Voto não é mercadoria

O voto, no regime democrático, é o meio pelo qual cada cidadão (de modo obrigatório dos 18 aos 70 anos) pode escolher o candidato que representará toda a sociedade. Por isso, é fundamental que os eleitores avaliem os planos e projetos de seus candidatos. A consciência da importância do voto fará com que cada eleitor tenha critérios éticos e responsáveis ao escolher seu representante.

Ao escolher um candidato, o eleitor precisa estar ciente da realidade vigente e, ao mesmo tempo, olhar para o futuro. Para que seu voto tenha a validade do tempo do mandato do seu candidato e não, apenas, até a urna eletrônica. Portanto, não venda sua consciência, seu voto, sua liberdade. E, se alguém quiser comprá-los, denuncie. Não entre nesse jogo de corrupção.

Votar é uma ação individual, mas sua consequência é social. Vender ou comprar voto é ilegal, é perder o direito de cobrar a responsabilidade do candidato eleito no exercício de sua função. É também um ato de egoísmo, pois as necessidades são inúmeras, e pensar só no bem pessoal é perder a dimensão comunitária.

A liberdade de votar não está desvinculada de sua responsabilidade. Cada pessoa é livre para optar por um dos elegíveis, mas também é responsável pelas ações decorrentes. Assim sendo, não deixemos de acompanhar os trabalhos desenvolvidos por eles. E estejamos atentos, pois, nos representarão e estarão a serviço da sociedade e não deles próprios.

Vote consciente e acredite, pois a mudança está em cada um, pelo modo como se entende e envolve-se com a política. Para que não corra o risco de se acostumar com a injustiça e a corrupção, conforme afirma Dostoievski, “o ser humano é um ser que a tudo se habitua”. É preciso estar mais atento aos acontecimentos políticos, não fechando os olhos a eles, e assim exigir uma administração com seriedade e ética. Deste modo, ter-se-á menos corrupção, menos injustiça, e mais benefícios a toda a população.