Caso Besc: Um é solto e outros três têm prisão prorrogada

Amanda Menger
Tubarão

Três dos quatro acusados de envolvimento no sumiço de dinheiro das contas do Besc de Pedras Grandes continuarão detidos no Presídio Regional de Tubarão. A prisão temporária, válida por cinco dias, expirou ontem, mas a justiça determinou a prorrogação por mais cinco dias. Desta forma, a ‘estada’ do ex-gerente geral do Besc, Edílson Vieira de Souza, sua esposa e cunhada no presídio foi prolongada. Já o ex-gerente administrativo Márcio Martins, foi liberado ontem pela manhã.
O advogado de Edílson, Leandro Alfredo da Rosa, irá hoje impetrar com um habeas corpus. “O feriado não atrapalha, já que pode ser analisado pelo juiz de plantão. Ainda não tive acesso ao documento da prorrogação da prisão temporária, mas, em geral, esta medida é adotada quando a polícia quer continuar com as investigações”, explica o advogado.

Quinta-feira, Edílson prestou depoimento ao delegado Marcos Ghizoni, da Central de Polícia Civil de Tubarão, por mais de três horas. Na sexta-feira, foi a vez de Márcio. O depoimento levou cerca de duas horas. O teor das conversas não foi divulgado. Em entrevista ao Notisul, o delegado disse que poderá pedir a prisão preventiva dos envolvidos. O inquérito já tem cerca de mil páginas. Os veículos apreendidos (Toyota Hilux, Citröen C3, um Corsa e uma moto Honda Hornet – todos de propriedade de familiares de Edílson) e outros bens continuam sob investigação dos policiais civis de Tubarão.

Cronologia do caso Besc
• Dia 20 de março – correntistas descobrem que o dinheiro aplicado nas contas-poupanças havia ‘desaparecido’ da agência do Besc de Pedras Grandes.
• Dia 23 de março – o caso vira notícia estadual. Os clientes do banco procuram a imprensa e a polícia.
• Dia 25 de março – início do registro dos boletins de ocorrência por parte dos correntistas. O Banco do Brasil, que controla as ações do Besc, escala auditores para analisar o caso do sumiço de dinheiro.

• Dia 27 de março – Polícia Civil disponibiliza unidade móvel para agilizar o registro das ocorrências.
• De 1º a 10 de abril – Auditores do BB seguem o levantamento do prejuízo, policiais civis da regional de Tubarão investigam o caso, mais de 200 clientes registram boletim de ocorrência e o Banco do Brasil começa a ressarcir clientes que comprovadamente tiveram o dinheiro retirado das contas-poupanças.

• Dia 15 de abril – Polícia prende cinco pessoas, quatro delas suspeitas (dois ex-gerentes, a esposa e a cunhada de um deles) de envolvimento no caso de sumiço de dinheiro da agência do Besc de Pedras Grandes.
• Dia 16 de abril – O ex-gerente do Besc, Edílson Vieira de Souza, presta depoimento ao delegado Marcos Ghizoni por mais de três horas, na Central de Polícia Civil de Tubarão.

• Dia 17 de abril – O ex-gerente administrativo do Besc, Márcio Martins, presta depoimento ao delegado Marcos Ghizoni por mais de duas horas, na Central de Polícia Civil de Tubarão.
• Dia 19 de abril – Márcio Martins cumpre a prisão temporária e é liberado do Presídio Regional de Tubarão. Edílson Vieira de Souza, sua esposa e cunhada continuam presos e a prisão temporária é prorrogada por mais cinco dias.