‘Falava que eu não merecia estar viva’, diz mulher que pulou de carro em movimento para fugir de ex-namorado

A mulher que foi feita refém pelo ex-namorado e se jogou de um carro em movimento para tentar fugir dele disse que o suspeito falava o tempo todo que iria matá-la. O desfecho do caso aconteceu na sexta-feira (3) em Tanabi (SP).

“Ele passou pela avenida e pulei do carro. Ele correu, me agarrou e me colocou no veículo. Foi quando as agressões começaram. Ele falava o tempo todo que iria me matar, que eu não merecia estar viva”, afirma a mulher, que não quis se identificar.

Uma câmera de segurança registrou o momento em que a mulher pulou do carro em movimento e tentou fugir do homem.

De acordo com a Polícia Civil, a vítima foi abordada pelo ex na noite de quinta-feira (2) em Pontal, região de Ribeirão Preto, e levada até Mirassol (SP). O suspeito foi encontrado em Tanabi (SP) na sexta-feira (3) e preso.

“Eu estava passando na rua, quando ele virou o carro e eu o reconheci. Aí eu corri para dentro de uma casa. Ele correu atrás e me tirou lá de dentro. Ele falava que era para eu ir embora, que era para eu entrar no carro, porque ele iria me levar embora. Eu comecei a gritar, a pedir socorro, dizendo que ele iria me matar”, diz.

No vídeo é possível ver a mulher se jogando do carro e o suspeito descendo do veículo. Ele corre em direção a ela e a agarra. Dois ciclistas que veem a cena correm assustados. Em seguida, o homem arrasta a vítima, que se debate tentando escapar dele, e a coloca no carro novamente. Um outro homem desce do veículo, ajuda o suspeito durante a ação e sai com o veículo.

A vítima afirmou para a polícia que namorou o rapaz durante oito meses, período em que ele estava preso. Depois que a relação acabou, ela mudou para outra cidade, porque se sentia ameaçada.

“Ele nunca foi agressivo, mas era ciumento. Ele sempre me deu de tudo, mesmo quando preso. Ele foi mais pai do meu filho do que o verdadeiro. O único problema dele é que ele tem um ciúme fora do normal”, afirma.

A mulher disse para a polícia que, no dia seguinte do sequestro, ela foi levada para uma casa, em Mirassol, e foi liberada na manhã de sexta-feira. “Eu queria que ele mudasse, que arrumasse outra pessoa. Não desejo mal para ele. Queria que ele mudasse e fosse feliz. Eu tenho medo dele”, diz.