quarta-feira, 24 abril , 2024
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Daniel De Luca

Depressão: o “mal” do novo milênio

A depressão é considerada um dos mais importantes problemas de saúde no mundo. Trata-se de um transtorno mental grave, que traz prejuízos no comportamento do indivíduo, nas relações sociais e familiares, no trabalho e também nos estudos. Cerca de 80% dos adultos relatam dificuldades com atividades diárias devido a sintomas da depressão.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a depressão é o principal fator incapacitante em todo o mundo: mais de 300 milhões de pessoas (4,4% da população mundial) vivem agora com depressão, um aumento de mais de 18% entre 2005 e 2015. A depressão é mais comum entre mulheres (5,1%) do que homens (3,6%). Estes números também variam de acordo com a idade, a renda, os países, as ocupações e as atividades diárias.

No Brasil, 5,8% da população sofre deste transtorno, ocupamos a quinta posição mundial, em termos de porcentagem de indivíduos com depressão no país. Na pior das hipóteses, a depressão pode levar ao suicídio. Cerca de 800.000 pessoas morrem desta causa anualmente, sendo a segunda principal causa de morte entre adolescentes e jovens adultos (15 a 29 anos).

De acordo com o Manual Diagnóstico de Doenças Mentais (DSM – V) existem algumas categorias de transtornos depressivos, sendo que a diferença entre elas se dá pela relação entre a frequência e a gravidade dos sintomas.  O Transtorno Depressivo Maior, por exemplo, é caracterizado por um ou mais sintomas depressivos, duração de duas semanas com humor deprimido ou perda de interesse, e, no mínimo, quatro sintomas de depressão adicionais: perda ou ganho de peso, sem estar em dieta; problemas de sono;  agitação ou lentidão motora; cansaço e perda de energia;  sentimento de inutilidade ou culpa excessiva ou inadequada;  capacidade diminuída de pensar ou concentrar-se ou indecisão; pensamentos de morte recorrentes (não apenas medo de morrer); ideação suicida recorrente sem um plano específico, ou tentativa de suicídio, ou plano específico de cometer suicídio.

Diferenças entre depressão, tristeza e luto:
Existe diferença entre a depressão, a tristeza e o luto. A depressão não está necessariamente relacionada aos acontecimentos diários. Tudo pode estar correndo muito bem na vida de um indivíduo com depressão, mas ele vai continuar apresentando os sinais da doença até que busque tratamento. Com relação a tristeza, esta tem um motivo: em geral, a pessoa tem consciência dela e sabe o que gerou este sentimento. Enquanto a tristeza tende a uma hora diminuir e a pessoa voltar a vida normal, a depressão não termina. 

A morte de um ente querido, a perda de um emprego ou o fim de um relacionamento são experiências difíceis para um indivíduo suportar. É normal que sentimentos de tristeza ou de luto se desenvolvam em resposta a tais situações. O processo de luto é natural e único para cada pessoa e compartilha algumas das mesmas características da depressão. Tanto o luto quanto a depressão podem envolver tristeza intensa e o afastamento das atividades habituais.

No luto, sentimentos dolorosos vêm em ondas, muitas vezes misturadas com lembranças positivas do falecido. Na depressão, o humor ou interesse (prazer) diminuem durante a maior parte. No luto, a autoestima é geralmente mantida. Na depressão, sentimentos de inutilidade e autoaversão são comuns.

Para algumas pessoas, a morte de um ente querido ou perder um emprego pode causar depressão grave. Quando o luto e a depressão coexistem, o luto é mais grave e dura mais do que o luto sem depressão.

Apesar de alguma sobreposição entre tristeza e depressão, elas são diferentes. A distinção entre elas pode ajudar as pessoas a obter ajuda, apoio ou tratamento.

Fatores de risco para depressão:
A depressão pode afetar qualquer pessoa, até mesmo alguém que parece viver em circunstâncias ideais. Vários fatores de risco podem desempenhar um papel na depressão:
Fatores Bioquímicos: diferenças em certas substâncias químicas no cérebro podem contribuir para sintomas de depressão, como os neurotransmissores serotonina, noradrenalina, dopamina, dentre outros. Estas substancias estão envolvidas na regulação da atividade motora, do apetite, do sono e do humor.

Fatores Genéticos: A genética pode predispor o indivíduo a determinadas condições. Por exemplo, se um gêmeo idêntico tem depressão, o outro tem 70% de chance de ter a doença em algum momento da vida.

Fatores da Personalidade: Indivíduos com baixa autoestima, ou que são facilmente atingidos pelo estresse, ou pessimistas, parecem mais propensos a sofrer de depressão.

Fatores ambientais: A exposição contínua à violência, abusos ou pobreza podem tornar algumas pessoas mais vulneráveis à depressão.

Outras causas: Disfunções hormonais como problemas na tireoide; Excesso de peso, sedentarismo e dieta desregrada; Vícios (cigarro, álcool e drogas ilícitas); Hiperconexão e excesso de estímulos, como o uso excessivo de internet e redes sociais; Separação conjugal, perda de emprego, desemprego por tempo prolongado ou a perda de uma pessoa muito querida; Fibromialgia e dores crônicas; Nascimento de um bebê.

O Diagnóstico e o tratamento:
O diagnóstico deve ser feito por um profissional de saúde capacitado, como um médico, naturólogo ou psicólogo. Apenas 10% das pessoas com depressão, recebem tratamento adequado. Caso tenha estes sintomas, ou conheça algum amigo ou familiar, o importante é procurar ajuda. Quem possui estes sintomas, está em sofrimento mental e precisa de cuidados aprimorados. Não é frescura, nem falta de roupa ou louça para lavar, como algumas pessoas propagam por aí.

