A mula sem cabeça

Com Marte tensionando Plutão com tanta intensidade, a sombra projetada por nossas ações retorna, causando um refluxo muito forte. Há tanto a ser reparado e tão pouco tempo para fazê-lo.

Marte em Escorpião pode se traduzir em conflitos, mas que se eternizam na medida em que não conseguirmos resolvê-los no interno de cada um. Não há mais como culpar apenas aos outros, sem perceber a minha parcela de participação em tudo. A quem eu ainda pretendo continuar enganando?

Plutão, por seu turno, carrega toda a nossa perversidade sofrida e perpetrada contra os outros. Marte não deixará de demonstrar isso bem na nossa cara, custe o que custar.
A situação é tão séria e chegamos a tal ponto, que mesmo uma coisa sendo verdadeira e evidente, ela pode ser negada, segundo minhas crenças, ou de um grupo ao qual eu pertença.

Aqui rachamos com a realidade e agora não escaparemos das consequências das mesmas.
Estamos cruzando algo como etapa final desse pesadelo chamado 2021. Se você sobreviveu até o “Round 6”, sem dúvida alguma, você é um teimoso, é porque está tentando adaptar-se a uma realidade que está sempre mudando, cambiante, como uma nova propriedade da matéria, um quinto elemento, o tempo.

O céu não é estático, e nem a terra é plana, assim como o tempo, também não é linear, ele é cíclico. E tudo o que se faz de bem ou de mal sempre acabará voltando. Estamos formatando mentes precárias, tipos psicológicos escatológicos, caricatos de propósito, como ratos, em uma experiência de laboratório, essa experiência pela qual está passando o Brasil.

O “Dividir para conquistar”, instalando a nova desordem para não se progredir.
A quadratura com Plutão se intensifica, com a entrada de Marte em Escorpião durante quase todo o mês de novembro. A redução ao estado mais instintivo, deve cravar a etapa final dessa fase anti-civilizatória.

Os planetas, na maioria em movimento direto, começam a nos cobrar ação e efetividade. A realidade está nos exigindo uma valorização contínua, nada está como era antes.
Somos um povo doente, precisamos reconhecer. Mas ainda temos muita dificuldade em aceitar sermos iguais uns aos outros, principalmente em direitos. Todos preferem pagar para não ter que sentar ao lado, e ter paridade.

A Paz não é nada a se consumir, é algo a construir, porque requer um alcance distinto, uma experiência adquirida em cada ano que se transita, ou então, sofreremos o dano de não se ter feito enquanto podia.