Tubarão
A Polícia Civil de Tubarão descobriu, ontem, um afronto ao meio ambiente. Por meio de uma denúncia, uma vigilância era feita há cinco dias em um terreno utilizado para depósito irregular de lixo, nos fundos do Cemitério Horto da Saudade, no bairro Monte Castelo.
Restos de móveis, de materiais de construção, madeira, resíduos plásticos, roupas, armações metálicas e lâmpadas fluorescentes foram encontrados. E o pior. Conforme o delegado André Mendes da Silveira, para a surpresa dos policiais, havia, inclusive, urnas funerárias (caixões), revestimentos e ossos humanos.
O terreno é de propriedade da prefeitura do município e, ontem, no momento da ação policial, o motorista que conduzia um caminhão da administração foi flagrado e o motorista abordado.
O delegado afirma que o local não tem licença para funcionar como aterro. “São produtos depositados de forma ilegal, que exigem uma destinação adequada. Abrimos um inquérito e o caso será investigado”, garante André.
Além do motorista, outro funcionário público também foi conduzido à Delegacia de Delitos de Trânsito e Crimes Ambientais. “Não realizamos o flagrante dos dois, pois vamos aprofundar as investigações”, avisa o delegado.
Profissionais da Fundação do Meio Ambiente (Fatma) estiveram no local. Um procedimento administrativo será aberto para a aplicação das multas e o Ministério Público será comunicado. Trabalharam na parte operacional, desde a semana passada, quatro policiais da delegacia de trânsito e três da Central de Plantão Policial (CPP), sob a coordenação do delegado André.
Administração emite nota sobre o caso
A assessoria de imprensa da prefeitura de Tubarão emitiu uma nota à respeito da denúncia:
“A prefeitura de Tubarão, por meio da secretaria de infraestrutura, vem a público esclarecer os fatos ocorridos nesta quinta-feira (ontem), referente a um provável depósito irregular de rejeitos.
O ato praticado pelo município refere-se apenas ao depósito da grama cortada em uma escola municipal. Este fato não se constitui em nenhuma irregularidade, pois não é necessário o licenciamento ambiental para o referido descarte.
Em relação aos demais materiais provenientes do cemitério encontrados nas proximidades, ressalta-se que os mesmos já estavam ali depositados há vários anos.
Com o episódio, a municipalidade tomou conhecimento e apesar de não ser de sua responsabilidade, já determinou a apuração dos fatos”.
