Série de assaltos assusta moradores

Polícia prende, sistema não mantém na cadeia, bandido rouba de novo…

Rafael Andrade
Tubarão

Lotérica Ponto da Sorte, Mercado Nunes, Posto Pégasus, Mercado Caroline, lanchonetes, padarias, farmácias, lojas de roupas, relojoarias… Enfim, os bandidos não escolhem mais os alvos, simplesmente invadem, sempre armados porque são covardes de agir de ‘mãos limpas’, e anunciam o roubo. Todos esses pontos foram alvo de assaltantes desde o fim do ano passado até ontem, em Tubarão. O resultado disso tudo: medo na população, comerciantes com receio de ir trabalhar e voltar só com um papel de boletim de ocorrência para casa em vez do dinheiro para garantir o pão nosso de cada dia.

Enquanto isso, os bandidos trocam as mercadorias levadas das vítimas e o dinheiro por drogas, armas, e festas. Alguns são presos, como um jovem de 24 anos detido ontem no bairro Fábio Silva, após invadir uma loja na avenida Marechal Deodoro, em plena luz do dia.

A culpa não é da polícia, muito menos da Militar, que atua com excelência e profissionalismo na região, como em todo o Estado, mas sim de um sistema ultrapassado das leis penais, o qual minimiza as sanções de um ladrão culpado por infringir o artigo 157 do defasado Código Penal Brasileiro. Baseado em sentenças baixas e ingresso rápido à progressões de regime em um provável período de reclusão, os ladrões são, na maioria, reincidentes no crime. Agem da mesma maneira desde a infância ou adolescência.

Ontem, entre o fim de tarde e início da noite, um aparato gigante da PM, inclusive um helicóptero, foi utilizado após um roubo praticado no bairro Guarda. Ninguém foi preso.

Pena

A reclusão para quem pratica roubo, que é subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência, é de quatro a dez anos, e multa.