quinta-feira, 9 maio , 2024
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Fernando Darci Pitt

Apple AirTag vale o investimento?

Há algumas semanas aqui neste mesmo espaço anunciei a chegada dos novos rastreadores da Apple. O AirTag. E com o propósito de conhecer e testar o dispositivo, consegui adquirir um logo nos primeiros dias da venda oficial aqui no Brasil. E assim, há mais de um mês venho testando para avaliar se vale o investimento.

Sim, um investimento. Pois enquanto lá nos EUA um AirTag é comercializado por US$29, aqui no Brasil na loja oficial da Apple é vendido a R$369. Em uma conversão direta, é mais do que R$12 para US$1.

Muito disso em decorrência do valor dos impostos que incidem sobre o produto, além de taxas, fretes, e outros acrescimentos que não sabemos.  Isso sem contar com o valor dos acessórios que podem ser ainda mais caros do que o próprio rastreador.

 

Mas então, sua aplicação justifica esse valor?

Sim e Não. Depende. Confuso né. Pois é. É que mesmo com o valor absurdamente caro aqui no Brasil, para algumas aplicações é muito útil. Já para outras, não. Pois é super fácil desativá-lo.

 

Prós do AirTag 

Para quem tem um iPhone 11 ou superior, ele de fato oferece um rastreamento muito preciso. Inclusive indicando a direção e distância do objeto perdido quando no alcance do Bluetooth. Então se você é uma pessoa que costuma perder com muita facilidade suas chaves e carteira em casa, ele mais do que compensa.

Para o rastreamento de outros objetos como mochilas com computador, malas durante as viagens, bicicleta e até carros, também é uma outra aplicação viável. Pois com ele é possível saber com uma certa exatidão onde se encontra o bem rastreado. Mesmo que fora do alcance do iPhone do proprietário.

Nos meus testes não foi possível rastrear em “tempo real” o deslocamento do AirTag. Mas mesmo assim, foi possível identificar com uma boa precisão onde se encontrava. Mesmo que essa atualização ocorresse só de tempos em tempos.

Outro ponto positivo do Apple AirTag é a identificação do seu “dono”. Pois, se tiver com o “Modo Perdido” ativado, ao lê-lo em qualquer celular com a tecnologia NFC irá aparecer na tela deste aparelho as seguintes informações: Número de série e telefone para contato. Mas também, informações para desativá-lo.

 

Pontos desfavoráveis do AirTag

Ao fazer o pareamento de um novo Apple AirTag com seu iPhone, ele sugere o rastreamento de itens como: Mochila; Jaqueta; Guarda-Chuva, Fone de ouvido, entre outros. Se a conversão direta fosse de 1 para 1, então talvez até justificasse rastrear um guarda-chuva. Mas por quase R$800, se considerar o AirTag mais o assessório, acredito que não.

E além do que, a sua desativação é muito rápida e fácil. Assim, é necessário contar com a honestidade de quem encontrou o item a fim de comunicar ter o encontrado. Inclusive ao fazer a leitura do mesmo por outro parelho com tecnologia NFC, ele exibe a seguinte mensagem: “… Caso este AirTag não for familiar, saiba como desativá-lo e parar de compartilhar sua localização.”

Outro ponto negativo ainda, é que a Apple já anunciou duas atualizações que farão ele emitir um “bip” caso fique mais de 24h sem se comunicar com o “seu dono”. Ou seja, além de ser fácil desativá-lo, após este período também será fácil identificá-lo. Então, caso sua mala, por exemplo, seja furtada, o rastreador poderá ser identifica e desativado.

 

Considerações finais

Eu adquiri apenas um Apple AirTag e sem acessórios com o propósito de testá-lo. E depois de mais de um mês de uso considero a possiblidade de comprar mais um ou dois no futuro, mas com propósitos muito específicos. Seja para rastrear malas de viagem, mochila com computador ou até mesmo para deixá-lo “jogado” no carro. Mas considerando o valor do mesmo, não vejo vantagens para fazer o uso em itens de baixo valor agregado.

Se preferir, assista este conteúdo em vídeo diretamente no YouTube em: https://youtu.be/ajxJLsN2bZo

Demitido por um robô da Amazon

Há mais de 2 anos escrevi neste mesmo espaço que a nova realidade seria Trabalhar “com” ou “para” robôs. Analisando assim friamente, parece algo um tanto quanto futurista e longe de acontecer na prática. Mas não está tão distante assim não. E para o Americano Stephen Normandin já é uma realidade. Ou melhor, foi. Pois não apenas trabalhava “para” um robô, como foi demitido pelos algoritmos. 

É que depois do veterano de guerra trabalhar por quase 4 anos como motorista entregador de encomendas para a Amazon.com, um dia simplesmente recebeu um email automático o demitindo. Quem o demitiu? Os algoritmos. Ou seja, uma máquina. Um robô. 

 

O que o robô analisou?

E o que esse veterano de 63 anos fez de errado? A ponto de ser deligado automaticamente por uma máquina? Inesperadamente apenas o seu trabalho.

É que tudo que ele fazia era rastreado e analisado por meio de inteligência artificial. E mesmo contratempos além da sua resolução, como apartamentos trancados que impediam de efetuar a entrega, somaram para sua “punição”.

 

Robô Chefe

A Amazon, maior varejista online do planeta, os robôs já são a maioria dos chefes. Não substituíram apenas a “mão de obra” como previsto por muitos, mas sim, mandam e supervisionam as pessoas. Contratam, avaliam e demitem milhões com pouca ou nenhuma supervisão humana. 

