Saídas de esgoto são lacradas em Laguna

Durante muito tempo, negou-se que o esgoto que desemboca na areia da Praia do Mar Grosso, em Laguna, fosse mais que água da chuva. Além do mau cheiro, causava perigo de contaminação dos banhistas
Durante muito tempo, negou-se que o esgoto que desemboca na areia da Praia do Mar Grosso, em Laguna, fosse mais que água da chuva. Além do mau cheiro, causava perigo de contaminação dos banhistas

 

Priscila Loch
Laguna
 
Ainda em dezembro, durante a apresentação do primeiro escalão do novo governo de Laguna, o secretário de obras e saneamento, Orlando Rodrigues, já prometia acabar com os esgotos que desembocavam no balneário Mar Grosso e contaminavam a areia. Promessa feita, promessa cumprida! E dentro do prazo estipulado.
 
Pelo menos sete saídas de tubulação foram lacradas quinta-feira. Entre elas, pontos onde há bastante movimentação de veranistas, nas proximidades da rua Tubarão (antigo Calçadão) e da Praça do Villa. O objetivo é forçar os proprietários dos imóveis que têm ligação clandestina a regularizarem a situação. 
 
Há suspeita que o esgoto venha de residências situadas em ruas mais antigas do Mar Grosso, mais afastadas da orla, e até mesmo de edifícios. O ideal seria fazer um trabalho de investigação para identificação individual de cada imóvel em situação irregular, porém isso não é possível no momento, já que a administração acabou de assumir e ainda tem prioridades de outro setor para ‘atacar’.
 
Um monitoramento constante será feito nas saídas para evitar tentativas de reabertura. E a própria população pode ajudar neste trabalho. Denúncias podem ser feitas na secretaria de obras e saneamento, que funciona na antiga estação ferroviária, no bairro Campo de Fora, das 7 às 13 horas. O telefone para contato é o 3644-2437.
 
Saneamento básico começou a ser implantado em 2011
A destinação correta do esgoto em Laguna começou a ser colocada em prática com a implantação do saneamento básico. O município recebe investimentos de R$ 37 milhões, provenientes do  PAC do Saneamento, por meio de uma parceria da Casan com o governo federal, via Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) e Caixa Econômica Federal.
A obra iniciou em dezembro de 2011 e prevê, ao fim das duas etapas, 65% de cobertura. A execução é de responsabilidade da empresa Confer, sob supervisão da Casan. O projeto prevê 68 quilômetros de rede coletora, construção de nove estações elevatórias de esgoto, estações de tratamento de esgoto compactas e emissários terrestres.