De acordo com o Ministério da Saúde existem subtipos de Depressão: Distimia; Depressão Endógena; Depressão Atípica; Depressão sazonal; Depressão psicótica; Depressão secundária; Depressão Bipolar. O profissional de saúde é o profissional indicado para a avaliação e a escolha dos melhores tratamentos.

Estes tratamentos podem ser realizados no SUS, na Atenção Primária (Unidade Básica de Saúde, famoso posto de saúde), nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e nos ambulatórios especializados. 

Além do tratamento farmacológico (medicamentos), indica-se as intervenções psicoterápicas, as quais podem abranger diferentes métodos, como psicoterapia, psicodinâmica, terapia interpessoal, comportamental, cognitiva comportamental, de grupo, de casais e de família, assim como a intervenção em mudanças na qualidade de vida, criando novos hábitos, tais como na alimentação, nas práticas de exercícios, além de tratamentos advindos de outros sistemas terapêuticos orientais ou ocidentais, que utilizem recursos da natureza para recuperação da saúde.

Na próxima coluna, iremos abordar alguns destes tratamentos para depressão e também como prevenir a depressão por meio de um estilo de vida natural e saudável.

Reforma já

Ecclesia reformata et semper reformanda est.

A expressão acima, criada pelo teólogo reformado holandês Gisbertus Voetius (1589-1676) durante o Sínodo de Dort, pode ser traduzida como “Igreja reformada está sempre se reformando”.  Isso não significa que a Igreja deve diluir o discurso para ser relevante, mas que deveria sempre se esforçar para reafirmar seus fundamentos.

Os 5 solas (expressão latina dos princípios da fé reformada – são eles: “somente a fé”, “somente as Escrituras”, “somente Cristo”, “somente a Graça”, “Glória somente a Deus”), fundamento do cristianismo bíblico e histórico, sempre dirigiram o cristianismo e a Igreja a renovarem seu comprometimento com a fé apostólica. Quando os reformadores viram o rumo que o cristianismo medieval estava tomando, se articularam para afirmar estes princípios, e assim, corrigir os rumos da fé cristã.

Em tempos em que Cristo tem se tornado não o fim, mas o meio pelo qual as pessoas buscam realizar seus propósitos pessoais, buscamos um cristianismo enraizado nas Escrituras, fiel ao que Deus nos legou pelos profetas e apóstolos.

Umas das coisas que me trouxeram novamente a fé reformada é o conceito de que o arbítrio não é dos homens, mas de Deus.  A vontade humana é relativa à soberana vontade de Deus. As Escrituras mostram uma queda radical da humanidade, a ponto de afetar total e profundamente a capacidade do ser humano se chegar a Deus por si só.  O homem, desde então, vive em estado de exílio e inimizade contra Deus, e a conclusão apostólica é, reafirmam cristãos reformados, que se Deus não se voltar para os homens, os homens de modo algum se voltarão para Ele. Além disso, pregamos uma mensagem centralizada em Cristo e Seu Senhorio. Esta grandeza de Deus, por meio do Jesus, estende o Evangelho a toda a criação

O cristianismo reformado não se reduz a apenas reformar a Igreja, mas também influenciar a cultura, a sociedade, ciência, filosofia, educação, entre outras esferas.  Um cristão reformado sabe que as leis de Deus são princípios norteadores para viver neste mundo de forma sábia, de forma a glorificar a Deus. Por isso, cristãos reformados resistem a heresia de Marcião que tendia distinguir o Deus Criador do Antigo Testamento e o Salvador do Novo Testamento.  Ao contrário, eles afirmam a ortodoxia confessional e bíblica em que o mesmo Deus que criou é o que salvou e salva, e vice-versa.

Ser um cristão reformado não é viver no “gueto gospel”, mas caminhar unido com Cristo, pela fé, na graça, conforme as Escrituras para a glória de Deus.

Por isso, nestes tempos de relativização da fé, de embustes teológicos, falsos mestres, falsos profetas, glorificação do homem, instrumentalização de Cristo, fragmentação denominacional, escândalos e triunfalismos, mais do que nunca, a Igreja Evangélica no Brasil precisa de uma reforma de dentro para fora. Precisamos de comunidades com ortodoxia (doutrina correta), ortopraxia (prática correta) e ortopatia (sentimento correto) alinhadas com a vontade de Deus.  Que Deus nos conduza não só a uma reforma da Igreja local, mas também da criação, da cultura e do comportamento pessoal do cristão.  Todas as grandes reformas e avivamentos da Igreja aconteceram em momentos de crise como a que nos deparamos, com tantas filosofias contaminando o Evangelho, e a Igreja sempre recebeu saúde e frescor toda as vezes que reafirmou os 5 princípios mencionados.  Que Deus, neste dia 31 de outubro – aniversário da reforma protestante – possa nos convocar para uma vida cristã que sempre se reforma e se renova em Jesus Cristo.

“Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras.” (Ap 2:5)

Hábitos que favorecem ou evitam a insônia

A insônia é um distúrbio que se caracteriza pela dificuldade de começar a dormir, manter-se dormindo ou acordar antes do horário desejado. Para ser considerado insônia, adotamos os seguintes critérios: (1) dificuldade em adormecer ou dormir sem ter um sono restaurador; (2) essa dificuldade está presente apesar da oportunidade e das circunstâncias adequadas para dormir; (3) esse comprometimento do sono está associado ao comprometimento ou sofrimento diurno; e (4) essa dificuldade do sono ocorre pelo menos três vezes por semana e é um problema há pelo menos um mês.