Não apenas nas entregas, supervisionando motoristas, mas também em seus depósitos e até o desempenho de funcionários de escritórios. Essa estratégia de máquinas tomarem as decisões são cada vez mais comuns. Ainda mais que o CEO Jeff Bezos, dizem pessoas próximas, acredita que as máquina são mais rápidas e precisas do que as pessoas. Assim, reduzindo custos e tornando a Amazon ainda mais competitiva. Mesmo sabendo que eventualmente ocorrerão erros de avaliação e “manchetes negativas”.

 

Você está preparado?

Em todo planeta são mais de 4 milhões de motoristas que baixaram o aplicativo para trabalharem como entregadores Flex. Só nos Estados Unidos mais de 2,9 milhões. O que geraria muitas histórias e relatos negativos para a empresa. Mas nosso propósito neste espaço não é esse. E sim, trazer o assunto para discussão.

Qual assunto? Trabalhar “com” ou “para” robôs

Você está preparado para esse novo mundo? Está se familiarizando com a tecnologia? Com o aprendizado EaD (on-line) de forma voluntária? Está aproveitando seu tempo livre para dedicar um pouquinho dele para aprender coisas novas? 

Isso tudo não é mais garantia de emprego e nem de trabalho. Mas é pelo menos a certeza de ainda tentar permanecer no jogo.

Pois não mais apenas nas plataformas on-line, mas também no mundo físico, como no exemplo da Amazon, cada vez mais seremos comandados por robôs. Pensem nisso.

Algoritmos também são robôs.

 

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Cringe: o novo termo da moda

Nesta semana fui surpreendido com mais um termo “modinha” que está viralizando na internet. O Cringe. Que em uma tradução indireta quer dizer “vergonha alheia”. Nas redes sociais se refere ainda a situações constrangedoras, vergonhosas.

Desde o último final de semana o assunto tem gerado muitos memes e até mesmo conflitos de gerações. No Brasil o termo ganhou ainda mais força nas rodas de conversa depois que uma podcaster publicou uma pergunta pedindo o que os “jovens da geração Z” achavam “mico” nos “millenials”. Depois ela comentou o próprio post com a seguinte expressão: “acho que mico já passou, é cringe né”.

Só para situar as gerações. Millenials ou Geração Y, são os nascidos entre 1980 a 1995. Já a geração Z são os nascidos entre 1995 e 2010. Os jovens da geração Z já nasceram imersos em tecnologia. São também definidos como “nativos digitais”.
O que é Cringe

Embora o termo seja utilizado há décadas na América, no Brasil viralizou nesta semana. Para alguns millenials o termo cringe se refere a gostar da Disney, usar emojis, tomar café da manhã, e entre outras coisas, até usar a palavra “boleto”. Até usar o facebook agora é cringe. Ou seja, tudo que as gerações anteriores gostam, usam ou fazem, passou a ser cringe.
Conflito de gerações

Desde que o mundo é mundo há conflito de gerações. E sempre vai ser assim. E neste momento da humanidade, isso tende a ser ainda maior visto que ao mesmo tempo temos os “pré-internet” convivendo nas mesmas casas e empregos com os “nativos digitais”.

Seja como for, o importante é de cada geração continue fazendo o que gosta e lhe faz sentir bem. Ser ler jornal e livro impresso é uma delas. Continue. Se assistir friends e ser roqueiro é sua praia. Continue assistindo o que gosta e curtindo música. boa.

O que precisamos todos é aprender, ou reaprender, viver em sociedade e respeitar o próximo. Mesmo que isso seja cringe.

 

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Aprenda a programar com o Grasshopper

Sem dúvida conhecer programação será uma hard skill essencial de agora em diante. Seja para se manter com uma alta empregabilidade ou mesmo para eventual recolocação.

Então, nada mais indicado que começar a ensinar as crianças desde já. E pensando nisso, mais uma excelente iniciativa foi disponibilizada em português. É o Grasshopper do Google.

 

Grasshopper

O programa Grasshopper faz parte da iniciativa Cresça com o Google. As lições são interativas para ensinar JavaScript, que é a linguagem de programação utilizada por mais de 70% dos programadores em todo mundo.

Ensina como criar animações, resolver problemas usando códigos, e ainda criar sites em CSS e HTML. Para isso, usa a metodologia interativa com quebra-cabeça visuais que ajudam o aluno a entender conceitos de códigos, funções, variáveis e loops. 

O Grasshopper foi criado por uma equipe de programadores da oficina do Google para produtos experimentais com o propósito de ajudar pessoas a entrar na programação de uma forma fácil e divertida. 

Agora disponível em Português, pode ser baixado tanto para telefones Android quanto iPhone

Site: https://grasshopper.app/pt_br/

iOS: https://apps.apple.com/br/app/grasshopper-learn-to-code/id1354133284

Android: https://play.google.com/store/apps/details?id=com.area120.grasshopper&hl=pt_BR&gl=US

 

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WhatsApp GB vale o risco?

Tenho trazido aqui para a coluna várias dicas e tutoriais de como transformar o seu WhatsApp mais seguro e produtivo. Com mais de 2 bilhões de usuários, certamente é o mensageiro mais utilizado em todo ocidente.

