Violência e falta de vontade

Quando se lembra do assunto Rio de Janeiro, lembra-se em violência. Semana passada, vimos o que um governador, prefeito, secretário de segurança, as polícias e a justiça podem fazer quando querem acabar com o domínio dos traficantes e marginais de uma cidade. Sendo que nós estamos falando do Rio de Janeiro, uma cidade de mais de 15 milhões de habitantes.

O que diríamos de uma cidade com apenas 100 mil habitantes que tem, segundo o jornal Diário Catarinense, um índice de roubo de carros quase o dobro de Florianópolis. E os índices de assaltos à mão armada vêm crescendo de forma avassaladora, até mesmo em locais de baixo faturamento, como lan houses, por adolescentes armados, fora outros locais da cidade que têm faturamento maior.

O pior é saber que hoje existe uma determinação legal que, por mais que seja algo justo, é extremamente injusto por outro lado. A determinação é a de que o Centro de Internamento Provisório (CIP) não pode receber mais que 12 adolescentes e, como já tem esse número, então não se pode apreender um menor e encaminhar para o CIP. A mesma pessoa que fez a determinação legal deveria levar em consideração que é mais absurdo ainda deixar esses adolescentes infratores nas ruas praticando crimes à mão armada.

Sabemos que todos os crimes praticados em Tubarão não são somente de autoria de adolescentes, mas a maioria sim, pois até eles sabem do grau de impunidade que permeia nossa cidade. Será que precisará morrer um inocente em um assalto ou algo parecido para que as autoridades tomem providências?

No Rio de Janeiro, o que ficou bem claro para todos é que a imprensa, a população e os órgãos governamentais uniram-se contra o crime, que estava em índices altíssimos na última semana. Será que não está na hora de todos nós que aqui vivemos tomarmos uma atitude contra tudo isso e nos manifestarmos?