Mais de 180 dias sem resposta sobre o desaparecimento de Diego Scott

#Pracegover Foto: na imagem há um homem
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Mais de 180 dias se passaram desde que Diego Bastos Scott, de 39 anos, desapareceu em Laguna, no dia 15 de janeiro. A única coisa que se sabe é que pouco antes de desaparecer ele foi visto entrando em uma viatura da Polícia Militar. O pescador e morador da Cidade Juliana foi abordado e conduzido por dois policiais próximo a sua casa.

Foram instaurados dois inquéritos em diferentes órgãos do judiciário estadual: um na Justiça Comum e o outro na Justiça Militar. Na Justiça Comum, uma notícia de fato apurou o suposto crime, no entanto, foi arquivada em menos de 60 dias. O arquivamento ocorreu a pedido da 1ª Promotoria da Cidade Juliana. Conforme o Ministério Público (MP) falta de materialidade e de indícios suficientes de autoria. Porém, a promotora Raíza Alves Rezende citou o artigo 18 do Código Penal, que garante a reabertura de processos quando se tiver notícia de outras provas.

Por outro lado, os policiais Eduardo Rosa de Amorim e Luiz Henrique Correa de Souza foram denunciados por prevaricação e falsidade ideológica na Justiça Militar. Conforme a 5ª Promotoria de Florianópolis, os servidores colocaram no registro policial declaração falsa e omitiram informações que deveriam constar na ocorrência. Os dois policiais foram detidos no dia15 de fevereiro, um mês depois do desaparecimento de Scott e soltos cerca de um mês depois.

Conforme o advogado de defesa de Luiz Henrique Corrêa de Souza  Gustavo Michels Botega, depois de inúmeras diligências investigativas realizadas pela Polícia Militar e Polícia Civil em todos esses meses, dentre as quais: buscas com cães farejadores e helicópteros, oitivas de testemunhas, buscas e apreensões, perícias, interceptações telefônicas, etc., as investigações atestam o que a defesa há muito já havia comprovado: a não participação do soldado Corrêa na prática de eventual crime contra a vida de Diego Scott. “Além disso, informações colhidas nos autos apontam que, em razão do uso contumaz de entorpecentes, Diego costumava ausentar-se da residência familiar por períodos indeterminados. Nos solidarizamos aos familiares nas buscas, aguardando pelo retorno e ulterior esclarecimento dos fatos”, pontua Botega.

O defensor de Eduardo Rosa Amorim, o advogado Rafael de Jesus da Silva, assegurou que não há provas de qualquer crime contra a vida do desaparecido. “A atitude do policial naquela ocorrência foi motivada por um pedido do próprio pai do Sr. Diego Bastos Scott, que tendo conhecimento do vasto histórico de ocorrência criminais do seu filho, devidamente registradas, mesmo após ter sido agredido injustamente pelo filho pediu aos policiais que não o levassem à delegacia , mas sim , como ocorrera em outras oportunidades, de acordo com o pai, que apenas o retirassem do local e o levassem para um local onde ele pudesse se calmar e passar o efeito da embriaguez dele”, expõe.

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