E neste sentido, tenho recebido questionamentos sobre o WhatsApp GB. Será que vale a pena baixar essa versão modificada? Seus ganhos serão maiores do que os riscos?
WhatsApp GB

O WhatsApp GB ou GBWhatsApp nada mais é do que uma versão não oficial e modificada do WhatsApp verdadeiro. Um verdadeiro clone. Um aplicativo pirata. Mas mesmo assim desejado por muitos usuários do mensageiro pelas suas funcionalidades que vão além do aplicativo oficial.
• Desde digitar um PIN para proteger as mensagens
• Não mostrar quando você está digitando ou gravando um áudio
• Agendar o envio de mensagens
• Não notificar a leitura de mensagens
• Fazer chamadas de vídeos com mais pessoas
• Enviar áudios com tamanhos maiores
• Mudar as cores e layouts com mais opções
• Usar até 2 números no mesmo app
• Possibilidade de ocultar informações do remetente

Estes e outros recursos extras presentes na versão clone do WhatsApp, na sua maioria não estão presentes e nem tem data para um possível lançamento futuro na versão oficial. Então, é natural que muitas pessoas se interessem e busquem essas versões piratas em vista do número maior de possibilidades oferecidas. Estima-se que mais de 25 milhões de pessoas em todo planeta já tenham feito seu download.
Riscos ao baixar o WhatsApp GB

O WhatsApp GB é um aplicativo exclusivo para o sistema operacional Android. E mesmo assim, não está disponível na loja oficial, a Play Store. Para utilizá-lo é necessário baixar uma “APK” externa e autorizar o Android a instalar programa de fonte desconhecida.

Como a origem do WhatsApp GB é desconhecida, e a sua hospedagem geralmente se dá em sites de compartilhamento de arquivos, tanto o Google Play quanto a Apple Store vetam sua disponibilidade nas lojas.

Isso porque, além de ser uma cópia do código fonte original, também não conseguem comprovar a garantia de privacidade do usuário entre outros pontos avaliados. Ou seja, ele não passou por nenhum filtro de segurança.

Neste sentido, os riscos envolvidos são muitos. E será que valem a pena serem assumidos?
O menor de todos é ser banido da rede social por utilizar um programa não homologado pelo fornecedor do serviço. No caso o WhatsApp do Facebook.

Mas há outros muito maiores. E um deles é a falta de garantia de privacidade ou segurança. Não dá para saber se realmente a conversa está sendo criptografada e seus dados estão seguros.

Mensagens de foro íntimo e até mesmo dados de negociações comerciais, como CPF e informações bancárias, podem estar sendo coletadas. E o pior, repassadas para terceiros que as utilizarão de forma inadequada.

E como se não bastasse ter suas conversas passíveis de serem abertas e retransmitidas sem sua permissão, o próprio telefone fica vulnerável. Lista de contatos, acesso à fotos, câmera e microfone. Localização e perfil de uso de outros APPs.

E em alguns casos, a lista de permissões solicitadas pelos APPs alternativos vão além. Até mesmo para controlar sua conta Google, definir senhas, criar ou remover contas. Ou seja, ele passa a ser administrador do seu telefone. E com a sua “permissão”.

 

Vale o risco?

WhatsApp GB, Yo WhatsApp, WhatsApp +, NS WhatsApp,  são apenas alguns desses clones disponíveis e tendo como apelo recursos exclusivos. Alguns são “clones” e outros “modificados”. Mas vale o risco? Mesmo sabendo que só no Brasil em 2020 foram clonadas mais de 5 milhões de contas do WhatsApp?

Ser banido da rede oficial é o menor deles. Mas quanto vale seus dados pessoais? Suas informações de foro íntimo? E lembre-se, não apenas você, mas também as mensagens do seu interlocutor ficarão sujeitas a vazamentos. Incluindo informações dos seus contatos. Mesmo que eles use o programa oficial.

Então, vale o risco?
Assista esse conteúdo também em vídeo diretamente no youtube em: https://youtu.be/1e8FomRpaEo

Cabo submarino que conecta Brasil à Europa é inaugurado

Nesta terça-feira (1) foi inaugurado mais um cabo submarino de fibra óptica que liga o Brasil à Europa. Um cabo de alta capacidade de tráfego. Seu financiamento segundo a Agência Brasil, se deu pela Comissão Europeia (€25 milhões),  empresa EllaLink (€150 milhões) e pelo Governo Federal, por meio do MCTI que investiu €8,9 milhões.

Com 6 mil quilômetros de extensão, sai de Fortaleza (Brasil) até Sines (Portugal). Ligando ainda a Guiana Francesa, Ilha da Madeira, Ilhas Canárias e Cabo Verde. 

De Sines (Portugal), Lisboa (Portugal) e Madri (Espanha), além de outras cidades europeias, são interligados por meio de um “anel de conexão”. E posteriormente a partir de Marselha, a África e o Oriente Médio também serão interligados diretamente à America Latina.  A empresa ainda estima que mais de 150 redes e provedores de conteúdos também farão parte desta conexão. 

Fonte: https://ella.link

Analogamente pelo lado Brasileiro, Fortaleza, São Paulo e Rio de Janeiro estão conectados diretamente com a Europa. Além de uma conexão com a Guiana Francesa. 

 

Mas qual a importância deste novo cabo submarino para o Brasil e para a Europa?

Este cabo submarino será utilizado para serviços. Nuvem e negócios digitais. Além de ações de ciência, tecnologia e educação ao longo dos próximos 25 anos. Sem contar que, elimina a necessidade dos dados trocados com os países Europeus passarem pelos Estados Unidos.

