim, isso é possível por meio de várias ferramentas disponíveis hoje na internet, algumas pagas, outras gratuitas.  Nosso destaque especial hoje é para o Google Formulários, uma plataforma gratuita e muito fácil de utilizar.
Com ela pode-se elaborar um breve questionário utilizando desde opções de respostas com múltipla escolha até questões abertas, o qual então pode ser compartilhado por vários meios, desde utilizando o link completo, um link encurtado ou até mesmo por QRCode, onde os alunos utilizando seus próprios devices (celulares ou computadores) o acessam e o respondem ao final de cada aula e/ou assunto ministrado.

Tão logo todos respondam, o docente poderá verificar por meio das respostas o grau de assimilação do conteúdo, saber em qual tema mais respostas erradas foram apontadas, e assim, já na próxima aula tomar providências e retomar a discussão dos conhecimentos com maior dificuldade, quem sabe até mesmo utilizando outras estratégias de ensino. Tudo isso de forma coletiva ou individual.

Para estudantes
A maioria dos estudantes do Brasil utiliza, ou pelo menos conhece, a plataforma de vídeo mais famosa: O YouTube! Agora a pergunta que “vale um milhão”: Quantos a utilizam para estudar?
A resposta é que infelizmente a grande parte dos usuários, principalmente os jovens estudantes da Educação Básica, o acessam costumeiramente para assistir clipes musicais e vídeos engraçados, mas poucos fazem uso para fins acadêmicos.
Embora nem todos saibam, dentro desta plataforma há inúmeros canais educacionais com excelentes vídeos de educadores do Brasil e do Mundo. É possível assistir, por exemplo, como ocorre uma erupção vulcânica ou como funciona a turbina avião, até aulas completas de biologia, matemática, história, geografia, aulões para o Enem, dentre muitos outros assuntos.
Além dos estudantes, os pais também podem fazer uso destes canais, seja para aprender mais sobre algum determinado assunto, seja para ajudar seus filhos nas tarefas escolares diárias.
Um canal indicado para este fim é o YouTube Educação, o qual conta com quase 320 mil inscritos e que pode ser acessado pelo link: https://www.youtube.com/educacaoto ou pelo QRCode ao lado.
Bom estudo a todos. E não se esqueçam, nunca deixem de ser ‘aprendedores’.

Ainda dá tempo

Mesmo que sejam divulgadas estatísticas com saldos positivos na oferta de empregos em um determinado período, muitos Brasileiros continuam sentindo uma sensação de frustração e revolta, pois segundo dados do IBGE ainda são mais de 13 milhões de trabalhadores desempregados (dado que considera apenas os que estão procurando uma ocupação formal). Se forem considerados também os trabalhadores que já deixaram de procurar um emprego e os que trabalham menos de 40 horas semanais (considerados subutilizados), este número ultrapassa dos 27 milhões de Brasileiros.

Porém, de outro lado, é comum empresas relatarem a grande dificuldade de contratação de trabalhadores qualificados para ocupar as posições disponíveis. Esta dificuldade aumenta consideravelmente nas áreas tecnológicas e nas que exigem uma maior qualificação técnica do candidato.

Parece contraditório, mas não é. Pois considerando que além da real falta de ofertas de vagas em algumas regiões, o que acontece com muita frequência são trabalhadores formados em áreas que já não são mais relevantes para o novo mercado de trabalho, e ainda, o que é pior, muitos trabalhadores nem mesmo concluíram sua formação no Ensino Básico (fundamental e médio). E é neste grupo que iremos concentrar este texto.

É sabido que muitos destes trabalhadores não conseguiram concluir seus estudos por vários motivos, dos quais se podem destacar o fato que foi necessário trabalhar muito cedo para ajudar em casa, porque onde moravam não havia escolas que ofertassem o ensino médio; por exigência de um dos pais que não acreditavam na educação e sim no trabalho braçal; ou por tantos outros motivos que poderiam ser enumerados aqui.

E em decorrência deste fato, hoje em Santa Catarina menos de 70% dos trabalhadores formais possuem pelo menos o ensino médio completo. É verdade que este número vem melhorando a cada ano incentivados por ações como o Movimento Santa Catarina pela Educação. Mas ainda há muito por se fazer.

