Sindicato aponta defasagem de 41,22% em piso do magistério

 

Willian Reis
Capivari de Baixo

Em Capivari de Baixo, o Piso Nacional do Magistério está defasado em 41,22%, sem os reajustes de 2012, 2016 e 2017. É o que afirma o Sindicato dos Trabalhadores na Área da Educação da Rede Municipal de Tubarão e Capivari de Baixo (Sintermut).

Pelo quadro comparativo dos vencimentos divulgado pelo órgão, os profissionais da categoria PI (nível magistério) tem hoje, como salário base, R$ 1.580,83, quando com o piso estaria em R$ 2.232,45. Profissionais PII (nível graduação) recebem R$ 2.197,35 de salário base, mas com o piso o valor subiria para R$ 3.103,10. No caso dos professores PIII (nível de pós-graduação), o salário base é de R$ 2.308,01, sendo que com piso estaria em R$ 3.259,37.

Agora, deve ser encaminhado ainda hoje para a Câmara de Vereadores o projeto do Executivo que propõe reajuste de 4% a todos os servidores. Mas, segundo a presidente do Sintermut, Laura Oppa, esse percentual não atinge o valor de reajuste determinado pela Lei 11.738/08 aos professores, que é de 7,64%.

Laura afirma que houve reunião com o Executivo, mas que faltou negociação para se chegar a outro valor que não fosse os 4% propostos pela prefeitura. “Eles poderiam ter feito uma proposta de parcelamento”, sugere. A presidente diz que o sindicato irá pressionar os vereadores para tentar reavaliar a proposta de reajuste.

O prefeito de Capivari de Baixo, Nivaldo Sousa, diz que a defasagem é apenas no piso. Ele explica que os 4% se referem à reposição das perdas dos 12 meses. Segundo Sousa, o percentual é parecido com o oferecido hoje por outras prefeituras.

O reajuste ainda depende da aprovação do Legislativo, mas já vale para o mês de agosto. Caso sua tramitação demande mais tempo, a prefeitura terá de pagar o retroativo. “Conversamos com o Sintermut e o que debatemos nas reuniões é que a gente vai passar a discutir uma forma de buscar alguns reajustes durante estes quatro anos para, pelo menos, tentar chegar no piso, lá no final. Eles pediram o piso, e nós estamos concedendo aquilo que podemos pagar”, alega Sousa.