Bem como devido a conexão direta entre a América do Sul e a Europa, a promessa é que a latência também caia em até 50%. Ou seja, o tempo que os dados levam para irem de um ponto a outro será bem menor. Em outras palavras, mais capacidade de banda e um tempo de resposta menor. 

Segundo informações obtidas diretamente do site da EllaLink, esse novo corredor de dados diretos da Europa para a América Latina em um único salto óptico através do Atlântico Sul, garantirá velocidades iniciais de 72 Tbps. Isso será feito por meio de quatro pares de fibras diretas. 

 

E o que muda para nós com este novo cabo submarino

Como anunciado, este caminho direto entre Brasil e Europa permitirá muito mais fluxo de dados em com uma latência até 50% menor. O que significa mais velocidade de comunicação entre os dois continentes e também mais banda. E além disso, a ligação dos dois continentes sem precisar passar pelos Estados Unidos. 

Embora as notícias e reportagens sobre esse novo cabo submarino não deixem claro os impactos sobre nós, consumidores domésticos, é de se esperar que tenhamos ganhos também. Já que clientes corporativos e negócios digitais de grande porte passarão a utilizar essa nova rota. E assim, o “caminho atual” deverá ficar menos congestionado.

Só para ilustrar. Fazendo uma analogia com uma BR na qual grandes caminhões são redirecionados para uma estrada auxiliar, quem ficar na rota original terá um transito menos congestionado. Portanto menos consumidores corporativos usando a mesma rede doméstica, mais velocidade nesta para os consumidores domésticos. 

Pois como já escrevi neste espaço, a Internet hoje não é mais uma opção de serviço a mais nos lares. Passou a ser um serviço de primeira necessidade.

Fonte: https://www.submarinecablemap.com

Se preferir assista esse conteúdo em vídeo pelo youtube em: https://youtu.be/uuz9Zz_F00g

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AirTag Apple: enfim disponível para compra

Encontrar chaves, bolsa, e até o carro, pode se tornar muito mais fácil com a nova AirTag da Apple. Depois de muitos anos de expectativa e suspense, enfim a Empresa da Maçã anunciou suas Tags de rastreamento pelo valor de U$29,00.

Infelizmente aqui no Brasil esse preço depois da conversão e aplicação dos impostos, passa para em média R$329,00 (nas lojas paralelas) a R$369 na loja oficial. E agora oficialmente a partir desta semana está a venda com previsão de entrega para o início de junho. Mas será que valem o investimento? E como elas funcionam?

 

O que é a AirTag

Do tamanho de um botão grande e alimentadas por uma  bateria CR2032, dessas que se encontram em qualquer loja, promete rastrear objetos em qualquer lugar do planeta por até um ano. Estando próximo ou não do telefone do proprietário. Basta para isso, ter algum aparelho Apple nas redondezas. Sejam eles iPhones, iPads, MAC, ou iTouch e que estejam com a conexão Bluetooth ativada.

 

Como Funciona a AirTag

Diferentes tecnologias são empregadas para que ocorra a localização. Todas integradas ao aplicativo Find My da Apple. O chip no seu interior usa uma frequência entre 6 a 8,5 GHz para transmitir um sinal para o aplicativo da Find My. Frequência essa que permite ao sistema identificar com mais precisão a localização da Tag.

Caso não estejam próximas ao telefone do proprietário, utilizam a tecnologia Bluetooth para se comunicar com outros aparelhos Apple, e por meio desses enviar sua localização para seu dono. Para quem está temendo sua segurança e quebra de privacidade, a Apple garante que toda comunicação da AirTag é feita de forma criptografada. Ou seja, todas as informações são codificadas de ponta a ponta. Em teoria, não sendo possível ser rastreado por mais ninguém além do próprio dono da AirTag.

 

Como ocorre a localização

A partir do iPhone 11 a busca torna-se precisa graças ao processador U1. Mas, em aparelhos mais antigos essa busca também é facilitada por meio da medição do sinal Bluetooth entre a AirTag e o telefone. Funciona como uma espécie de “frio, morno, quente, achou!”.

Mesmo longe, a AirTag continua localizável. Em qualquer parte do planeta. Pois, continua enviando um sinal criptografado via conexão Bluetooth que é detectado por outros aparelhos Apple próximos. Estes que por sua vez, enviam a sua localização para quem estiver tentando localizá-la.

Contudo, se não tiver nenhum aparelho próximo no momento, poderá ser acionado o “Modo Perdido”. E assim, quando detectada por algum aparelho na rede seu dono é notificado. Ainda que a segurança e privacidade sejam seus maiores argumentos, também é possível configurá-la para compartilhar suas informações com quem a encontrá-la.

Bastará tocar nele usando um smartphone compatível com a tecnologia NFC. De acordo com a Apple caso uma AirTag se mistura com suas coisas por exemplo, depois de um tempo seu iPhone a detecta e envia um alerta.

E mesmo assim caso não seja localizada, passará a emitir um bip para mostrar onde está. Mas isso só acontece caso ela se separe do seu “dono” por muito tempo. Levando a privacidade dos seus usuários a sério, a Apple anuncia que nem mesmo ela consegue rastrear os dados de localização da AirTag, nem mesmo sua identidade.

 

Personalizáveis

Apesar de no Brasil nem tudo estar disponível, é possível personalizar a AirTag com chaveiros e até mesmo gravações. Claro, novamente se considerarmos o valor dos assessórios no Brasil em relação a outros países, aqui será muito mais caro.
E você se interessou por este novo acessório da Apple? Pretende comprá-lo em breve?

