Secretaria de saúde na luta contra a violência

Caracterizada pela violação física, moral ou emocional de uma pessoa, a violência contra a mulher, à criança e ao idoso continua nas manchetes dos meios de comunicação.

A mulher, a criança e o idoso constituem-se em vítimas da violência física, psicológica, sexual, moral e da negligência. Além disso, nas escolas, tem sido cada dia mais comum quadros de violência entre os alunos e também entre aluno e professor. Essa “nova” modalidade recebe o nome de bulling, que é uma discriminação, feita por alguns cidadãos contra uma única pessoa.

A luta contra a violência à mulher teve seu marco histórico em 1980, durante um movimento onde inúmeras mulheres de toda parte do país reuniram-se nas escadarias do Teatro Municipal de São Paulo como forma de protesto ao aumento do índice de violência. O grito fez-se ouvir: um pedido de socorro, um clamor por providências. Desde então, o dia 10 de outubro é conhecido como o Dia Nacional de Luta Contra a Violência à Mulher.

Movimentos semelhantes nasceram em outras cidades brasileiras com a proposta de instituir serviços de orientação e atendimento integral as vítimas.
Através deste movimento, ficou explícita a importância da implementação de políticas públicas e reformulação do Código Penal. A partir daí, passou-se a usar o espaço público para que a violência existente não se intensificasse.

Em agosto de 2006, com a criação da Lei Maria da Penha, Lei nº 11.340, a luta contra a violência ganhou novo reforço: a consequência foi o aumento do número de denúncias. Mulheres de todo o país criaram coragem para denunciar seus parceiros ou agressores, mostrando que estão tomando consciência de que silenciar diante da violência não resolve o problema, ao contrário, pode piorar, levando a consequências mais graves e até mesmo, em alguns casos, à morte.

Em 1985, nos grandes centros, surgiram as primeiras delegacias especializadas em crimes contra a mulher. A de Tubarão foi instaurada em 31 de outubro 1989. Hoje, além de atender a mulher vítima de violência, as delegacias especializaram-se também no atendimento às crianças e aos idosos.
Em agosto de 2005, a secretaria de assistência social, através do Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social), criou o Conselho da Mulher, que trabalha com a mulher vítima de violência. Os serviços que este órgão presta configuram-se em atendimentos individuais, grupos, oficinas e também atendimento à criança.

Atualmente, a secretaria de saúde, reconhecendo a importância do problema, está implantado o Programa de Assistência e Prevenção à Violência que visa a atender a vítima de violência. Pretende-se, com isso, resgatar o bem-estar da mesma, bem como facilitar o atendimento em outros setores como avaliação médica, acompanhamento psicológico, realizando encaminhamentos para os serviços que esta necessitar.
A secretaria de saúde, desta forma, pretende promover uma maior integração entre os setores que tratam desta questão tão delicada, contribuindo para que a vítima silente de violência denuncie e, deste modo, contribua para que deixe de existir estes tipos de violência.

Concluindo, gostaríamos de salientar a importância de se procurar ajuda quando se trata de violência e também de parabenizar a coragem das mulheres, adultos, idosos que já foram em busca de soluções. A denúncia é somente o começo! Vamos lutar para que este fato tão lamentável deixe de existir, e nosso município seja exemplo na luta contra a violência e a favor da paz.