“O tumor pegou o cara errado”

Mais de mil pessoas acompanharam a palestra de Oscar, ontem, na bolha
Mais de mil pessoas acompanharam a palestra de Oscar, ontem, na bolha
Eduardo Zabot
Tubarão
 
Com uma palestra baseada em cinco pontos: visão, decisão, time, obstinação e paixão, o ex-atleta Oscar Schmidt esteve na noite de ontem no espaço integrado de artes, a bolha da Unisul, no bairro Dehon. Ele é considerado o quinto melhor palestrante do Brasil e, assim como na carreira de jogador de basquete, vai treinar para ser o primeiro. “As pessoas têm que treinar, treinar, treinar e quando tiver cansado, treinar mais um pouco. É assim que fiz como atleta e é assim que vou fazer para ser o melhor palestrante do Brasil”, afirma.
 
O Programa Encontros com a Assembleia foi idealizado neste ano pelo presidente da casa parlamentar, deputado Joares Ponticelli (PP), dentro da proposta de interiorização das atividades da casa. Segundo Ponticelli, trata-se de uma oportunidade para os catarinenses de diferentes regiões do estado acompanharem, de forma gratuita, palestras com pessoas de renome em suas áreas de atuação, como esporte, saúde, cultura e comunicação.
 
Oscar realiza de oito a 12 palestras por mês e falou sobre o câncer que enfrenta na cabeça. “O tumor pegou o cara errado, eu o despachei. Não adianta chorar, tem que correr atrás da cura. Hoje, faço um tratamento convencional e cirurgias espíritas, e sou católico”, ressalta. O palestrante destacou também a realização da Copa do Mundo no Brasil. Para Oscar é muito bom receber o maior evento do mundo.
 
“A copa é o maior evento do planeta e que bom que será no Brasil. Sou favorável à realização da copa aqui, o ruim é que gastaram muito mais do que prometeram, isso eu sou contra”, finaliza. Após Tubarão, outras três cidades vão receber as palestras do programa: Lages, Joaçaba e Campos Novos. As datas e os profissionais serão divulgados posteriormente.
 
O “Mão Santa”
Nascido em Natal (RN), Oscar Schmidt é considerado um dos maiores jogadores de basquete do mundo, com mais de 40 mil pontos anotados em toda a carreira, o que lhe rendeu o apelido de Mão Santa. Na seleção brasileira disputou cinco Olimpíadas (Moscou-1980, Los Angeles-1984, Seul-1988, Barcelona-1992 e Atlanta-1996) e venceu os Jogos Panamericanos de Indianápolis (EUA), em 1987, ao vencer a seleção norte-americana na final, naquela que é considerada uma das maiores conquistas do basquete nacional. Após se retirar das quadras, atuou como dirigente esportivo, comentarista esportivo, com passagens pela Rede Globo e Rede Record, e palestrante. Neste ano, foi indicado para o 16º Prêmio Top of Mind Estadão e está entre os cinco melhores palestrantes do país.