 

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StarShip pousa sem explodir e Marte fica mais próximo

O impossível aconteceu. StarShip pousa com sucesso pela primeira vez sem explodir. Em contraste com foguete Chinês que orbitava descontrolado em órbita terrestre após seu lançamento, na mesma semana a SpaceX conseguiu pousar com sucesso pela primeira vez o protótipo SN15 do Foguete / Nave StarShip. Pousou de ré.

Esta nave que será utilizada para a etapa final dos astronautas da missão Artemis que voltarão a pisar na lua até 2024 e até mesmo para as futuras missões para Marte.

 

Starship da SpaceX pousa de ré, o que era considerado impossível

Entre os dias 29 de Abril e 09 de Maio de 2021, quando o tema era espaço, o assunto era sempre o mesmo. Corpo do foguete Chinês Long March 5b que estava descontrolado em órbita terrestre. E até que sua reentrada não ocorresse sem maiores consequências na madrugada do dia 09 de maio na trajetória entre a Península Arábica e o Norte das ilhas Maldivas, o mundo não se acalmou.

As preocupações embora exageradas eram justas. Pois, havia sim um risco real que os destroços dessa reentrada pudessem atingir áreas densamente habitadas. Toda a região do norte dos Estados Unidos até o Sul do Chile. Incluindo África, boa parte da Europa, Ásia e Oceania estavam nas rotas deste “pedaço metálico” com mais de 30 metros e 21 toneladas. Potencial letal mínimo. Mas riscos, sim.

Enquanto o mundo todo estava olhando para o céu com medo que este pedaço do foguete chinês caísse em seus quintais, a SpaceX ao mesmo tempo realizava seu primeiro pouso com sucesso da nave StarShip.

 

E porque relacionar a StarShip com o foguete Chinês?

O motivo é simples. Pois há menos de uma década era considerado impossível reutilizar partes de um foguete para novos lançamentos. Muito menos pensar que um foguete pudesse pousar de ré.
Foguetes Tradicionais x Foguetes da SpaceX

Até hoje na maioria das nações que dominam a tecnologia espacial. O consenso geral e a expertise ainda é construir um foguete em vários estágios, os quais vão se soltando ao longo da subida e caindo ao mar durante o lançamento. Ou ainda, em muitos casos ficariam em órbita como lixo espacial. Como podemos constatar ao visitar o site stuffin.space.

China, Rússia, Índia e muitos outros países, ainda continuam utilizando esse modelo de veículo lançador. Comparando, é como se construíssemos um avião para uma única viagem. Pois seria destruído ou abandonado ao chegar no seu destino.

Acontece que, o impossível já tornou-se rotina para a SpaceX e agora para a NASA que utiliza seus serviços. O Falcon9 não só se mostrou viável e passou nos testes, como hoje certificado é utilizado comercialmente para levar equipamentos e mais recentemente até astronautas americanos para a estação espacial.

Sem contar é claro, com os lançamentos quase semanais da nova constelação de satélites Starlink que irá prover internet via satélite para todo o mundo. Num primeiro momento com aproximadamente alguns milhares, mas podendo chegar a dezena de milhares em alguns anos.

E o mesmo está acontecendo com a StarShip. Este foguete / nave que foi escolhido pela NASA para completar a viagem final dos astronautas, a partir da órbita da lua até o solo lunar. A alunissagem ocorrerá a bordo desta nave. Reaproveitar uma nave como essa também a poucos anos era considerado impossível de acontecer. Mas aconteceu.

Só para terem uma ideia, do que estamos falando aqui, o contrato com a NASA no valor de U$2,9 bilhões de dólares prevê que ele esteja operando muito em breve, pois a missão Artêmis pretende levar astronautas a pisar novamente no nosso satélite natural por volta de 2024.

Assim, a SpaceX está avançando a passos muito largos para fazer com que ele se torne funcional e passe do status de protótipo para o status de certificado e pronto para uso.

 

Testes com protótipos da Starship

E depois de vários testes. Muitos deles provocando explosões intencionais para avaliar todos os componentes, como os tanques, por exemplo. Outros sendo bem-sucedidos nos lançamentos e voos, mas desastrosos no pouso.

Enfim, em 05 de Maio de 2021 o protótipo SN15 foi lançado com sucesso, promoveu seu voo como planejado, e pousou pela primeira vez sem explodir no em Boca Chica, no Texas, onde fica a base da SpaceX.

O foguete foi lançado por volta das 17h25 (19h25 horário de Brasília) e desceu cerca de seis minutos depois. Embora um pequeno incêndio tenha surgido logo após o pouso, esse foi rapidamente controlado e não causou danos.

Este protótipo, o SN15, traz várias melhorias em sua estrutura, aviônica e software. Impulsionado por três motores Raptor, ascendeu conforme previsto.

Este teste aconteceu pouco mais de um mês depois do anterior com o SN11, o qual explodiu na descida depois de cinco minutos de voo, em 30 de março. Os protótipos SN12, 13 e 14 não chegaram a ser produzidos.
Relançamento do protótipo SN15 Starship

Como este protótipo da StarShip retornou em perfeitas condições após seu voo teste, e passou nos testes das inspeções pós voo, já está sendo preparado para um novo lançamento.

Além do feito inédito de ter concluído a missão com sucesso, entrará para a história por mais um feito. O relançamento do mesmo foguete. Esse novo teste além de poder confirmar resultados obtidos, também irá proporcionar muitas outras informações complementares.

