Laguna debate reabertura do Rio Dragado e intervenções no Complexo Lagunar

“Abre-se um novo capítulo na história ambiental do Complexo Lagunar Santa Marta/Camacho. Esta ação reflete o compromisso do governo municipal e das entidades envolvidas com a preservação ambiental e o apoio às comunidades locais. A reabertura do Rio Dragado representa não apenas uma melhoria imediata para o ambiente local, mas também uma promessa de sustentabilidade e prosperidade para as futuras gerações da região”, comemora o presidente da Flama, Dener Vieira.

A importância da ação pode ser medida pela representatividade das entidades presentes no encontro. Vieram a Laguna debater a questão o secretário de Pesca do Estado, Tiago Frigo, em nome da Casa Cívil, Claudio Rocha, o vice-presidente da Fundação InoversaSul, professor Gean Firmino, além de representantes da Fundação Lagunense do Meio Ambiente (Flama), Instituto do Meio Ambiente (IME), Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Tubarão, Coordenadoria Regional da Defesa Civil, Apa da Baleia Franca, Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), associações de pescadores, engenheiros, geólogos, biólogos e vereadores.

Saiba Mais:

Na década de 60, ocorreu a abertura do canal artificial entre a Lagoa de Santa Marta e a Lagoa do Camacho, dando origem ao popularmente ao conhecido Rio Dragado. O objetivo da intervenção era garantir a circulação de água entre as lagoas. Porém, como resultado, a Lagoa do Camacho começou a sofrer com a poluição, devido às plantações de arroz na região e ao uso de agrotóxicos nesta cultura. Assim, os pescadores, com o apoio da Cidasc, realizaram o fechamento do Rio Dragado, entre os anos de 1995 e 1997.

A medida tinha como objetivo minimizar os impactos negativos causados pelos agrotóxicos, que afetavam o ecossistema aquático e, consequentemente, a atividade pesqueira em toda a região, prejudicando milhares de pessoas em centenas de famílias. Com o fechamento do rio, era esperado preservar a qualidade da água, proteger as espécies aquáticas e garantir a sustentabilidade das fontes de renda dos pescadores.

Contudo, após essa intervenção, durante as últimas décadas, bem como as dinâmicas das água da bacia do Rio Tubarão e carreamento de sedimentos que as mesmas provocam, diferentes impactos foram gerados, principalmente na Lagoa de Santa Marta, que após o fechamento do Rio Dragado não possui uma saída adequada para o escoamento das águas, agravando ainda mais o estado de assoreamento.