Júri condena homem, a 53 anos de prisão, por matar casal por briga sobre demarcação de terras

Fato ocorreu em 2016, no sítio das vítimas, e julgamento aconteceu sete anos depois. Promotor de Justiça André Ghiggi Caetano da Silva conduziu a acusação, jurados acolheram todas as teses da denúncia e réu foi condenado por quatro crimes distintos.

Cinquenta e três anos, um mês e 16 dias de reclusão. Essa foi a pena imposta ao homem que matou um casal há sete anos em Santa Cecília por conta de uma desavença de terras. O julgamento aconteceu no fórum da comarca, com a presença de familiares e amigos das vítimas. O Promotor de Justiça André Ghiggi Caetano da Silva conduziu a acusação contra o réu, e os jurados acolheram a denúncia.

Segundo consta nos autos, na tarde de 22 de junho de 2016, Augusto Pires da Costa invadiu o sítio do casal, rendeu as duas caseiras, roubou uma espingarda, uma faca e um aparelho celular, telefonou para as vítimas persuadindo-as a irem até o local e as recebeu a tiros.

As mortes ocorreram instantaneamente, sem que o casal pudesse esboçar qualquer defesa. Uma das caseiras tentou impedir a ação, mas acabou recebendo várias coronhadas na face. Antes de deixar a propriedade, Augusto ainda vasculhou o carro das vítimas e furtou um revólver.

O crime foi praticado por desavenças entre a família das vítimas e a do réu, devido a questões banais relacionadas à demarcação de terras. O réu foi condenado por duplo homicídio com duas qualificadoras (motivo fútil e emboscada), furto qualificado e roubo circunstanciado. Ele vinha respondendo ao processo em liberdade e não assistiu ao tribunal do júri, mas já teve o mandado de prisão expedido.

O Promotor de Justiça André Ghiggi Caetano da Silva diz que a condenação traz uma resposta positiva para a sociedade. “Esse crime abalou Santa Cecília, tendo em vista a brutalidade utilizada pelo acusado. Foram sete longos anos de espera até o julgamento, mas o caso teve, enfim, um desfecho”, disse.

Vale ressaltar que, segundo os depoimentos, um outro homem teria participado da ação, mas ele não foi identificado.