E serão necessárias mesmo. Pois agora com o contrato já assinado com a NASA, os olhos de uma nação inteira se voltam para seu desenvolvimento. Inclusive a SpaceX planeja ainda esse ano um voo orbital com a StarShip. Vamos acompanhar atentos.

 

Como isso nos impacta?

Agora, você já parou para pensar porque isso tudo é importante? Porque tanta ênfase nesta nova corrida espacial da última década? Será que é só coisa de aficionado por tecnologia?

A verdade é que além de presenciarmos a história sendo escrita bem na nossa frente, também teremos a oportunidade de vermos acontecer feitos que antes só eram imaginados em livros e filmes de ficção.

Uma base de colonização na lua, seja ela permanente ou transitória, além de viagens turísticas para nosso satélite natural, estão cada vez mais próximas. E devem acontecer ainda nessa década.

E Marte, foco de muita inspiração para filmes e livros, como a Guerra dos Mundos de H.G. Wells, também está na rota das futuras viagens espaciais. Isto é, essas viagens interplanetárias devem começar a ocorrer ainda no final desta década de 2020 mais tardar 2030.

Além é claro, dos interesses comerciais de um potencial combustível existentes na lua, e minérios em abundância em alguns asteroides que orbitam próximo a terra. E por falar em investimentos, para muitos essas viagens  espaciais podem até parecer exagero e desperdício de recursos.

Mas é bom ficarmos atentos pois elas poderão ser as responsáveis pela expansão da colonização terráquea pelo sistema solar ou talvez até mesmo, pela preservação da nossa espécie. Já que até hoje ainda não temos um sistema de defesa capaz de nos salvar de algum asteroide com potencial extintor.

Educação, Ciência e Tecnologia. Tudo no mesmo lugar. Imaginem o potencial de estudo que este tema traz para nossas escolas, nossas casas, e até mesmo para nós mesmos. Tanta coisa acontecendo que nem percebemos.

Inúmeras tecnologias sendo desenvolvidas que em breve estarão fazendo parte da nossa vida cotidiana. Assim como as telecomunicações e GPS o fazem hoje, só para citar dois exemplos de tecnologias desenvolvidas graças a outras corridas espaciais.

Enfim preparei também alguns vídeos com imagens reais que podem ajudar a entender melhor a dimensão desta nave, e também ver na prática o chamado “pouso de ré de um foguete”. Confira no YouTube em: https://youtu.be/YG58rXB0KM0.

E se você não acompanhou o “risco” que o Foguete Chinês impôs para todo o planeta, e também como foi sua reentrada, tem mais dois vídeos falando disso também: https://youtu.be/xEHrt8KlQBw e https://youtu.be/BUrrcm2qjBw

 

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WhatsApp Pay. Ainda vale a pena?

WhatsApp Pay – será que ainda vale a pena aderir? Como funciona?

Em agosto de 2020 o Facebook, dono do WhatsApp,  tentou emplacar no Brasil o WhatsApp Pay. O sistema de pagamento e transferência de dinheiro utilizando o mensageiro como meio. No entanto, naquele momento acabou sendo bloqueado pelo Banco Central. De tal forma que teve que esperar a entrada em funcionamento do PIX e também fazer alguns ajustes.

Naquele momento o Banco Central entendeu que não haveria concorrência e assim, o facebook acabaria monopolizando este mercado. Uma vez que não haveria concorrência. Mas agora com o PIX passou a ser apenas mais um a oferecer o serviço.

Para alegria de alguns, e receio por outros, enfim o serviço foi autorizado no final de março. E assim, aos poucos o aplicativo dos mais de 120 milhões de usuários Brasileiros começaram a ser atualizados com a disponibilização do novo serviço.

Como é algo muito recente, do último dia 4 de maio de 2021, até agora um grupo bem limitado recebeu essa nova versão. Portanto, ao longos dos próximos dias os demais usuários também deverão ter seu aplicativo atualizado. O Brasil será o segundo país a ter esse serviço. Hoje já presente na Índia.

Como vai funcionar WhatsApp Pay

Antes de mais nada, o WhatsApp Pay não será uma carteira digital, e muito menos uma Fintech. Apenas irá intermediar a transferência de recursos de um usuário para outro por meio do mensageiro. Assim,  ainda será necessário que o utilizador ter um cartão de débito ou pré-pago das bandeiras VISA ou MASTERCARD.

Para aqueles que já tiverem a função liberada, o envio de dinheiro ocorrerá pelo seguinte passo:
1. Clique sobre o “clipe”, e lá além das opções de enviar foto, documento, etc. Também terá a opção pagamento.
2. Defina o valor a ser envido.
3. Se for a primeira transação, será necessário cadastrar um novo cartão de débito ou pré-pago.
4. Antes, porém, será necessário aceitar os termos do serviço.
5. Em seguida, vai ser preciso criar um PIN com 6 dígitos (que será a senha para as futuras transações) e confirmar ela na tela seguinte.
6. Depois, inserir seus dados pessoais.
7. Dados do cartão de débito ou pré-pago.
8. Escolher um meio para receber o código de confirmação do cartão.
9. Confirmar o cartão.

E pronto, já poderá enviar o valor escolhido para o destinatário. O qual, terá que também fazer os mesmos passos para poder receber o dinheiro.
Na imagem a seguir é possível ver um print das principais telas citadas nos passos anteriores.