De acordo com estudos epidemiológicos, a prevalência de insônia é de aproximadamente 30%, considerando a presença de um ou mais sintomas de insônia:  dificuldade em iniciar o sono, dificuldade em manter o sono, acordar muito cedo e, em alguns casos, sono não restaurador ou má qualidade do sono.

A insônia prejudica o funcionamento cognitivo e físico, está associada a uma ampla gama de funções diurnas prejudicadas em vários domínios emocionais, sociais e físicos. Em comparação com os que dormem bem, as pessoas com distúrbios persistentes do sono são mais propensas a acidentes, apresentam taxas mais altas de absenteísmo no trabalho, desempenho no trabalho diminuído, diminuição da qualidade de vida e maior utilização dos cuidados de saúde.
Vários fatores de risco associados ao aumento da prevalência de insônia crônica incluem idade avançada, sexo feminino e problemas de saúde mental. Aproximadamente 40% dos adultos com insônia também possuem um distúrbio de saúde mental diagnosticável – principalmente depressão. Um distúrbio psiquiátrico comórbido, como depressão, estresse ou ansiedade, pode ser uma consequência e um fator de risco para o sono interrompido. Outras causas frequentes da insônia são dores, uso de alguns medicamentos, doenças respiratórias e reumáticas, problemas de próstata, tireoide e digestivos.

Higiene do sono: hábitos prejudiciais para a qualidade do sono

Cabe sugerir também outros hábitos para favorecer uma boa noite de sono, além da ausência de luz no ambiente. A primeira delas, é criar um ritmo ao adormecer, como estabelecer um horário fixo para ir para a cama e para levantar. No horário próximo ao deitar, aconselha-se evitar atividades que excitem a mente e o corpo, como a prática de atividade física, envolver-se em atividades excitantes ou emocionalmente perturbadoras como leitura de notícias, programas ou telejornais que despertem emoções como preocupação, medo, ansiedade, irritabilidade. Evite conversas com familiares ou amigos que podem despertar emoções desagradáveis. Também não é um momento para lembranças, planejamento de atividades futuras e pensar em outras questões da vida cotidiana.

Outro hábito recente que com certeza compromete o sono é a utilização de redes sociais e do celular no período noturno. Não é apenas a luz que atrapalha o sono. São diversos mecanismos emocionais envolvidos no uso do celular. Muitos indivíduos permanecem no celular por mais de cinco horas por dia. Com isso, considera-se que vivemos uma epidemia de vício em tecnologia. É muito comum, observarmos pessoas conectadas das 23h à 1h da manhã. O mundo não irá acabar se você deixar para o outro dia para ler os e-mails, responder os amigos e os familiares ou acompanhar as pessoas próximas nas redes sociais. Crie hábitos saudáveis também para a utilização do celular. Programe-se para usar o celular até uma hora antes de deitar. Em uma outra oportunidade iremos abordar a questão do uso do celular e das redes sociais na coluna “Saúde e Bem-estar”.

Evite permanecer longos períodos na cama ou o uso da cama para outras atividades, como assistir televisão, ler, estudar, comer. A cama deve ser utilizada apenas para dormir ou namorar. Caso tenha dificulta em adormecer, a recomendação é não ficar na cama por um longo período, procure fazer uma atividade relaxante em outro local, e quando o sono vier é o momento de retornar para a cama.

Prive da ingesta de alimentos estimulantes como café, chá maté, chá verde, chocolate, refrigerantes, ou o consumo de alimentos de difícil digestão de 4 a 6 horas antes de dormir, pois estes alimentos também atrapalham a qualidade do sono. Procure se alimentar de algo leve e evite tomar muitos líquidos, para que não acorde durante a noite para ir ao banheiro. Bebidas alcoólicas podem até ajudar a começar o sono, porém esse sono dura pouco e piora a qualidade do mesmo durante o resto da noite.

Cabe também avaliar o ambiente do quarto, como a organização e a limpeza, a temperatura, o conforto do colchão, as condições do travesseiro e das cobertas. Ruídos também podem atrapalhar a qualidade do sono. Outro conselho dos especialistas, é não deixar um relógio visível, para evitar que a pessoa fique focada no horário.
Outro hábito que prejudica o sono, são os cochilos diários. Estudos indicam que a soneca ou cochilos podem comprometer a qualidade do sono. Sugere-se que evite-se sonecas após as 16 horas. Um cochilo breve, de 20 a 40 minutos,  após o almoço pode até ser benéfico para a saúde, como demonstra alguns estudos recentes.

Sugestões para uma boa noite de sono
Sugere-se que neste período, o indivíduo procure atividades que tranquilize a mente, como a leitura de livros, momento de ouvir uma música relaxante, a prática de alguma terapia mente-corpo, como a meditação, o relaxamento induzido guiado, a visualização dirigida, as técnicas de respiração, dentre outras.

Recomenda-se também um banho quente relaxante. A utilização de substâncias aromáticas no banho pode potencializar a indução do sono. Como por exemplo a utilização de algum cosmético natural, como sabonetes, xampus, óleos, cremes com óleo essencial de Lavandula angustifólia, a famosa Lavanda. Existem evidências consolidadas de estudos clínicos randomizados, demonstrados por revisões sistemáticas e meta-análises da eficácia e segurança do uso da inalação do óleo essencial de Lavanda no tratamento da insônia. Outra forma de utilização da lavanda, é o uso no difusor elétrico próximo a cama. A posologia é de 2 a 3 gotas diluídas em um pouco de álcool e água.

