“Eu administrava tudo, posso somar”, diz Rogério Cizeski

Criciúma

A defesa do empresário Rogério Cizeski conquistou nesta quinta-feira, 24, a autorização no Juízo Cível para que o empresário retorne para a Criciúma Construções como um consultor do gestor judicial Zanoni dos Santos Elias. Entretanto, para que Cizeski de fato volte à empresa, precisa também da autorização dentro do processo criminal, o que está previsto para acontecer nesta sexta-feira, 26.

Questionado sobre a contribuição que pode dar no andamento da recuperação da Criciúma Construções, Cizeski ressalta que, como criador da empresa, conhece muito bem o funcionamento e garante que pode ajudá-la a se reerguer. “Conheço o ramo imobiliário, administrava tudo lá dentro. Posso somar”, frisa.

O fato de voltar inicialmente como consultor apenas, sem poder de gestão, não incomoda o sócio-proprietário. “São três anos fora. É muito tempo. Vou trabalhar junto com o gestor judicial pelo menos até o final do ano. Vou estudar mais as coisas junto com ele”, comenta.

Sobre o que já foi feito até agora no processo de recuperação judicial, Cizeski avalia como um trabalho muito bom. “Houve a aprovação do plano de recuperação e a parte trabalhista. Já é um baita caminho andado”, pontua.

Rogério Cizeski também acredita que, quando voltar à gestão definitivamente, poderá fazer a empresa ficar menor, mais enxuta. “O mercado imobiliário está muito pequeno. Tudo se move através do dinheiro. Quando se perde o crédito, se perde a confiança”, afirma.

Em abril de 2015 o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) deflagrou operação na Criciúma Construções, com prisões preventivas. As investigações iniciaram em maio de 2014, quando o Ministério Público (MP) instaurou inquérito civil e procedimento investigatório criminal para apurar atos praticados na administração da empresa que, na época, estava inadimplente com 8,8 mil consumidores.