A engenharia do século 21

Foto: Divulgação/Notisul
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Que o mundo tem mudado e se tornado cada vez mais tecnológico não é novidade para ninguém, contudo, nem todos têm conseguido perceber a velocidade desta evolução, a tal ponto que, muitas vezes, no intervalo inferior a um ano, passamos a utilizar algum novo serviço ou aplicativo e já não conseguimos mais nos imaginar sem ele. É uma verdadeira revolução, a qual já impacta os processos de fabricação, de relacionamento entre as pessoas, de gerenciamento de plantas fabris, planejamento de cidades, dentre muitas outras áreas. Neste cenário, dois novos termos têm sido veiculados com muita frequência, que são: Fábricas Inteligentes e Cidades Inteligentes.

No que tange às fábricas, veremos cada vez mais a interação de plantas fabris inteiras com a cadeia de suprimentos e de distribuição, e algumas vezes chegando até o cliente final sem necessariamente em ter uma pessoa física controlando este processo. O mesmo será totalmente gerido por inteligência artificial implementada nas máquinas e equipamentos conectados à internet industrial, análise de BigData, Internet das coisas (IoT) e a manufatura aditiva. Tudo isso associado a equipamentos com altíssimo grau de automação, muitas vezes, inclusive, com a aplicação de robôs capazes de até mesmo tomar decisões diante de variáveis previamente conhecidas e com padrões definidos. Em alguns casos, robôs com capacidade de aprendizagem cognitiva (machine learning).

Já as cidades inteligentes ou Smart Cities são aquelas que utilizam a tecnologia a favor de um resultado mais eficiente nas operações urbanas, nas interações entre pessoas, no consumo mais racional de energia e materiais, bem como para minimizar a geração de resíduos. Tudo isso visando a melhoria na qualidade de vida da sua população.

O que estes dois exemplos têm em comum é o alto grau de automação dos processos existentes em cada situação, além da necessidade da comunicação constante e em alta velocidade entre os equipamentos/dispositivos entre si e com as centrais de processamento e análise de dados em tempo real. Para ambos os casos, a exigência de profissionais habilitados é o mais importante, atualizados nas tecnologias mais recentes é um pré-requisito imprescindível, cuja formação pode ser tanto de técnico de nível médio quanto de graduação em Engenharia, a depender da complexidade do processo envolvido.

Como já abordamos em outros textos, não há certo ou errado na modalidade de formação, desde que esta esteja alinhada às demandas atuais de mercado, e, para aqueles que consideram um curso superior um caminho, uma opção é a Engenharia de Controle e Automação, a qual forma profissionais capazes de responder as demandas destes ambientes mais inteligentes e interligados.

O engenheiro de controle e automação se insere neste processo, pois será capaz de projetar, desenvolver, acompanhar a instalação, programar, operar e fazer a manutenção, tanto de equipamentos quanto de plantas fabris, sempre com o foco de automatização dos processos envolvidos. Concluí seu curso com os conhecimentos para trabalhar com robótica industrial, acionamentos hidropneumáticos, mecatrônica, modelagem de sistemas automatizados, além de também estar qualificado para gerenciar equipes e fábricas, dentre muitas outras capacidades.

Curso de Engenharia de Controle e Automação
O curso de Engenharia de Controle e Automação passa a ser ofertado em Tubarão a partir de 2019 pela Unisul, por meio de uma parceria com o Senai, onde as duas instituições reuniram suas competências didático-pedagógicas, vocação para pesquisa e uma infraestrutura com laboratórios completamente equipados, a fim de promover a formação de profissionais com conhecimentos teóricos e práticos na altura de responder as demandas de forma efetiva.
Sua formação leva cinco anos, e ao ser diplomado poderá obter seu registro junto ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea), e considerando o atual momento vivido pela humanidade, certamente estará empregado na área antes mesmo da formatura. É um curso destinado para egressos do Ensino Médio, de cursos técnicos, como o Automação Industrial e Eletrotécnica, dentre outros. Um dos pré-requisito é ter afinidade com computadores, além de programação, matemática, conhecimento na língua inglesa e, claro, gostar de inovações tecnológicas.

Leia outros textos desta coluna em: http://bit.ly/fernandopitt.