Quais Bancos aderiram ao serviço
• Banco do Brasil: Visa
• Banco Inter: Mastercard
• Bradesco: Visa
• Itaú: Mastercard
• Mercado Pago: Visa
• Next: Visa
• Nubank: Mastercard
• Sicredi: Mastercard e Visa
• Woop, a conta digital da Sicredi: Visa
WhatsApp Pay ainda vale a pena?

Na minha opinião não mais. Não da forma que ele foi autorizado. Já que é necessário ter um cartão para poder utilizá-lo, significa que a pessoa já é correntista de um banco ou uma Fintech. E para estas pessoas que já tem contas em instituições bancárias oficiais, agora com a entrada em operação do PIX, não valerá mais. Já que pessoas físicas conseguem transferir qualquer valor entre si, 24/7 e ainda de graça por enquanto.

E ainda, como essas transferências só podem ser feita entre pessoas físicas, também acabam limitando bastante o serviço. Ou seja, na forma que o serviço foi disponibilizado hoje, ele acaba sendo muito pouco atrativo. Sobretudo para quem já tem as chaves PIX cadastradas.

 

Limites de Transferência

As transferências estarão limitadas ao envio de até R$ 1.000 por vez. E o recebimento de até 20 transações por mês. Tudo isso limitado ao valor de até R$ 5.000 por mês.  E cada banco poderá ainda, impor outros limites menores, se assim entender.

Cuidado com os Golpes que virão com o WhatsApp Pay

Como todo o serviço que envolve dinheiro, ou mesmo o mensageiro instantâneo, é certo que muito em breve golpes começaram a ser aplicados se passando pelo serviço. Assim, não custa nada reforçar algumas boas práticas

• NÃO será necessário baixar nenhum programa extra, pois tudo ocorrerá pelo aplicativo já instalado hoje no Smartphone.
• Se receber alguma mensagem, SMS, ou qualquer link te convidando para atualizar o aplicativo, NÃO CLIQUE. Só atualize o aplicativo do WhatsApp nas lojas oficiais. Sejam elas da Apple ou Android.
•  Se receber alguma mensagem dizendo que recebeu dinheiro de algum estranho sem pedir. IGNORE e BLOQUEIE o remetente. É bem provável que também seja golpe.
• E JAMAIS compartilhe os códigos de 6 dígitos recebidos por SMS. Sejam com qual argumento forem.
São muitas as formas que os estelionatários usam para tentar clonar (roubar mesmo) o número do WhatsApp de pessoas de bem. Bem como tentar extorquir ou roubar dinheiro pelos meios digitais. A seguir vou deixar a indicação de alguns vídeos que abordo algumas práticas comuns, bem com aumentar sua proteção.
CUIDADO para não ter seu WhatsApp clonado
ATENÇÃO: golpes pelo Direct do Instagram
ATENÇÃO: não cadastre essas chaves no PIX
Como ativar a Confirmação em 2 etapas no Whatsapp

Tutorial
Para quem preferir, preparei um vídeo mais detalhado sobre o WhatsApp Pay.  O vídeo está disponível no YouTube em: https://youtu.be/Tz3cs_B2J1I

 

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Homeschooling: o termo da discórdia do momento

Desde que o Projeto de Lei PL 3179/12 voltou a ser discutido na Câmara Federal, e teve a deputada Luisa Canziani (PTB-PR) indicada para a relatoria do projeto, o termo homeschooling passou a ser o termo de discórdia da vez. Assim,  mesmo já tendo abordado o assunto aqui na coluna, volto a fazê-lo e certamente não será a última vez.

Pois, todos os dias, sem exceção, surgem editoriais, entrevistas e todos os tipos de argumentos contrários ao projeto. Porém, pouco se lê ou escuta sobre os pontos positivos da educação domiciliar.

Fascistas, elitistas, e até de pedófilos os defensores são acusados. Tudo para criar uma massa crítica que faça pressão contrária a aprovação do PL 3179/12.

E as ações não param por ai. Em São Paulo, por exemplo, antecipando-se a possível aprovação do mesmo, a Secretaria Estadual de Educação emitiu um parecer para que crianças e jovens com idade entre 4 e 17 anos cujos pais optarem por esse modelo de ensino deverão ter, obrigatoriamente, aulas com professores profissionais. Ou seja, poderão até ser educados em casa, mas deverá ser por um professor e não pelos Pais. Mais uma forma de restringir sua aplicação.

Homeschooling no Brasil

No Brasil não é crime a prática do homeschooling. Mas também não é permitido.

Em setembro de 2018 o STF entendeu que não havia uma lei que regulamentasse a educação domiciliar, então, mesmo não sendo crime não podia ser considerada legal. E ainda, o artigo 6º da LDB diz o seguinte: “é dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula das crianças na educação básica a partir dos quatro anos de idade”, sob pena de ações judiciais.

Nesse hiato, inúmeros projetos de Lei foram apresentados e estão sendo discutidos em todo o Brasil. Aqui em Santa Catarina temos o Projeto de Lei Complementar Projeto de Lei – PLC/0003.0/2019. http://www.alesc.sc.gov.br/legislativo/tramitacao-de-materia/PLC/0003.0/2019. De autoria do Deputado Bruno Souza (NOVO).

Manaus está discutindo legislações para permitir a educação domiciliar. Distrito Federal já aprovou, além de outras iniciativas por todo Brasil.