Por fim, acredita-se a higiene do sono, deva ser um hábito como os demais hábitos de higiene, como tomar banho, escovar os dentes, afinal dormir bem é essencial, pois a quantidade e a qualidade do sono são fundamentais para manter uma boa saúde integral.

Salienta-se que caso estes passos sugeridos não tenha contribuído com a melhora do sono, que procure um profissional de saúde para um tratamento adequado. A seguir, irei listar alguns tratamentos naturais utilizados por um naturólogo, que podem ter efeitos benéficos na qualidade do sono e com poucos efeitos colaterais ou reações adversas, quando comparados aos medicamentos sintéticos.

As terapias naturais mais utilizadas e com evidências científicas sobre os efeitos, a segurança e os mecanismos de ação, para a melhora do sono são: massagens, acupuntura, acupuntura auricular, aromaterapia, plantas medicinais, reflexologia, meditação, Yoga, balneoterapia. Outras terapias amplamente utilizadas neste caso, porém com poucos estudos que comprovem os seus efeitos são: os Florais de Bach, a Cromoterapia, a geoterapia, os recursos expressivos. Sendo assim, o naturólogo é um profissional de nível superior que pode orientar qual o melhor tratamento para cada caso.

Pílula contra a ansiedade

Como a semana está começando para você, nobre leitor? Suas perspectivas são favoráveis? Ou por acaso, essa segunda feira tem sido motivo de ansiedade?

Quero refletir com você um pouco sobre isso mesmo: ansiedade. Medo do amanhã, medo da próxima reunião, medo de olhar o WhatsApp e ver ali uma notificação que não gostaria. Para tal, acompanhe comigo o texto abaixo:

“Então disse o Senhor a Abrão: Saia da tua terra, do meio da casa de teu pai, e vá para a terra que eu lhe mostrarei” Gn 12.1

É o famoso texto da chamada de Abrão, conhecido como o pai da fé. Existe algo nesse texto que nos chama a atenção. Mas, antes disso, peço que leia com atenção o versículo acima. Notou algo “estranho” ali? Se ainda não, raciocine comigo.

O ser humano é curioso por natureza. Desde sua queda, o futuro certo que havia junto ao Pai foi lhe tirado, restando apenas a certeza da morte e do retorno ao pó. Desde então, todos, em maior ou menor grau, pensam sobre o futuro. Planejamos, agimos, guardamos, gastamos, investimos…e nada disso pode sequer garantir que estejamos vivos amanhã. Aliás, existem diversos textos bíblicos que tratam do assunto:

“Agora, prestai atenção, vós que aclamais: “hoje ou amanhã iremos a tal cidade, lá nos estabeleceremos por um ano, negociaremos e obteremos grande lucro”. Contudo, vós não tendes o poder de saber o que acontecerá no dia de amanhã. Que é a vossa vida? Sois, simplesmente, como a neblina que aparece por algum tempo e logo se dissipa” Tg 4.13-14

Impressionante! Tiago aqui diz que não devemos planejar? Não! Mas é maligno confiarmos nosso futuro apenas em nossa capacidade e nossos talentos. Existe uma tensão entre a “pretensa” autonomia humana caída e a soberania de Deus. Tenha em mente a natureza depravada do homem e sua luta de independência em relação à Deus. Lutamos inconscientemente contra a dependência. Queremos sempre as coisas do nosso jeito. Por isso, somos tão dependentes da graça de Deus que nos transforma e muda nosso coração de pedra em carne (Ez 11.19). 

O texto bíblico nos traz duas informações importantes: a especificidade naquilo que Abrão deveria deixar para trás: sua terra, sua família e a casa de seu pai, e a generalidade para onde Abrão haveria de ir: para uma terra que te mostrarei.

Isso não nos deixa nada confortáveis, não é? Preferiríamos o contrário, tipo: “Abrão, sai do lugar onde estás e vá para Canaã, na região norte, na cidade tal, bairro tal, e procure a casa na rua Jó e vá até a casa amarela da esquina”. 

Ficamos nervosos, desatentos… perdemos a fome e corremos para todos os lados. Mas isso de nada adianta. Quanto antes aceitarmos o fato de que escutamos o que precisamos, e não o que queremos mais fácil será a jornada. O ponto é a especificidade de Deus naquilo que devemos abandonar, sejam vícios, estruturas de pensamento, hábitos, lugares, pessoas. Aqui entendo o título de pai da fé dado à Abrão. Ele foi o primeiro a encarar o desafio e aceitá-lo, confiando que Deus era poderoso o suficiente para cumprir Sua Palavra.

O fato é que nossos planos e sonhos podem se concretizar. Ou não. Tudo depende da vontade soberana de Deus – afinal de contas, em nós está Seu querer e realizar (Fp 2.13) e nenhum de Seus planos podem ser frustrados (Jó 42.2). Portanto, que possamos viver menos ansiosos, crendo nos planos eternos do Pai, e assumindo nossa responsabilidade de obedecer à voz do Espírito e abandonar tudo aquilo que foi ordenado por Ele.

Solideogloria

Daniel

Sete benefícios do sono para a saúde

O ato de dormir é mais do que apenas relaxar. O sono é considerado um dos hábitos saudáveis mais importantes para a saúde, pois tem relação com diversos mecanismos essenciais para o bem-estar e a qualidade de vida.

