Trabalhos terão que ser refeitos

A rua Aderson Remor (nos Molhes) é uma das que deverá ser feita novamente devido à má repavimentação   -  Foto:Prefeitura de Laguna/Divulgação/Notisul
A rua Aderson Remor (nos Molhes) é uma das que deverá ser feita novamente devido à má repavimentação - Foto:Prefeitura de Laguna/Divulgação/Notisul

Laguna

Doze ruas deverão ter os trabalhos refeitos, com a recolocação de lajotas e meio-fio pela empresa Confer. A decisão ocorreu ontem após reunião entre os representantes da Casan e da prefeitura, em Laguna. O prazo para avaliar o que foi feito e novas ações é o próximo dia 10.

As obras de saneamento básico na cidade iniciaram há quatro anos, orçadas no valor de R$ 40 milhões e, conforme o contrato, com término previsto para o fim deste ano. Devido às inúmeras reclamações dos moradores sobre o andamento dos trabalhos, o prefeito Everaldo dos Santos solicitou uma reunião com os técnicos da Confer – empresa contratada pela Casan. 

O prefeito afirmou no encontro que "não dá mais para continuar como está. A situação está cada vez mais problemática". Antes da reunião, o chefe do executivo levou um oficial de justiça no canteiro de obras da empresa. A área ocupada pertence ao município, o conhecido campo de futebol João Batista Wendhausen Moraes, que deverá ser entregue ao poder público, com o intuito de abrir as portas para a comunidade voltar a utilizá-lo para a prática esportiva. A Confer ocupava o local desde 2011, ilegalmente, conforme o prefeito. 

Novos consumidores
A Casan, de acordo com o gerente de Obras Fábio Krieger, investe no saneamento básico de 31 municípios catarinenses. Em Laguna, a rede coletora foi instalada em 173 ruas, um total de 52 quilômetros. Com o novo sistema, serão mais 4,5 mil residências na rede, com 70% de esgoto tratado no município. A próxima e última etapa será o Centro Histórico. 
Krieger salientou que toda a obra de esgoto acarreta uma série de reclamações. Sobre os problemas apresentados, informou que a Casan deverá tomar as devidas providências junto com a equipe e a fiscalização da prefeitura. 
As peculiaridades do solo lagunense, variação do lençol freático, bairros que foram erguidos em área de mangue, terreno arenoso e drenagem precária foram apontados por técnicos da Casan como agravantes no processo. 

Esgoto clandestino
A estatal, conforme o gerente de Obras Fábio Krieger, toma as providências e responde ao Ministério Público em relação ao esgoto clandestino na Praia do Mar Grosso. "Muitas ações envolvem licença ambiental e investimento, e estamos providenciando", declarou. O sistema de bombeamento leva parte do esgoto do balneário para mais de três quilômetros para dentro do mar e está instalado na avenida Beira-Mar. "A Casan deveria averiguar e punir as pessoas que jogam esgoto clandestino na praia. Deveria realizar ações como fazem em outras cidades. São 12 saídas de água para a praia, nove tem algum problema com esgoto", explica o prefeito Everaldo. A nova rede coletora terá estações de tratamento, onde o esgoto, após passar pelo processo eliminando as impurezas, será despejado na lagoa Santo Antônio.  

Ruas prejudicadas
As ruas que terão os trabalhos refeitos são: Aderson Remor (rua dos Molhes), Rene Rollim, Grão-Pará, Jornalista Bessa, Getúlio Vargas, Angelo Novi, Brito Peixoto, Santa Rita de Cássia, Prefeito Guimarães Cabral, Rua do Campo (Vila Vitória), Avenida Calistrato Muller Salles e João Rodrigues (rua do Valo).