Sete servidores são afastados de suas funções

Orleans

Sete funcionários públicos de Orleans foram afastados de suas funções por um prazo de 90 dias. A decisão é da 2ª Vara Criminal do judiciário do município em atendimento ao pedido de liminar do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). 
 
Os servidores são suspeitos de corrupção ativa e passiva, peculato, falsidade ideológica e fraudes em licitações. As denúncias, todas aceitas pela justiça, são o resultado da Operação Colina Limpa, realizada em março deste ano pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco). Trata-se de uma força-tarefa composta pelo MPSC e as polícias Civil e Militar.
 
A justiça também aceitou a denúncia contra um empresário e o seu filho. Ambos são acusados de fraudar notas fiscais e atestar, falsamente, a entrega e a instalação de equipamentos para a prefeitura. 
 
Conforme a justiça, os dois ainda tentaram enganar os agentes do Gaeco ao fabricar os equipamentos para camuflar a verdade. Eles são suspeitos dos crimes de peculato, falsidade ideológica e fraude processual. As investigações prosseguem. Inicialmente, o MPSC havia apresentado denúncia contra um ex-prefeito, três secretários municipais, 11 servidores públicos e 18 empresários da região. Além disso, nas ações propostas foi identificado o desvio de aproximadamente R$ 480 mil dos cofres públicos municipais. Os crimes vão desde fraudes em licitações a alterações em notas fiscais.
 
Operação Colina Limpa
A operação foi deflagrada no dia 24 de abril deste ano, em Orleans, pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco). Naquela data, foram cumpridos três mandados de prisão temporária de agentes públicos e mandados de busca e apreensão na sede da prefeitura, na secretaria de saúde e em residências dos envolvidos.
A operação Colina Limpa apura crimes cometidos contra a administração pública, fraudes em licitações, corrupção, desvio de verbas públicas, formação de quadrilha, entre outros. A investigação envolve secretários municipais, funcionários públicos, empresários e prestadores de serviço da região. 
A apuração dos fatos iniciou há aproximadamente 11 meses pela promotoria da comarca a partir de uma série de denúncias. O nome da operação é uma referência a Orleans, conhecida como a Cidade das Colinas. Cabe recurso das decisões.