Parlamentar afirma que é necessário processo de transparência na universidade

Jailson Vieira
Tubarão

Os dirigentes do Sindicato dos Professores e Auxiliares de Administração Escolar de Tubarão (Simpaaet) também buscam incansavelmente uma saída para a crise financeira da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul). A situação é sabida pela população e maneiras de sair deste incômodo financeiro têm sido apresentadas pelos responsáveis da instituição. Algumas, porém, segundo os representantes do sindicato vão de encontro ao erro como: redução de horas/aulas e do quadro funcional de docentes e técnicos administrativos.

Ontem (11) à tarde, a deputada estadual e presidente da comissão de educação da Assembleia Legislativa de Santa Catarina( Alesc), Luciane Carminatti (PT), esteve na sede do Simpaaet e debateu com os sindicalistas algumas medidas para colaborar com a Unisul. De acordo com a parlamentar, ela tem acompanhado a situação com muita veemência. “Acompanho e diálogo com as universidades de todas as regiões do Estado. Porém, a leitura que faço nesta unidade de ensino é que falta processo maior de transparência”, alerta.

Conforme a parlamentar, para sair desta situação, primeiro de tudo é ter diálogo e colocar toda a transparência necessária para que possa haver um processo de confiança entre as partes: trabalhadores, sindicato, sociedade em uma ponta, e a administração da universidade na outra. “Se o sindicato levanta que alguém está recebendo um montante salarial muito alto, tem que abrir a folha, porque estamos falando de uma das maiores instituições do Estado. Primeiro de tudo temos que ter um diálogo franco e é preciso construir um processo consensual dos passos que devem ser dados”, observa.

A equipe do Notisul buscou contato com o chefe de gabinete da reitoria, Ademar Schmitz, no entanto, ele salientou que considerando o desconhecimento à origem e o contexto das afirmações é preferível não se manifestar em um primeiro momento. A universidade tem 77 polos em todo o Brasil, com três campi e seis unidades universitárias integrando as modalidades desde educação infantil aos programas de doutorado. São 27 mil alunos no total, 22 mil só na graduação. Conforme o reitor, a atuação na redução de custos iniciou desde o primeiro dia da nova gestão, em janeiro passado.

Em 2009, a educação superior foi classificada, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), como patrimônio público, como dever do Estado, que deve ser promovida por ele e responder às necessidades sociais por meio da pesquisa comprometida, do ensino de qualidade.