Ordem de serviço é pré-agendada

O trabalho de redragagem será feito entre a área urbana de Tubarão e a foz, em Laguna.
O trabalho de redragagem será feito entre a área urbana de Tubarão e a foz, em Laguna.

Priscila Loch
Tubarão

Um mês após a finalização do processo licitatório, enfim foi marcada uma data para autorizar o início da elaboração do projeto de desassoreamento do Rio Tubarão. Será no próximo dia 11, às 19 horas, na sede da Associação Empresarial (Acit), com presença do governador Raimundo Colombo e do secretário de desenvolvimento econômico sustentável, Paulo Bornhausen. Trata-se de um pré-agendamento, então, ainda pode sofrer alteração.

O documento será elaborado pela empresa Prosul – Projetos, Supervisão e Planejamento Ltda., com sede em Florianópolis, única interessada em definir as diretrizes a serem seguidas na execução da obra de redragagem. O prazo de nove meses previsto no edital para a conclusão do trabalho só começa a valer a partir da ordem de serviço. A elaboração do projeto custará R$ 1.288.468,56, com investimento do governo do estado.

O desassoreamento incluirá manutenção, aprofundamento e recuperação da calha do rio, em um trecho de 29,7 quilômetros, entre a área urbana de Tubarão e a foz, em Laguna. Uma das funções da Prosul será indicar as áreas onde serão depositados os sedimentos a serem dragados, conforme exigência da Resolução n° 344/2012 do Conama. O desassoreamento deve melhorar o escoamento e evitar cheias, com a cota de dragagem estabelecida na profundidade de oito metros.

Os próximos passos

Se a elaboração iniciar ainda este mês, a previsão é que o projeto de redragagem do Rio Tubarão esteja pronto em dezembro. Depois, ainda é preciso buscar os estimados R$ 80 milhões – para a execução da obra em si – no governo federal.
Enquanto isso, a população segue com medo de uma nova enchente. Ontem, mesmo o leitor Rudnei Cardoso Anselmo enviou email com fotos da tragédia de 1974 e um alerta: “Não é muito bom recordar, mas, se não forem tomadas providências quanto ao nosso rio, poderemos em breve ter algo parecido ou talvez pior”.

Ainda hoje, quase 40 anos depois, muitos tubaronenses temem uma nova enchente tão devastadora ou pior que a de 1974.