30 detentos transferidos para Tubarão

Mirna Graciela
Tubarão

O novo Presídio Regional de Tubarão, no bairro Bom Pastor, já abriga 61 detentos. Trinta e um vieram transferidos da antiga unidade e os outros 30 chegaram ontem, transferidos da unidade prisional de Blumenau, em função da rebelião ocorrida na madrugada.

O gerente do presídio de Tubarão, Deiveison Querino Batista, foi comunicado da decisão de manhã. Por volta das 20h30min, os apenados já estavam na estrada rumo a Tubarão. “Eles ficarão aqui temporariamente, até que a situação naquele presídio se normalize, a princípio por uns 30 dias. São todos com condenação em regime fechado”, revelou.
Deiveison assegurou ser uma situação normal, que não interferirá na rotina diária. A previsão é que em aproximadamente 50 dias todos os presos do antigo prédio, localizado no bairro Humaitá de Cima, já estejam acomodados na nova unidade, no Bom Pastor.

Entre as medidas anunciadas pelo diretor do Presídio Regional de Blumenau, Gabriel da Silveira, quando assumiu a função no dia 4 de agosto, estava a transferência de 100 presos para outras unidades do estado. A situação agravou-se com o motim e o presídio passará por uma reestruturação.
Além de Tubarão, as cidades de Chapecó, Curitibanos e Joinville também receberão os apenados. O transporte é feito com carros do Departamento de Administração Prisional (Deap) e começou ontem, às 18 horas.
Com relação à transferência do velho para o novo presídio, o critério adotado é esvaziar os locais superlotados. Segundo Deiveison, tudo corre normalmente, sem imprevistos e de forma gradativa.

Como ocorreu a rebelião em Blumenau
A rebelião no Presídio Regional de Blumenau começou na madrugada de ontem e terminou por volta das 10h30min. O caso deixou prejuízos na estrutura do prédio e vários presos feridos, inclusive um em estado grave. Alguns foram levados para hospitais da cidade. Tudo começou quando os 300 detentos da ala de segurança máxima atearam fogo nos colchões. Este ano, já foram seis princípios de rebelião na unidade. O motivo do motim seria a linha dura pela qual a direção tem conduzido os trabalhos.