Dano irreparável
Carlos Stüpp (PSDB) liderava as pesquisas de intenções de voto para retornar à prefeitura de Tubarão nas eleições de 2016. Contudo, acusado de irregularidades na aplicação dos recursos do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit), em um convênio assinado em 2001, para retirada dos trilhos do Centro da cidade e transferência das oficinas da ferrovia para o Mato alto, ceifaram as chances do ex-prefeito. No resultado das urnas, Joares Ponticelli (PP) atingiu 45,23% dos votos, Carlos Stupp desceu aos 27,13%, enquanto o então prefeito, Olávio Falchetti (PT), não passou dos 20,32%.
Agora, a decisão da Justiça Federal de tubarão inocenta o ex-prefeito. Os problemas foram causados pelo Dnit para que o contrato não fosse cumprido. Faltou dinheiro e o projeto precisava de mais planejamento, atestou o Tribunal de Contas da União (TCU), informando ainda que a verba liberada (menos de R$ 3 milhões) foi integralmente aplicada nas obras, mas não passou da metade do necessário. Stüpp perdeu a eleição e a imagem do político saiu arranhada.
Tabuleiro político
Passa por Tubarão, nas eleições indiretas da semana que vem, quando os 15 vereadores vão eleger prefeito e vice-prefeito para a cidade, as eleições de 2024 e as estratégias do governador Jorginho Mello que conquistar pelo menos 100 prefeituras catarinenses para o PL e partidos aliados. Não é à toa que a sucessão de Joares Ponticelli e Caio Tokarski, que renunciaram aos mandatos no último dia 11 de julho, tem atraído lideranças políticas de peso para a cidade e reuniões em cidades da região. O deputado estadual eleito e Chefe da Casa Civil do governo, Estêner Soratto da Silva Júnior (PL), Júlio Garcia (PSD) , o ex-governador Carlos Moisés (Republicanos), lideranças do Progressistas e do MDB, além de lideranças de Tubarão, se debruçam sobre o quebra-cabeças que apenas passa pela prefeitura da Cidade Azul.
Novo prefeito
Tudo indica que o futuro prefeito de Tubarão, para concluir o mandato de Joares, que deveria acabar em 31 de dezembro de 2024, será mesmo o hábil vereador Jairo dos Passos Cascaes. Partindo da coligação que colocou Joares (PP) e Caio (PSD) na prefeitura em 2016, Jairo chegou a tomar um susto com a articulação da oposição na montagem de uma chapa que incluía o vereador Moisés Nunes (PP). Atento e, em tempo, Cascaes reagiu e fechou uma chapa com o cargo de vice-prefeito oferecido a Moisés. Assim, contanto com os três vereadores do PSD, os quatro votos do PP e o voto da cunhada do ex-vice-prefeito Caio Tokarski, a vereadora Luciane Tokarski, foi fechada a chapa que tem tudo para conquistar o direito legítimo de fechar o mandato até o fim do ano que vem.
Votação indireta
Muita gente tem reclamado da situação da eleição em Tubarão por ser um pleito indireto, após a renúncia de Joares Ponticelli e Caio Tokarski. Ocorre que ninguém se dá conta de que a alternativa é única e constitucional. O artigo 81 da Constituição Federal de 1988 prevê eleição indireta para os cargos de presidente da República, vice-presidente, governador e vice, prefeito e vice, quando a vacância dos dois cargos ocorrer nos últimos dois anos dos mandatos. Ninguém conhece a Carta Magna até que ela seja necessária.
Eleição Indireta em Tubarão
Prefeito e vice-prefeito serão eleitos para concluir os mandatos em Tubarão. Joares e Caio renunciaram após prisões e acusações de envolvimento em falcatruas na coleta e destinação de lixo, conforme denúncias à Justiça pelo Ministério Público na chamada Operação Mensageiro.
A eleição está marcada para a segunda-feira, dia 7 de agosto. A sessão da Câmara será aberta com temas corriqueiros. Em seguida a sessão será encerrada e sera aberta a sessão especial de eleição.