Problemas para dormir, falta de sono repousante, sonolência excessiva durante o dia, movimentos indesejados, alterações respiratórias e roncos podem prejudicar a capacidade de desempenhar atividades diárias e afetar negativamente a saúde. Há mais de 100 transtornos do sono listados na Classificação Internacional de Distúrbios do Sono e a adequada identificação deles é o primeiro passo para resolução do problema.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, em torno de 40% dos indivíduos não estão satisfeitos com o seu sono.  No Brasil, de acordo com a Associação Brasileira do Sono, 36,5% dos brasileiros não estão contentos com a qualidade do sono.

O ato de dormir faz parte do nosso ritmo biológico que atende a um ritmo circadiano, que se renova todos os dias, conhecido como ciclo sono-vigília. Este ciclo é controlado pela quantidade de luz que estamos expostos ao longo do dia, intermediado pela melatonina, considerada o hormônio do sono.  A ausência de luz tem uma importante função na secreção deste hormônio, desta forma, durante a noite, o cérebro percebe a informação que não há mais luz e inicia a liberação de melatonina, que induz o início do sono.

Sendo assim, a recomendação é que no horário próximo de dormir, evita-se ao máximo a exposição a luz. A luz presente no ambiente, telas de computadores, celulares, televisão, aparelhos eletrônicos, bloqueiam a secreção de melatonina, contribuindo para uma má qualidade do sono. A recomendação é que escureça totalmente o local para dormir.
 
Afinal, como é um sono normal?
O sono normal é um processo ativo, que observarmos um padrão cíclico de atividade no cérebro que se repete a cada 90 a 120 minutos e envolve duas fases que se alternam durante a noite: Rapid Eye Movement (REM) e não-REM. Após 8 horas de sono, por exemplo, um indivíduo experiencia cerca de 5 a 6 ciclos de sono.

No início ocorre a diminuição das ondas cerebrais, o sono aprofunda até atingir a fase não-REM. Este estágio é conhecido como sono profundo, caracterizado por uma baixa atividade cerebral, redução do metabolismo, relaxamento motor e liberação do hormônio do crescimento (GH).
Após o sono de ondas lentas, costuma iniciar a fase REM.  Apesar da movimentação ocular, essa fase é caracterizada por atonia de toda musculatura e intensa atividade cerebral. É durante o sono REM que predominam os sonhos, a consolidação da memória de curto prazo e do processo de aprendizado. A ingestão de bebida alcoólica, café, cigarro, estimulantes em geral, alguns medicamentos, como benzodiazepínicos e antidepressivos tricíclicos, podem inibir o sono REM, diminuindo a qualidade do sono.

Nem todo indivíduo precisa da mesma quantidade de sono, ou seja, cada indivíduo e cada fase da vida possuem características próprias. A duração das fases mais profundas do sono muda ao longo da vida e isso afeta o tempo total de sono ao comparar crianças, adultos e idosos.
Em média, um recém-nascido, costuma dormir 18 horas por dia. Uma criança necessita de 10 a 12 horas de sono, um adolescente, 9 horas e um adulto, de 7 a 8 horas, diminuindo conforme o envelhecimento.

Isso, no entanto, não é uma regra, pois as necessidades de sono variam conforme a constituição de cada um. Desta forma, existem indivíduos considerados “grandes dormidores”, classificados como adultos que necessitam de mais de 9 horas de sono por noite; e outros, denominados “pequenos dormidores”, ou seja, adultos que necessitam de menos de 6 horas de sono por noite para sentirem-se renovados.


BENEFÍCIOS DO SONO

Previne a obesidade

Durante o sono produzimos a leptina, um hormônio capaz de controlar a sensação de saciedade, garantindo que não exageremos nas quantidades de alimentos ingeridos durante o dia.  Além disso, quem tem dificuldade para dormir produz uma maior quantidade de grelina, uma substância que está relacionada a fome e a redução do gasto de energia.
Outro fator importante é a queima de gorduras, pessoas que dormem de seis a oito horas por dia queimam mais gorduras do que aquelas que dormem pouco. De acordo com este estudo, dormir pouco reduz em 55% a perda de gordura.

Controla a pressão arterial
Um estudo nos Estados Unidos, demonstrou que um sono profundo e ininterrupto está relacionado a bons níveis de pressão arterial. A dificuldade de relaxar durante a noite aumenta a produção de adrenalina e cortisol, deixando o corpo em estado de alerta, aumentando com isso os níveis de pressão arterial, tornando permanente, gera quadros de hipertensão.

Fortalece a memória

Os indivíduos que têm uma boa noite de sono absorvem melhor as informações do cotidiano do que aqueles que possuem dificuldades para dormir. Isso ocorre porque durante o descanso ocorre a síntese de proteínas responsáveis por conexões neurais, aprimorando habilidades como memória e aprendizado. É como se o cérebro fizesse uma varredura entre as informações acumuladas, guardando aquilo que considera fundamental, descartando coisas supérfluas e fixando o que aprendemos de útil ao longo do dia.

Previne depressão
Estudos demonstraram que indivíduos com o sono considerado “normal” – de seis a oito horas por noite – tiveram níveis mais baixos de depressão quando comparados aos que dormiam pouco ou muito.

Favorece o desempenho físico
Uma boa noite de sono favorece a produção do hormônio GH, conhecido como o hormônio do crescimento. Essa substância só começa a ser produzida após meia hora do início do sono – por conta disso, indivíduos que tem o sono fragmentado sofrem dificuldades de sintetizar esse hormônio. Este hormônio é responsável pelo trofismo muscular, por evitar o acúmulo de gordura, melhorar o desempenho físico e auxiliar no combate a problemas ósseos, como a osteoporose.

