Trabalho voluntário: Doar-se a quem mais necessita…

Tatiana Dornelles
Capivari de Baixo

Há quem se dedique voluntariamente em prol do outro. Com isso, traz benefícios a si próprio. Através do trabalho voluntário, algumas horinhas são dedicadas àqueles que mais precisam. Um exemplo de boa vontade vem de Valério Esterkotter, o Zuco, como prefere ser chamado. Um dia, foi na Apae de Capivari de Baixo e viu que os alunos jogavam futebol no espaço restrito da escola.

A cena o comoveu e, ao chegar no local de trabalho, no Centro de Futebol Zuco, fez uma proposta ao proprietário do campo, Mário José da Silva, que prontamente aceitou: proporcionar uma hora por semana de futebol em um campo adequado aos alunos.
“Toda segunda-feira, cerca de dez alunos vêm para cá para jogar futebol. Trabalho com escolinha há 13 anos e é a primeira vez que faço este tipo de trabalho.
Isso é gratificante. Eles (os alunos) não vêem a hora de chegar o dia do futebol”, conta Zuco.

Segundo ele, com os jogos de futebol os estudantes especiais realizam atividades físicas, além do raciocínio, uma vez que precisam para trabalhar os passos e a parte técnica. “A satisfação é enorme e, quando estou com eles, esqueço de tudo e me divirto”, garante.

Para a professora dos estudantes que participam do projeto, Salete Marangoni Flor, o trabalho desenvolvido por Zuco é maravilhoso. “É uma maneira de os alunos participarem do mundo fora da Apae. É importante apresentá-los à sociedade para não ficarem apenas restritos às suas casas e à escola. Além disso, esporte é saúde e eles exercitam-se com as atividades”, ressalta.

A diretora da Apae de Capivari de Baixo, Rosilene Costa Antônio, explica que vários são os projetos desenvolvidos na entidade através de trabalhos voluntários. “Há a horta-modelo, futebol, corte de cabelo, dança, pintura. Uma infinidade de atividades desenvolvidas em prol do aluno. Eles têm aptidão, cada um com suas limitações. Mas todos temos alguma limitação”, assegura.

Para ela, o projeto da escolinha de futebol tem grande valor. “Zuco acredita na capacidade dos alunos especiais e isso é lindo. O voluntariado é doar-se e não pedir nada em troca”.