Menina era obrigada a assistir o padrasto violentar a irmã em Jaraguá do Sul

O Conselho Tutelar de Jaraguá do Sul está acompanhando o caso das irmãs de 11 e 14 anos, que teriam sido molestadas pelo padrasto de 25.

De acordo com a presidente do conselho, Keila Cristina de Moura Macalli, as duas garotas e a família estão recebendo acompanhamento especializado. Psicólogos buscam amenizar os traumas da agressão causada pelo padrasto, preso na segunda-feira (25).

Conforme as investigações, a garota mais velha vinha sendo vítima dos abusos há cerca de quatro anos. Ela já tinha informado o estupro a pessoas da família desde que moravam em São Paulo. A menina de 11 anos era obrigada a assistir o padrasto violentar a irmã.

“O Conselho Tutelar foi chamado pela Polícia Civil e fez todo o acompanhamento da denúncia. Nós tomamos todas as medidas de proteção. As crianças foram encaminhadas para os acompanhamentos psicossocial e psicológico. Não só as crianças estão tendo esse acompanhamento, mas a família também”, comenta Keila.

As meninas estariam com os avós.

Lá, a família está sendo atendida por psicólogos e assistentes sociais. Keila informa que as equipes do Creas realizam visitas na residência da família assistida.

As meninas também foram encaminhadas para o Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (CAPSI). “A gente sabe que a criança que passa por esse abuso tem um prejuízo e precisa de um tratamento a longo prazo.

O CAPSI tem uma estrutura muito boa, com profissionais que fazem um trabalho que apresenta um bom resultado para as crianças”, afirma a presidente do Conselho Tutelar.

A mãe e a avó das vítimas foram ouvidas na Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso na terça-feira (26).

O delegado Leandro Mioto destaca que a mãe e a avó garantiram desconhecer a violência sexual e afirmaram que souberam dos abusos apenas após a prisão do suspeito.

O homem de 25 anos, que trabalhava como chapa e é suspeito de cometer os abusos, está no Presídio Regional. A prisão preventiva foi acatada pela 2ª Vara Criminal, após pedido do delegado Leandro Mioto.

Ele é acusado de estupro de vulnerável (artigo 217 do Código Penal, com pena de oito a 15 anos de reclusão) e de expor menor a cena de sexo explícito (artigo 241 do Estatuto de Criança e do Adolescente, com pena de três a oito anos).