Incêndio em hospital no RJ deixa 11 mortos

Um incêndio no Hospital Badim, na Rua São Francisco Xavier, no Maracanã (zona norte do Rio), deixou ao menos 11 mortos – todos pacientes –  na noite desta quinta-feira, 12. O hospital informou que “ao que tudo indica, um curto-circuito no gerador do prédio 1 do hospital provocou um incêndio, espalhando fumaça para todos os andares do prédio antigo”.

Segundo a assessoria do hospital, as vítimas teriam inalado muita fumaça e tiveram intoxicação. O trabalho de busca por vítimas dentro da unidade particular de saúde foi encerrado na manhã desta sexta-feira (13/9). Quatro bombeiros passaram mal durante a operação de combate ao incêndio e foram encaminhados para o hospital.

Segundo funcionários relataram à polícia e publicações nas redes sociais, o incêndio teria começado por volta das 18h15 em um prédio antigo onde funcionava o setor de laboratórios. Pacientes que estavam internados em áreas próximas tiveram de ser retirados às pressas. 

Em frente ao prédio, colchões foram espalhados e familiares de pacientes, apreensivos, se aglomeravam para obter informações.  O hospital informou que os pacientes do CTI C foram retirados e estão recebendo os primeiros atendimentos na Rua Arthur Menezes. Os bombeiros estão trabalhando na retirada dos pacientes do CTI 2, segundo informou o hospital.

“Toda a direção do Hospital Badim está empenhada em prestar os devidos socorros necessários aos pacientes, que estão sendo transferidos para o Hospital Israelita Albert Sabin e para os hospitais particulares da região. Informamos ainda que a brigada de incêndio do hospital agiu prontamente durante todo o processo.”

“Meu irmão de 71 anos estava internado há mais de um mês na UTI, vítima de pneumonia”, contou Maria Augusta Freitas. “Estava em casa e soube do incêndio pela TV, aí vim pra cá”, narrou. “Mas já faz mais de uma hora que cheguei e ninguém soube me informar nada”, disse a mulher, que a cada paciente que passava de maca se exaltava na tentativa de se aproximar e identificar o irmão.

Ana Carolina, de 36 anos, chorava enquanto não conseguia informações sobre a mãe, de 71 anos.  “Não consigo saber se ela está viva, estou desesperada”, reclamou.

O clima de pânico diante da falta de informações era generalizado, enquanto guardas municipais tentavam manter o fluxo de ambulâncias que chegavam e saíam transportando pacientes. A Rua Arthur Menezes foi interditada aos automóveis, mas permanecia lotada de pessoas, ao som de sirenes e gritaria. Garagens de casas e prédios vizinhos foram usados para receber os pacientes até que fossem levados de ambulância para os hospitais. Por volta das 20h, a rua ficou parcialmente sem luz. 

Foto: Celso Pupo / Foto Arena / Estadão