E este é o público que mais tem sofrido com a perda postos no mercado formal. Para se ter ideia deste fenômeno, no primeiro semestre de 2018 o saldo de empregos em Santa Catarina foi positivo em 33.496 novas vagas segundo o Portal Setorial da FIESC (http://www.portalsetorialfiesc.com.br/), porém, destes, 27.045 novos empregados possuíam pelo menos o Ensino Médio Completo, e somente 6.451 novos trabalhadores ainda não concluíram o mesmo.

A boa notícia é que “Ainda dá Tempo”. Na maioria das cidades de Santa Catarina há iniciativas para oportunizar a formação de Jovens e Adultos tanto pela Secretaria Estadual de Educação (Ceja) quanto por meio da iniciativa Privada (EJA). Além da oportunidade dos interessados avaliarem suas competências, habilidades e saberes adquiridos por meio do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja).

Assim, mesmo quem não pôde concluir seus estudos “no prazo normal”, nossa dica é que volte imediatamente para os bancos escolares. Volte a ser um “aprendedor”.

EJA Profissionalizante do Sesi
Para os trabalhadores da Indústria uma oportunidade é a Educação de Jovens e Adultos (EJA) Profissionalizante ofertado pelo Sesi de Santa Catarina em algumas cidades, inclusive em Tubarão, onde os educandos além de obterem seu diploma da Educação Básica, também se qualificam paralelamente em um curso profissionalizante ofertado pelo Senai.
Outras informações, procure o Sesi.


Saldo de Empregos no Litoral Sul

Assim como ocorre em todo o Estado, o saldo de empregos é positivo na Região Litoral Sul de Santa Catarina em 716 novas vagas no primeiro semestre de 2018. Sendo que ao mesmo tempo em que foi gerado um saldo positivo de 839 novas oportunidades para quem já tem a Educação Básica Completa, o saldo foi negativo em 123 postos para quem ainda não é formado pelo menos no Ensino Médio.

Você é um “Aprendedor”?

Para estrear esta coluna que tem por objetivo entender e explorar os impactos da tecnologia na educação e por consequência na empregabilidade dos atuais e dos novos trabalhadores, quero começar com uma provocação: Você é um “Aprendedor”?

Embora a palavra por si só já sugira seu significado literal, infelizmente na prática é difícil encontrar pessoas realmente dispostas a atualização constante de conhecimentos, pois na sua maioria, acreditam que o fato de já terem cursado o ensino básico, e quem sabe até uma faculdade e uma pós graduação, seja o suficiente para enfrentar todas as adversidades que surgirão na sua vida profissional de hoje até o dia da sua aposentadoria. Mas saibam que isso não é mais o bastante.
Temos ainda aquelas pessoas que levam a vida no “automático”, em que sua rotina é acordar pela manhã, ir para o trabalho, voltar para casa no fim da tarde e acabar a noite na frente da TV assistindo à programação normal. Quanto muito, de vez em quando optam por um documentário.
Com o advento das novas tecnologias que já estão impactando a vida das pessoas em todas as áreas, inclusive e mais fortemente nas profissões atuais, torna-se imprescindível que todos sejamos “aprendedores” hoje e sempre, caso queiramos manter nossa empregabilidade em alta.

É importante que se diga que podemos fazê-lo de diversas formas, e que a formação através de aulas em escolas tradicionais é apenas um modo. Contudo é sabido que esta metodologia já não atrai muitos profissionais, em especial aqueles com maior idade ou com uma agenda apertada, mas que por força da evolução tecnológica deveriam estar se requalificando.

Felizmente, existem outras formas muito eficientes que também podem ser consideradas, como por exemplo, as plataformas de educação online, que podem ser contratadas através de assinaturas mensais, com direito a centenas de cursos ao mesmo tempo, ou pela compra de cursos específicos. Tudo isso com a flexibilidade para que cada usuário determine seu tempo de estudo, quando e onde o fará.

Nesta linha, outra excelente plataforma é o próprio YouTube, que embora nem todos saibam, disponibiliza, além de “vídeos engraçados” muito conteúdo de excelente qualidade, gratuitos e que podem lhe ensinar desde como “trocar a resistência do chuveiro” até mesmo uma nova profissão.
E claro, não podemos esquecer de mencionar o hábito da leitura, que passa desde literatura técnica até livros de ficção científica.

Enfim, um tema vasto como este requer aprofundamento, e é isto que faremos nas próximas edições.

Grande abraço a todos, e que sejamos constantes “aprendedores”!

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