Polêmica sobre o assunto fortalece

Tubarão

As informações de duas mortes por causa de disparos de pistola taser – uma no Brasil e outra na Austrália – gera polêmica, especialmente quanto ao fato do equipamento ser, ou não, letal. Os profissionais autorizados a usar a arma são as Polícias Civil, Militar e a Rodoviária Federal.

“Quando o departamento passa um armamento para nós, diz que é seguro. Vamos usar normalmente até que seja dada ordem contrária. No curso que fizemos para usar a arma, tivemos aulas teóricas, além da prática. E assistimos vídeos com depoimentos de cardiologistas, que garantem não ser prejudicial”, afirma um policial rodoviário federal de Tubarão.
Especulações surgiram ontem, em Tubarão, de que a Guarda Municipal (GM) estaria em um processo para obter este tipo de armamento. Os rumores foram descartados pelo secretário de segurança e patrimônio da prefeitura, Carlos Eduardo de Bona Portão, o Preto.

Segundo ele, em Santa Catarina, não existe GM que porte a pistola. nem mesmo a Guarda Municipal de Florianópolis, uma das melhores equipadas do estado, não possui o equipamento. Há cinco anos, uma empresa ofereceu à prefeitura da capital, que não se interessou pela compra, em função do alto custo da pistola e dos cartuchos.

Dois brasileiros morrem atingidos pela teaser

No domingo, um homem de 33 anos morreu após ser atingido por uma pistola taser, em Florianópolis. A Polícia Militar foi ao local, na praia dos Ingleses, no norte da Ilha, acionada pela sua mulher. Ela disse que ele estava alterado e consumido cocaína. Ele não quis conversa e não deixou que o algemassem. Então foram dados os disparos. No último dia 18, o estudante brasileiro Roberto Laudísio Curti, 21 anos, morreu em Sideny, na Austrália, após policiais dispararem contra ele com um aparelho parecido ao usado pela Polícia Militar de Santa Catarina.

GM de Tubarão participa de aperfeiçoamento

Os Guardas Municipais de Tubarão participam, até hoje, no Clube Caça e Tiro, de mais um treinamento para aperfeiçoar a prática do tiro com pistola 380 e arma longa de calibre 12. Ano passado, a GM participou, na capital, do curso de técnicas avançadas de tiro policial defensivo e técnicas operacionais policiais, na Academia da Polícia Civil (Acadepol). Foi um dos requisitos para que o efetivo usasse armas de fogo. O inspetor da GM, Robson Viana, destaca que essas capacitações são importantes para aperfeiçoar a pontaria.