 

Vantagens do Homeschooling

Entre as muitas vantagens do homeschooling, podemos destacar algumas como:

  • Mobilidade e Conforto
    • Muitas crianças precisam se deslocar por muitos quilômetros, durante horas para chegar até a sua escola. Pegando 2 ou mais ônibus, barcos, caminhando. Passando por regiões com pouca segurança, estando sujeitos a todos os tipos de mal sorte e cansaço.
  • Segurança (abuso, assédio, drogas)
    • Em algumas escolas o ambiente, seja pela comunidade, alunos, ou perfil dos alunos, é bastante hostil. Assim, a segurança de educar em casa é muito maior do que enviar os filhos para as escolas.
  • Qualidade
    • Muitos Pais argumentam que a qualidade das aulas não atente a expectativa e tudo que a criança pode e deve aprender.
  • Supervisão dos Pais.
    • Filhos educados em casa, sob a supervisão dos Pais, estes tem mais controle sobre o que estão aprendendo e seu desenvolvimento educacional.
  • Flexibilização de horários e passeios
    • Não só de teorias o aprendizado é feito, então, ter mais liberdade de horários e até mesmo flexibilidade para viagens é um dos fatores destacados por algumas famílias. Além do que, muitas famílias que se mudam com frequência diminuem o stress de mudança de escolas frequentes.
  • Flexibilização /personalização de conteúdos
    • Muitas crianças se interessam por super-heróis, outras pelo cotidiano, e assim, além de flexibilizar o que será aprendido primeiro, também é possível personalizar o que será estudando e de que forma. Sempre privilegiando os conteúdos e temáticas que mais interessam aos estudantes.

Outro ponto ainda, é que o homeschooling não foca em avaliações ou provas, como nas escolas convencionais. E sim, em ensinar no tempo de cada um e sem pressão para aprender.

Homeschooling e seus mitos
Mesmo o projeto de lei estando parado desde 2012, o fato do atual presidente ter levantado essa bandeira inevitavelmente passou a ser associado a ele. E por esta razão, o homeschooling ou educação domiciliar é vinculado a grupos conservadores, religiosos, e até mesmo com os chamados “negacionistas”.

E entre seus argumentos contrários, sempre é apontado a possível falta de convivência das crianças. O doutrinamento dos estudantes. E até mesmo a ocultação de possíveis abusos domésticos. E de fato, tudo isso pode acontecer sim. Mas não é o que se vê na prática nos mais de 63 países que liberam o homeschooling. E casos de omissão, abuso, ou outras violações devem ser tratadas com todo o rigor da lei, seja no caso de famílias que optam ou não pelo homeschooling.

E ainda, alguns especialistas fazem questão de confundir ainda mais os Pais. De forma proposital misturam o homeschooling com o Ensino Remoto que estamos presenciando desde março de 2020 em muitos estados e cidades brasileiras. E como para a maioria das famílias está sendo uma péssima experiência, ganham novos detratores do modelo.

 

Críticas ao Homeschooling
Uma das maiores críticas ao homeschooling é o fato das crianças não socializarem com outras. Isoladas, as crianças deixam de conviver em sociedade, o que é um fator importante para o desenvolvimento intelectual e social dos indivíduos.

Mas quem disse que a escola é a única fonte de socialização? Natação, escolinha de futebol, escoteiro, não conta?

Outro ponto, é quanto a formação dos formadores, visto que segundo a a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), é necessária formação mínima para o exercício do magistério.  No artigo 62 da LDB está escrito: “A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em universidades e institutos superiores de educação, admitida, como formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nas quatro primeiras séries do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade normal”

Temos ainda, o argumento da segurança das crianças. Se os Pais que defendem o homeschooling o fazem com base em dar mais segurança para elas, é fato que em outras a insegurança está dentro da própria casa. Assim, com o homeschooling fica mais difícil a identificação de abusos domésticos. Os quais podem ser de todas as naturezas.

Também argumentam que não há avaliações de aprendizagem como preconizado na legislação.

 

Deve ou não ser liberado?
Particularmente eu não me vejo praticando a Educação Domiciliar  ou homeschooling na minha casa. Por questões de organização de horário e também de competências pessoais. Entendo que meus filhos terão um melhor aproveitamento nas escolas formais. E claro, com estudos complementares em casa, como em todos os lares deveria ser.

Mas, o fato de não ter intenção de adotá-lo não me dá o direito de cercear a liberdade das 7 mil a 35 mil famílias (estimativa) que já o fazem. Ou pretendem fazê-lo. E penso mais, que não apenas o homeschooling, mas também o ensino remoto deveria ser regulamentado para momentos pós pandemia. E assim, os modelos de 100% presencial, remoto e homeschooling deveriam coexistir. Esta é uma decisão da família e não do governo. E muito menos de grupos ideológicos.

Precisamos de mais discussões técnicas, e também ouvir as famílias que são as maiores interessadas. Mas como escrevi acima, o fato de ser uma bandeira defendida pelo atual presidente, tornou essa discussão totalmente ideológica. Ou seja, hoje pela polarização das discussões é necessário ser  contra ou a favor. Mesmo sem conhecer.

Que tal promover mais discussões? Mais pesquisas sobre o assunto? Mais respeito ao próximo que pensa de forma diferente a nossa? E claro, menos agressividade com as outras pessoas de correntes ideológicas contrarias as nossas?

 

Podcast
No último ano publiquei dois podcast abordando esse assunto, inclusive um deles é um bate pato como Deputado Bruno Souza aqui de SC que apresentou um PL para regularizar o Homeschooling em Santa Catarina. Ouça eles diretamente no seu player prefeido. Basta produzir-se por Podcast Classe.tech, ou ainda, diretamente no spotify pelos links a seguir:

 

 

 

 

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