Melhora o desempenho no trabalho
Os principais sintomas de indivíduos que não dormem bem são: sonolência diurna, irritabilidade, cansaço, dificuldade para se concentrar ou armazenar novas informações e maior facilidade de sofrer graves acidentes de trânsito e trabalho. Todas estas características contribuem para piora do desempenho de atividades laborais.

Diminui o risco de doenças cardiovasculares
Pesquisas demonstram que a privação prolongada do sono ou acordar várias vezes durante a noite pode estar relacionado a acidentes vasculares encefálicos, ataques cardíacos e doenças cardiovasculares. Isso ocorre, pois dormir pouco causa um desequilíbrio na produção de hormônios e substâncias químicas no organismo, contribuindo com as chances de desenvolver colesterol alto, doenças cardiovasculares e derrames cerebrais.

Na próxima abordaremos hábitos que favorecem ou evitam a insônia. Espero vocês.

Comigo seria diferente – sério mesmo?

É manhã em Israel. O sol nasce devagar, preguiçoso por dentre as montanhas enquanto um certo profeta faz seu desjejum matinal. “O que dia trará?” pode ter sido seu primeiro pensamento. As ideias rodavam despretensiosas em sua mente, enquanto saboreava o leite e o pão feitos no dia anterior – “este será um dia promissor”, pode ter pensado, até que uma sensação de urgência começa a brotar em seu coração.

Ele sabia do que se tratava. Era o Senhor chamando sua atenção, pronto a lhe dar instruções sobre onde ele deveria ir profetizar a Palavra do Altíssimo, o Santo de Israel.

“Irei a Jerusalém?”, deve ter pensado… “ou quem sabe uma visita à Nazaré? Faz tempo que não apareço por aquelas bandas…” e então ela veio, a voz inconfundível do seu Deus:

“Veio a palavra do Senhor a Jonas […] vai à grande cidade de Nínive e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até mim.”  (Jn 1.1,2)

Jonas fica paralisado…. a fome repentinamente se esvai e os pensamentos agora pipocam em sua mente numa vertiginosa rapidez. Nínive?

Uma ordem clara e surpreendente. Nínive era a capital da Assíria, uma nação perversa e considerada uma ameaça pelos israelitas. E o Senhor o estava comissionando justamente para profetizar àquele povo.

O momento é dramático (para não dizer cômico). O profeta não esboça nenhuma reação aparente. Ele guarda calmamente a louça, arruma a cama, faz as malas e sai. Não há palavras em seus lábios. Ele não ousa olhar para o céu, sabendo que o Senhor estava, de qualquer modo, observando tudo. Um medo tolo, como se Deus não conhecesse aquilo que se passava em seu interior. Jonas fecha o portão de sua casa e toma uma rápida decisão: “Bom…Nínive fica a uns 800 quilômetros a noroeste daqui. Então vou para o outro lado, a sudeste, em direção à Tarsis”. E segue o profeta então em plena fuga.

É isso mesmo que você leu. A Bíblia diz que Jonas simplesmente foge. O motivo ? Ele mesmo confessa a Deus – acompanhe:

“…sei que és Deus piedoso e misericordioso, […] grande em benignidade…” (Jn 4.2b). Em outras palavras, Jonas fugiu por não querer ver a salvação de Deus operando no meio de um povo que ele não gostava e que considerava indigno da graça divina. A seus olhos, a justiça divina seria mais compatível com a destruição daquelas pessoas, e não a salvação.

Será que somos diferentes de Jonas? Separados pelo tempo e circunstâncias, podemos confortavelmente julgar sua atitude e bater no peito dizendo: comigo seria uma outra história! Somos tão diferentes dele assim? Medite na possibilidade de nossos relacionamentos estarem debaixo de semelhante senso de justiça própria. Nas ocasiões onde excluímos os que pensam diferentes de nós (e nem vou citar a polarização política hoje no Brasil). Concluímos que nosso senso de justiça é o do Senhor – e quando descobrimos que não é, não suportamos a graça do Senhor e fugimos. Deixamos as pessoas de lado, abandonando a misericórdia e abraçamos o legalismo.

Há algum escape? Sim. Ler a realidade a partir da perspectiva bíblica. A cura envolve em receber dEle a visão correta; e é isso que o Senhor vai fazer com Jonas.

“…não hei eu de ter compaixão da grande cidade de Nínive, em que estão mais de cento e vinte mil homens, que não sabem discernir entre a sua mão direita e a sua esquerda…” (Jn 4.11).
Enquanto Jonas os enxergava como um bando de pervertidos e indignos de qualquer misericórdia, o Senhor os via como “…ovelhas que não tem pastor ”.

Lembre-se sempre disso: antes de julgar alguém, procure saber de sua vida. Suas lutas, as dificuldades que superou até chegar ali. É fácil emitir uma opinião a partir de um ponto de vista particular. Entretanto, é cristão estender a mão, abraçar e, com o coração embebido do amor de Cristo, afirmar: “Está tudo bem. Nosso Salvador não veio buscar os sãos, mas sim os doentes…” (Mt 9.12).

Você já agradeceu pela crise de hoje?

Crise.

Uma palavra que tem se tornado comum no vocabulário de muita gente, certamente mais do que gostariam. É crise na política, nos casamentos, na economia, entre outras esferas da vida. De fato, acabamos de certo modo nos acostumando com o termo, ainda que sentindo na pele seus efeitos. Interessante perceber nos telejornais da vida a dinâmica da redação. Começa-se com a crise, as notícias políticas, policiais (infelizmente estas duas andam muito juntas nesses dias turbulentos), e para aliviar o telespectador, termina-se o jornal com o noticiário esportivo.

