Meningite pode deixar sequelas para toda a vida, além de ser fatal em até 27% dos casos

As atenções devem ser redobradas no cuidado à saúde, especialmente em tempos de pandemia, sem uma previsão de uma vacina contra a Covid-19. Entre as medidas mais efetivas no combate às doenças infectocontagiosas, manter a caderneta de vacinação em dia deve ser prioridade, principalmente quando se trata de meningites.

“A meningite pode deixar sequelas para toda a vida, além de ser fatal em até 27% dos casos. Todas as pessoas, de qualquer idade, podem ter meningite, mas as crianças menores de 5 anos e os idosos são os mais suscetíveis à doença. Então, prevenir sempre é a melhor atitude”, alerta a pediatra do Complexo Médico Provida, Dra. Ana Carolina Cancelier.

Conforme a médica, a meningite é uma inflamação nas membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal. A doença pode ser causada por vários agentes, mas são as infecciosas e particularmente as bacterianas que mais preocupam, justamente pela possibilidade de provocar surtos e deixar sequelas. Existem vários tipos de bactérias que causam meningites e muitas são prevenidas com vacinas.

“A meningite tuberculosa é prevenida com a vacina BCG, aplicada na primeira semana de vida nos recém-nascidos na rede pública. A meningite por Haemophilus é prevenida com a vacina aplicada junto com a pentavalente, aos 2, 4, 6 e 15 meses também na rede pública. O pneumococo é uma bactéria que também pode causar meningite e pode ser prevenida com as vacinas: na rede pública através da pneumo10 e na rede privada com a pneumo13, que neste caso possui três sorotipos a mais que a disponível na rede pública. Apesar de não ser contagiosa, a meningite pelo pneumococo costuma ser grave em menores de 2 anos”, detalha Dra. Ana Carolina.

A pediatra ressalta ainda que o meningococo é a bactéria mais envolvida nas meningites no Brasil e compreende pelo menos 16 sorogrupos, entre os quais cinco costumam causar meningite – A, B, C, W e Y. Existem duas vacinas disponíveis pelo governo contra sorogrupos do meningococo: a meningo C, aplicada aos 3, 5 e 12 meses, e a meningo ACWY, aplicada atualmente somente aos 11 anos.

“É importante explicar que ter meningite promove imunidade contra a bactéria e sorogrupo que a causou, sendo necessária a vacinação contra os demais grupos. Na rede privada são disponíveis a meningo B, aplicada em duas ou três doses, e a meningo ACWY, também aplicada em duas ou três doses. Portanto, frente a uma doença de tamanha gravidade, prevenir é a melhor solução. Manter o esquema básico de vacinação em dia e complementá-lo com as vacinas da rede privada amplia a proteção, tanto em crianças quanto em adultos. e evita sérias complicações de saúde”, indica.

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