AS ESPECIALIDADES DO ENGENHEIRO CIVIL MODERNO

Professor Rennan Medeiros
Coordenador do Curso de Especialização em Patologia da Construção
Professor do Curso de Engenharia Civil e Unisul

 

Um dos setores da indústria de um país de grande impacto nas atividades econômicas é o da construção civil. Em países desenvolvidos como Estados Unidos e Canadá, por exemplo, este setor representa 4 e 6%, respectivamente, do PIB, sendo responsável por 5% dos empregos nesses países.

No Brasil, mesmo em um período de recessão e baixos índices de investimento externo no país, o setor representou 9,9% do PIB nacional, fechando 2018 com saldo positivo de 17.957 vagas de emprego. Estes indicadores ilustram a importância de um dos setores mais antigos da indústria, e que necessita estar sempre se reinventando para atender as demandas dos demais setores da indústria e a arquitetura moderna e arrojada (IBGE, 2018).

Países como Alemanha, França, Itália e Reino Unido investem por ano, em média 155,3 bilhões de Euros na construção civil, sendo, aproximadamente, metade em novas construções e o restante em recuperação e manutenção daquelas já existentes (Ueda e Takewaka, 2007). Essa cifra investida em recuperação é considerada elevada.

Isto se deve aos materiais e aos métodos empregados que precisam, cada vez, apresentar elevado desempenho e prolongada vida útil. Para o atender os requisitos de desempenho na construção, há a necessidade de constante desenvolvimento e inovação de métodos/processos construtivos e, acima de tudo, dos materiais e componentes.

O conceito de inovação se alicerça na modificação de antigos processos, sendo efeito de renovação ou criação de uma novidade. Na construção civil, o mercado tem exigido profissionais com espírito inovador e treinados para pensar em busca do desenvolvimento de processos inovadores, com o emprego do Building Information Management (BIM).

Esta plataforma visa projetar e construir edificações e obras de infraestrutura cada vez mais compatibilizadas entre seus diversos sistemas, arrojadas e modernas de acordo com os novos conceitos arquitetônicos e duráveis conforme os novos conceitos exigidos para a construção civil.

Para isto, as escolas de engenharia e arquitetura devem estar em constante evolução dos seus métodos de ensino, para que seus egressos estejam devidamente capacitados a resolver os problemas de construção civil, sempre inovando e reinventando o setor.

Além dos profissionais bem treinados, os materiais empregados nas construções deste século são cada vez mais avançados e, muitas vezes, desenvolvidos especificamente para cada demanda. Os materiais empregados ontem não atendem as novas necessidades atuais.

Um exemplo prático é o concreto, segundo material mais consumido no mundo, ficando atrás apenas da água. Usualmente apresenta resistência de 30 MPa, enquanto até o ano de 2003 a maior resistência usual era 15 MPa. Foram construídos prédios em São Paulo com resistência média de 125 MPa.

Os concretos produzidos antes de 2003 apresentavam vida útil menor que 30 anos. Isto pode ser identificado nos prédios construídos nesta época que apresentam incontáveis problemas patológicos, enquanto os concretos dos dias atuais devem apresentar no mínimo 50 anos de vida útil.

Indo mais longe, segundo Tselebidis (2016) existem no mundo mais de 500 edificações construídas com concretos de resistência elevada, da ordem de 150 MPa, e vida útil prevista para mais de 250 anos.

Estes concretos são resultado de inovações da tecnologia de concreto com o desenvolvimento de novos aditivos redutores de água, em adições minerais e na ciência do cimento Portland. Para seu uso devem ser repensados métodos tradicionais de execução de estruturas, com logísticas bem organizadas, e acima de tudo, são materiais muito mais sustentáveis.

A sustentabilidade na construção civil é tema que anda de mãos dadas com os novos requisitos de desempenho e durabilidade que são possíveis somente com inovações e a reinvenção do setor.

 

Você sabia?

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