Testemunhas de acusação são ouvidas

 

Mirna Graciela
Tubarão
 
O julgamento da morte de Pedro Henrique Ayala, 3 anos, começou, no fórum de Tubarão. O menino veio a óbito há um ano e quatro meses, logo após receber uma injeção. A enfermeira e a estudante de técnico em enfermagem responsáveis pela aplicação do medicamento foram acusadas e responderão a processo por homicídio culposo, negligência e imperícia.
 
Ontem, ocorreu a primeira audiência de instrução, que durou três horas, presidida pelo juiz da 1ª vara criminal, Elleston Lissando Canali. Prestaram depoimentos as testemunhas de acusação e o caso segue em segredo de justiça. 
 
A segunda audiência está marcada para o próximo dia 2, quando serão ouvidas as testemunhas de defesa das duas acusadas. A expectativa é de que ambas também sejam interrogadas nesta sessão, mas isto só ocorrerá se todas as cartas precatórias – oito pessoas que moram fora de Tubarão – tiverem retornado até esta data. 
 
O menino Pedro Henrique morreu em  9 de novembro de 2010. A criança foi atendida primeiro pelo clínico-geral de plantão do Hospital Nossa Senhora da Conceição, que receitou um soro, e depois pelo pediatra. Ele tinha um quadro de gastroenterite aguda (virose), estava desidratado e com dores abdominais. Então, optou-se pela internação. Foi receitado 1,2 ml de Zofran, o último medicamento que o menino recebeu. 
 
Este remédio, segundo o médico, era para ser aplicado em seguida. Mas foi fornecido somente sete horas depois.