Empresário de Tubarão morre na BR-101

O empresário voltava de Florianópolis na Pagero, quando bateu na lateral de uma Scania de Curitiba.
O empresário voltava de Florianópolis na Pagero, quando bateu na lateral de uma Scania de Curitiba.

Mirna Graciela
Tubarão

O tubaronense Luiz Carlos Locks Ferreira, o Carlinhos da Gelox, 55 anos, morreu em um acidente de trânsito na madrugada de ontem, em Garopaba. O empresário era proprietário da Gelox Refrigeração, empresa com 28 anos de tradição no sul de Santa Catarina.

O acidente ocorreu por volta das 2 horas, no Km 265 da BR-101, no trecho em obras da rodovia. Luiz Carlos vinha de Florianópolis para Tubarão e conduzia a Mitsubishi Pagero placas MEP-2554, de Tubarão, quando bateu na lateral da Scania placas MGT-3000, de Curitiba/PR. O empresário estava sozinho no veículo e faleceu no local. O corpo foi recolhido pelo Instituto Médico Legal de Laguna. O condutor da carreta, Antônio José de Carvalho, 36 anos, seguia para Curitiba e saiu ileso da batida.

O corpo do empresário é velado na Assembleia de Deus, no bairro Morrotes. O sepultamento será às 10 horas de hoje, no Cemitério Municipal de Tubarão. Carlinhos deixa esposa, três filhos e três netos.

Uma vida de muita luta e persistência

O empresário Luiz Carlos Locks Ferreira começou a sua trajetória de forma humilde e com muito trabalho, como funcionário de uma empresa de refrigeração (Germano Kuerten), ainda jovem. Depois, montou o seu próprio negócio e, nos fundos da residência de sua mãe, no bairro Morrotes, construiu um pequeno galpão, onde reformava vitrines para lanchonetes, congeladores e balcões. “Ele chegava a entregar vitrines de bicicleta”, relata a sua viúva, Maria Aparecida Medeiros Ferreira, 52 anos, que acompanhou todo o processo, em 30 anos de casamento.

“Muitas vezes, ele trocava uma vitrine por compras em supermercado, para garantir primeiro a alimentação de nossa família”, conta, emocionada. Depois de conquistar a primeira casa própria, a família adquiriu um Fusca, que foi vendido para a construção de um galpão de material no bairro Humaitá. Aos poucos, os negócios cresceram e, em 1980, ele fundou a Gelox, hoje especializada na fabricação de montagens personalizadas para supermercados, panificadoras, lanchonetes e outras do gênero, empresa referência no ramo de refrigeração comercial.