Pena de morte: contra ou a favor?

O assunto é polêmico, principalmente numa cidade praticamente católica, como Tubarão. Mas é algo para se questionar, pensar. Colocar em dúvida o que deve ser certo ou errado. Ser a favor da pena de morte pode ser algo ‘irracional’, considerado meio (ou completamente) radical. Mas se todos os lados forem analisados, dá para se pensar a respeito. De um lado, estupradores, ladrões, assassinos, traficantes de drogas. Pessoas que matam sem dó nem piedade. Quando presos, fazem-se de inocentes… E a justiça está ao seu lado (todos são humanos, merecem uma segunda chance, pensamos!).

Contudo, nas prisões, além dos maus tratos por que passam, ficam cada vez mais revoltados com o sistema. Que é falho! Que é errado! Que não funciona. Quando saem, após dez, 15 anos (se não menos, devido ao bom comportamento e à redução da pena), não são reinseridos na sociedade. Não conseguem emprego, não conseguem reestruturar a vida, e voltam a fazer o que antes faziam: vender droga, matar, roubar… A vida não tem mais sentido (ou nunca teve).

O sistema prisional no nosso país, infelizmente, não funciona. E isso não se nota apenas no grande número de presos por metro quadrado. Vê-se também pelo alto índice de criminalidade. Às vezes, pergunto: “E se no Brasil houvesse pena de morte, haveria tanta criminalidade?”. Questionar a pena de morte dói. Dói na consciência, dói no momento de afirmar ser a favor ou não. Sinceramente, são dois pesos e duas medidas.

Com o sistema judiciário falho, muitas coisas fazem mudar de idéia: pessoas que são presas inocentemente, cidadãos condenados por crimes não cometidos por eles, entre outros… Quantos inocentes já foram presos e, depois de sofrerem tanto, foram declarados inocentes? Entretanto, do outro lado, quantas pessoas já morreram devido à criminalidade? Quantos foram torturados até a morte? Quantos sofreram com a morte de parentes?

Infelizmente, em nosso país, fica apenas a ‘faca de dois gumes’. Ou se é inocente ou não. Entretanto, os papéis podem estar invertidos. Com isso, a pergunta que fica é: o que fazer para melhorar o sistema prisional e judiciário??? Pense bem antes de optar pela pena de morte ou não…