Veterinários encontram isopor e plástico no estômago de ave marinha morta na região de Laguna

Plásticos de variados tipos e isopor (poliestireno expandido) foram encontrados alojados no estômago de uma pardela-preta (Procellaria aequinoctialis), uma ave marinha, encontrada sem vida pela equipe do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), na última semana. O animal estava na praia de Ribanceira, em Imbituba.

Encontrar esses resíduos foi uma surpresa para os veterinários. “Por causa destes plásticos alojados no estômago, o animal não consegue se alimentar corretamente (estômago fica cheio), então se alimenta de forma reduzida, absorvendo menos nutrientes levando a um quadro de desnutrição e óbito”, explica a veterinária Gabriela Cristini de Souza.

Pela Convenção de Espécies Migratórias (CMS), a pardela é considerada como uma ave globalmente vulnerável. Segundo o PMP, outros animais marinhos também apresentaram a mesma situação.

“A comunidade precisa rever algumas posturas com relação a preservação do meio em que vive. Pequenas atitudes podem ser cruciais para reduzir o uso de plásticos e a destinação correta dos mesmos. Estamos vivendo um momento que se esses casos continuem acontecendo podemos chegar ao fim de muitas espécies já ameaçadas de extinção”, diz o órgão.

Em uma rede social, o PMP-BS deu dicas e orientações para serem colocadas em práticas para ajudar na conservação do meio ambiente. São elas:

  • levar a sua sacola reutilizável para o supermercado;
  • levar as suas compras em caixas de papelão;
  • comprar sucos em garrafas de vidro;
  • guardar mantimentos na geladeira em potes de vidro (reutilizáveis);
  • comprar produtos em quantidades para utilização quinzenal e não semanal (exemplo: comprar 1 kg de queijo e não 200 gramas), para diminuir a quantidade de plástico.

O PMP-BS é uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal, conduzido pelo Ibama, das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos. Tem objetivo de avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, através do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos. Em Laguna, o projeto é executado pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). O telefone para contato é 0800 642 3341.

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Fonte: Agora Laguna