É. Isso não ajuda muito. Ainda temos muita dificuldade em lidar com o assunto.

Mas o que fazemos quando a crise vem sobre nós? Geralmente temos duas opções: ou ficamos apáticos e afundamos na mediocridade, ou as usamos como um trampolim para galgar novos degraus, sonhos e projetos. José do Egito enfrentou uma série delas, e a cada uma, sua atitude era de seguir em frente, não voltando para trás.

O filho mais novo de Jacó enfrentou períodos sucessivos de crise, e sua atitude tem muito a nos ensinar.

Ele foi rejeitado no lar, vendido por seus irmãos, e finalmente chegou em uma terra estranha – a seus hábitos, modo de viver, sua espiritualidade. Ele tinha um relacionamento com o Deus único, e agora estava cercado pela idolatria. Seus amigos, sua terra natal…nada mais eram do que lembranças guardadas em seu coração.

O que fazer?
Após algum tempo, ele estava já administrando a casa de Potifar, um homem rico no Egito. Certamente haviam recursos mais do que necessários para que ele voltasse para casa. Mas ele não o fez…

O tempo passa, e depois de uma série de eventos extraordinários, o filho de Jacó se torna vice-governador do Egito. Novamente, em nenhum momento o vemos procurando retornar à casa de seu pai. Podemos imaginar que, antes, sua perspectiva de futuro estava em seguir os negócios da família, e cuidar de ovelhas, entre outros afazeres. Porém, Deus já começara a sinalizar que havia um futuro diferente para ele, longe dali. E José foi sábio em extrair das crises a força necessária para o próximo passo. Ele soube plantar em cada circunstância a semente certa, que deu seu fruto no futuro. Fé em Deus, humildade, perseverança, não olhar para trás…
Possivelmente muitos de nós agiríamos de outra forma. Ou buscaríamos voltar para a terra natal, ou vingar-se dos irmãos, não perdoar, dar as costas a Deus…a lista de “pequenas vinganças pessoais” pode ser longa.

Mas José não. Ele nunca mais quis a vida antiga, e a cada crise, a cada superação, ele estava mais próximo de seu destino – e o que nós temos feito quando enfrentamos as crises?
Não podemos esperar superar as crises da vida se agimos sempre da mesma forma. Por isso, de cero modo, a crise pode ser uma aliada. Ela nos faz agir, progredir. Da angústia de uma noite escura pode nascer a criatividade que faz mudar tudo.

Quem atribui à crise seus fracassos e penúrias, violenta seu próprio talento e respeita mais aos problemas do que às soluções.  O inconveniente das pessoas é a esperança de encontrar as saídas e soluções fáceis. Sem crise não há desafios, sem desafios, a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crise não há mérito. É na crise que se aflora o melhor de cada um. Falar de crise é promovê-la, e calar-se sobre ela é exaltar o conformismo. Em vez disso, trabalhemos duro. Acabemos de uma vez com a única crise ameaçadora, que é a tragédia de não querer lutar para superá-la.

Acima de tudo, temos em Jesus a capacidade de recomeçar.

Que tal agora?
“E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.” (2 Coríntios 5:17 NAA ).

Descanso – você está fazendo isso muito errado

Nestes dias agitados aqui na farmácia, tenho notado como meus clientes e amigos têm reclamado do cansaço; são as contas a pagar, o cuidado com os filhos, a dinâmica do trabalho. De vez em quando alguém suspira no balcão pelas futuras férias de final do ano. O termo férias, de algum modo, tem uma conexão com descanso. Mas é interessante pensar que o remédio (farmacêutico escrevendo é assim, rs) para o cansaço nem sempre são as férias. Quantos são aqueles que, quando retornam do período de férias, dias depois já estão esgotados?

Afinal de contas, quem disse que o cansaço tem relação com aquilo que fazemos? Alguns se cansam por trabalhar demais; outros por não trabalharem. Então, fazer cansa? Sim. E não fazer? Cansa também.

Interessante…
Alguns exclamam “estou cansado de ficar sozinho”, ao passo que outros estão cansados do casamento. Então, estar só cansa, e estar casado também? Agora raciocine comigo: como alguém cansado de estar só descansa? Colocando alguém do seu lado? E quem está cansado de companhia? Manda embora o outro?

Alguns mudam a aparência. Tingem o cabelo, cortam, alisam, encrespam…e depois de algum tempo, continuam cansados. Eram cansados feios… agora são cansados bonitos.
Mas afinal de contas, onde encontrar o descanso de verdade?

Antes de tratar do que fazer, vamos falar do que não fazer. Para isso, vamos voltar nosso olhar para o livro de Eclesiastes.

Originalmente chamado de qohelet (do hebraico: qōhele), Eclesiastes é o terceiro livro da terceira seção (Ketuvim) da Bíblia hebraica e um dos livros poéticos e sapienciais do Antigo Testamento da Bíblia. O termo qohelet significa “aquele que reúne”, mas que é tradicionalmente traduzido como “professor” ou “pregador” em português.

Seu autor, Salomão, foi um dos homens mais ricos que já existiu. Na juventude ele escreveu Cantares, uma ode ao amor. Na maturidade, deixou o legado do livro de Provérbios, uma compilação de frases curtas repletas de conselhos e sabedoria. E já avançado de idade, ele escreve sobre a vida – esse é o livro de Eclesiastes. Ele coloca no papel uma grande reflexão sobre a vida e o que ela poderia lhe proporcionar. E, claro, ele fala sobre o cansaço.

