Justiça determina libertação de Caio Tokarski

Ex-vice-prefeito de Tubarão e segundo suplente de Deputado Federal do União Brasil, Caio Tokarski foi autorizado a deixar o Presídio Santa Augusta, de Criciúma, onde estava detido. A determinação é da Desembargadora Cinthia Beatriz Bittencourt Schaefer, responsável pelas decisões da Operação Mensageiro. Na última sexta-feira, dia 1 de setembro, foi encerrada a fase de instrução do processo criminal da Operação Mensageiro, em Tubarão.

Depois de três dias de audiências no Fórum da cidade de Tubarão, Caio Tokarski, que renunciou ao mandado no dia 11 de julho, foi solto. Durante o período da liberdade condicional, está obrigado ao cumprimento de uma série de medidas determinadas pela Justica Estadual. A decisão da Desembargadora vale por 180 dias e Caio deverá usar tornozeleira eletrônica, está proibido de se aproximar ou conversar com testemunhas de acusação ou da defesa, ou outros arrolados como acusados no processo resultante da Operação Mensageiro, e não poderá entrar nos prédios públicos administrados pela Prefeitura de Tubarão.

Caio foi um dos últimos políticos importantes arrolados na Operação mensageiro a ser solto, mesmo após inúmeros recursos apresentados pela defesa no TJSC e no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ele completaria sete meses de prisão no dia 14 de setembro. Caio foi levado de Tubarão pelo Gaeco, órgão do Ministério Público Estadual, no dia 14 de fevereiro, acusado de receber propina para favorecer a empresa Serrana, do setor de coleta e destinação de lixo na cidade de Tubarão.

Caio é advogado, foi secretáraio de Administração na cidade de São José (SC) na Grande Florinópolis, e vice-prefeito eleito de Tubarão nas eleições de 2016 e 2020, vice de Joares Ponticelli. Ponticelli e Tokarski renunciaram aos mandatos. Na eleição de 2022, candidato a deputado federal, ficou com a segunda cadeira de suplente do partido União Brasil, ao atingir mais de 47.758 votos, ficando atrás do então deputado Alba (48.904).

Deflagrada em dezembro de 2022, a operação tem o objetivo de apurar a suspeita de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta e destinação de lixo em mais de 20 municípios de Santa Catarina.