Supermulher

Umas das mais importantes revoluções que aconteceu comigo foi quando eu tinha 30 dias de vida. Fui adotado por uma menina de sete anos de idade, que bateu pé e disse aos pais dela, hoje meus pais, que mesmo se eles não me quisessem ela não iria me devolver.

Eliane é umas das quatro irmãs que tenho, e é uma referência de mulher, um orgulho chamá-la de irmã. Fui educado e criado por cinco notáveis mulheres – minhas irmãs e minha mãe. Cresci rodeado delas. Aprendi a amá-las e respeitá-las. E neste mês – que serve para refletir sobre o papel das mulheres na sociedade – resolvi tocar neste assunto.

Não me chame de faísca atrasada! Eu sei que Dia Internacional das Mulheres foi na quarta–feira da semana passada, mas eu não vou falar sobre as mulheres, o que quero neste texto de hoje é falar sobre os homens. Ou, melhor, da maioria esmagadora deles.

Antes me deixe contar um fato desagradável e desrespeitoso que ocorreu há poucos anos dentro do canteiro de obra da usina hidrelétrica de Jirau, umas das grandes obras efetuadas pelo governo federal. Este exemplo me veio à cabeça agora, devido eu ter debatido com os alunos do curso de Engenharia de Energia, da UFSC. Então, neste canteiro de obra, onde trabalhavam profissionais de ambos os sexos, não oferecia banheiro para as mulheres. Pasmem! Homens e mulheres eram obrigados a dividir o mesmo banheiro.

É, ou não vergonhoso a forma que a maioria dos homens trata as mulheres? Ademais, os dados estatísticos de crimes contra elas são alarmantes. Nos órgãos públicos, nas empresas, nas ruas, nas escolas, nas universidades, em suas casas, em todo lugar. O assédio não tem um local específico. Acontece a todo o momento.

O fato é que os homens ainda não aceitam a ideia de que a mulher tem os mesmos direitos que eles. Não tem como mudar a história. O principal acontecimento no século 20 foi o número crescente de mulheres que passaram a integrar a população economicamente ativa. Essa mudança, em parte, iniciou no decorrer das duas grandes guerras, quando as mulheres adquiriram o direito ao voto e a legitimidade durante o trabalho nas fábricas daquela época. Talvez, a revolução mais significativa para as mulheres tenha sido o impacto da pílula anticoncepcional. Ao ganhar mais controle sobre seus próprios corpos, adquiriam maior possibilidade de seguir a carreira almejada. E não é por menos que a escritora e educadora Erica Jong escreveu que a mulher conquistou o direito à exaustão terminal. É o tal da dupla jornada – trabalho e afazeres domésticos. As mulheres trabalham 7,5 horas a mais que homens devido à dupla jornada.

Pois é, a mulher foi para o mercado de trabalho, mas os homens ainda não aprenderam a fazer sua parte na cozinha. E ainda não a respeitam.

Entretanto, a educação vem casa. Ou não? Não são os professores que educam os meninos. Ou são? Na verdade, quem tem a obrigação de dar educação aos filhos são os pais. Desde a mais tenra idade, quem ensina o certo ou o errado aos meninos são os pais. Por que é tão difícil ensiná-los a respeitar as meninas?

Mural de Vagas
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