No capítulo 2, ele narra a busca por encontrar refrigério para sua alma – sua jornada o leva a bebida “…deliciei meu coração com vinho” (2.1). Não funcionou.

Quem sabe focar no trabalho? Ele escreve “fiz para mim obras grandiosas. (2.4). Nada.
Talvez a resposta esteja nas festas, baladas (…e dos prazeres dos filhos dos homens: várias mulheres (verso 8). Também não funcionou.

Você consegue perceber? Os métodos “modernos” de saciar a alma – noitadas, trabalho em demasia, prostituição – não podem e nunca poderão trazer o descanso que precisamos. Porque este descanso aqui não é físico, e nem psicológico…é da alma.

Sabendo disso, Jesus nos convida a experimentar o verdadeiro descanso:
“Vinde a mim todos os que estais cansados carregados, e eu vos fazer descansar. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para vossas almas (Mt 11.28-9).

Interessante notar que Jesus usa o exemplo pastoril de uma canga, instrumento usado para conectar dois animais no trabalho do campo, técnica que diminuía a carga de trabalho deles. Tomar o jugo com Jesus é trazê-lo para nossa realidade, e na força dEle superar as vicissitudes da vida.

O ponto de virada, então, é descobrir a origem do cansaço e como encontrar descanso. Uma boa noite de sono traz descanso para o corpo. Um tempo à mesa com os amigos é remédio para o coração. Mas para todas as almas cansadas de uma vida sem sentido, o lugar de refrigério chama-se Jesus.

Senai oferece 10 cursos gratuitos para Engenharia

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O dilema de um deus pequeno

Já reparou como tudo depende de uma perspectiva?

Com o advento do Instagram e outras redes afins, é comum encontrarmos aquelas fotos com pessoas segurando nas mãos a Torre de Pisa, ou tendo o sol na palma das mãos. Trata-se de um efeito interessante de ótica, quando a distância do objeto faz com que sua magnitude, ou tamanho, fiquem ínfimos.

Partindo desse pressuposto, podemos olhar para os desafios diários que a vida nos impõe. A educação dos filhos, as metas no trabalho, entre outros. Interessante pensar que, diante de uma mesma situação, uns sentem-se encorajados, enquanto outros amedrontados. O motivo? Perspectivas.

De fato, muito de nossas atitudes dependem de termos, ou não, a perspectiva correta. Por exemplo, enquanto uns reclamam do trabalho chato e entediante, outros anseiam por apenas estarem com a carteira assinada. Uns reclamam dos filhos barulhentos, enquanto outros sonham com a paternidade. Uns preferem o inverno, outros o verão.

Tudo depende de uma perspectiva.

Obviamente, nosso ponto de vista nunca é isento. Sofremos influência do meio em que vivemos, da cultura local, das inclinações naturais. Portanto, de algum modo, nossa visão de Deus vai depender da perspectiva que temos dele.

Entenda uma coisa: qualquer visão parcial de Deus, fruto do desconhecimento bíblico, irá gerar ídolos no coração humano.

Pense nos israelitas, logo após sua saída do Egito. Foram cerca de 430 anos de escravidão – essa era, portanto, a “perspectiva” deles em relação a qualquer coisa. Ao chegarem no Sinai, enquanto Moisés estava com Deus recebendo a revelação dos dez mandamentos, o povo foi tomado por certa ansiedade e fizeram para si um bezerro de outro. Para eles, a única forma de relação com a divindade era através de um ídolo.

Aquela gente via o modo como os egípcios se relacionavam com seus deuses – eram deuses de pedra, manufaturados pelas mãos de sacerdotes. Assim, esta era a maneira como eles percebiam a relação entre o homem e seu “Deus”. Uma troca de favores do tipo “faça-isso-e-receba-aquilo”. E isso pavimentou o caminho para a confecção do bezerro de ouro.
Idolatria. Aquele momento quando o homem tenta ser maior do que Deus. É relacionar-se com a divindade sem a necessidade de prestar contas de seus atos. Algo parecido como as estórias de gênios da lâmpada, que obedecem a seu amo.

Quando nossas relações são tomadas por ídolos (e não falo apenas de imagens, mas do ídolo da beleza, da fama, etc..) desenvolve-se então um diálogo “eu-coisa”, e não “eu-tu”. O foco dos relacionamentos baseados em “eu-coisa” estão fundamentados nos benefícios obtidos a partir desta relação para o “eu”, e não ao que se relaciona comigo. São diálogos egoístas que trazem consigo uma percepção distorcida da realidade e do próximo, tratando-o e dando valor ao outro na medida que somos beneficiados. Quando então o outro não tem mais utilidade, é prontamente descartado.

Pense um pouco na sua relação com Deus. Ela se encaixa nesse padrão? Se temos problemas com Deus, isso está relacionado com o fato da revelação de Deus nas Escrituras, ou com o pensamento de que podemos dar ordens ao Senhor?

Muitas pessoas têm dificuldade em sua relação com Deus exatamente por isso: idolatria. Esse é o dilema de um deus pequeno: ele é menor do que a gente.

E não fomos criados para vivermos no centro de tudo. No mundo egoísta de hoje, isso é escandaloso. Por isso Paulo afirma a respeito do Evangelho:

“Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos” (1 Coríntios 1:23).

Fuja da idolatria. Fuja de obter respostas em si mesmo. A verdadeira vida, a liberdade só é encontrada aos pés da Cruz.

Eis o escândalo do Evangelho.

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