Professora poderá recorrer da sentença

Silvana Lucas
Tubarão

Depois de ser presa em sua residência na tarde de quarta-feira, em Capivari de Baixo, por determinação do juiz de direito da 1ª Vara Criminal da Comarca de Tubarão, Elleston Lissandro Canali, por crime de tortura por agredir um aluno em 2012 e permanecer exercendo a profissão de docente, Helen de Souza Cunha poderá recorrer da decisão.

“A professora não cumpriu a medida cautelar, na qual informa que a mesma é suspensa de exercer função pública ou de atividade de natureza econômica ou financeira, por parte dela, que importe em assistir ou promover práticas relacionadas ao cuidado de bebês e crianças. Por tais razões, com base na lei, restabeleço a prisão preventiva da acusada”, informa o Elleston.

Ao ser comprovado que Helen lecionava em duas escolas estaduais da Cidade Termelétrica, em que foi contratada em caráter temporário, com carga horária de 30 horas semanais, a docente descumpriu a ordem judicial. 

A professora foi flagrada no dia 1º de outubro de 2012 em atos de agressões física e psicológica contra um de seus alunos e permaneceu presa temporariamente por quase dois meses. “Condeno a acusada ao cumprimento, em regime inicial fechado, da pena privativa de liberdade de dois anos, quatro meses e 24 dias de reclusão. Sujeitando-a, ainda, à perda de cargo, função ou emprego público, e a inabilitação para seu exercício pelo dobro do tempo da pena ora aplicada”, sentenciou o juiz Elleston. Para o magistrado, esta sentença emitida na semana passada ainda permite que a condenada possa recorrer, tendo em vista que a mesma na época foi beneficiada com ordem de habeas corpus.

A docente está detida no Presídio Feminino da Cidade Azul e poderá requerer após a contratação de um novo advogado de defesa, ou aguardar um defensor público, já que na tarde de ontem o advogado Eliezer Brígidio deixou a causa.

Relembre o caso 
A docente foi flagrada no dia 1º de outubro de 2012 em atos de agressões física e psicológica contra um de seus alunos e permaneceu presa preventinamente no Presídio Feminino de Tubarão por quase dois meses. As primeiras denúncias foram feitas dez dias antes da detenção por alguns pais à Delegacia da Criança, do Adolescente e de Proteção à Mulher e ao Conselho Tutelar. Por meio de imagens, ficaram comprovadas as agressões. A professora era responsável por 11 crianças, todas com idades entre 1 e 5 anos. Nas imagens, ela agredia um bebê de 1 ano e 5 meses com tapas, socos na cabeça e fortes sacudidas. A criança chorava desesperadamente.