Prefiro chamar de contra

A empresa onde trabalho recebe diariamente o Notisul. Por ser leitor, decidi mandar este texto à redação do jornal, referente ao publicado na página 15 da edição de sábado/domingo 5/6 de abril de 2008 e solicitar que o mesmo seja do conhecimento da senhora Marilda Coan.

A resposta da senhora Marilda para a primeira pergunta foi inconveniente e sem especificar qualquer fato histórico, quando ela fala dos movimentos sociais nas décadas de 50 e 60. Nem parecem palavras de uma pessoa que ostenta o título de especialista em história, geografia e sociologia.
Para a primeira pergunta, onde se questiona qual a melhor expressão entre revolução ou golpe, prefiro chamar de contra-revolução ou mesmo revolução, que impediu o golpe de um presidente populista (João Goulart) e a tentativa de tomada do poder pelo Partido Comunista Brasileiro, com ele aliado.

Revolução, sim, que o próprio povo foi às ruas, exigir, como a passeata de repúdio realizada pelo povo de São Paulo, idealizada e concretizada em menos de 72 horas, levando milhares de pessoas às ruas, a fim de que o país não fosse subjugado por um poder central que pretendia “cubanizar” o povo, que não aceitava ainda qualquer idéia de “bolchevização”…. (Estado de Minas, 20 de março de 1964).

Além da marcha de repúdios, podemos citar as marchas pelos valores nacionais e valores da família. Essas marchas levaram às ruas mais de 100 mil pessoas quando a população total brasileira somava apenas pouco mais de 60 milhões e era preponderantemente rural, o que, na prática, representou, proporcionalmente, bem mais do que a mobilização, em 1985, pelas chamadas Diretas Já.

De qualquer forma, procurando estabelecer uma análise imparcial e, sobretudo, desapaixonada, não podemos nos esquecer de que a motivação maior do movimento político-militar foi, indubitavelmente, evitar a implantação, em nosso país, de um regime político totalitário de esquerda, uma espécie de república sindical de inspiração marxista.

Na segunda resposta, onde a senhora Marilda Coan fala como foi o processo, a respectiva senhora ocultou um acontecimento muito importante, ocorrido ainda antes da Segunda Guerra Mundial: A Intentona Comunista de 1935, a mais torpe traição de toda história do Brasil.
Nos idos de 1935, avançava sobre o Brasil a sombra do comunismo, orientada e conduzida por agentes internacionais a soldo da extinta União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).

Com apoio de subversivos vindos da Europa – Harry Berger (alemão), Rodolfo Ghioldi (italiano) e Jule Vales (francês) foram alguns deles – e liderados pelo ex-capitão Luis Carlos Prestes, acionou-se uma conspiração, tendo por base integrantes do Exército e da Marinha, cuja finalidade era implantar no Brasil a chamada “Ditadura do Proletariado”, regime onde a liberdade é totalmente suprimida.
Apesar da Intentona Comunista ter sido derrotada, os agentes comunistas continuaram tentando, como tentaram novamente em 1964…

Na quarta resposta, quando a entrevistada refere-se a torturas, concordo que houve excessos, porém, se o período que o país foi governado por militares é citado como torturador, por que não apurar através de inquérito sério, e não com base no depoimento de quem quer dinheiro, como a ministra Dilma Rousseff, a qual foi integrante ativa do grupo de guerrilheiros denominados como Vanguarda Armada Revolucionária-Palmares (VAR-Palmares), resultado da fusão da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), do capitão Carlos Lamarca com o Colina, o qual a “companheira Estella” (codinome de Dilda Roussef) era líder, a qual teria sido presa por ter participado de um assalto à casa de uma amante do ex-governador de São Paulo, Ademar de Barros, mas ela nega, e diz que esteve envolvida apenas no planejamento da ação!!! Acredite: agora a senhora Dilma Rousseff pede indenização!!! (publicado no O Povo – Fortaleza – CE, em 9/12/2007).

Segundo informa o jornalista Elio Gaspari, em seu livro A Ditadura Escancarada, o assalto à casa da amante do ex-governador de são Paulo ocorreu na tarde de 18 de julho de 1969, no Rio de Janeiro. Até então, fora o maior golpe da história do terrorismo mundial.
Os guerrilheiros sacaram do “cofrinho” US$ 2,6 milhões. Imaginem mais de US$ milhões no final da década de 60!!!

Onde foi parar o dinheiro?
Eis mais um dos mistérios insondáveis daquela época que produziu tantos “heróis” e “heroínas” de esquerda…
Por que não indenizar também todos os autores de assaltos, seqüestros e crimes?
Quer dizer, então, que o Estado erra quando prende qualquer assaltante, mesmo como autor intelectual do crime? (Continua na edição de amanhã).